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16/11/2015 / Em: Clipping

 


Fuvest, Unicamp ou Vunesp? Veja as diferenças entre os vestibulares de SP   (Globo.Com – G1 Vestibular – 14/11/15)

Mais de cem mil estudantes começam neste fim de semana a maratona de vestibulares das universidades paulistas. Nos próximos três domingos, serão três provas, cada uma com 90 questões de múltipla escolha. A primeira é a da Universidade Estadual Paulista (Unesp), aplicada pela Vunesp, que acontece neste domingo (15). No dia 22, é a vez da primeira fase da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Já a Fuvest, que seleciona estudantes para as vagas da Universidade de São Paulo (USP), aplica sua prova objetiva no dia 29 de novembro.Apesar de parecidos, os três vestibulares têm diferenças marcantes, segundo professores ouvidos pelo G1. As distinções vão desde o peso que cada matéria tem nas provas até o tipo de redação que o candidato precisa fazer. Mas, segundo os cursinhos, o conteúdo exigido pelas três instituições, na hora de selecionar seus calouros e calouras, é semelhante: são as matérias do currículo do ensino médio. “Em termos de preparo é bem parecido”, explicou o professor Edmilson Motta, coordenador-geral do Curso Etapa. “O pessoal que tem desempenho melhor em um acaba tendo desempenho melhor em todos. Você não vê uma pessoa que não tenha feito uma boa prova da Vunesp, e vai na Fuvest e tira uma nota alta, é muito raro.” Veja abaixo as características específicas de cada vestibular:

Cai o total de alunos na rede pública, apontam dados da Pnad 2014   (Globo.com – G1 Vestibular – 13/11/15)

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que houve diminuição no total de estudantes da rede pública. No período do levantamento, 75,7% dos estudantes estavam na rede pública. No ano anterior, a proporção era de 76,9%. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, divulgada nesta sexta-feira (13). O estudo investiga dados sobre população, migração, educação, emprego, família, domicílios e rendimento.



Aluno que estuda em sala superlotada tem nota menor no ensino médio   (UOL – Educação – 16/11/15)

A quantidade de alunos por sala tem forte impacto no desempenho dos alunos. No índice de qualidade da rede estadual de São Paulo, o Idesp, as escolas de ensino médio com superlotação têm nota 22% menor que a média do Estado – que já é baixa. A reportagem utilizou o Idesp de 2013. No ensino médio, o Idesp das escolas lotadas é de 1,4, contra a média de 1,8 da rede. Nos anos inicias, o resultado dessas escolas foi de 4,2, índice 4% menor que a média, de 4,4. Nos anos finais, escolas lotadas ficam no patamar da média: 2,5.



Para professores, prova da Unesp foi trabalhosa e cobrou temas atuais  (Folha Online – Educação – 15/11/15)

A prova de primeira fase do vestibular para Unesp, realizada neste domingo (15), foi trabalhosa e exigiu conhecimentos atuais, segundo professores. Questões com textos longos também ajudaram a elevar o nível do exame.  Os candidatos tiveram quatro horas e meia para responder a 90 questões de múltipla escolha. A lista de convocados para a segunda fase do vestibular será divulgada no dia 2 de dezembro. Segundo Célio Tasinafo, professor de história e diretor pedagógico do colégio Oficina do Estudante, a prova foi similar às edições anteriores do exame. “A maior diferença foram nas provas de português, com questões mais tradicionais em literatura, cobrando conhecimento específico de obras e autores, e mais perguntas de gramática”, opina. “A parte de literatura exigia muita memorização, tinha que ter decorado o conteúdo”, critica Paulo Moraes, diretor de ensino do Anglo Vestibulares. Os enunciados de física também foram de nível mais elevado do que em edições anteriores, exigindo o domínio de conceitos, segundo os professores. As provas de inglês e química foram inteiras temáticas, sobre alimentos transgênicos e o Ano Internacional da Luz, respectivamente. As perguntas sobre a língua estrangeira porém, destacaram-se por trazer um vocabulário difícil para a maioria dos estudantes. Textos longos e densos também dificultaram a vida dos candidatos, que têm em média 3 minutos para responder a cada pergunta.


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Mente aberta   (O Estado de S.Paulo – Aliás – 13/11/15)

Entrevista. Fernando Savater

Cruzaram-se por acaso essa semana, em São Paulo, os filósofos Simone de Beauvoir, francesa, ícone do feminismo, e Fernando Savater, espanhol, reconhecido pensador da filosofia da educação, com livros traduzidos em 20 países. Savater esteve no Brasil para o evento Fronteiras do Pensamento, na quarta-feira. Beauvoir, que morreu em 1986, esteve por aí, em rodas de conversa e redes sociais, estrela de questão da prova do Enem, o que levou dois deputados reacionários a qualificarem o teste como “doutrinação” feminista, e seus seguidores a chamarem a filósofa de “nazista” e “pedófila”. Defensor de “educar para a tolerância”, Savater sorriu quando Beauvoir apareceu a ele, em forma de pergunta. Respondeu assim: “Sempre que ouvi falar de doutrinação na educação foi de pessoas relacionadas à intolerância religiosa, cujo único fim no ensino é, sempre, doutrinar. E, porque são intolerantes, doutrinam para pior. Na Espanha franquista, os padres o faziam. Temo que seja assim em todo lugar.”  Savater soube também que, por aqui, pedir a alunos que escrevam sobre violência contra a mulher, tema da redação do Enem, ainda causa polêmica. “Se houve controvérsia, é preciso mesmo falar disso em aula”, disse o filósofo, que defende, em O Valor de Ensinar (Planeta), “escolas plurais, que ensinem a respeitar, inclusive, aquilo de que não gostamos”. Autor de mais de 80 livros sobre ética, política educação, Savater cultiva a clareza e a linguagem simples em seus textos. Certa vez, foi acusado de “trivial”. Rebateu: “trivialidade é o que fica na cabeça de um imbecil quando escuta alguém falar com clareza”. E é porque ainda não estão lá tão claras as razões do governo paulista para fechar 94 escolas (30 delas com notas acima da média e, entre as que ficam na capital, a maioria está na periferia), que Savater quis falar sobre isso apenas “por princípio”. “Sempre vou preferir que se feche um McDonald’s do que se feche uma escola”, como disse ao Aliás.