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07/07/2014 / Em: Clipping

 


Unicamp abre inscrições para portas abertas   (Correio Popular – Cidades – 07/07/14

O Unicamp de Portas Abertas (UPA) deste ano será em 30 de agosto, e a universidade acaba de abrir inscrições para as escolas de ensino médio de todo Brasil interessadas em participar do evento. Eles devem se inscrever eletronicamente mediante formulário no site: http://www.upa.unicamp.br/inscricoes-escolas-2014. A expectativa é que um público superior a 50 mil pessoas participe. Elas visitarão as faculdades e institutos para poder conhecer de perto o cotidiano universitário.  A programação da UPA 2014 está sendo feita pelas unidades e pela organização. As atividades ficarão centralizadas no Centro de Convenções e no Pavilhão Básico (PB). Já a programação específica ficará a cargo das unidades. Haverá palestras, apresentações, demonstrações e visita guiada.Haverá também programação cultural no estacionamento, atrás da Biblioteca Central “Cesar Lattes” e na frente do Centro de Convenções.  Neste ano, serão empregadas diferentes formas de comunicação visual para chamar a atenção dos visitantes, como painéis contendo localizações e aplicativo para smarthphone. As palestras terão tradutor de língua brasileira de sinais (Libras), para os que necessitarem.

 

Por uma universidade pública   (Correio Popular – Opinião – 07/07/14)

Não é de hoje que a população de Campinas, os movimentossociais, sindicatos e intelectuaisda cidade reivindicamuma Universidade PúblicaFederal. Isso porque, apesardas inúmeras instituições
de ensino superior da cidade, a maior parte da nossa juventudepobre e da periferia aindaestá fora dessas instituições,que são em sua maioriaprivadas. A Unicamp, apesarde ser estadual e pública, se
configura como um espaço predominantemente elitista eprivilegiado, uma vez que nãoé capaz de incluir esses jovense dar conta da demanda porensino superior público e dequalidade.Nosso mandato na Câmara Municipal, desde o início, fezda luta por uma UniversidadeFederal (UF) em nossa regiãometropolitana uma das suasbandeiras prioritárias. Logo nocomeço de 2013, ao assumircomo vereador, criamos a Comissão Especial de Estudos(CEE) na Câmara Municipalpara implantação de uma UniversidadeFederal em Campinas,presidida por mim e daqual também fazem parte os vereadores Cid Ferreira
(PMDB) e Paulo Bufalo (PSOL).



Engenharia em baixa(Folha de S.Paulo – Editorial – 06/07/14

Disseminou-se pelo Brasil a convicção de que há grande carência de profissionais em campos decisivos para o desenvolvimento, como as engenharias. Falou-se até no risco de um apagão, que só não se teria materializado porque a economia andou rateando. O diagnóstico não está errado, mas necessita de refinamento. Como tantos outros casos na área de educação, o aspecto quantitativo das carências nacionais tende a sobrepujar sua dimensão qualitativa. O número de cursos de engenharia vem aumentando pelo menos há uma década. Há hoje cerca de 650 escolas, contra 150 no início dos anos 1990. Há de ser uma boa notícia que em 2011 o total de matriculados na modalidade tenha ultrapassado, pela primeira vez, o de estudantes de direito. Segundo o Observatório de Engenharia da Universidade Federal de Juiz de Fora, formaram-se em 2012 mais de 54 mil engenheiros no Brasil. Em 2011 haviam sido 45 mil, 152% mais que uma década antes (18 mil, em 2001), taxa ligeiramente acima da observada nos demais cursos superiores (146%). A quantidade de vagas oferecidas, no entanto, avançou bem mais nas engenharias (266%) do que nas outras áreas (129%). A discrepância decorre da alta taxa de evasão na engenharia, da ordem de 50%. Apesar disso, o número de diplomados cresce mais rápido que o PIB. Como explicar, então, a percepção entre administradores de recursos humanos de que se tornou difícil contratar engenheiros? Segundo artigo de Leonardo Melo Lins e colaboradores na revista “Novos Estudos Cebrap” de março, não há sinais claros de aquecimento no mercado para profissionais desse setor. Seus salários só disparam –sinal inequívoco de carência de mão de obra– nos lugares em que há escassez aguda, como obras de infraestrutura distantes das regiões metropolitanas. Segundo seu diagnóstico, o cerne da questão se encontra na década de 1980, quando a profissão perdeu prestígio social no mesmo passo em que a economia se afundava na inflação. A fuga dos cursos de engenharia, nos anos 1980-90, teria originado uma escassez relativa de profissionais na faixa de 35-59 anos, com experiência e capacidade para liderar projetos. Esta lacuna só o passar do tempo pode sanar. Há algo mais preocupante, porém: nada menos que 40% dos engenheiros se diplomam atualmente em cursos mal avaliados, com notas 1 e 2 no Enade. Os profissionais disponíveis, além de inexperientes, são mal formados. Mais do que seguir multiplicando as vagas em cursos de engenharia, o país deveria preocupar-se com duas coisas mais urgentes: reduzir a taxa de evasão e melhorar o aprendizado nos que já existem.


