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17/05/2013 / Em: Clipping

 


Geologia passa a ser primeira opção   (Correio Popular – Cenário XXI – 17/04/13)

A grande demanda por profissionais para a exploração de recursos naturais no Brasil eos bons salários fizeram sair das sombras uma profissão durante muito tempo considerada segunda opção de vestibulandos: a geologia. Mas a imagem romântica do geólogo em uma jazida, com um martelinho na mão e um altímetro em outra, ficou no passado.Os profissionais das grandes empresas têm hoje sofisticados equipamentos para análise de solo, como sondas ultrassônicas e satélites. Além de serem disputados no ramo petrolífero, os geólogos são cada vez mais requisitado sem grandes obras de infraestrutura.Na região de Campinas e Interior do Estado,a necessidade de minérios para a construção civil movimenta o mercado de geologia em pedreiras. E nos litorais do Sul e Sudeste, a construção das plataformas de exploração de petróleo na camada pré-sal exige milhares de profissionais. Somente na Petrobras, são 1.174 geólogos em campo, centros de pesquisas ou desenvolvendo tecnologias que otimizem a extração do hidrocarboneto.O geólogo é responsável por localizar minérios na natureza e acompanhar a exploração em jazidas e depósitos subterrâneos, dentro dos parâmetros da legislação ambiental— faz parte da profissão evitar qualquer dano ao meio ambiente. Por isso, ele é especialista na formação, estrutura e composição da crosta terrestre e nas alterações sofridas por ela ao longo do tempo.A diretora do curso de geologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Fresia Ricardi Branco, explica que somente o geólogo tem a técnica para prospectar e explorar devidamente recursos naturais. “Eles compreendem a formação geológica do solo de cada região e coordenam a extração de forma consciente. Também podem evitar desastres naturais”, disse Fresia. A excelente projeção do mercado de trabalho já desperta interesse dos adolescentes: o último vestibular para geologia da Unicamp teve concorrência de 30 alunos por vaga,mais do que cursos tradicionais,como economia e engenharia da computação. Mas ainda faltam profissionais no mercado. A escassez é tanta que as empresas contratam  rapidamente universitários que deveriam estar em estágios.“Não temos mais alunos para fazer trabalhos de pesquisa na universidade. A maioria trabalha em empresas ambientais ou de exploração”, afirmou a diretora.

Consultorias
Outro campo promissor para o geólogo são as consultorias, com a elaboração de laudos e projetos ambientais para parcelamentos de solo e obras de grande porte. Depois de trabalhar por décadas no Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) e passar pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente, o geólogo Dirceu Pagotto Stein adquiriu bagagem suficiente para abrir a sua própria empresa de consultoria em Campinas. “Nossa principal demanda na região, cerca de 70% do trabalho, são para empresas de mineração. Os principais recursos são a pedra britada, a argila vermelha para cerâmica e a areia”,explicou.Laudos geológicos mal feitos são estopim para acidentes nas obras, de acordo com Stein. Tragédias como deslizamento de taludes, com soterramento de  funcionários, são cada vez mais comuns porque profissionais relapsos não se aprofundam nos estudos. “Muitos fazem um relatório pró-forma, apenas para consta rnas prefeituras ou órgãos de fiscalização, mas grandes construções necessitam demais do que isso”, disse o geólogo.

Geóloga roda países em busca de aperfeiçoamento e jazidas   (Correio Popular – Cenário XXI – 17/05/13)

