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18/10/2013 / Em: Clipping

 


O Enem de 2013  (O Estado de S.Paulo – Opinião – 18/10/13)

Marcado para os dias 26 e 27 deste mês e com cerca de 7,1 milhões de inscritos, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mais uma vez será realizado em meio a uma polêmica sobre as implicações políticas de suas perguntas e os critérios de correção – principalmente o da prova de redação. Nas últimas edições, algumas questões foram formuladas com nítido viés ideológico, avaliando não o conhecimento dos alunos, mas sua opinião com relação a temas como direitos humanos e identidade sexual, por exemplo. No caso da redação, a falta de domínio das normas cultas do idioma não foi levada em conta na definição das notas.  Redações com erros grosseiros de ortografia – como “enchergar”, “rasoavel” e “trousse”- e de acentuação, pontuação e concordância obtiveram a nota máxima na prova de 2012. Na época, vários pedagogos afirmaram que a concessão de nota máxima a quem não tem mérito leva os estudantes a se acomodarem e estimula a banalização da língua portuguesa, impedindo a formação de profissionais capazes de se comunicar corretamente.



Caloura da USP cria cursinho para ensinar sobre Enem na periferia de SP   (Globo.Com – G1 Vestibular – 18/10/13)

Amanda Nascimento Vicente, de 20 anos, mora na Vila Guacuri, divisa entre Diadema, no ABC, e a Zona Sul de São Paulo, e sempre estudou em escolas públicas. Para conseguir entrar na Universidade de São Paulo (USP), onde cursa o primeiro ano do curso de letras, precisou trabalhar para pagar um curso pré-vestibular. Foi inspirada na própria história que ela, com apoio de parceiros, criou no mês de agosto o primeiro cursinho popular do bairro, específico para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), onde também dá aulas de português e redação como professora voluntária. A criação da unidade foi uma parceria com a Casa de Cultura e Cidadania, localizada no bairro, que disponibilizou a sede para as aulas, e com o Cursinho Popular Mafalda, que já atende jovens na região da Vila Carrão, Zona Leste de São Paulo, e ofereceu a metodologia de ensino. Criou-se, então, o Cursinho Popular Mafalda da Vila Guacuri. “Eu vejo uma situação triste no bairro, o ensino é fraco, a escola sucateada. Eu sempre quis fazer uma faculdade, mas o bairro oferecia muito pouco.