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13/02/2017 / Em: Clipping

 


52% dos aprovados na 1ª chamada da Unicamp são da rede pública (G1 – Campinas e Região – 13/02/2017)

É o segundo ano consecutivo que percentual fica acima dos 50%. Em 2016, 51,9% dos alunos também estudaram em escolas públicas.

Pelo segundo ano consecutivo, a primeira chamada do vestibular da Unicamp tem mais da metade dos convocados da escola pública. Neste ano foram 52%, ou 1.720 candidatos, segundo a universidade estadual de Campinas (SP).O percentual de 2016 foi de 51,9%. Clique aqui para acessar a lista de aprovados da Unicamp em 2017. Para o coordenador executivo da Comissão Permanente Para os Vestibulares da Unicamp, Edmundo Capelas de Oliveira, os resultados dos dois anos consolidam mudanças feitas em 2015 no Programa de Ação Afirmativa para Inclusão Afirmativa para Inclusão Social (PAAIS).

Naquele ano, os alunos da rede pública passaram a ter bônus nas notas das duas fases do vestibular, e não só na primeira, como antes. “Não tenho dúvidas que isso consolidou”, ressalta o coordenador. Com a fórmula atual, os vestibulandos recebem 60 pontos na primeira fase e 90 pontos na segunda fase. De acordo com votação no Conselho Universitário (Consu), a Unicamp deveria ter atingido a marca de 50% de alunos da rede pública aprovados na 1ª fase em 2017, o que ocorreu. Em 2015, 37,4% dos alunos da rede pública haviam sido aprovados, segundo a Unicamp. Era o maior percentual até então. Naquele vestibular, os bônus eram apenas na fase inicial.

Unicamp divulga lista da 1ª chamada do vestibular 2017; confira nomes (G1 – Campinas e Região – 13/02/2017)

Os aprovados deverão realizar a matrícula online nos dia 14 e 15. Candidatos ainda terão que fazer a presencial no dia 21.

A Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest) da Unicamp divulgou, nesta segunda-feira (13), a lista de convocados para a primeira chamada do vestibular de 2017 da Universidade Estadual de Campinas. Clique aqui e veja os nomes dos aprovados na Unicamp. Os estudantes aprovados deverão realizar a matrícula entre 8h de terça (14) e 18h de quarta-feira (15), no portal da Comvest. É necessário ter em mãos o número de inscrição e a senha particular. A Comvest ainda informa que os candidatos que deixarem de realizar esta etapa (a matrícula não presencial) serão excluídos do vestibular.

Além da matrícula online, os candidatos deverão também fazer a matrícula presencial no dia 21 de fevereiro e realizar a confirmação da matrícula no dia 2 de março para garantir a vaga na universidade.

Unicamp divulga aprovados na 1ª chamada do vestibular nesta segunda (G1 – Campinas e Região – 12/02/2017)

Estudantes devem fazer matrícula online entre terça (14) e quarta-feira (15). Candidatos que perderem datas serão automaticamente excluídos; confira.

A Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest) da Unicamp divulga, nesta segunda-feira (13), a lista de convocados para a primeira chamada do vestibular de 2017 da Universidade Estadual de Campinas. Os estudantes aprovados deverão realizar a matrícula entre 8h de terça (14) e 18h de quarta-feira (15), no portal da Comvest. É necessário ter em mãos o número de inscrição e a senha particular. A Comvest ainda informa que os candidatos que deixarem de realizar esta etapa (a matrícula não presencial) serão excluídos do vestibular. Além da matrícula online, os candidatos deverão também fazer a matrícula presencial no dia 21 de fevereiro e realizar a confirmação da matrícula no dia 2 de março para garantir a vaga na universidade.



Unicamp divulga lista de aprovados no vestibular 2017; confira (Folha de S. Paulo – Educação – 13/02/2017)

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) divulgou nesta segunda-feira (13) a lista dos aprovados em primeira chamada no vestibular 2017.

A relação completa foi publicada no site da Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp), responsável pelo vestibular. A consulta pode ser feita pela inscrição, nome do candidato ou pela inicial do nome.

