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22/12/2009 / Em: Clipping

 


Educação – Unicamp incetiva os intercâmbios  (Correio Popular – Cidades – 22/12/09)

Estudar na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) é o sonho de milhares de brasileiros. Só neste ano, por exemplo, foram mais de 52 mil candidatos. Mas, de forma cada vez mais frequente, os alunos entendem que o campus não é o limite. Programas de incentivo a experiências internacionais crescem entre estudantes da gradução e da pós-graduação. Em alguns casos, como no curso de engenharia, a oportunidade de fazer um intercâmbio na França e voltar de lá com um diploma estrangeiro cria uma espécie de “segundo vestibular”. Como o número de interessados é maior do que as bolsas oferecidas, os candidatos chegam a fazer um prova pré-classificatória antes da entrevista com professores franceses. E a Unicamp também tem suas exigências: falar o idioma do país escolhido com fluência e não estar no primeiro ou no último semestre do curso. Quem se enquadra no perfil e tem interesse de viajar por pelo menos um semestre para estudar em outro país deve ficar atento aos comunicados da Coordenadoria de Relações Internacionais e Institucionais (Cori), órgão que responde com a Pró-Reitoria de Graduação (PRG) pelo fomento das ações nessa área. A boa notícia é que, atenta à disposição dos alunos, a Unicamp amplia cada vez mais o número de convênios com outras universidades do mundo. Em 2003, por exemplo, apenas 79 estudantes brasileiros foram para o Exterior. No ano passado, esse dado saltou para 231. Além disso, um novo recorde deve ser registrado em 2009. O balanço ainda não está fechado, mas coordenadores do Cori estimam que serão mais de 300 estudantes. “Estudar fora do País ajuda no crescimento profissional e pessoal. O aluno se sente cidadão do mundo”, acredita o coordenador do Cori, o professor Leandro Tessler. Ele próprio estudou fora do Brasil. “É um aprendizado extra, uma chance de entrar em contato com a excelência do ensino superior do Exterior.” De acordo com Tessler, a Unicamp tem um plano estratégico para aumentar ainda mais o número de alunos de graduação e pós no Exterior. Para a universidade, os estudantes que participam de intercâmbios e realizam parte da sua formação em instituições estrangeiras de reconhecida excelência tendem a ser profissionais mais valorizados pelo mercado, principalmente dentro do atual contexto da globalização. “Não tenho dúvida de que esse tipo de experiência constitui um diferencial importante no currículo dos jovens”, diz Tessler. Desde 2001, a mobilidade estudantil passou a ser mais incentivada pela Unicamp. O intercâmbio ganhou o suporte institucional da universidade. Em 2003, por exemplo, apenas 4,2% dos formandos tiveram chance de realizar um intercâmbio. Em 2005, a procura cresceu, com a criação do posto de atendimento na Biblioteca Central, parceria entre o Cori e o Serviço de Apoio ao Estudante (SAE).

Idioma é o maior trunfo na disputa por vaga

Quem já teve a chance de se aperfeiçoar no Exterior recomenda a experiência. É o caso do estudante de engenharia elétrica Norberto Simionato, que passou dois anos estudando e fazendo estágio na França e na Suíça. “É um ganho profissional, mas principalmente pessoal. Você tem a chance de conviver com outros costumes e outros métodos”, diz ele, que retornou em julho e se forma neste ano. “Pretendo voltar e fazer a pós fora do Brasil também.” Para Simionato, o estímulo dado pela Unicamp é de fundamental importância, principalmente na parte burocrática do intercâmbio. Ele conta que passou por uma avaliação aplicada por professores franceses. E tudo valeu muito a pena. “As instituições estrangeiras também se interessam pelos alunos da Unicamp e nossas chances aumentam”, afirma o estudante, morador de Araras. Simionato dá a dica que considera a mais importante para se conseguir bolsa: o candidato precisa mergulhar no aprendizado do idioma.

