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14/01/2009 / Em: Clipping

 

Vestibular Unicamp: para professores, história foi “previsível” e química “trabalhosa”    (UOL – Vestibular – 12/01/09)

Os professores de cursinho ouvidos pelo UOL Vestibular consideraram a prova de química da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) “trabalhosa” e “cansativa”. Já história, segundo eles, estava “boa para o aluno que estudou” e “previsível, dentro dos padrões da Unicamp”. De acordo com o professor do cursinho da Poli, Márcio Novaes, “o nível de dificuldade da prova de química foi elevado devido à falta de tempo”. Para ele, “ficou difícil para o vestibulando conseguir responder a prova inteira. As questões não tinham cálculos simples. Deveria ser uma prova de química e não de matemática”, criticou. Para o professor, entretanto, metade do exame estava “fácil”. “Quem estudou conseguiu resolver seis das doze questões sem problemas. Era impossível zerar a prova”, arriscou. O professor do Anglo, João Usberco, concorda com o colega na crítica à falta de tempo. “Havia muitos cálculos complexos desnecessários, o que fez o aluno demorar muito nas questões. A prova não deveria ser para avaliar habilidade matemática, mas sim conhecimento de química”.  Mas o docente elogiou a escolha do tema central da prova de química da Unicamp, as olimpíadas. “A prova foi excelente por ser contextualizadora”, opinou. Antonio Mario Salles, do Curso e Colégio Objetivo, também chamou a atenção para o tema “olimpíadas”, presente em todas as questões do exame. “Todo ano, a Unicamp faz a prova baseada em um tema central. Isso deixa e prova original, bonita e com uma sequência”, afirmou. Para ele, a prova estava “média para alunos de biológicas e exatas e difícil para alunos de humanidades. Houve seis questões de físico-química, isto é, metade da prova. O exame não foi fácil”, comentou. O professou destacou a questão número 12, que tratou da performance dos corredores nas olimpíadas, como a mais difícil da prova. “Foi muito trabalhosa, com gráficos complicados”

História

O coordenador de história do Curso e Colégio Objetivo, Daily de Matos Oliveira, considerou a prova de história da Unicamp “muito fácil”, se comparada às dos anos anteriores. “A prova da Unicamp sempre foi considerada um ‘bicho Papão’ pelos estudantes, mas neste ano não teve terror”, opinou. Para ele, a prova não apresentou dificuldade por contar com muitos textos de apoio, que ajudaram a encontrar a resposta. “Os intens a eram só de interpretação de texto; não era preciso conhecimento histórico para respondê-los. Já os itens b exigiam um conhecimento de história, mas nada muito complexo”. O professor ressaltou o fato de a Unicamp não ter se pautado sobre datas comemorativas. “Caiu 1.808, mas não a vinda da família real para o Brasil. Eles trataram da proibição do tráfico negreiro”, sublinhou. Já o professor do cursinho da Poli, Elias Feitosa, criticou o pouco espaço que o estudante teve para responder às questões. “A Unicamp limitou a resposta em 18 linhas. O vestibulando precisou ser muito conciso para conseguir responder a dois itens nesse espaço”.  Em relação aos assuntos abordados pelo exame, Elias destacou a questão 22 como interessante por tratar da independência da Índia. “A disputa de fronteiras entre Índia e Paquistão tem aparecido em diversos meios de comunicação. Se o aluno estivesse bem-informado, mesmo se ele não tivesse estudado o assunto em sala de aula, seria possível fazer a questão”, comentou. O professor de história geral do Anglo, Gilberto Marone, considerou a prova da Unicamp “benfeita, bastante abrangente e manteve a tradição da Unicamp em exigir leitura e reflexão”. Ele o fato de os textos apresentados no exame serem de nível universitário. “Mas não estavam complexos”, opinou. Para o professor, “o nível da prova foi adequado para selecionar o bom estudante”. José Carlos Moura, professor de história do Brasil, também do Anglo, concordou com o colega em relação aos elogios à prova. “A prova foi bem equilibrada. Eles abordaram assuntos desde o período colonial até o regime militar”, contou. Para o educador, os itens a das questões serviram para “equilibrar” o nível da prova. “Já que o exame é feito por alunos de todos os cursos, nada mais justo que a prova tenha questões mais fáceis”, comentou.

