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10/12/2015 / Em: Clipping

 


Censo do MEC aponta 150 mil vagas ociosas em universidades públicas   (Globo On Line- Educação – 04/12/15)

Ao apresentar dados do Censo da Educação Superior 2014, que revelou a existência de 150 mil vagas ociosas nas universidades públicas, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, anunciou um programa para tentar preenchê-las. Ele quer lançar, já no primeiro semestre de 2016, o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de Vagas Remanescentes. Os critérios para disputar essas vagas estão em estudo. Um deles, porém, já foi fechado: a nota do candidato no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Também serão avaliados, no caso de estudantes de faculdades privadas que queiram estudar numa instituição pública, o desempenho acadêmico do aluno e a menção que a graduação que ele faz recebeu no Conceito Preliminar de Curso (CPC), uma avaliação periódica do MEC.   Além disso, será dada prioridade aos alunos que já estudam na região onde está a vaga não preenchida. Caso sobrem oportunidades, a ideia é aceitar também interessados em cursar uma segunda graduação. O governo trabalha com a projeção de 150 mil vagas a serem ofertadas, tendo em vista que o número mais atualizado das desistências, mostrado pelo Censo da Educação Superior, soma pouco mais que isso: 114 mil em universidades federais, 36 mil em estaduais e 26 mil em municipais.  Em geral, explicou o ministro, são alunos que abandonam o curso, em diferentes fases, por diversos motivos. As instituições, individualmente, tentam preenchê-las novamente, mas sem um mecanismo forte que centralize e divulgue essa oferta nos moldes como propõe o governo federal, defendeu Mercadante. Caberá a cada universidade aderir ao projeto voluntariamente. – Senti boa vontade dos reitores com os quais já conversamos. Não é um mecanismo simples, como é o ingressante do primeiro ano. Temos vagas desocupadas de 5º, 6º ano. Isso vai exigir uma análise maior. Mas é uma coisa possível. É uma grande oportunidade para 6,6 milhões de estudantes do ensino superior privado que terão a possibilidade de migrar para um curso de universidade pública – disse o ministro. A queda no número de concluintes verificada no censo divulgado ano passado – de 1 milhão em 2012 para 991 mil em 2013 – foi revertida. O estudo mostra que a quantidade de formandos em 2014 foi de pouco mais de 1 milhão. Do total, 18,5% fizeram cursos a distância. A modalidade já representa 17,1% de todas as matrículas do ensino superior brasileiro (1,3 milhão de estudantes).

Alunos negros e pardos em idade adequada na universidade triplicaram em dez anos  (Globo On Line – Educação – 04/12/15)

O índice de estudantes negros e pardos com idade entre 18 e 24 anos que estão universidade triplicou na última década. De acordo com a “Síntese de Indicadores Sociais”, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do grupo total de estudantes nesta idade, o percentual de alunos negros e pardos em idade adequada no Ensino Superior passou de 16,7% em 2004 para 45,5% em 2014. No entanto, apesar do crescimento expressivo, a população de alunos negros e pardos nessas condições ainda fica abaixo do índice alcançado por estudantes brancos dez anos antes (47,2%). — Houve uma expansão da proporção da população de cor preta ou parda na universidade, no entanto, em comparação com a população branca a diferença ainda é significativa. Isso tem a ver com questões históricas no nosso país. As políticas de redução dessas desigualdades estão sendo feitas e estão surtindo efeitos, mas ainda tem muita coisa a ser feita — afirmou André Simões, coordenador de Populações e Indicadores Sociais do IBGE. De acordo com a pesquisadora Betina Fresneda, políticas de incentivo ao ingresso na universidade desenvolvidas pelo Governo Federal tiveram impacto importante sobre os índices de acesso ao Ensino superior. Além disso, a gradual normalização no fluxo escolar, quando os alunos passam pelas etapas de ensino em idade adequada, também contribuiu para esse cenário: