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08/10/2009 / Em: Clipping

 


O atraso no Enem: especialistas debatem o futuro dos estudantes (Programa Entre Aspas – Globo News – 06/10/2009)

São quatro milhões de jovens brasileiros inscritos para o Enem, em quase duas mil cidades do país. Três especialistas conversam sobre o futuro desses jovens e as consequências do atraso das provas, entre eles está o coordenador executivo do Vestibular da Unicamp.

Para conferir o debater na íntegra, clique aqui.


Ouça a notícia na íntegra clicando aqui.



É preciso restaurar a credibilidade do Enem (Folha de S. Paulo – Tendências e Debates – 08/10/2009)

ARTHUR ROQUETE DE MACEDO

O Enem se tornou um mecanismo democrático de acesso à educação superior, ascensão social e inclusão no mercado de trabalho

O ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), desde sua criação, em 1998, com o objetivo de avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica, vem crescendo e aumentando sua relevância para a educação e para a sociedade brasileira.
Concebido e implantado como um processo confiável para a avaliação da qualidade do ensino médio e fundamentado em cinco eixos cognitivos principais -1) domínio das linguagens; 2. compreensão de fenômenos; 3. enfrentamento de situações-problema; 4) construção de argumentação sólida; 5) elaboração de propostas coerentes-, o exame ganhou notoriedade no seio da sociedade.
Imediatamente a seguir, passou a ser utilizado no discutível ranqueamento das instituições de ensino médio brasileiras.
Em razão de sua pertinência, da qualidade da metodologia empregada em sua elaboração e da ampla divulgação realizada pelos órgãos de imprensa, tornou-se um dos principais referenciais das famílias brasileiras no processo de eleição de colégios para a matrícula de seus filhos.
Um segundo degrau na escalada para a ampliação do prestígio do Enem foi vencido no momento em que passou a ser utilizado pelo ProUni como critério para o ingresso na educação superior, medida essa de largo alcance social.
Mas o passo decisivo para que esse exame se tornasse um instrumento fundamental no processo de construção da avaliação da educação brasileira e um ícone na escala de valores da sociedade dentre as diretrizes a serem seguidas na construção do futuro dos jovens brasileiros foi dado quando passou a ser utilizado como um dos mecanismos de acesso ao ensino superior e, particularmente, às disputadas vagas das universidades públicas em seus mais concorridos cursos.
A partir desse momento, em razão de sua importância e dos interesses envolvidos, o Enem, de um instrumento de avaliação, se transformou em um mecanismo democrático de acesso à educação superior, de inclusão no mercado de trabalho e de ascensão social.
Dentro dessa nova perspectiva, a concepção, a preparação e a aplicação do exame passaram a ter uma dimensão nova e uma amplitude significativamente maior, com forte impacto socioeconômico.
Os cuidados com o planejamento operacional e a segurança do sistema responsável pela elaboração do exame necessariamente teriam de ser reforçados, e sua execução, tratada dentro de uma logística irrepreensível.
Na atual conjuntura, o MEC (Ministério da Educação), que tem promovido uma série de avanços importantes no processo de avaliação, acompanhamento e regulação do sistema educacional brasileiro, subestimou as dificuldades a serem enfrentadas e colhe agora os frutos dessa avaliação superficial.
Os problemas com a aplicação do Enem 2009, que culminaram com a quebra do sigilo do exame, já haviam sido detectados pelas dificuldades encontradas na logística para a definição de locais do exame e na realização desses exames para 4,1 milhões de estudantes inscritos em 1.829 municípios brasileiros.
O prejuízo do malogro da aplicação da prova não se restringirá aos cerca de R$ 30 milhões de perda financeira anunciada, mas principalmente se evidenciará no abalo da credibilidade do Enem.
Sinal inequívoco dessa provável perda de credibilidade é o resultado de levantamentos de opinião realizados por diferentes fontes mostrando que mais de 80% dos pesquisados indicam perda de confiança na próxima prova do Enem.
Para ser restaurada a confiança depositada no exame, será necessária, nos próximos anos, a realização de um trabalho competente e exaustivo por parte do MEC, o qual deverá ser iniciado com a apuração dos responsáveis pelo vazamento do conteúdo da prova deste ano, acertadamente cancelada.
O MEC está agindo com a urgência necessária e os cuidados devidos, mas é imprescindível que os próximos passos sejam dados com segurança e sem açodamento.