 

Tempo continua a ser obstáculo no 2º dia de provas da Unicamp, dizem estudantes  (UOL – Vestibular – 12/01/09)

A falta de tempo continuou a ser um obstáculo no segundo dia de provas da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), realizado nesta segunda-feira (12). Todos os candidatos ouvidos pelo UOL Vestibular reclamaram da desproporção entre prazo de entrega dos exames e trabalho exigido nas questões propostas e se queixaram do cansaço pós-exame. Hoje, os candidatos responderam a questões de química e história.  Helena Cavaleri, candidata a uma vaga em medicina, achou a 2ª fase da Unicamp mais difícil que a Fuvest. “A prova é muito cansativa, fiquei realmente exausta”, contou. A vestibulanda achou a prova de história “média” e a de química “trabalhosa”. “Em história, eles deram textos de apoio. Em todos os itens a, só era preciso fazer uma paráfrase do texto. Já nos itens b era necessário um conhecimento básico do assunto”, comentou. “Já a prova de química achei bem complicada. Tinha muito cálculo. Consegui responder a todas as questões, mas não tive tempo de revisar nada. Não dava para fazer rascunho”, opinou Helena, que saiu da prova apenas no momento em que os fiscais exigiram a entrega dos exames. “E com todos os meus colegas de cursinho com quem falei foi assim também”, relatou. Vinícius Cauhy Rodrigues, candidato a uma vaga em ciência do esporte, concordou com Helena sobre o nível de dificuldade da prova da Unicamp estar acima do da Fuvest. “E estavam mais difíceis que as de ontem”, opinou. Ele afirmou que mesmo tendo estudado bastante química, achou a prova difícil. “As questões estavam muito trabalhosas e o tempo foi curto”, reclamou. Já na prova de história, Vinícius acredita que não se deu muito bem. “Não gosto de história e não estudei. Mas havia textos de apoio que me ajudaram um pouco”.

Cálculos trabalhosos

Caio Senna, candidato a uma vaga em química, também reclamou da falta de tempo. “A prova de química trouxe questões tradicionais e conhecidas dos alunos de cursinho. Mas havia muitas contas ‘chatas’ e questões difíceis”, comentou. “Já a prova de história tinha muita interpretação de texto, nos itens a, e conhecimentos técnicos, nos itens b. O nível (de dificuldade) foi médio”.  Em relação ao tempo, Caio concordou com os demais candidatos ouvidos pelo UOL Vestibular. “O tempo na Unicamp é sempre muito curto. Eles exigem que você faça a prova correndo”. Já Felipe Miguel, candidato a ciências econômicas, achou a prova de história “tranquila” e a de química “complicada”. O tempo para ele, assim como para os demais entrevistados, foi um dificultador. “Fiquei com medo de não conseguir fazer tudo”, confessou o vestibulando, que terminou a prova faltando cinco minutos para o encerramento do prazo de entrega. “A prova de história tinha muita interpretação e muitos textos, mas não estava complicada. Já a prova de química tinha enunciados longos, todos sobre as olimpíadas. Os textos foram muito cansativos e havia muito cálculo. Acho que o ideal seria que a Unicamp desse mais meia hora para a gente fazer a prova, pois não deu tempo de revisar nada. Ontem consegui reler tudo, mas hoje não deu”, comentou.


Alunos consideram 2º dia da Unicamp difícil e cansativo  (Terra – Vestibular – 12/01/09)

Na opinião de alguns candidatos, o segundo dia da segunda fase do vestibular 2009 da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) não foi nada fácil. Para os estudantes presentes no prédio do Ciclo Básico, a complexidade das questões dificultou os exames de história e química, aplicados nesta segunda-feira.

“Estava difícil, cansativa e com excesso de texto para ler e interpretar”, disse Julia Tomic, 17 anos. Os amigos Olivia Polli, 16 anos, e Leandro Nobrega, 16, compartilham a mesma opinião. “História exigia muita, mas muita interpretação de texto”, reclamou Olivia. No entanto, o grupo encara com bom humor se não obtiverem uma vaga, pois avaliam que não estavam preparados para o processo seletivo. “Estudaremos mais para o próximo ano”, concordaram. O treineiro Gondin Tomaz, 17 anos, acredita que é positivo entender como funciona o vestibular. Segundo ele, história estava fácil, mas química complicou um pouco. “Química sempre foi assim, precisa saber calcular e conhecer a matéria para não sofrer”. O candidato em geografia Luis Felipe Valle, 19 anos, que presta o vestibular pela segunda vez, explicou que geralmente as provas da Unicamp exigem muita dedicação. “O exame de história é bem clássico, fala de política, regime militar e revolução. Estava bem elaborado e dava para ser resolvido bem rápido”. Sobre química, Luis Felipe avaliou-o como bastante exigente e bem interessante, principalmente a temática dos jogos olímpicos. “Falou-se de doping, fogos de artifício dos chineses e chuva ácida. Bem bolada.”, analisou. Por indicação do pai, um educador universitário, Gabriela Lucchese, 19 anos, tenta passar em matemática na universidade desde que ingressou no primeiro ano do colegial. “Unicamp sempre é difícil. Já conheço o estilo, que fala da vida de verdade, do cotidiano. É sempre surpresa. Tem que ter bastante preparo”, comentou. Ivan Franco, 23 anos, que está na terceira tentativa na Unicamp, afirmou que agora está amparado por uma bagagem maior. “Fiz cursinho e me apliquei. Antes eu enfrentei dificuldades porque tinha somente o aprendizado de escolas públicas fracas e deficitárias”, completou.

 

Companhia da família é apoio antes das provas da Unicamp  (Terra – Vestibular – 12/01/09)

A companhia da família poucas horas antes das provas do vestibular estimula e tranqüiliza os estudantes que se preparam para o segundo dia dos exames da segunda fase da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp.

Nas proximidades das salas de aplicação dos exames onde os candidatos enfrentam 24 questões de história e química nesta segunda-feira, circulam pais, irmãos e avós que são o apoio de última hora no momento do vestibular. Os aposentados Adão Gomes e Maria José Basso Gomes, deixaram o município de Taquaritinga, a 251 Km de Campinas, para acompanhar a maratona de provas do neto, o estudante Guilherme Martinate Gomes, 17 anos, que vai até quarta-feira. Guilherme, que é candidato à uma vaga em Engenharia Elétrica, e os avós estão hospedados na casa de parentes em Campinas. Segundo o avô do rapaz, ontem, primeiro dia de provas, os acompanhantes foram os pais de Guilherme. Hoje, dia útil, na impossibilidade dos pais estarem presentes, os avós assumiram a responsabilidade de apoiar o estudante. “A torcida é grande e a peregrinação também. A gente sofre junto mas também se alegra com a possível vitória dele”, conta o avô. “Essa é a segunda vez que Guilherme presta a Unicamp”, disse a avó. De acordo com ela, Guilherme tem “horror à disciplina de história”. “No ano passado, ele prestou como treineiro e até passou na primeira fase. Agora, como é para valer, ele trouxe até um caderno de história para estudar até o último momento.” Aline Reis, 18 anos, estava acompanhada de toda a família. Os irmãos menores, Mateus e Amanda, e os pais, Marcos e Adriana Reis, vieram de Jaguariúna, município vizinho à Campinas, trazer a estudante. “Viemos todos juntos para dar aquela força, para deixar a Aline mais calma e para ela saber que todos estamos com ela”, disse o pai. Segundo ele, é muito importante a família estar junto ao estudante em um momento de decisão como é o vestibular.  “É como se a gente tivesse prestando vestibular também”, comentou a dona de casa Laurice Benatti, que trouxe o filho Gustavo Bueno Benatti, 18 anos, que tenta pela terceira vez uma vaga em Engenharia de Controle e Automação. “Antes eu não estava preparado, mas agora que terminei o colégio, até fiz cursinho”, disse o rapaz que também fez vestibular como treineiro em 2007 e em 2008, assim que terminou o colégio. “A gente fica nervosa. Sei que ele está passando por isso, mas é só no momento das provas, depois vai ficar tudo bem”, diz Laurice.

 

Vestibular da Unicamp tem 6,79% de abstenções no 2º dia  (Terra – Vestibular – 12/01/09)

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) divulgou o número de alunos que deixaram de comparecer às provas do segundo dia da segunda fase do vestibular 2009 aplicadas nesta segunda-feira. De acordo com a instituição, 1.146 alunos – o que representa um índice de 6,79% do total de 16.885 alunos inscritos – se abstiveram de continuar no processo seletivo para disputar as 3.434 vagas oferecidas pela universidade.