Os candidatos selecionados deverão efetuar matrícula não presencial a partir das 8h desta terça (14) até as 18h de quarta (15), exclusivamente na página da Comvest, utilizando o número de inscrição e senha. Quem não efetuar essa etapa do processo perderá a vaga e estará eliminado do vestibular.

Os estudantes convocados na primeira chamada para o curso escolhido como sua segunda opção deverão realizar a matrícula não presencial pela internet e optar ou não por aguardar uma possível vaga para o curso de primeira opção (remanejamento). Caso não façam a matrícula on-line, eles perderão a vaga de segunda opção, mas continuam concorrendo ao curso de primeira opção. A chamada dependerá dos critérios de classificação.



Unicamp divulga lista de aprovados no vestibular 2017; confira (Estadão – Educação – 13/02/2017)

67.143 candidatos concorreram a 3.330 vagas em 70 cursos de graduação da universidade; matrícula pela internet deve ser feita entre terça e quarta

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) divulgou nesta segunda-feira, 13, a lista de aprovados na primeira chamada do vestibular 2017 da instituição. Todos os convocados nesta etapa do processo seletivo deverão realizar sua matrícula não presencial entre as 8 horas desta terça-feira, 14, e as 18 horas de quarta-feira, 15, exclusivamente na página eletrônica da Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest), com o número de inscrição e a senha. Neste ano, a Comvest registrou 73.489 inscritos no vestibular, dos quais 67.143 candidatos fizeram a prova da primeira fase, realizada em 20 de novembro. São oferecidas 3.330 vagas em 70 cursos de graduação da Unicamp.

Matrículas. A universidade informou que os candidatos convocados em primeira opção que não realizarem a matrícula não presencial ficam excluídos do vestibular.

Escolas antecipam reforma do ensino médio (Estadão – Educação – 13/02/2017)

Instituições particulares de São Paulo oferecem itinerários de estudo, aulas optativas e projetos que aproximam aluno do mercado de trabalho

Antes mesmo da reforma do ensino médio começar a valer, colégios particulares de São Paulo já oferecem modelos que se assemelham à proposta aprovada pelo Senado. Os alunos podem escolher itinerários de estudo, aulas extras optativas e projetos interdisciplinares que os aproximam do mercado de trabalho. Apesar de terem adiantado algumas das mudanças, os colégios dizem que a reforma ainda deixa dúvidas e incertezas quanto à sua aplicação.

Na escola Lourenço Castanho, em Moema, na zona sul da capital, os alunos escolhem cursos eletivos para fazer no contraturno. Eles têm como opção teatro, grafite, geopolítica, fábrica de aplicativos, robótica e marcenaria, entre outros. “O aluno tem liberdade para escolher qualquer uma dessas opções, a única obrigação é cumprir uma carga horária mínima de eletivas”, diz Alexandre Abbatepaulo, diretor da escola.



Confira a lista de aprovados na Unicamp (Correio Popular – Cidades – 13/02/2017)

 A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp divulgou hoje a lista de convocados em primeira chamada no Vestibular Unicamp 2017.

Todos os convocados deverão realizar sua matrícula não presencial entre as 8 horas do dia 14 de fevereiro e as 18 horas do dia 15 de fevereiro, exclusivamente na página eletrônica da Comvest, utilizando seu número de inscrição e senha, caso tenham interesse em estudar na Unicamp.

Os candidatos convocados em primeira opção que não realizarem a matrícula não presencial ficam excluídos do vestibular.



Unesp e Unicamp divulgam lista de convocados na primeira chamada (Veja – Educação – 13/02/2017)

Os aprovados devem realizar a matrícula online para permanecer com a vaga nas duas universidades

A Universidade Estadual Paulista (Unesp) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) divulgaram na manhã desta segunda-feira a primeira chamada de convocados para matrícula dos vestibulares 2017. Nas duas instituições, os aprovados devem efetuar uma matrícula virtual para seguir com a vaga.