Alunos desistem de exame após grandes universidades descartarem o uso da prova (Folha de S. Paulo – Cotidiano – 08/10/2009)

DA REPORTAGEM LOCAL

A decisão de universidades estaduais e particulares de descartar o uso do Enem em seus vestibulares está motivando os alunos a desistirem do exame. “Para mim não vai ter mais sentido [fazer o exame]”, diz Renata Albuquerque, 17, aluna do colégio Vértice -primeiro colocado no ranking paulistano do Enem.
Candidata ao curso de filosofia da USP, ela perdeu a única justificativa que tinha para fazer o exame, que não será mais usado pela Fuvest. O exame também deixou de ser usado pelo colégio dela como parte das notas do último bimestre.
Osmar Antônio Ferraz, coordenador de vestibular do Bandeirantes, segundo colocado no ranking paulistano do Enem, acha que, sem o uso pelos grandes vestibulares, “será muito difícil convencer os alunos a prestarem [o Enem]”.
No colégio Arquidiocesano, a tendência é que os alunos que priorizam Fuvest e Unicamp voltem a sua atenção ao vestibular de cada uma delas.
Já o diretor do colégio Stockler, Agostinho Marques Filho, acha que, com menos alunos fazendo o exame, pode haver uma mudança na avaliação geral das escolas. O Enem é o principal parâmetro para medir o desempenho do ensino médio do país.
Na contramão das desistências, o aluno do Vértice Gabriel Abreu, 17, priorizará o Enem. Candidato à UFSCar, em que o Enem conta 50% da nota, ele diz que fará o exame de todo jeito. “Quero ao menos ver como vou [me sair]”, afirma.

“Não há nenhuma medida que o governo” (Folha de S. Paulo – Cotidiano – 08/10/2009)

Se digo que não vi ninguém, isso significa que vi zero pessoa, nada, pessoa alguma, ninguenzinho mesmo

PASQUALE CIPRO NETO

NO ÚLTIMO VESTIBULAR da Unicamp, a banca pediu aos candidatos que respondessem a duas questões relativas a esta construção, dita num “jornal noturno televisivo” (Rede TV, 7/10/ 2008): “Não há uma só medida que o governo possa tomar”. Uma das questões era esta: “Considerando que há duas possibilidades de interpretação do enunciado acima, construa uma paráfrase para cada sentido possível de modo a explicitá-los”.
Pois bem. Parece que, antes de mais nada, o aluno precisa saber o que é uma paráfrase. Minha experiência ensina que muita gente confunde “paráfrase” com “paródia” (isso quando um terceiro elemento -“parábola”- não entra no embate…). O sentido cabível de “paráfrase” no caso é este, extraído do “Aurélio”: “Modo diverso de expressar frase ou texto, sem que se altere o significado da primeira versão”. Sendo (bem) curto e grosso, é dizer com outras palavras o que já foi dito.
É bom lembrar que “paródia” é algo bem diferente (“Imitação cômica de uma composição literária”, também segundo o “Aurélio”). Belos exemplos de paródia são os que têm por base a “Canção do Exílio”, do maranhense Gonçalves Dias, cujos célebres versos iniciais todos conhecemos (“Minha terra tem palmeiras / Onde canta o sabiá”). De todas as inúmeras paródias desse poema, a mais cáustica talvez seja a do grande poeta juiz-forano Murilo Mendes: “Minha terra tem macieiras da Califórnia / Onde cantam gaturamos de Veneza (…) / Nossas flores são mais bonitas / Nossas frutas mais gostosas / Mas custam 100 mil réis a dúzia / Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade / E ouvir um sabiá com certidão de idade!”.
Mas voltemos à questão da Unicamp, que pede uma paráfrase para cada um dos sentidos da frase dita no “jornal noturno televisivo” (“Não há uma só medida que o governo possa tomar”). Obviamente, para redigir as paráfrases é preciso “descobrir” os dois sentidos da frase. O caro leitor já os descobriu, não? Temos aí a palavrinha “só”, velha frequentadora desse tipo de questão.
Uma simples leitura talvez baste para que se perceba que a ambiguidade está em que é possível entender que: a) o governo não tem nada a fazer; b) o governo tem mais de uma opção (de medida a tomar).
Posto isso, a maneira mais simples de construir as paráfrases talvez seja lançar mão de um sinônimo de “só” (“apenas”, por exemplo) para a paráfrase com a qual se deixaria claro que o governo tem mais de uma opção: “Não há apenas uma medida que o governo possa tomar”. Para o outro sentido, pode-se lançar mão de “nenhuma”: “Não há nenhuma medida que o governo possa tomar”.
A segunda construção talvez traga à tona uma velha dúvida, advinda de uma perigosa confusão entre língua e matemática, ou entre português e inglês. Refiro-me à dupla negação (“Não há nenhuma medida…”). Não são poucas as mensagens que recebo a respeito disso (“É possível negar duas vezes?”; “Menos com menos não dá mais?”; “Se eu digo que não encontrei ninguém, isso não significa que eu encontrei alguém?”).
Devagar com o andor, caro leitor. Nem pensar em fazer a tal conta. Se eu digo que não vi ninguém, isso significa que vi zero pessoa, nada, pessoa alguma, ninguenzinho mesmo.
A dupla negação como a que fazemos, que realmente não ocorre em inglês, é mais que comum em italiano, espanhol… Nossa velha frase “Não conheço ninguém”, por exemplo, em espanhol corresponde a “No conozco a nadie”. Em italiano, corresponde a “Non conosco nessuno”. Em ambas se nota a dupla negação (“no” e “nadie”, em espanhol, e “no” e “nessuno”, em italiano). É isso.