De acordo com o Coordenador dos Vestibulares da Unicamp, Leandro Tessler, esse número é considerado normal na segunda fase do vestibular. “Este índice de ausentes está dentro do esperado, mas a tendência dos próximos dias é um número cada vez maior.” Leandro explica que muitos candidatos desistem por considerar que foram mal nas provas dos dias anteriores.”  A porcentagem de alunos faltantes do primeiro dia da segunda fase do vestibular foi de 6,29%. Na primeira fase, o índice de abstenção foi de 4,5%, o equivalente a 2.256 vestibulandos. Ao total, realizaram as provas 47.066 estudantes. A segunda fase, que ocorre entre os dias 11 e 14 de janeiro, está constituída de oito provas de natureza dissertativa com 12 questões cada uma: língua portuguesa e literaturas de língua portuguesa e ciências biológicas no primeiro dia; química e história no segundo dia; física e geografia no terceiro dia e matemática e inglês no último dia. A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) ressalta que os locais das provas não são necessariamente os mesmos da primeira fase do processo seletivo. Além dos locais, também há mudança de cidade em três casos: os candidatos que fizeram a primeira fase em Sumaré e Valinhos farão a segunda fase em Campinas; e aqueles que fizeram a primeira fase em São Bernardo do Campo farão a segunda em Santo André.


Exame de química da Unicamp cobrou muitos cálculos, dizem professores  (Globo.Com – G1 Vestibular – 12/01/09)

A quantidade de cálculos foi um fator de dificuldade para os vestibulandos que fizeram as provas de química da segunda fase da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), nesta segunda-feira (12). Segundo os professores ouvidos pelo G1, o exame foi trabalhoso e teve um nível de dificuldade de médio para difícil.  “A banca exagerou nas contas chatas. Considerando o tempo, o nível de dificuldade foi exagerado. Sem considerar, foi adequado”, afirma o professor de química do Cursinho da Poli, Marcio Novaes. Para o coordenador de Química do Objetivo, Antonio Mario Salles, o exame, que teve como gancho os Jogos Olímpicos de Pequim, foi original e criativo. “Mas a prova foi trabalhosa. Os enunciados são longos e algumas questões têm interpretação difícil. Para o aluno de humanas foi uma prova difícil. Para os estudantes de exatas e biológicas, foi de nível mediano”, opina. Segundo o coordenador de química do Etapa, Edison de Barros Camargo, o exame privilegiou a físico-química em oito das 12 perguntas. “Para ter sucesso, o candidato precisava ter um feeling da parte mais rápida. Era necessário habilidade para usar o tempo. E há questões que permitem um leque de respostas. São perguntas abertas”, analisa. Segundo o coordenador de química do Etapa, Edison de Barros Camargo, o exame privilegiou a físico-química em oito das 12 perguntas. “Para ter sucesso, o candidato precisava ter um feeling da parte mais rápida. Era necessário habilidade para usar o tempo. E há questões que permitem um leque de respostas. São perguntas abertas”, analisa. 

História

“Em praticamente todas as questões, o primeiro item era mais simples e o segundo exigia conhecimento maior. Nenhuma das questões tinha problema que pudesse causar dúvidas”, afirmou o supervisor de história do Anglo, José Carlos Pires de Moura. “Os textos não eram complexos, mas eram de autores renomados. A prova teve praticamente toda a programação de temas conhecidos”, analisa o professor de história-geral do Anglo, Gilberto Marone. “Foi uma prova mediana em termos de dificuldade. A divisão foi equilibrada e predominou o uso do texto. Não houve uso de imagem. Exigia do vestibulando capacidade de leitura e de escrever uma resposta concisa”, diz o professor de história do Cursinho da Poli Elias Feitosa.  A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) registrou abstenção de 6,79%, proporção inferior à registrada no segundo dia de provas do ano ano passado (7,92%). Dos 16.885 aprovados para a segunda fase, 1.146 não compareceram.