Unesp

A lista de convocados para a primeira chamada da Unesp inclui apenas os candidatos que demostraram interesse na vaga após a divulgação dos resultados. Os aprovados devem fazer a matrícula virtual em 13 e 14 de fevereiro. A segunda e a terceira chamadas serão divulgadas em 16 e 21 deste mês, respectivamente, e, assim como a primeira, só levarão em consideração os nomes de quem demonstrou interesse na vaga. Instruções para a realização da matrícula virtual e para as próximas etapas podem ser acessadas no portal da Vunesp. Em 2017, o Sistema de Reserva de Vagas para a Educação Básica Pública (SRVEBP) determinou que um mínimo de 45% das vagas de cada curso seriam destinadas a alunos que tenham feito todo o Ensino Médio em escolas públicas. Com isso, a proporção desses alunos deve aumentar entre os aprovados no vestibular da Unesp.



Unesp e Unicamp divulgam lista de aprovados nos vestibulares 2017 (UOL – Vestibular – 13/02/2017)

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e a Unesp (Universidade Estadual Paulista) divulgaram na manhã desta segunda-feira (13) a lista dos aprovados em primeira chamada nos seus vestibulares 2017. Ao todo, 73.489 candidatos se inscreveram para a seleção da Unicamp, que oferece 3.330 vagas em 70 cursos de graduação. No vestibular da Unesp, 102.124 candidatos se inscreveram para concorrer às 7.365 vagas ofertadas pela instituição.

Matrícula online

Os aprovados na primeira chamada da Unicamp devem fazer a matrícula não presencial, através da página www.comvest.unicamp.br, entre as 8h desta terça (14) e as 18h desta quarta (15). Aqueles que não fizerem a matrícula virtual perderão a vaga e serão eliminados do vestibular. Candidatos convocados na primeira chamada da Unicamp para o curso escolhido como segunda opção deverão optar ou não por aguardar uma possível vaga para o curso de primeira opção. Caso não façam a matrícula pela internet, eles perderão a vaga da segunda opção, mas continuarão concorrendo a uma vaga para o curso de primeira opção. Já os aprovados na Unesp devem fazer as matrículas virtuais através da página http://sistemas.unesp.br/calouros até as 16h desta terça (14). Nesta etapa, o candidato deverá preencher um formulário online e também enviar de forma eletrônica o certificado de conclusão do ensino médio e o histórico escolar completo do ensino médio.

Reforma do ensino médio sem consolo (UOL – Educação – 13/02/2017)

O Senado aprovou o projeto que transforma em lei a medida provisória da reforma o ensino médio brasileiro (MP no 746/2016). Só falta, agora, a manifestação da concordância (sanção) da Presidência da República. Não tivemos a oportunidade de participar da discussão. Não dá para saber quão melhor (ou pior) seria a reforma se realizada de forma democrática (quero dizer, de forma radicalmente democrática). Dentre as alterações à lei de diretrizes e bases – LDB (Lei nº 9.394/1996), o texto aprovado estabelece que o currículo do ensino médio será composto por uma “base nacional comum curricular” (BNCC), obrigatória para todos os alunos, complementada por um “itinerário formativo” específico, escolhido do estudante, na área de linguagem, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e sociais aplicadas ou formação técnica e profissional. Prevê a ampliação progressiva da carga horária instituindo a política de fomento ao ensino médio em tempo integral. Além disso, reinclui, como componente obrigatório, o estudo da arte, da educação física da filosofia e sociologia, materiais que haviam sido excluídas pela medida provisória em vigor. A referência à educação ambiental, porém, sai definitivamente da LDB. “Agora vai”, pensam alguns. Pensaram assim, também, tantos outros “reformadores” da nossa legislação educacional, como Benjamin Constant, com a reforma realizada em 1890; Epitácio Pessoa, em 1901; Rivadávia Correa, em 1911; Carlos Maximiano, em 1915; Francisco Campos, em 1931; Gustavo Capanema, em 1942. Pensavam assim, também, acredito, os militares quando da reforma do “ensino secundário”, em 1971. Alteraram nossa primeira LDB, aprovada dez anos antes: uma LDB passível de muitas críticas (como todas as reformas anteriores e posteriores), mas fruto de intensos debates num contexto democrático, o que é fundamental. Constant, Pessoa, Correa, Maximiano, Campos, Capanema, militares golpistas promoveram sua reorganização do ensino de cima para baixo. Convictos de suas razões do que é melhor para o Brasil, certos do caminho a ser seguido, dispensaram a participação dos destinatários. Não funcionou. O ensino médio continua ruim. Exige, sim, medidas urgentes para sua melhoria. Em 1959, Manifesto assinado por grandes professores, da direita à esquerda do pensamento político – incluindo Anísio Teixeira, Florestan Fernandes, Fernando Henrique Cardoso, Sérgio Buarque de Holanda e Miguel Reale – já constatava isso. Colocava o ensino secundário como “ponto nevrálgico” na questão das reformas escolares então discutidas. Permanece assim. A reforma do Temer, como a de tantos reformadores do passado, nos é imposta, de cima para baixo. Como a dos militares, em 1971, ataca uma LDB resultado de intensos e longos debates: um texto que, com seus erros e acertos, materializa o que pudemos construir com a participação de todos. A reforma do Temer veio por MP, instrumento que, como se manifestou o Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, em ação que tramita no Supremo Tribunal Federal, não é adequado para reformas em políticas públicas, menos ainda em esfera crucial para o desenvolvimento do País, como é a educação. “Agora vai” pensam alguns, como pensaram reformadores do passado, nos impondo seus erros e não nos levando a lugar nenhum. Penso que o melhor caminho é o debate, a participação. Aumenta a probabilidade de acerto e nos dá o consolo de que os erros a que estamos fadados são nossos. Erros e acertos coletivos, democráticos.



Unicamp divulga lista de aprovados no vestibular 2017 (Isto É Dinheiro – Geral – 13/02/2017)

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) divulga hoje (13) a lista de convocados na primeira chamada do vestibular 2017, no site. A Unicamp oferece 3.330 vagas em 70 cursos de graduação. Para este exame, foram registrados 73.489 inscritos. A matrícula deve ser feita de amanhã (14) a partir das 8h até quarta-feira (15) às 18h pelo site da instituição. Após essa etapa, os candidatos que fizeram a matrícula não presencial e foram convocados na lista da segunda chamada, que será divulgada no dia 17 de fevereiro (às 12 horas), devem efetuar a matrícula presencial no dia 21 de fevereiro, das 9 às 12 horas. A terceira chamada será divulgada no dia 21 de fevereiro e a matrícula para os convocados nesta lista será dia 23 de fevereiro. Informações sobre os documentos necessários para a matrícula podem ser consultados pela internet. No dia 2 de março, os matriculados nas três primeiras chamadas, inclusive aqueles que aguardam remanejamento, deverão fazer a confirmação de matrícula nos respectivos campi. Entre 3 e 6 de março, candidatos ainda não convocados e que tenham interesse nas próximas chamadas devem efetuar a declaração de interesse por vagas pela internet. Estão previstas até 11 chamadas de vagas remanescentes.

Unicamp divulga nesta segunda lista de aprovados no vestibular 2017 (Isto É – Geral – 13/02/2017)

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) divulga pela internet nesta segunda-feira, 13, a lista de aprovados na primeira chamada do vestibular 2017 da instituição. Todos os convocados nesta etapa do processo seletivo deverão realizar sua matrícula não presencial entre às 8h desta terça-feira, 14, e às 18h de quarta-feira, 15, exclusivamente na página eletrônica da Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest), com o número de inscrição e a senha. Neste ano, a Comvest registrou 73.489 inscritos no vestibular, dos quais 67.143 candidatos fizeram a prova da primeira fase, realizada em 20 de novembro. São oferecidas 3.330 vagas em 70 cursos de graduação da Unicamp.



Unicamp divulga lista de aprovados no vestibular 2017 (Exame – Brasil – 13/02/2017)

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) divulga hoje (13) a lista de convocados na primeira chamada do vestibular 2017, no site. A Unicamp oferece 3.330 vagas em 70 cursos de graduação. Para este exame, foram registrados 73.489 inscritos.



Veja a lista de aprovados no Vestibular Unicamp 2017 (Seja Bixo – Notícias – 13/02/2017)

São oferecidas 3.330 vagas em 70 cursos de graduação da Unicamp

A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp divulgou a lista de convocados em primeira chamada no Vestibular Unicamp 2017.Todos os convocados nesta chamada deverão realizar sua matrícula não presencial entre as 8 horas do dia 14 de fevereiro e as 18 horas do dia 15 de fevereiro, exclusivamente na página eletrônica da Comvest, utilizando seu número de inscrição e senha, caso tenham interesse em estudar na Unicamp. Os candidatos convocados em primeira opção que não realizarem a matrícula não presencial ficam excluídos do vestibular.

Matrícula em segunda opção

Os candidatos convocados na primeira chamada do Vestibular Unicamp 2017 para o curso escolhido como sua segunda opção deverão realizar a matrícula não presencial pela internet e optar ou não por aguardar uma possível vaga para o curso de primeira opção (remanejamento). Candidatos de segunda opção que não fizerem a matrícula pela internet perderão a vaga (segunda opção), mas continuarão concorrendo ao curso de primeira opção, podendo, assim, serem convocados nas próximas chamadas, de acordo com os critérios de classificação. Todos os candidatos que realizarem a matrícula não presencial ainda terão mais um compromisso: fazer a matrícula presencial após a divulgação de seus nomes na lista da segunda chamada – a ser divulgada no dia 17 de fevereiro (às 12 horas). A matrícula presencial da segunda chamada será no dia 21 de fevereiro. Importante: a vaga só estará garantida após a matrícula presencial, no dia 21 de fevereiro, das 9 às 12 horas.



Unicamp divulga lista de aprovados na primeira chamada do vestibular 2017 (Universia – Notícias – 13/02/2017)

Candidatos aprovados na Unicamp 2017 devem fazer matrícula online até quarta-feira (15)

A Unicamp divulgou nesta segunda-feira (13) a lista de aprovados na primeira chamada do vestibular. Os candidatos devem acessar o portal da Comvest para verificar se foram classificados.



Escolhas desiguais (O Globo – Educação – 13/02/2017)

Ao contrário do que acontece em outros países, no Brasil, ensino técnico hoje atrai alunos de maior renda

Uma das críticas mais comuns à reforma do ensino médio, aprovada na semana passada via Medida Provisória, é a de que ela, ao propor que o aluno possa optar por diferentes trajetórias, acabe ampliando desigualdades. Hoje, todos os estudantes precisam percorrer o mesmo caminho para obter o diploma, num sistema pensado quase que exclusivamente em quem pretende chegar à universidade. Com a reforma, será mais simples para o jovem optar mais cedo pelo ensino técnico, o que tende a aumentar a procura por esta modalidade. O receio de alguns é que os mais pobres escolham com maior frequência o caminho do técnico, enquanto mais ricos tenderiam a ficar numa das trajetórias acadêmicas, para ingressar no ensino superior.  O relatório do Pisa, exame internacional da OCDE divulgado em dezembro passado, indica que, de fato, quanto mais cedo essa escolha acontece, maior a chance de aprofundamento das desigualdades, com alunos mais pobres escolhendo o caminho profissionalizante. Há, portanto, um risco na reforma, ainda mais se não houver apoio financeiro às redes estaduais e sem uma preocupação constante de orientar bem os alunos para que suas escolhas não acabem limitando possibilidades futuras.  Mas, neste debate, é importante lembrar que o atual sistema, de trajetória única para todos, já é bastante desigual. Principalmente porque mais pobres têm probabilidade muito maior de abandonar a escola antes de completar o médio. A aposta do governo é a de que muitos desses que deixam de estudar precocemente continuariam em sala de aula caso tivessem mais opções. É um argumento válido, mas com a ressalva de que, seja lá o modelo que for colocado em prática, o principal problema está mesmo é na baixa qualidade desde o ensino fundamental, algo que a mudança no ensino médio em pouco interfere.  Há, porém, uma característica do sistema brasileiro que difere bastante do que é encontrado em outros países: aqui, os mais pobres hoje têm mais dificuldade de chegar ao técnico em comparação com os mais ricos. Temos, portanto, o problema oposto da maioria das nações. Um estudo apresentado em novembro do ano passado pela pesquisadora Rita K. Almeida, do Banco Mundial, revela que entre alunos que cursam o ensino técnico no Brasil, 37% estão entre os 20% mais ricos da população, e apenas 4% estão entre os 20% mais pobres. No ensino médio regular, são 18% de alunos que estão entre os 20% mais ricos (metade da proporção verificada no ensino técnico) e 19% entre os 20% mais pobres. Há diferentes formas de ingresso no ensino técnico, e a idade, o curso, ou o momento em que o aluno se matricula nele certamente tem influência no perfil do estudante. Mas é fácil entender por que, na média geral, o perfil do aluno do técnico é mais elitista no Brasil. Além de serem poucas as escolas de educação profissional, algumas delas, caso das mantidas pelo governo de São Paulo e pela rede federal, são vistas pela população como sendo de melhor qualidade. Esses estabelecimentos então realizam exames de admissão, e acabam assim selecionando uma clientela de maior nível socioeconômico. Com frequência, são jovens de classe média que buscam, legitimamente, neste ensino técnico uma educação pública de melhor qualidade, e que aumente suas chances de chegar ao ensino superior.