Após Unicamp, USP também decide não usar nota do Enem (Folha de S. Paulo – Educação – 07/10/2009)

da Folha Online

A USP informou no início da tarde desta quarta-feira que a universidade não vai utilizar a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para compor a nota dos candidatos do vestibular 2010. A Unicamp também já tinha informado ontem que também não poderia usar o exame devido ao adiamento da data do exame, remarcada para os dias 5 e 6 de dezembro.

Segundo nota divulgada pela USP, a nota dos candidatos na primeira fase do vestibular será exatamente o número de pontos que o candidato obtiver na prova, marcada para 22 de novembro.

A instituição afirma que, para os candidatos que optaram pelo Inclusp, o cálculo do bônus correspondente à nota do Enem será, excepcionalmente, feito com base no desempenho do candidato no exame da primeira fase da Fuvest.

A prova do Enem, que deveria ter sido aplicada nos dias 3 e 4 deste mês, foi suspensa após o conteúdo das questões vazar. Reformulado neste ano, o Enem será a única forma de seleção em parte das 55 universidades federais. O exame é usado por federais também para substituir a primeira fase do vestibular, para compor a nota e nas vagas que sobrarem.

A Fatec e a UnB decidiram ainda alterar seus calendários que tinham as datas dos vestibulares no mesmo dia da prova do Enem. Os candidatos avaliados pelo PAS (Programa de Avaliação Seriada), da UnB farão a prova nos dias 12 e 13 de dezembro, uma semana depois do previsto. Já a prova da Fatec acontecerá no dia 13 de dezembro.

Universidades

Os vestibulares de algumas universidades estão marcados para o mesmo dia escolhido pelo MEC para a realização do Enem. Outras ainda podem ter o calendário comprometido devido ao atraso na entrega nas notas do Enem. Veja posicionamento de algumas faculdades:

UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina): realiza provas nos dias 6, 7 e 8 de dezembro. Não confirma alteração no calendário.

UnB (Universidade de Brasília): os candidatos avaliados pelo PAS (Programa de Avaliação Seriada) fariam a prova nos dias 5 e 6 de dezembro, porém, a entidade informou hoje, por meio de sua assessoria, que a data da prova do PAS foi adiada para os dias 12 e 13 do mesmo mês.

UEL (Universidade Estadual de Londrina): realiza provas nos dias 6 e 7 e 8 (habilidades específicas, segunda fase). Não utiliza nota do Enem.

Unesp (Universidade Estadual Paulista): realiza provas de habilidades dos cursos do Instituto de Artes de São Paulo e da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação de Bauru entre os dias 6 a 9 de dezembro. Não decidiu sobre alteração.

UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora): primeira etapa do vestibular marcado para o dia 6 de dezembro. Deve decidir na próxima semana sobre a possível alteração no calendário.

UFC (Universidade Federal do Ceará): segunda etapa do vestibular marcada para ocorrer entre os dias 6 e 7 de dezembro. Nova data será decidida ainda hoje.

