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09/05/2017 / Em: Destaques, Notícias

 

“Não é difícil compreender, em certa medida, um termo técnico como “indutores de emoção”: são eles objetos, ou estímulos, que provocam determinados sentimentos em cada pessoa. Há os que o fazem diretamente, como o avistar de um rosto amigo, que causa alegria. Outros o fazem evocar recordações individuais, que por sua vez causam emoções: é o caso de lembrar a imagem de uma amiga há pouco falecida ”.

 O trecho que você acabou de ler é parte de um dos textos que compõem o livro “Vestibular Unicamp Redações 2016” distribuído como parte do material didático aos participantes da oficina “A Redação no Vestibular Unicamp”, que aconteceu no último sábado (6), no Centro de Convenções da universidade. Exatamente para auxiliar na identificação de aspectos que caracterizam os textos produzidos pelos candidatos ao vestibular em exemplos acima ou abaixo da média é que a Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest) organiza, anualmente, este evento. Além de divulgar as características de sua prova à comunidade externa, composta, neste caso, por professores das redes pública e particular de ensino e profissionais ligados à área da linguagem, são apresentados também os critérios de correção adotados, contribuindo assim para a formação dos alunos que pretendem ingressar na Unicamp.

Esta é a 14ª edição do evento. Para este ano foram oferecidas 340 vagas e registrados 630 inscritos. Luciana Amgarten Quitzau, coordenadora acadêmica de Redação da Comvest, destaca que os participantes da Oficina têm contato direto com os monitores que supervisionam o trabalho dos corretores no Vestibular Unicamp. “A Comvest espera, com esse encontro, desconstruir alguns mitos que são criados a respeito do vestibular e mostrar ao público-alvo do evento que escrever um bom texto no vestibular não é tarefa impossível”, comenta Luciana.

A professora Cida Grecco é de Curitiba (PR) e conta que participa da oficina para ver como a prova de Redação está sendo pensada. “Me interessa muito o modelo curricular que se desenvolve na escola, em detrimento do que o vestibular cobra”, esclarece ela.

Já Maria Aparecida da Costa é professora da rede pública e ensino na cidade de Americana (SP) e participa pela segunda vez do evento. Atraída pelo desejo de se atualizar e compartilhar seus conhecimentos com os alunos ela ressalta que “a Unicamp é uma referência nessa área dos estudos da linguagem e isso também é uma grande motivação”.

Professor da rede particular de ensino na cidade de Valinhos (SP), Sérgio Marino Junior veio acompanhado da graduanda do curso de Letras da Unicamp, Suzana Costa Rocha. Ambos, com pretensões futuras de compor a banca corretora, reconhecem a importância do evento e das informações compartilhadas. Segundo Junior, “principalmente nos aspectos que dizem respeito a como é feita a avaliação, isso nem sempre é claro para quem vai prestar o vestibular e faz toda a diferença entender a forma como você será avaliado”, aponta Sérgio.

Participando pela quarta vez da oficina, os professores Helena Lima, de Itú (SP), Vitor Godoy e Lilian Costa, de Indaiatuba (SP) são colegas de profissão em diferentes cidades do estado de São Paulo. Para eles, a atualização e o alinhamento com o objeto de desejos dos alunos renova o interesse de estarem outra vez prestigiando a oficina. “É também uma ótima oportunidade para questionar, trocar ideias e fazer um intercâmbio” ressalta Helena. Já a professora Lilian reforça também que “os alunos esperam que a gente participe, até porque são sempre discutidos temas e propostas cobradas no vestibular do ano anterior e isso os deixa bastante ansiosos”.

Direto de Teresina (PI), pelo terceiro ano consecutivo, os professores Rogi Almeida e Mauren Sousa, foram atraídos para a oficina, segundo eles, pela qualidade do conteúdo apresentado que possibilita e viabiliza a preparação dos alunos não apenas para as provas da Unicamp, mas também das universidades do nordeste. “Embora seja um treinamento para a prova da Unicamp, a gente sabe que sempre há uma novidade, uma nova informação a se agregar e ser passada de maneira pontual para os nossos alunos”, destaca Rogi.

Para o coordenador executivo da Comvest, José Alves de Freitas Neto, muitas vezes o êxito das escolas é mensurado pela inserção ou não dos alunos no vestibular e, não necessariamente, ou tão exclusivamente, no trabalho que os professores desempenham nas salas de aula ao longo de anos. “Por isso a Unicamp não tem receio de ser transparente em relação aos seus parâmetros de correção, nem de compartilhar com os professores, pelo contrário, ela espera que esses professores levem esse compartilhamento de informações adiante”, pontua o coordenador.