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Cai nº de alunos de escola pública na USP (Folha de S. Paulo – Cotidiano – 11/08/10)
Apesar dos bônus concedidos, proporção desses estudantes passou de 30,01% em 2009 para 25,64% neste ano. Para pró-reitora de graduação, motivo está no maior número de vagas em universidades federais e no Proun.
FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO
ANDRESSA TAFFAREL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A proporção de estudantes de colégios públicos caiu entre os aprovados na USP neste ano. A participação recuou ao nível de 2006, período anterior ao programa que concede bônus a esses estudantes na nota do vestibular.
Considerada elitista, a instituição adotou o bônus em resposta à demanda de alunos pobres por cotas (reserva de vagas). Apesar de 85% dos alunos do ensino médio do país estudarem no sistema público, esses estudantes são apenas 26% dos aprovados na Fuvest em 2010. Em 2009, eram 30,1%.
A universidade começou concedendo 3% de bônus e elevou a até 12% a partir do exame do ano passado.
O incentivo, porém, não foi suficiente para manter o crescimento da participação do sistema público entre os aprovados. Não conseguiu nem atrair mais alunos ao vestibular -desde 2007 cai o número de inscritos da rede.
A pró-reitora de graduação, Telma Zorn, afirma que a USP trabalha “para que venham mais alunos de escola pública, mas não vamos nos prender a números. Foi satisfatório”. Segundo ela, que apresentou os dados ontem, “o que nos anima é que são alunos de qualidade”.
Para Zorn, a queda de inscritos, que impacta nas aprovações, ocorre porque atualmente há mais opções para os alunos de escola pública -como mais vagas nas universidades federais em SP e o ProUni (bolsas federais em universidade privada).
Reitor diz que projeto vai ser reavaliado (Folha de S. Paulo – Cotidiano – 11/08/10)
Discussão sobre mudanças em programa de inclusão para estudantes da rede pública deve começar neste mês.
Pró-reitora de graduação afirma que a universidade trabalha para ter mais alunos vindos da rede pública
DE SÃO PAULO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O reitor da USP, João Grandino Rodas, afirmou que reavaliará o projeto de inclusão social (Inclusp), que atualmente oferece bônus para estudantes da rede pública, entre outras medidas.
A discussão será iniciada no próximo Conselho Universitário (órgão máximo da universidade), que deverá acontecer ainda neste mês.
Rodas disse que pretende levar a discussão também a outras instâncias e unidades da instituição. “Queremos ouvir que tipo de inclusão a USP quer fazer, se mantém ou não o programa. Com base em consensos, mínimos ou máximos, vamos fazer um projeto”, afirmou o reitor à Folha.
Qualquer mudança no processo seletivo, no entanto, só poderá ser feita no vestibular para ingresso em 2012, pois o edital para o de 2011 já foi publicado.
Rodas não quis comentar os dados que apontam a queda na proporção de egressos da rede pública entre os aprovados na instituição.
Segundo o reitor, isso poderia interferir nas discussões sobre o programa.
ANTÔNIO GOIS
DO RIO
Quando bem torturados, números confessam qualquer coisa. O clichê pode ser dos mais batidos, mas se aplica perfeitamente à análise dos resultados do programa de inclusão da USP.
Quem quiser enxergar nos dados divulgados pela universidade um sucesso incontestável da política de bônus dirá que, de 2006 a 2010, o percentual de alunos da rede pública que passaram no vestibular da universidade mais que dobrou, saltando de 3,6% para 8,2%.
Ou seja, oito em cada cem estudantes dessas escolas que se inscreveram no concurso foram aprovados.
Os mesmos números, no entanto, contam outra história. Eles mostram que, com exceção do pico registrado em 2009, a proporção de oriundos da rede pública em relação ao total de aprovados -incluindo aqui também os alunos da rede privada- está praticamente congelada em torno de 25% desde 2001.
Prova do Pasusp fica mais restrita (Folha de S. Paulo – Fovest – 11/08/10)
A partir deste ano, só pode fazer a prova quem cursou os níveis fundamental e médio na rede pública
ANDRESSA TAFFAREL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Em sua terceira edição, o Pasusp (Programa de Avaliação Seriada da USP) passará por uma mudança importante neste ano: só poderão se inscrever para a prova estudantes que fizeram todo o ensino fundamental e o médio em escola pública do país.
Antes, bastava ter cursado o ensino médio nessa rede. “Isso é uma garantia de que o aluno realmente é carente e que será aprovado por mérito”, justifica a pró-reitora de graduação da universidade, Telma Maria Zorn.
Além disso, agora estudantes de escolas técnicas estaduais e federais também poderão fazer a prova, desde que estejam no terceiro ano.
O Pasusp concede bônus de até 3% na pontuação da primeira e da segunda fase do vestibular da Fuvest, conforme desempenho do estudante em uma prova marcada para o dia 24 de outubro.
O programa faz parte do Inclusp, que mantém ações para ajudar alunos carentes a entrar na faculdade e a se manter nela -com bolsas para alimentação e transporte, por exemplo.
No total, os participantes do Inclusp podem obter um acréscimo de até 12% sobre a nota do exame da Fuvest (veja mais na página ao lado).
Oferta de bônus é pouco conhecida (Folha de S. Paulo – Fovest – 11/08/10)
Estudantes da USP beneficiados pelo Inclusp vão a colégios da rede pública apresentar programa
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Foi na sua escola, a Oswaldo Catalano, no Tatuapé (zona leste de São Paulo), que a estudante de têxtil e moda Natany de Souza Gomes, 18, ficou sabendo dos programas de inclusão da USP.
Mas esse é um exemplo raro, diz a pró-reitora de graduação da universidade, Telma Maria Zorn. “Infelizmente a maioria das escolas públicas não sabe como funcionam [os programas de inclusão da USP].”
Foi para divulgar as iniciativas que a universidade criou, em 2008, o Programa Embaixadores da USP, do qual Natany faz parte.
O programa deixou de ser realizado no ano passado, por “questões internas da USP”, mas a partir deste ano contará com um reforço importante: professores da instituição também foram convidados a participar.
No total, 2.568 universitários se inscreveram e, até agora, quatro professores demonstraram interesse.
A intenção da universidade é que os embaixadores voltem às escolas de origem -e também visitem escolas do bairro- para explicar como funcionam os bônus concedidos aos estudantes oriundos da rede pública. “E também para mostrar que a nossa universidade não é inacessível, onde só estudam alunos que fizeram escola privada”, diz Telma.