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01/12/2009 / Em: Clipping

 


Educação – Escolas incentivam a participação no Enem  (Correio Popular – Cidades – 01/12/09)

O pequeno número de instituições que vão utilizar a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para compor o resultado final do processo seletivo faz com que muitos alunos optem por descansar no próximo final de semana, quando a prova será aplicada em todo o Brasil. Mas, mesmo assim, colégios e cursinhos estimulam os vestibulandos a fazer a prova, seja como um teste de conhecimento, um preparo para a segunda fase dos principais processos seletivos ou mesmo como uma garantia de que no ano que vem possam utilizar a nota de 2009, já que algumas instituições permitem que o aluno escolha o resultado de qual ano pretende adotar. A decisão da maioria das instituições em não usar a nota do exame foi tomada após a mudança da data do Enem, que seria aplicado em outubro se não fosse o vazamento das provas ocorridos dias antes da sua aplicação. As universidades de São Paulo (USP), a Estadual de Campinas (Unicamp) e a Estadual Paulista (Unesp), sonhos da maioria dos vestibulandos, não vão utilizar a nota, por causa da falta de tempo hábil entre a divulgação dos resultados pelo MEC e a data da divulgação da classificação no processo seletivo. “Temos estimulado a participação dos estudantes porque sabemos que há faculdades em que o estudante pode optar por utilizar também a nota do Enem do ano anterior. Além disso, é uma forma de conhecer o tipo de prova. Muitos alunos acabam querendo mudar de curso no ano seguinte e, para isso, terão de prestar um novo vestibular. Assim, já terão a experiência do Enem deste ano”, explica Cristiane Tempesta, diretora pedagógica do Colégio Progresso. A vestibulanda de administração de empresas Laísa Matos Garcia, de 19 anos, até poucos dias atrás queria aproveitar o fim de semana para descansar, já que a maratona dos grandes vestibulares começou há cinco semanas. Mas, com o estímulo dos professores do cursinho Novo Anglo, mudou de opinião. “O que aconteceu foi muito ruim, porque nós já tínhamos nos programado para fazer a prova em outubro. Depois de conversar com professores, eu decidi prestar porque é uma forma de treinamento e, além disso, se eu não entrar na faculdade neste ano e em 2010 for possível utilizar a nota de 2009, eu já terei garantido”, diz. Neste ano, antes do vazamento das provas, as instituições só utilizariam a nota de 2009. No entanto, em vestibulares anteriores, já foi possível usar as notas dos últimos dois anos.



O Censo do Ensino Superior  (O Estado de S.Paulo – Opinião – 01/12/09)

Elaborado pelo Ministério da Educação (MEC) com base em dados de 2008, o Censo da Educação Superior revela que o ritmo de expansão da oferta de vagas e do número de matrículas já começou a diminuir, depois de ter registrado taxas anuais de crescimento de até 13% na primeira metade da década de 2000. Segundo o Censo, o País tem hoje 5 milhões de estudantes universitários. A vertiginosa expansão do ensino superior, nesse período, com o surgimento de novas universidades particulares confessionais e o aumento de vagas nas universidades públicas, foi o desdobramento natural de um processo iniciado com a universalização do ensino básico, na década de 1990, e o crescimento do número de estudantes do ensino médio.



MEC acha que abstenção cairá em relação a 2008  (Folha de S.Paulo – Fovest – 01/12/09)

Uma sensação de “déjà vu” pode estar passando pela cabeça de cerca de 4,1 milhões de pessoas: receber cartão de confirmação, conferir local de prova, fazer as últimas revisões para o exame do final de semana. Parece que isso já aconteceu, não é? Sim, é o Enem de novo. O Exame Nacional do Ensino Médio marcado para os dias 3 e 4 de outubro precisou ser adiado para 5 e 6 de dezembro, mas sua estrutura não mudou. No sábado, são quatro horas e meia para responder a 90 questões, sendo 45 de ciências da natureza e 45 de humanas. O domingo tem uma hora a mais de prova, porque, além das 45 questões de linguagens e das 45 de matemática, há também a redação. A expectativa do MEC é que a taxa de abstenção, mesmo depois do vazamento e da consequente remarcação da prova, seja inferior à do ano passado, quando chegou a 27,3%. Em São Paulo, com as desistências de USP e Unicamp de usar o resultado do Enem para compor a nota, as perspectivas não são tão animadoras. “As coisas estão muito mais mornas agora. Alguns alunos para os quais o Enem não serve mais perderam o interesse em fazer a prova”, diz Fábio Rendelucci, coordenador do COC unidade Paraíso. Entre as públicas paulistas, Unesp, UFSCar, Unifesp e UFABC ainda vão usar a nota do exame de alguma forma.

Sistema unificado

Uma das grandes novidades do Enem neste ano, o sistema unificado permite que alunos de todo o país concorram a vagas das instituições federais participantes do sistema, entre elas a UFABC e a Unifesp (com a maior parte dos seus cursos). “A ideia é promover um sistema que seja mais unificado e racional na alocação dos alunos. Na verdade, é tentar simular um leilão. Quem tem a nota mais alta tem preferência [pela vaga]”, diz Reynaldo Fernandes, presidente do Inep, órgão do MEC que organiza o Enem. Assim, o sistema vai alocar candidatos nos cursos oferecidos, de acordo com as suas notas e as suas preferências. Depois que todos os alunos forem rankeados e houver desistência em parte das vagas, uma nova rodada acontece para preencher as vagas remanescentes. Inicialmente, o MEC estava trabalhando com a hipótese de serem cinco rodadas. Mas como o resultado do Enem só sai em fevereiro, já se cogita que sejam apenas três. Ainda não está decidido quando começam as inscrições no sistema -mas isso só acontece depois de 5 de fevereiro, quando o MEC libera o resultado global do Enem (prova objetiva e redação).



Cotas são justas  ( Jornal do Brasil Online – Sociedade Aberta – 01/12/09)

Há muitos anos eu luto como cidadão e parlamentar por distribuição de renda, por divisão de riqueza e por inclusão social. Luto porque acredito na sociedade e, conseqüentemente, nas pessoas de bem. Fui deputado federal e hoje sou vereador, político que anda por todos os cantos do município do Rio de Janeiro e que, apesar de nossa cidade ter um orçamento bilionário, percebe-se que a inclusão social necessita, realmente, de muito empenho para que seja concretizada. Todavia, apesar dos nossos percalços quanto à democratização real da sociedade brasileira, temos avançado bastante. Tanto considero pertinaz a decisão do egrégio Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que, no último dia 18, por 15 votos a 5, resolveu manter o sistema de cotas para o ingresso nas universidades do Estado do Rio. As pessoas contrárias às cotas confundem – por má-fé ou por ignorância – as ações afirmativas e assertivas com privilégio e assistencialismo, o que não corresponde à verdade.



Sem financiamento, vagas ociosas devem aumentar ainda mais (Veja.Com – Educação/Notícia – 27/11/09)

Divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep), o Censo da Educação Superior trouxe dados alarmantes para os brasileiros: 49% das vagas oferecidas no ensino superior em 2008 não foram preenchidas. Isso significa que, somando a oferta em instituições públicas e particulares, das 3 milhões de vagas disponíveis, 1,47 milhão ficou completamente ociosa no ano passado. Em comparação a 2007, o crescimento total das vagas não preenchidas foi de 11,6%. No entanto, o aumento mais expressivo ocorreu na rede federal, em que o número de vagas ociosas subiu 117% em um ano. Nas universidades estaduais, o crescimento foi de 9%, enquanto nas municipais, 6,9%, e nas privadas, 10%.