Artigo: Uma reforma incompleta (Diário do Amazonas – Artigo – 12/02/2017)

A grande discussão agora é sobre a reforma do ensino médio, aprovada recentemente. O projeto vem gerando muita polêmica entre acadêmicos, cientistas, educadores e outros especialistas principalmente por ter sido proposto através de Medida Provisória. Além disso, pretende aumentar a jornada do estudante das quatro horas diárias atuais para sete horas e ainda reduzir o […]

A grande discussão agora é sobre a reforma do ensino médio, aprovada recentemente. O projeto vem gerando muita polêmica entre acadêmicos, cientistas, educadores e outros especialistas principalmente por ter sido proposto através de Medida Provisória. Além disso, pretende aumentar a jornada do estudante das quatro horas diárias atuais para sete horas e ainda reduzir o total de disciplinas obrigatórias para que ele possa escolher uma área e se dedicar a partir do primeiro ano. Por sua vez, critica-se também não ter sido submetida antes a um amplo debate entre todos os interessados e a unificação das 13 matérias em quatro grandes áreas do conhecimento.



Quais os desafios na implantação da reforma do ensino médio nas escolas (Nexo – Artigo – 10/02/2017)

Projeto editado por Medida Provisória e confirmado pelo Congresso será executado, principalmente, pelos Estados, num processo gradual

O Senado confirmou na quarta-feira (8) o texto da Medida Provisória que institui a reforma nacional do ensino médio. Agora só falta o presidente Michel Temer (PMDB) assinar – e não há chance de isso não acontecer. Temer classificou a reforma como um “instrumento fundamental para a melhoria do ensino” no país.

A reforma do ensino médio tramitava em forma de projeto de lei elaborado por uma comissão especial de deputados desde 2013. O governo Temer, entretanto, decidiu acelerar o processo via MP editada em setembro de 2016. A justificativa do ministro da Educação, Mendonça Filho, é de que há uma “necessidade urgente de mudar a arquitetura legal desta etapa da educação básica” motivada, principalmente, pelos maus resultados dos estudantes no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).

As MPs entram em vigor assim que são publicadas, ou seja, têm efeito imediato, restando apenas ao Congresso confirmá-las ou rejeitá-las. A maneira como o processo foi conduzido, sem diálogo com a sociedade e os envolvidos, motivou duas ações de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal, que ainda irá julgar a questão. Não há previsão para que isso aconteça.



Reforma da educação (Diário da Região – Editorial – 10/02/2017)

Novamente uma questão fundamental para qualquer País que tenha a pretensão de se reposicionar na geografia econômico-social do planeta escorrega do debate técnico e imparcial para o raivoso Fla-Flu revestido de cores ideológicas e partidárias. A reforma do Ensino Médio aprovada pelo Senado nesta quarta-feira, dia 8, mostra a capacidade do governo Temer em garantir maioria no Congresso Nacional, mas está longe de representar um consenso.

É incontestável a urgência de uma revolução na educação pública brasileira. Poucas pessoas isentas da má-fé, demagogia política ou desonestidade intelectual teriam coragem de classificar como minimamente eficiente a escola de acesso universal oferecida às crianças e adolescentes de norte a sul do Brasil, salvo raríssimas exceções na forma de experiências pontuais.