A vontade de trabalhar fora do ambiente de escritório e em contato com a natureza levou a campineira Julia ChinellatoTulimoski a escolher geologia ao prestar vestibular da Unicamp. Hoje, formada há dois anos, está na Minera Fuego, empresa de exploração mineral do Chile, e recebe salário equivalente a R$ 12 mil. Julia fez intercâmbio na A&M University, no Texas, Estados Unidos, e estagiou em uma empresa mexicana antes de se formar. A experiência foi essencial para conseguir um emprego fora do País. “Fui contratada em menos de uma semana depois de começar a procurar emprego. Escolhi o Chile, apesar de estar participando de processos seletivos no Brasil também, porque o salário era mais alto”,contou.Julia é geóloga de exploração e vai a campo para buscar indícios de jazidas de minério chilenas.Mas também passa bastante tempo em escritório para desenvolver mapas geológicos e escrever relatórios. “A busca, no geral, é longa. Primeiro, reconhecemos os tipos de rochas, depois analisamos as formações rochosas, as idades geológicas. Tudo isso nos dá informações para constatar indícios de jazidas subterrâneas”, explicou Julia, que trabalha nove dias seguidos e folga cinco.Segundo a profissional, o trabalho do geólogo não fica restrito apenas a análises de rochas e relatórios: muitas vezes, o profissional deve ter jogo de cintura para poder ter acesso a áreas restritas. “Passo vários dias somente tentando convencer fazendeiros a deixar eu entrar na propriedade deles. Nós também temos que saber lidar com pessoas.” Todos os colegas de classe de Julia estão empregados, a maioria no Brasil. No entanto, a geóloga tem amigos na América do Sul, África, Austrália, Estados Unidos e Canadá. “O mercado só não está bom na Europa. Temos muitos geólogos espanhóis vindo procurar emprego no Chile”,disse.

Salário e trabalho ao ar livre atraem candidato ‘aventureiro  (Correio Popular – Cenário XXI – 13/05/13)

O trabalho ao ar livre e o salário inicial graúdo pesaram na escolha da profissão do estudante Bruno César Coral, de 17 anos, que no final deste ano tentará uma vaga de geologia na Unicamp. O adolescente afirmou que não se importa em viajar constantemente para explorar áreas—conhecer novos lugares é uma das características que mais atrai o jovem na geologia. “Escolhi sabendo que seria difícil me fixar emuma região. Tenho o espírito aventureiro, gosto de explorar novos lugares e a natureza. A questão da geologia é como explorar os recursos sem afetar o meio ambiente. Isso me instiga.” Se ingressar no curso, Bruno terá parte considerável da formação em aulas práticas extra classe. O bacharelado começa com matérias básicas, como física, matemática, química e biologia, mas também tem atividades em campo para o aluno se familiarizar com os conteúdos próprios da geologia. Em seguida, entram no currículo algumas disciplinas específicas, como petrografia (descrição e análise de rochas), sedimentologia e paleontologia. A ênfase à formação profissional é dada nos últimos anos, com aulas de geologia urbana, econômica, sensoriamento remoto, entre outros.O curso dura,em média,cinco anos.



Paulistas são os que mais migram de estado pelo Sisu   (Globo.Com – G1 Vestibular – 17/05/13)

Os estudantes paulistas são os que mais “abocanharam” vagas em universidades federais e institutos federais de ensino superior de fora do estado no primeiro semestre de 2013 por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Levantamento feito pelo MEC e obtido com exclusividade pelo G1 sobre a mobilidade dos estudantes matriculados nas instituições mostra que, dos 15.671 jovens que foram estudar em outro estado, 4.839 saíram de São Paulo. Isso representa 30,8% do total da mobilidade do Sisu. Os estudantes paulistas foram para universidades de 24 estados e do Distrito Federal. Só no Amapá e em Rondônia não foram feitas matrículas de alunos oriundos de São Paulo. O principal contigente de paulistas ficará em Minas Gerais: 1.501 estudantes matriculados nas universidades federais mineiras. Os outros principais destinos dos estudantes de São Paulo são Rio de Janeiro (724 alunos), Paraná (693), Mato Grosso do Sul (614), Rio Grande do Sul (597) e Mato Grosso (249). São Paulo tem quatro instituições federais: a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Universidade Federal do Grande ABC (UFABC) e o Instituto Federa de São Paulo (IFSP).



Universitários no divã   (Globo On Line – Educação – 06/05/13)

Dificuldades de relacionamento e de aprendizado, cobranças, dúvidas sobre a profissão. Tudo isso pode fazer a tão sonhada vida universitária virar um perrengue. Se a pressão é grande, busque ajuda, orienta a psiquiatra Tânia Maron, que coordena o Serviço de Apoio Psicológico ao Estudante da Unicamp. Tânia Maron: O aluno entra na universidade no fim da adolescência, que é um período de muitas transformações. E, ao chegar, encontra exigências que são muito diferentes das vivenciadas no ensino médio, no qual ele ainda é muito amparado. Aí ele pode ter dificuldades para se adaptar. Além disso, boa parte dos quadros de saúde mental começa a surgir nessa faixa etária.