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03/12/2019 / Em: Destaques, Notícias, Releases

 

Em comparação com o ano anterior, o total de presentes na prova passou de 354 para 961

A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) aplicou no último domingo, 1º de dezembro, a prova da segunda edição do Vestibular Indígena da Universidade. O exame foi realizado em seis cidades do país e atingiu a marca de 961 candidatos presentes, o triplo do ano anterior, quando 354 estudantes fizeram a prova. O exame foi aplicado nas cidades de Bauru (SP), Campinas (SP), Caruaru (PE), Dourados (MS), São Gabriel da Cachoeira (AM) e Tabatinga (AM) e o índice de abstenção total foi praticamente o mesmo registrado no ano passado: 42,6% contra 42% no ano anterior. Os índices de abstenção por cidade estão disponíveis na tabela. A prova transcorreu sem nenhuma ocorrência em todos os locais. O gabarito da prova será divulgado na próxima quarta-feira, 4/12, na página eletrônica da Comvest: www.comvest.unicamp.br. A primeira chamada para matrícula será divulgada dia 6 de janeiro de 2020.

Este ano, a menor abstenção foi registrada justamente na cidade com maior número de inscritos no Vestibular Indígena 2020: Tabatinga, no Estado do Amazonas. O município foi inserido pela primeira vez esse ano, no lugar de Manaus e dos 837 inscritos, 523 compareceram para fazer a prova. O índice de 37,5% foi comemorado pela Comissão de Vestibulares. “Isso mostra que acertamos ao transferir a prova de Manaus para Tabatinga, pois havíamos percebido que a maior demanda de público estava justamente naquela região”, disse o diretor da Comvest, José Alves de Freitas Neto.

Já na outra cidade do Amazonas em que a Comvest aplica a prova, São Gabriel da Cachoeira, que havia sido no ano passado o local com maior procura, dos 513 inscritos, 287 fizeram a prova, ou seja, uma abstenção de 44%.

A prova foi em língua portuguesa, composta de 50 questões de múltipla escolha, distribuídas entre Matemática, Linguagens e códigos, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e uma Redação. As questões buscaram uma aproximação à realidade dos estudantes indígenas, com temas e debates sobre a diversidade linguística dos grupos indígenas, o turismo em terras indígenas, a figura de Chico Mendes e o debate sobre a preservação da Floresta Amazônica, entre outros.

José Alves destacou a importância da prova para a seleção de estudantes que contribuam com a construção de uma universidade mais plural, especialmente em um momento de ameaça a toda essa diversidade indígena. “Buscamos fazer uma prova muito próxima da leitura de mundo dos estudantes indígenas, de maneira que tivessem condição de realizá-la para, posteriormente, ajudar na construção de uma universidade mais plural do ponto de vista epistemológico inclusive”, salientou.

Em relação ao número de estudantes que fizeram o exame este ano, o diretor da Comvest afirmou que “pelo grande número de presentes, temos a perspectiva de um bom critério de seleção no Vestibular Indígena”.

Para serem aprovados, os estudantes precisam acertar, no mínimo, 10 questões de múltipla escolha e obter, no mínimo, cinco pontos na prova de Redação (de um total de 25 pontos).

 Este ano, a Comvest oferece 96 vagas nessa modalidade de ingresso. Os cursos mais procurados são: Enfermagem (398 inscritos), Farmácia (165), Pedagogia (103), Nutrição (95), Administração (88), Educação Física (82), Ciências Biológicas (55), Administração Publica (49), Educação Física Noturno (47) e Engenharia Elétrica (46).