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15/05/2017 / Em: Clipping

 

 

 

 

Haddad critica reforma do ensino médio por meio de MP  (Valor Econômico – Política – 13/05/2017)

O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação Fernando Haddad criticou a reforma do ensino médio feita pelo governo federal por meio de Medida Provisória (MP). Segundo ele, a proposta do governo não tem “nenhuma diretriz” clara e é genérica demais. O ex-ministro criticou ainda a forma como a reforma foi proposta. “Eu faria a discussão por projeto de lei, nunca por medida provisória”, disse, acrescentando que essa seria a melhor forma de se fazer o debate sobre o tema. Haddad participou em Londres do seminário Brazil Forum UK, que discute vários assuntos relacionados ao Brasil e ao futuro do país. O ex-prefeito defendeu ainda a recuperação do Plano Nacional de Educação (PNE), que, na avaliação dele, é a melhor forma de se discutir e se dar mais proeminência à educação. “Precisamos tratar a educação como proposta de Estado e o plano faz isso”, observou. “Se formos ter uma discussão de educação como política de governo, ninguém vai se entender nesse momento no Brasil”, emendou.

 


 

 

 

Enem 2017 já tem mais de 3 milhões de inscritos (Agência Brasil – Educação – 13/05/2017)

O número de inscritos para participar das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já ultrapassou os 3 milhões. Até as 18 horas de hoje (13), já haviam se inscrito 3.059.538 de candidatos, segundo informações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os interessados em participar do exame podem se inscrever pela internet, no site do Enem, até as 23h59 (horário de Brasília) do dia 19 de maio. A expectativa é que cerca de 7 milhões se inscrevam para as provas deste ano. As inscrições começaram na última segunda-feira (8). As provas serão aplicadas em dois domingos consecutivos, nos dias 5 e 12 de novembro. Para concluir a inscrição, o candidato deve pagar a taxa do exame que, este ano, é R$ 82. O prazo para que isso seja feito vai até o dia 24 deste mês. Pelas regras do edital, estão isentos da taxa os estudantes de escolas públicas que concluirão o ensino médio este ano, os participantes de baixa renda que integram o CadÚnico e os que se enquadram na Lei 12.799/2013 que, entre outros critérios, isenta de pagamento aqueles com renda igual ou inferior a um salário mínimo e meio, ou seja, R$ 1.405,50. O resultado das provas poderá ser usado em processos seletivos para vagas no ensino público superior, pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), para bolsas de estudo em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni), e para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

 


 

 

 

Mães vestibulandas contam como conciliam estudo e trabalho (Catraca Livre – Educação – 12/05/2017)

Conciliar estudo e trabalho não é uma tarefa fácil, imagine para uma mãe que trabalha dentro e fora de casa. O Stoodi, plataforma de educação à distância, traz alguns depoimentos de alunas que contam como lidam com os estudos para o vestibular, emprego, além dos cuidados com os filhos pequenos. A gaúcha Mariene da Silva Pereira Vidal, de 25 anos, é uma destas mães que não desistiram do sonho da universidade, apesar da enorme dificuldade. Há 11 meses, no dia do parto de seu primeiro filho, a obstetra dela constatou que havia uma irregularidade nos batimentos cardíacos do bebê, que estavam caindo ainda dentro da barriga. Nos seus primeiros minutos de vida, seu filho, Arthur, não pôde ficar ao lado da mãe porque foi levado às pressas para a UTI Neonatal paras receber oxigênio. Foram 12 dias de internação e sete na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI). “No final, Deus nos concedeu essa vitória. Recebemos a nossa alta e finalmente pudemos levar nosso Arthur para casa”, se emociona. Hoje Mariene retomou os estudos e pretende cursar medicina na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Segunda ela, se não fosse a educação à distância, não seria possível conciliar os cuidados com o filho de 11 meses, as obrigações profissionais e os estudos. “Com a internet posso assistir às aulas do meu plano de estudos em qualquer lugar. Geralmente estudo enquanto meu filho dorme e baixo as aulas pelo aplicativo para assistir no tempo vago que tenho no serviço”, explica ela. Dados recentes do IBGE mostram também que muitas mulheres engravidam no período de preparação para o vestibular ou logo depois de entrar na faculdade. Das 3 milhões de mulheres universitárias pesquisadas, 8,81% eram mães de filhos pequenos (de 0 a 4 anos). É a história da maranhense Lahanna Viana Lobo, de 21 anos. Quando seu filho nasceu ela cursava o primeiro ano do curso de farmácia. A maternidade trouxe novas obrigações e complicou sua rotina acadêmica, mas também proporcionou uma reflexão sobre suas escolhas. “Tive que trancar a faculdade no segundo período por conta das aulas práticas no laboratório. Aproveitei para pensar um pouco na vida e percebi que este curso não era o que eu queria. Decidi estudar para fazer o Enem e tentar entrar numa faculdade pública de medicina”, contou Lahanna. “Cuidar de um filho pequeno e estudar não é nada fácil, mas sei que um dia vou olhar para trás e perceber que tudo valeu a pena, até mesmo aqueles dias em que eu olho para o relógio marcando 3h da madrugada e me dou conta que terei apenas quatro horas para descansar”, disse. Sara Ferreira de Carvalho, de 21 anos, montou um esquema de estudos especial para alcançar um bom resultado no vestibular de direito na Universidade Federal do Piauí (UFPI). A rotina dela de mãe, dona de casa, empreendedora e estudante é milimetricamente cronometrada. Começa logo às 6h, quando se divide entre preparar o café da família e arrumar o pequeno Sayron, de três anos, para deixá-lo na escola. Sara volta para casa correndo para fazer tarefas domésticas e estudar, até às 11h para buscar o filho. “Depois do almoço, eu e meu marido reservamos mais ou menos duas horas para brincar e dar atenção ao Sayron”, detalhou. Das 14h às 17h é o período em que ela se dedica ao negócio da família: um pequeno salão de beleza. Após o trabalho fora, é hora de trabalhar dentro de casa, com a arrumação da casa e o jantar. Sara ainda encontra tempo para fazer a tarefa de casa junto ao filho e encarar mais uma maratona de estudos pelo computador: das 19h às 23h. “É claro que na prática nem tudo acontece bonitinho assim do jeito que está descrito. Ao longo do dia, vários imprevistos acontecem: é quase impossível seguir uma rotina tendo uma criança de três anos em casa. Mas como toda mãe já vem com superpoderes, lido com tudo isso facilmente, com muito amor e dedicação”, finaliza.