 

Unicamp cobra interpretação de texto em prova de história da 2ª fase  (Globo.Com – G1 Vestibular – 12/01/09)

A prova de história da segunda fase do vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) cobrou bastante interpretação de texto, segundo os vestibulandos ouvidos pelo G1. De acordo com os candidatos, cerca de metade dos itens da avaliação exigiu apenas a leitura do enunciado. Já química foi considerada difícil e abordou os Jogos Olímpicos.  “A prova de história estava fácil. Todos os itens ‘a’ pediam mais interpretação de texto. Já química era mais complicada. A primeira questão foi a que achei mais difícil”, conta Caroline Calegari, 19 anos, que presta vestibular para estatística. “Gostei muito da questão de ditadura de história, pois esse é um tema que a gente esperava que caísse.”  O que chamou a atenção de Renato Siccone, 18 anos, que presta engenharia química foi o mesmo que Caroline: “História abordou temas bastante gerais e pediu interpretação. Gostei mais de uma pergunta que falava das greves no ABC e da redemocratização”, diz. “História estava fácil e o enunciado entregava as respostas”, concorda o vestibulando Marcelo Orefice, 17 anos, que fez prova em busca de uma vaga em gestão de políticas públicas. 

Química temática

Gustavo Peres, 17 anos, que faz prova para engenharia mecânica, elogiou a prova de química. “Foi legal, porque era temática. Todas as perguntas foram baseadas nas Olimpíadas. Mas era como se o tema fosse uma desculpa para fazer a questão. Não exigia conhecimento do texto”, opina. “Achei química mais difícil que a Fuvest. Não estava fácil. O que se fala das Olimpíadas era praticamente só enrolação”, opina o vestibulando Akira Tsuzuki, 18 anos, que presta vestibular para engenharia mecânica. 


Unicamp registra abstenção de 6,29%  (Correio Popular – Cidades – 12/01/09)

Índice de ausências na abertura da 2ª fase do vestibular foi maior nas provas realizadas em Campinas

Apesar de ter apresentado uma ligeira redução na abstenção geral do primeiro dia de exames da segunda fase do Vestibular 2009 da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o número de ausentes em Campinas cresceu quase 1% neste ano. Ao todo, 4.703 deveriam participar ontem das provas de língua portuguesa, literatura e biologia no município, mas 283 se ausentaram ou chegaram atrasados. A situação, contudo, foi inversa na maioria das outras cidades onde foi realizado o vestibular. Dos 21 municípios, 16 apresentaram queda no número de candidatos faltantes. Em todo Brasil, 16.885 candidatos foram aprovados para essa fase, mas apenas 1.062 se ausentaram ontem, registrando uma abstenção de 6,29%. No ano passado, o número registrado foi de 7,35%. A cidade que apresentou maior número de abstenções esse ano foi Curitiba (25,61%) e a que registrou menos faltas foi Piracicaba (3,18%). Quem não desistiu da segunda fase da Unicamp pode conferir uma prova mais enxuta, num formato diferente, com enunciados menores, porém com o mesmo grau de dificuldade exigido em todos os vestibulares da universidade. “Nossas provas têm um grau de dificuldade gradativo. Não são totalmente fáceis, nem totalmente difíceis. Tentamos elaborar uma prova uniforme com questões de todos os graus de dificuldade”, explicou o coordenador da Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest), Leandro Tessler. A prova de língua portuguesa exigia do candidato total interpretação dos textos e o conhecimento da língua, incluindo questões sobre a mudança ortográfica. “Não estamos exigindo que o aluno responda de acordo com as novas regras ortográficas, pelo contrário, nem damos tanto valor a isso. A questão só exigia um pouco de conhecimento sobre assuntos divulgados diariamente pela mídia. Nosso candidato deve estar sempre atualizado”, disse. Os candidatos também deveriam ter lido as obras obrigatórias para se saírem bem nas questões de literatura. “Não adiantava só ler os resumos”, brincou o coordenador. Já na prova de biologia, o candidato se deparou com questões relacionadas a natureza e ao dia-a-dia, ligadas a temas atuais, como os Jogos Olímpicos de Pequim, as células-tronco e o teste de DNA.

