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03/09/2015 / Em: Clipping

 

Elite brasileira também vai mal no ensino, diz diretora do Banco Mundial  (Folha Online – Educação – 03/09/15)

Os problemas de aprendizagem no Brasil são democráticos: embora tenham intensidade variada, atingem, sem distinção, todas as classes sociais. Conforme lembrou a diretora-sênior para Educação do Banco Mundial, Claudia Costin, na manhã desta quinta-feira (3), os jovens da elite brasileira (25% mais ricos) têm notas piores do que os alunos 25% mais pobres dos países membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) no ranking Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos).  Na radiografia que montou dos problemas e desafios da educação no Brasil durante o Seminário Internacional Caminhos para a Qualidade da Educação Pública: Gestão Escolar, a especialista apontou a contradição entre o Brasil ser a oitava economia do mundo e ter índices tão ruins na educação. O evento é promovido pelo Instituto Unibanco e correalizado pela Folha.  Nem tudo, porém, é desgraça. O Brasil praticamente universalizou o acesso ao ensino fundamental e desde 2003 vem avançando no ensino de matemática. Entre outros problemas citados, ela classificou as turmas noturnas de ensino médio como “arremedo de ensino”. “Um terço dos alunos estuda no período, mas apenas 3,5% dos alunos da Fuvest saíram do noturno”. Segundo Costin, as aulas começam mais tarde e terminam mais cedo e a evasão é bem maior. Junto à mesa que debateu cenários de gestão e resultados educacionais para o Brasil, o presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Francisco Soares, disse que os dados coletados da trajetória de todos os estudantes desde 2007 auxiliam a entender o panorama da educação.


Ensino técnico ainda enfrenta preconceito   (O Estado de S.Paulo – E&N – 04/09/15)

A educação profissional no Brasil cresceu significativamente nos últimos anos graças, em parte, ao Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que, mais do que oferecer bolsas, estruturou a área. Mesmo assim, ainda é preciso vencer um velho preconceito arraigado na sociedade de que esse tipo de formação seria inferior ao ensino superior clássico das universidades. Especialistas reunidos no evento Fóruns Estadão Brasil Competitivo – Educação para o Trabalho, realizado com o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), na terça-feira, citaram a necessidade de maior aproximação entre escolas técnicas e mercado de trabalho e de maior flexibilidade dos currículos, já que o rápido avanço tecnológico altera as competências exigidas dos profissionais. O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação , Marcelo Feres, lembrou que o ensino técnico no Brasil tem quase 100 anos de história, tendo começado no início do século 20 com os liceus profissionalizantes. Em 2014, foram 1,79 milhão de matrículas nesse tipo de curso, um crescimento de 23,6% ante o ano anterior, sendo 52% na rede pública. Segundo ele, a meta 11 do Plano Nacional de Educação, que prevê triplicar o ensino profissional até 2024, é ousada, mas reflete um desejo da sociedade, que passou a dar mais valor a esse tipo de formação.



Corretores da redação do Enem terão que fazer teste eliminatório sobre critérios de avaliação   (Globo On Line – Educação – 04/09/15)


Após problemas com a avaliação das redações do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em edições anteriores, os corretores vão passar, pela primeira vez, por uma prova eliminatória presencial, com questões objetivas e discursivas, antes de realizar o trabalho este ano. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), a medida deve qualificar ainda mais o processo, selecionando aqueles que estiverem mais alinhados aos critérios pré-definidos para avaliar o exame, que será aplicado a 7,7 milhões de candidatos nos próximos dias 24 e 25 de outubro. Atualmente, 16 mil pessoas graduadas na área de Letras com formação em Língua Portuguesa estão sendo preparadas para atuar na correção, por meio de um curso de capacitação a distância com duração de 120 horas, que vai até 26 de setembro. A novidade é que, após essa etapa, elas farão uma prova presencial com cem questões objetivas sobre os critérios de correção da redação do Enem e responderão uma questão discursiva de 15 linhas para verificar a habilidade de escrita. O teste será aplicado em 49 municípios, no dia 27 do mesmo mês.