UFS (Universidade Federal de Sergipe): utiliza nota do Enem para vagas remanescentes. Não decidiu sobre alteração do calendário.

Senac-SP: deve decidir na próxima semana sobre adiamento do processo seletivo.
Cásper Líbero: Data do vestibular coincide com o Enem. Representantes fazem reunião na tarde desta quarta para decidir possível adiamento da prova.

UFPR (Universidade Federal do Paraná): Usa Enem para compor nota de candidatos. Ainda não decidiu se mantém calendário.

UFG (Universidade Federal de Goiás): Vai decidir até o dia 15 de outubro sobre a possível mudança do calendário. Pode optar por deixar de usar o Enem.

Unioeste-PR: mantém calendário do vestibular.

UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro): Data coincide com o Enem. Não decidiu nova data.
Umesp (Metodista): Nova data do vestibular 2010 será definida em reunião na quinta-feira (8).



Fuvest e PUC-SP deixam de usar Enem (Estado de S. Paulo – Vida & – 08/10/2009)

Por causa do adiamento, exame não contará pontos nos vestibulares

Fabio Mazzitelli, Ana Bizzotto e Mariana Mandelli

Os vestibulares que selecionam para Universidade de São Paulo (USP) e Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) descartaram o uso dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para compor as notas dos candidatos. Anteontem, a Unicamp havia tomado a mesma decisão. A Universidade Estadual Paulista (Unesp) estuda alterar o calendário do vestibular.

O motivo é o adiamento do exame para 5 e 6 de dezembro, após o vazamento das provas que seriam aplicadas no último fim de semana. O Enem foi cancelado no dia 1º após o Estado ser procurado por dois homens que queriam vender o cadernos de questões. O jornal recusou e denunciou ao Ministério da Educação (MEC).

A intenção da Unesp de alterar seu calendário foi fornecida pela pró-reitora de graduação, Sheila Zambello de Pinho. Mas a mudança tem de ser submetida ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. Não está descartada uma convocação extraordinária do conselho. O segundo dia do Enem (6 de dezembro) coincide com provas de habilidades específicas da Unesp. As notas do exame valem até 20% da primeira fase da Unesp, que havia informado que poderia aguardar o Enem até 15 de janeiro. Ontem, o MEC fixou 5 de fevereiro como data-limite para entregar o resultado.

A não utilização da nota na Fuvest fez alguns vestibulandos desistirem de fazer o Enem. A prova da Fuvest terá neste ano 117 mil candidatos que disputarão 10.812 vagas na USP, Santa Casa e na Academia da Polícia Militar. Em nota, a USP diz que a mudança “inviabiliza, lamentavelmente, a utilização dos resultados”.

O Enem significava cerca de 20% da nota da Fuvest desde 1999. Com esses pontos a menos, a nota de corte deve cair, já que ela é calculada a partir do desempenho médio dos alunos. O Enem ainda acrescentava 6% na nota de alunos de escolas públicas, por meio do programa de inclusão da USP (Inclusp). Essa porcentagem virá agora do desempenho da própria primeira fase, como o Estado publicou anteontem.

A primeira fase da Fuvest será em 22 de novembro e a divulgação dos convocados para a segunda fase está marcada para 14 de dezembro, menos de dez dias após o novo Enem. Não há prazo suficiente para as notas serem computadas na Fuvest. Para Ocimar Alavarse, especialista em avaliação educacional da USP, as mudanças não alterarão o perfil dos aprovados na universidade. “Quem vai bem em um exame deve ir bem no outro.”

CAUTELA

Professores de cursos pré-vestibulares não recomendam deixar de realizar o Enem porque um bom resultado pode significar vaga em universidades federais. É o caso de 19 dos 26 cursos oferecidos pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

“A USP é o objetivo maior. Como muitos falam, acabou a Fuvest, acabou o ano”, diz a vestibulanda Laura Vieira, que vai prestar Jornalismo na Fuvest. “É bom fazer uma prova a mais, mas não sei se levarei (o Enem) com a mesma seriedade.” Juliana Costiuc, de 19 anos, quer entrar em Administração e faria as provas da FGV (marcada para o mesmo dia do Enem) e da Fuvest. Ela desistiu do exame.

