×
20/05/2009 / Em: Clipping

 


Por que a resistência hercúlea às cotas?  (Globo On Line – Opinião – 19/05/09)

Artigo do leitor Ademir Pedrosa

Se me perguntarem o que penso das cotas, respondo sem pestanejar: sou totalmente a favor. Tenho visto opiniões contrárias de alguns intelectuais. Inclusive, Caetano Veloso, que manifestou sua opinião (“Revista Cult”) não sendo muito simpático às cotas. Essa tendência instintiva do compositor baiano é um pouco demais reacionária. Racismo velado é um câncer que não se manifestou, e que destrói silenciosamente. A cota é um paliativo que vai frear um pouco essa corrosão, pois de certo modo traz à baila um mal que muita gente finge que não vê e que acha que não existe. Quem acha que as cotas não resolvem nada acha também que a violência, a ignorância, e a fome não têm remédio. Isso me infunde medo, porque corrompe na gente a esperança com a qual se pretende encurtar a discrepância social entre o pobre e o rico, sabendo-se que os negros, dentre os pobres, são os mais miseráveis. Brizola, quando foi governador do Rio Grande do Sul e prefeito de Porto Alegre, construiu 6 mil escolas e erradicou o analfabetismo naquele estado. Feito que até hoje nenhum governante chegou nem sequer perto. Mas para isso Brizola teve que fincar a pedra fundamental da primeira escola, que para muitos era uma utopia. Às vezes é preciso começar pelo improvável. Eu acho que se as cotas podem botar um pouco de negros numa universidade, onde ali eles ocupam apenas 5% de seu corpo discente, e podem também tirar um pouco de negros dos presídios, cujo contingente é de 95% deles. E para quem acha que isso é pouca porqueira, repare os índices do último censo do IBGE.



Universidades têm até hoje para aderir ao uso do Enem em substituição ao vestibular (Folha de Pernambuco – Últimas Notícias – 20/05/09)

Hoje (20) é o último dia para a adesão das universidades que vão utilizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em substituição total ou parcial ao vestibular. Os estudantes que quiserem disputar uma vaga em uma dessas instituições deverão participar da edição 2009. As inscrições para o exame estão previstas para começar no dia 15 de junho. O ministério apresentou quatro opções de adesão às instituições. Elas poderão utilizar o Enem como prova única; como uma primeira fase, ficando a segunda a cargo da instituição; combinando a nota do Enem à do vestibular tradicional ou para seleção de estudantes para vagas remanescentes. As provas do novo Enem estão marcadas para 3 e 4 de outubro. O exame será composto de uma redação e de 200 questões de múltipla escolha de quatro disciplinas (linguagens e códigos, matemática, ciências da natureza e humanas). A matriz da prova já está disponível para consulta no site do Ministério da Educação.