Curso para aperfeiçoar professor tem baixa eficácia   (O Estado de S.Paulo – Educação – -07/07/14)

A maioria das atividades de formação continuada com professores no Brasil (70%) tem baixa eficácia, segundo estudo do Instituto Ayrton Senna (IAS) com The Boston Consulting Group (BCG). Cursos de aperfeiçoamento, diz a pesquisa, são uma das principais alavancas para melhorar o desempenho de docentes e alunos. Acompanhamento por professores mais experientes, como Núbia Oliveira, teve bons resultados em Goiás. A divulgação do levantamento, realizado com cerca de 3 mil professores, gestores e especialistas brasileiros, será feita hoje em São Paulo e deve ter a presença do ministro da Educação, Henrique Paim. Os dados foram obtidos com exclusividade pelo Estado. Esse tipo de formação, voltada a professores que já começaram a lecionar, enfrenta dificuldades para deslocar o foco da teoria para questões reais da sala de aula. Além do déficit de docentes no País, a maioria das redes não tem programas estruturados de formação continuada. Tutoria com professores mais experientes, formação de ingressantes na carreira e observação crítica da sala de aula estão entre as atividades com melhores resultados, na opinião de especialistas e dos próprios docentes. O estudo revelou, entretanto, que elas são as que menos aparecem no País. Segundo a analista de projetos de Educação e Desenvolvimento do IAS, Daniela Arai, o Brasil é um dos que menos incentivam professores a fazer formação continuada. Ela explica que ações governamentais de curto prazo e alta visibilidade são as mais frequentes, comprometendo um planejamento adequado dos programas. “Formação de professores é investimento de longo prazo. Acaba não sendo a principal preocupação dos governantes”, avalia. Além da preferência por ações de curto prazo e visibilidade, o estudo menciona cinco principais obstáculos para o êxito da formação continuada. Também pesam a carência de incentivos formais, a escassez de tempo, lacunas e baixa aplicabilidade do conteúdo das ações oferecidas, falta de alinhamento das ações com o plano de carreira do magistério e alta rotatividade do corpo docente. Com a função de “tapar buracos” da formação original, é para os recém-chegados à sala de aula que as ações podem ser mais efetivas. Não só para ensinar melhores práticas, como manter o interesse no ensino. Segundo Daniela, as redes que trabalharam com ingressantes, em residências e tutorias tiveram impactos significativos.

 

Boa formação de docente pode fazer aluno aprender 70% a mais  (O Estado de S.Paulo – Educação – 07/07/14)

A formação continuada é tão importante para a melhoria da qualidade das aulas – e para o aprendizado -, que um aluno pode aprender de 47% a 70% a mais se exposto a bons professores, revelam dados do trabalho feito pelo Instituto Ayrton Senna, com The Boston Consulting Group. Os bons resultados, segundo especialistas, não dependem de mais horas de curso, mas da qualidade dos treinamentos. Segundo a diretora de Educação da Fundação Itaú Social, Patrícia Mota Guedes, formações em campo dentro da sala de aula são as que renderam mais frutos. “Isso provocou discussões porque as estratégias mais tradicionais tiravam o professor da sala de aula, para palestras e conferências”, afirma. Depois do nível socioeconômico e a escolaridade da mãe, a qualidade do professor é o fator que mais afeta o desempenho da classe, diz Patrícia. “Conseguimos ver essa diferença em escolas da mesma área, com o mesmo perfil de alunos, mas que têm resultados diferentes. Se olhar de perto, aquela escola onde os professores usam melhores práticas tem um desempenho melhor.” Outro desafio para turbinar a formação continuada é diminuir a resistência dos profissionais da educação, que temem perda de autonomia. “É preciso mudar a cultura. O professor ainda resiste a expor o que acontece em sala de aula”, explica Cláudio Oliveira, diretor do Instituto Singularidades, voltado para a formação docente. “O paradigma mudou. O bom professor hoje deve trabalhar na lógica de colaboração para tornar a classe mais atrativa”, defende.