Dificuldade

Mesmo com temas atuais, muitos candidatos ouvidos pela reportagem da Agência Anhanguera de Notícias (AAN) acharam a prova de biologia um pouco mais difícil do que a de língua portuguesa e literatura. “Estava mais complicada”, disse a candidata a uma das vagas para o curso de ciências sociais, Bárbara Tonhela, de 18 anos. Para ela, que já cursa a faculdade de jornalismo, a prova que exigia o português foi mais tranquila. “Não me surpreendi com nada.” O treineiro Vinícius Castilho Santos, de 17 anos, também concordou. “Estava fácil”, avaliou. Na visão do candidato a uma vaga para o curso de engenharia agrícola Fábio Guilhermino, de 19 anos, a prova de biologia apresentou grau de média dificuldade. “A de língua portuguesa foi tranquila, mas a de biologia foi mais trabalhosa”, afirmou o vestibulando que elogiou ainda o novo formato da prova. “Ficou melhor, porque no ano passado tinha de rasgar o caderno de questões para responder”, lembrou. O vestibulando Vitor Hugo Leite, de 18 anos, que tenta entrar no curso de tecnologia em informática, concorda e acredita que, para ele, a dificuldade maior será nas provas de matemática e física. A maratona continua até quarta-feira. Hoje os candidatos fazem os exames de química e história. Amanhã será a vez das provas de física e geografia e no último dia, os candidatos testam seus conhecimentos de matemática e inglês. Os portões abrem às 13h e fecham às 13h45. Não são tolerados atrasos. A prova começa às 14h e tem duração de quatro horas. A ausência ou nota zero em qualquer uma das provas consiste na eliminação do candidato. Os aprovados serão conhecidos no dia 5 de fevereiro e a matrícula começa no dia 10 do mesmo mês.

Atrasados encontram portão fechado

Apesar de não ter sido registrado trânsito intenso nas proximidades, pelo menos cinco candidatos chegaram poucos minutos após o portão se fechar, pontualmente às 13h45, no Campus 2 da Unip, no bairro Swift, onde ficou concentrado o maior número de vestibulandos. Alguns até tentaram questionar funcionários da Comvest, mas não houve brecha para nenhum candidato atrasado. Mesmo não querendo se identificar, os candidatos apresentaram diversas desculpas para a falha. Uns alegavam que estavam trabalhando até aquele momento, outros perderam o ônibus ou afirmaram que não leram direito o edital informando o horário de fechamento dos portões. “Achei que os portões fechassem às 14h. Vacilei”, disse um estudante que tentava pela segunda vez uma vaga no concorrido curso de engenharia elétrica e preferiu não se identificar.


Cálculos e enunciados longos dificultaram prova de química da Unicamp, dizem professores   (Folha Online – Educação – 12/01/09)

Os enunciados longos e a exigência de muitos cálculos dificultaram tornaram difícil a prova de química da segunda fase do vestibular da Unicamp, realizada nesta segunda-feira. Por outro lado, os professores de cursinho ouvidos pela Folha Online também a consideraram “criativa” e “bem elaborada”. “A Unicamp conseguiu fazer uma prova de química original e criativa, porém trabalhosa, porque trouxe enunciados longos e, em algumas questões, a interpretação do enunciado foi muito difícil”, afirmou o professor Antonio Mário Salles, do Objetivo. Neste ano, a prova de química teve como tema central os jogos olímpicos da China. “A Unicamp pegou as Olimpíadas de Pequim e trabalhou com tudo o que envolvia a química. Foi uma prova com questões criativas e abrangentes”, avaliou o professor João Usberco, do Anglo. “Mas algumas questões exigiram muitos cálculos numéricos e isso fez com que os candidatos perdessem um pouco de tempo, afinal, as contas são todas feitas sem calculadora”, disse Usberco. De acordo com a assessoria da universidade, 1.146 candidatos –dos 16.885 convocados para realizar as provas de hoje– faltaram, totalizando 6,79% de abstenção. O índice foi ligeiramente inferior ao do ano passado, quando 7,82% dos candidatos não compareceram ao segundo dia de provas. Ao todo, foram recebidas 49.322 inscrições para 3.434 vagas em 66 cursos da Unicamp e dois cursos da Famerp – Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto. Apenas 35,9% dos vestibulandos que realizaram a primeira fase foram selecionados para a segunda etapa. As provas seguem até quarta-feira (14) em 21 cidades: Campinas, São Paulo, Mogi-Guaçu, Jundiaí, Limeira, Piracicaba, Sorocaba, Santo André, Santos, Ribeirão Preto, São Carlos, São José dos Campos, Bauru, São José do Rio Preto, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Goiânia e Fortaleza. Amanhã (13) os vestibulandos fazem provas de física e geografia. Já no último dia, os candidatos fazem provas de matemática e inglês. As respostas deverão ser feitas no próprio caderno de questões, por isso o candidato não poderá levar o caderno. Os cadernos de questões serão disponibilizados para consultas na página eletrônica da Comvest, a partir das 18h de cada dia de prova da segunda fase. A Unicamp alerta que os candidatos devem levar a cédula de identidade original, caneta azul ou preta, borracha e régua pequena.