“Não aconselho o aluno a fazer isso, porque ele pode não passar e decidir fazer outro curso em uma universidade federal. Aí não vai ter a nota”, diz Alberto Nascimento, coordenador do Anglo.

Algumas universidades federais, estaduais e particulares mudaram as datas dos vestibulares para evitar coincidência com o Enem (mais informações nesta página). O vestibular das Faculdades de Tecnologia (Fatecs), administradas pelo Centro Paula Souza, foi remarcado do dia 6 para 13 de dezembro. “Não teria sentido prejudicar o aluno que quer fazer as duas provas”, diz o coordenador de ensino, Angelo Cortelazzo. Ainda não foi definido se a nota poderá ser usada pelas Fatecs.

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) deve adiar o processo seletivo para os dias 19, 20 e 21 de dezembro. A segunda fase do vestibular da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) foi adiada de 6 para 13 de dezembro. “Foi um sacrifício pequeno em relação ao que eles tiveram”, diz a coordenadora do vestibular, Elizabeth Murad.

O adiamento do Enem afetou o calendário de concursos públicos. O IBGE, que oferece 33.012 vagas, aplicará a prova no dia 13 de dezembro e a Receita Federal, que seleciona auditores fiscais, adiou o concurso para os dias 12 e 13 de dezembro.



Unicamp recebe pagamento da taxa de inscrição até esta sexta (EPTV.com – Educação – 07/10/2009)

Medida toi tomada devido à greve dos bancários

EPTV.comMarcos Paulino

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) prorrogou até esta sexta (9) o prazo para o pagamento da taxa de inscrição do Vestibular 2010, que é de R$ 115. O período de inscrições terminou nesta terça (6). O novo prazo vale apenas para os candidatos que já haviam preenchido o Formulário de Inscrição. A medida foi tomada devido à greve dos bancários.

Para efetuar o pagamento e efetivar a inscrição no vestibular, os candidatos precisam imprimir uma segunda via do boleto bancário, com data de vencimento de 9/10/2009. A segunda via do boleto deve ser acessada no site www.comvest.unicamp.br.

Caso haja dificuldade para pagar a taxa em agências bancárias, os candidatos podem efetuar o pagamento em casas lotéricas, nas agências dos Correios, nos terminais de autoatendimento ou pelo serviço de internet do seu banco.

A Unicamp informou que não aceitará pagamentos após o dia 9 de outubro, mesmo que a greve dos bancários continue.

Após o pagamento da taxa de inscrição, os candidatos deverão obrigatoriamente consultar sua situação no site www.comvest.unicamp.br, para assegurar que não houve nenhum problema. A confirmação da inscrição estará disponível para consulta a partir de três dias úteis após o pagamento da taxa.



Unicamp prorroga o prazo para pagar a taxa de inscrição no vestibular (Portal G1 – Vestibular e Educação – 07/10/2009)

Pagamento da taxa de R$ 115 poderá ser feito até sexta-feira (9).
Só pode pagar quem já tiver preenchido formulário de inscrição.

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) prorrogou o prazo para pagar a taxa de inscrição, no valor de R$ 115, até a próxima sexta-feira (9).

A instituição não usará o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em seu vestibular por causa do prazo o exame foi adiado para dezembro após denúncia de vazamento. 

Somente poderá fazer o pagamento o candidato que já tiver preenchido o formulário durante o período de inscrição, que se encerrou na terça (6).
Para fazer o pagamento, é preciso imprimir uma segunda via do boleto bancário, com data de vencimento de 9/10/2009, que deve ser acessada no site da Comvest.

Em caso de dificuldade para pagar em agências bancárias, o pagamento pode ser feito em casas lotéricas, agências dos Correios, terminais de autoatendimento ou pela internet.
Para se certificar de que não houve problema, o candidato deverá obrigatoriamente consultar sua situação na página da Comvest. A confirmação da inscrição estará disponível para consulta a partir de três dias úteis após o pagamento da taxa. 
São oferecidas 3.444 vagas em 66 cursos da Unicamp e dois cursos da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp). O Kit do Vestibulando (Manual do Candidato e Revista do Vestibulando) está disponível no site da Comvest e é gratuito.

