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Cotas nas universidades paulistas (O Estado de S.Paulo – Opinião – 17/04/13)
Pressionadas pelo governador Geraldo Alckmin para adotar um sistema de cotas que entre em vigor em 2014, as universidades públicas paulistas estão num impasse. Lançado há quatro meses, o modelo proposto – o Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Público (Pimesp)- foi aprovado pela Unesp e Unicamp, mas rejeitado por unidades da USP – como as Faculdades de Direito e Medicina e a Escola Politécnica. As congregações dessas escolas se manifestaram a favor das cotas, mas não chegaram a um acordo sobre o modelo a ser adotado. A Faculdade de Medicina prefere um programa de avaliação continuada da rede pública de ensino básico, para selecionar os alunos com melhor desempenho escolar. Já a Faculdade de Direito discorda de uma das principais medidas do Pimesp – a criação de um curso preparatório, com base no qual os cotistas serão selecionados. A preocupação de Alckmin com a questão das cotas universitárias é mais política do que pedagógica. Ele pretende disputar a reeleição em 2014 e precisa de uma bandeira eleitoral para a área da educação superior.
Pela primeira vez nas universidades brasileiras, o curso de engenharia tem mais calouros do que o de direito. E a procura por essa carreira deve crescer ainda mais nos próximos anos. Na sala de aula, eles e elas estão atentos. São alunos de engenharia de olho no quadro e na quantidade inédita de obras sendo erguidas de norte a sul. Obras que necessitam de engenheiros. “Tinha facilidade em matemática e física no ensino médio e o mercado de trabalho me atraiu muito”, conta o estudante Vinicius Maia. Desde o início dos anos 2000, nunca houve tantas pessoas estudando engenharia no Brasil.