 

Prova de história da segunda fase da Unicamp foi bem elaborada, dizem professores  (Folha Oline – Educação – 12/01/09)

A prova de história, aplicada nesta segunda-feira no segundo dia da segunda fase do vestibular 2009 da Unicamp, foi considerada bem elaborada por professores ouvidos pela Folha Online. Hoje, dos 16.885 convocados para realizar as provas, 1.146 candidatos faltaram, totalizando 6,79% de abstenção. Para o professor Gilberto Marone, do cursinho Anglo, a prova não foi muito complexa, com seis questões na primeira parte e cada uma delas com dois itens. “O primeiro item [de cada questão] pedia para transcrever parte do texto, não chegava a ser uma interpretação. Somente no segundo item a prova pedia reflexões sobre o texto”, afirmou Marone. A Unicamp seguiu sua tradição, segundo Marone, ao trazer questões com abordagem de temas sociais, na segunda parte da prova. “Foi uma prova adequada”. Para o professor Daily de Matos Oliveira, do colégio e cursinho Objetivo, o segundo item exigia do aluno um conhecimento específico, abrangente, mas simples. “Isso não significa que a prova foi fácil. O candidato teve de fazer uma lista com os itens que a questão pedia. Não era necessário se aprofundar, mas tinha que colocar todo o conteúdo pedido. Foi uma prova direta”, afirmou o professor. As provas seguem até quarta-feira (14). Amanhã (13) os vestibulandos fazem provas de física e geografia. Já no último dia, os candidatos fazem provas de matemática e inglês. As respostas deverão ser feitas no próprio caderno de questões, por isso o candidato não poderá levar o caderno. Os cadernos de questões serão disponibilizados para consultas na página eletrônica da Comvest, a partir das 18h de cada dia de prova da segunda fase.


Unicamp testa hoje Física e Geografia e abstenção cai   (Gazeta de Limeira – Notícia – 13/01/09)

Os candidatos a uma vaga na Unicamp concluíram ontem metade do processo seletivo. Das oito disciplinas da 2ª fase do vestibular, quatro ainda serão testadas e a média de abstenção em Limeira está menor do que em 2008. Hoje acontecem as provas de Física e Geografia, e amanhã, de Matemática e Inglês.  Ao sair pelo portão do Cotil/Ceset (Unicamp), os candidatos expressam todos os sentimentos guardados durante a prova. Cansaço, arrependimento, raiva, tristeza, dúvida, alegria e, o principal, alívio. Após mais um dia de prova, eles sentem que o dever foi cumprido e que agora faltam poucos dias para encerrar a maratona de vestibulares.  Esse cenário tem se repetido desde domingo, quando teve início a 2ª fase do vestibular da Unicamp. Após a prova, os candidatos se reúnem em frente ao Cotil para avaliar o seu desempenho e comentar a prova com os colegas. “História estava mais fácil pois era interpretação de texto, mas Química estava muito difícil. O tema era Olimpíadas”, contou a estudante Carolina Furlan Carcaioli, 22, que concorre a uma vaga no curso de Geografia. Enquanto aguardavam o transporte para casa, Jéssica Cinati, 19, Willian Augusto Pavão, 19 e Bruna Mafra, 20, também discutiam as questões da prova. Eles são de Pirassununga e estão prestando cursos do câmpus de Limeira. “Escolhemos Limeira porque é mais perto de nossa cidade”, contou Willian. Jéssica e Bruna são concorrentes no curso de gestão de empresas e Willian quer gestão de agronegócio. Eles estão prestando pela primeira vez o vestibular da Unicamp e foram unânimes ao classificar a prova de Química, aplicada ontem, como a mais difícil. “Estudei muito nestes dois anos de cursinho, mas nem toda preparação é suficiente para o vestibular da Unicamp”, ressaltou Bruna. Para Jéssica, o importante é não “zerar” nas disciplinas. “Preciso acertar pelo menos meia questão”, brincou. O estudante Gustavo Boriolo, 17, não teve dificuldade em resolver as questões de Química, uma vez que ele está prestando curso de engenharia química. “O que estava complicado eram as contas e tinha que ler muito”, falou.