Datas

A primeira fase acontece no dia 15 de novembro com uma prova que inclui a redação e 12 questões gerais dissertativas: matemática, física, química, biologia, história e geografia. No dia 16 de dezembro, a Comvest divulga a lista dos que passaram para a segunda fase e os locais de prova. A segunda fase será realizada de 10 a 13 de janeiro, com oito provas dissertativas (duas por dia): língua portuguesa e literaturas de língua portuguesa, ciências biológicas, química, história, física, geografia, matemática e inglês.As provas de aptidão, para os cursos de arquitetura e urbanismo, artes cênicas, artes visuais, dança e música acontecem em Campinas entre os dias 18 a 21 de janeiro. A primeira chamada será divulgada dia 4 de fevereiro e a matrícula dos convocados em primeira chamada deve ser feita dia 9 de fevereiro.



Unicamp e USP abandonam ENEM 2009 após fraude (Portal Universia – Vestibular – 07/10/2009)

Instituições alegam incompatibilidade entre vestibular e data do exame

Com a divulgação das novas datas de realização das provas do ENEM (Exame Nacional de Ensino Superior), agendadas para os dias 5 e 6 de dezembro, as principais universidades estaduais de São Paulo decidiram não usar o exame na composição das notas da primeira fase do vestibular 2010. Tanto a USP (Universidade de São Paulo) quanto a Unicamp (Universidade de Campinas) declararam incompatibilidade de seus processos seletivos com o programa do governo federal.

A decisão, segundo a Comvest/Unicamp (Comissão Permanente para os Vestibulares), está em conformidade com edital do vestibular. O documento prevê que, se as notas do ENEM não estivessem disponíveis até 30 de novembro, o exame não seria utilizado no processo seletivo. Isso porque, as notas seriam utilizadas para a composição do cálculo da primeira fase do processo seletivo e não haveria tempo hábil para que o procedimento fosse realizado.

De acordo com a Comvest, os candidatos ao vestibular da Unicamp não precisaram fazer nenhuma alteração no Formulário de Inscrição. O campo destinado ao ENEM presente no documento será ignorado automaticamente, independentemente se o estudante já tinha ou não incluído o número de inscrição no exame.

A mesma inviabilidade operacional foi apontada pela Reitoria da USP. Com a mudança, a Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) divulgou nota oficial em que esclarece que a pontuação da primeira fase do vestibular da USP será composta exclusivamente pelo número de pontos que o candidato obtiver na prova do dia 22 de novembro. Antes, o ENEM poderia ser usado na primeira fase do vestibular, valendo até 20% do total de pontos alcançados. A nota oficial da Fuvest informa ainda que os candidatos que optaram pelo INCLUSP, terão “o cálculo do bônus correspondente à nota do ENEM, excepcionalmente, feito com base no desempenho do candidato no exame da 1ª fase”. A fundação que organiza o vestibular da USP classificou a decisão de abandonar o ENEM como lamentável.

Cronogramas

As universidades não farão nenhuma alteração nos calendários do vestibular. Enquanto as provas da primeira fase da Unicamp estão agendadas para o dia 15 de novembro, a Fuvest aplicará as primeiras avaliações na semana seguinte, em 22 de novembro. As segundas etapas serão realizadas em janeiro de 2010. Confira as agendas abaixo:

Vestibulares 2010

FUVEST /USP

UNICAMP

1ª Fase: 22 de novembro

1ª Fase: 15 de novembro

Lista de Aprovados: 14 de dezembro

Lista de Aprovados: 16 de dezembro

2ª Fase: 3 a 5 de janeiro de 2010

2ª Fase: 10 a 13 de janeiro de 2010

Habilidades Específicas: 6 a 8 de janeiro de 2010

Habilidades Específicas: 18 e 21 de janeiro de 2010

Aprovados: 4 de fevereiro de 2010

Aprovados: 4 de feveriero de 2010

Matrículas: 8 e 9 de fevereiro de 2010

Matrículas: 9 de fevereiro de 2010



Unicamp aceita pagamento de taxa do vestibular 2010 até sexta-feira (Portal UOL – Vestibular – 07/10/2009)

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) aceitará o pagamento de taxa de inscrição para o vestibular 2010 até sexta-feira (9). Só será aceito pagamento de quem já efetuou a inscrição; o prazo terminou ontem (6). A taxa é de R$ 115.

A universidade prorrogou o prazo após receber diversas queixas de estudantes que não conseguiram efetuar pagamento devido à greve dos bancários. O pagamento pode ser feito em casas lotéricas, nas agências dos Correios, nos terminais de autoatendimento ou por bancos via internet.

Após o pagamento da taxa de inscrição, os candidatos deverão consultar sua situação na página da Comvest (Comissão Permanente para os vestibulares), para assegurar que não houve nenhum problema. Segundo os organizadores do vestibular, a confirmação da inscrição estará disponível para consulta a partir de três dias úteis após o pagamento da taxa.

Enem

A instituição anunciou ontem que não irá utilizar a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2009 no vestibular 2010. A decisão se deve ao prazo máximo dado pela instituição para que a nota do exame pudesse ser utilizada – 30 de novembro -, que havia sido estipulado no edital do processo seletivo.

O prazo seria incompatível com as novas datas do Enem 2009, que será aplicado em 5 e 6 de dezembro. Como no processo seletivo as notas são utilizadas para a composição da nota da primeira fase, não haveria tempo hábil para sua utilização.

Segundo a Comvest, o campo do Enem na inscrição será ignorado. A nota do Enem poderia contar para a prmeira fase do vestibular, valendo até 20% do exame. Os organizadores do vestibular dizem que o impacto da perda do Enem não será muito grande.

Provas

A primeira fase da Unicamp ocorrerá no dia 15 de novembro de 2009 e terá provas de redação e de ciências biológicas, física, geografia, história, matemática e química. A lista de convocados para a segunda fase e os locais de prova serão divulgados em 16 de dezembro.

A segunda fase será realizada entre os dias 10 e 13 de janeiro de 2010. Essa etapa têm oito provas (duas por dia): I – língua portuguesa e literaturas de língua portuguesa e ciências biológicas; II – história e química; III – física e geografia; IV – língua inglesa e matemática.

As provas de aptidão para os cursos de arquitetura e urbanismo, artes cênicas, artes visuais, dança e música serão realizadas em Campinas, de 18 a 21 de janeiro de 2010.

A lista de convocados em primeira chamada será divulgada em 4 de fevereiro de 2010. Outras informações podem ser obtidas no site da Unicamp.

São oferecidas 3.444 vagas em 66 cursos da Unicamp e dois da Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto). Outras informações podem ser obtidas no site da Unicamp.



Alunos ignoram Enem porque não valerá para USP e Unicamp (Portal R7 – Vestibular e Concursos – 08/10/2009)

Para estudantes que prestarão apenas USP e Unicamp, exame perdeu a utilidade

Luciana Sarmento, do R7

A Unicamp e a USP anunciaram nos últimos dias que não vão mais usar a nota do Enem nos seus vestibulares deste ano. Com mais esta mudança no vestibular 2010, muitos estudantes deixarão de fazer o exame, que foi cancelado no dia 1º de outubro por vazamento da prova. É o caso de Paulo Roberto de Freitas.

O estudante vai prestar pela segunda vez vestibular para engenharia e faz parte do grupo de alunos que vai ignorar o Enem. Para ele, a prova perdeu sua utilidade e não é mais importante de ser realizado.

– Eu não vou mais fazer o Enem porque não é mais do meu interesse. Mas não me senti prejudicado, porque me dou bem com os modelos de prova da USP e da Unicamp. Acredito que isso vai acabar me beneficiando.

Caio Nazaro cogita uma vaga no curso de farmácia, e divide da mesma opinião de Paulo. Ambos são colegas no cursinho Intergraus. Para Caio, a mudança vai trazer benefícios para quem se dedicou aos estudos só para a USP e Unicamp.

– No começo eu fiquei bem bravo, porque o Enem era uma oportunidade de ampliar os pontos na Fuvest. Agora, eu acho que pode ser uma oportunidade, pode levar a uma redução na nota de corte do vestibular da USP. É uma chance para quem está mais preparado para a Fuvest. 

Reembolso

Para participar do Enem, os estudantes tiveram que pagar uma taxa no valor de R$ 35. O MEC (Ministério da Educação) deverá anunciar nesta quinta-feira (7) como e quando vai ser feito o reembolso para os candidatos que desistiram do exame. Para Caio, receber o dinheiro de volta do Enem pode ser um trabalho que não vale a pena.

– É provável que eu não peça reembolso da taxa. Acredito que vai ser uma burocracia muito grande. Até o site no Inep [órgão responsável pela realização do Enem] não funciona direito.

Unifesp

Para os alunos que prestarão Unifesp, UFSCar e outras federais que usarão o Enem como primeira fase, deixar de fazer o exame não é uma opção. É o caso de João Paulo Duarte, candidato ao curso de medicina. Ele está prestando USP, Unicamp e Unesp, mas também UFSCar e Unifesp, essa última a sua preferência.

– Eu vou continuar usando o Enem por causa da Unifesp, mas acho uma falta de respeito com quem tem USP e Unicamp como prioridades. [É desrespeitoso] Tanto da parte de quem organiza o Enem, como das universidades que deixarão de usá-lo.

Foco nos grandes vestibulares

O professor Eduardo Figueiredo, coordenador de física do curso Objetivo, orienta os estudantes a manter o foco nos vestibulares das grandes universidades.

– A esta altura, o importante é a Fuvest e a Unicamp. Até mesmo porque quem está preparado para estes vestibulares está pronto para o Enem. A própria Fuvest, por exemplo, usa questões similares às do exame, que são contextualizadas.

Para Figueiredo, a alteração nos vestibulares não reduzirá a nota de corte e muito menos o Enem deve ser considerado uma prova fácil.

– Não acredito que haverá uma diminuição na nota de corte da prova. Antigamente sim, porque o Enem era mais fácil, mas com este novo formato, com quatro horas e meia e 90 questões para resolver [180 questões em dois dias], vai ser mais difícil. Vai se sair bem quem estiver mais preparado.

O candidato deve ponderar se quer mesmo fazer o Enem ou se tem uma ou duas grandes universidades como foco, afirma William Saito, professor do cursinho COC. No caso de o estudante preferir uma só faculdade, como a UEL (Universidade Estadual de Londrina), o melhor é dedicar-se inteiramente a ela.

– No caso da UEL, vale lembrar que o vestibular coincide com o Enem, então não vai ser possível fazer os dois. Eu aconselho o estudante, nesse caso, a fazer só o vestibular de Londrina. Ele vai se focar em uma só universidade, vai estudar melhor e não vai ter que se preocupar com o Enem. No entanto, se ele estiver em dúvida sobre qual faculdade seguir, aconselho fazer o Enem.

Unicamp prorroga prazo para pagar a inscrição (Portal R7 – Vestibular e Concursos – 07/10/2009)

Estudantes poderão pagar a taxa de R$ 115 até sexta-feira (9); prazo acabaria ontem

Do R7

As inscrições para o vestibular da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) terminaram na última terça-feira (6), mas o prazo para pagamento da taxa de inscrição foi prorrogado até sexta-feira (9). A taxa é de R$ 115. O período para preenchimento do formulário de inscrição já acabou.

Para fazer o pagamento e efetivar a inscrição no vestibular, os candidatos precisam imprimir, no site da Comvest, comissão que prepara o vestibular, uma segunda via do boleto bancário, com data de vencimento de 9 de outubro.

Caso haja dificuldade para pagar a taxa em agências bancárias, em razão da greve dos bancários, os candidatos podem procurar casas lotéricas, agências dos Correios, terminais de autoatendimento ou pagar pelo serviço de internet do banco.

A Comvest não aceitará pagamentos após o dia 9 de outubro, mesmo que a greve dos bancários continue.

Consulta da inscrição

Após o pagamento da taxa de inscrição, todos os candidatos devem obrigatoriamente consultar sua situação na página da Comvest, para assegurar que não houve nenhum problema. A confirmação da inscrição estará disponível para consulta a partir de três dias úteis após o pagamento da taxa.

Provas

A primeira fase da Unicamp ocorrerá em 15 de novembro, com prova de redação e 12 questões discursivas sobre matemática, física, química, biologia, história e geografia. Os vestibulandos devem chegar aos locais de prova às 13h, mesmo com início previsto para as 14h.

Este ano, é preciso levar duas fotos 3×4 datadas (ano de 2009), com nome e número de inscrição anotados no verso. Atenção: quem não levar, não poderá fazer a prova.

A segunda fase será entre 10 e 13 de janeiro de 2010. Serão oito provas com questões discursivas. No primeiro dia, candidatos farão exames de língua portuguesa e ciências biológicas. No dia seguinte, farão os de química e história. O terceiro dia será o momento de resolver questões de física e geografia. E no quarto dia, de matemática e inglês.