SAIBA MAIS – Vantagens da experiência internacional

Credibilidade — A Unicamp tem convênios com universidades de praticamente todos os países do mundo, o que prova a credibilidade internacional da universidade. Mas alguns destinos são preferidos pelos estudantes de graduação. A França é líder desse ranking, seguida pela Argentina e Estados Unidos. As explicações pela preferência são óbvias. Além de oferecer o diploma internacional, diversas instituições garantem bolsas para ajuda de custo, moradia e transporte. Contrapartida — A Unicamp também recebe alunos de outros países para estudar durante um determinado período no Brasil. E os números são ainda mais expressivos. Em 2008, cerca de 480 estrangeiros passaram pelos campi da universidade. O diferencial é que a maioria, aproximadamente 400 deles, veio para cursar pós-graduação. Como divulgado, a maior parte dos alunos da Unicamp que deixa o Brasil através do intercâmbio faz parte da graduação.



Efeito Enem faz disparar abstenção em vestibulares pelo país   (Folha de S.Paulo – Fovest – 22/12/09)

Um efeito cascata provocado pelo Enem fez disparar o número de ausentes nos vestibulares da UFSCar e da Unifesp. Alunos que faltaram ou foram mal no exame nacional desistiram de fazer as provas das duas universidades, realizadas nas semanas seguintes.  O desinteresse se explica: o Enem tem grande peso no processo seletivo das duas federais. Em sete cursos da Unifesp –que estão entre os mais concorridos-, o exame vale um terço da nota final; nos outros, é a única forma de seleção. Na federal de São Carlos, o exame nacional vale metade da nota do vestibular. Assim, um mau desempenho ou a ausência no Enem –que teve quase 40% de abstenção, recorde histórico– torna a aprovação nesses vestibulares praticamente impossível. O resultado: os vestibulares ficaram esvaziados como nunca. Na federal de São Carlos, faltaram ao vestibular 20,2% dos candidatos no segundo dia de provas. Em anos anteriores, esse índice nunca superou 12%.  Já na Unifesp, faltaram ao segundo dia, na última sexta, 21,5% dos candidatos, contra 15,6% em 2008.
O efeito Enem é claro quando comparado às ausências em outros vestibulares -provas antes do Enem tiveram baixo índice de abstenção. Na primeira fase da Unesp, por exemplo, só 6,6% dos alunos faltaram. Outro fator é que, na Unesp, o Enem vale só 10% da nota. As universidades admitem a participação do Enem nos recordes de abstenção. “Acredito que estejamos colhendo a repercussão do altíssimo índice de abstenção do Enem”, disse Miguel Jorge, pró-reitor de graduação da Unifesp. Por trás dessa abstenção no Enem, diz Jorge, podem estar o adiamento do exame –de outubro para dezembro, em razão de a prova ter sido furtada– e a consequente decisão de USP e Unicamp –dois dos vestibulares mais importantes e disputados do país– de não considerarem mais o Enem na nota. Vitor Sordi, pró-reitor adjunto de graduação da UFSCar, tem argumentos semelhantes. Ele acrescenta ainda que o adiamento do Enem para dezembro contribuiu para que muitos vestibulares ocorressem em sequência –o que elevaria o número de faltantes. Na federal de São Carlos, uma das que faltaram foi Juliana Santos, 22. Ela deixou em branco 35 das 180 questões do Enem e, por isso, desistiu de prestar vestibular para engenharia elétrica na instituição. “Eu achei o Enem de um nível até baixo, só que havia muitas questões para fazer em pouco tempo. Como o meu desempenho no Enem não seria suficiente para passar na UFSCar, faltei [nos dias do vestibular].” Agora, Juliana tenta passar em engenharia elétrica na Fuvest -ela está na segunda fase.

Repetição

O fenômeno também se repetiu em ao menos outra federal em que o Enem tem parcela importante na nota final. Na Furg (RS), o último dia de provas, no dia 14, teve 15% de ausentes. Em 2008, foram 10%. A exemplo da Unifesp e da UFSCar, o vestibular ocorreu após o Enem. O desempenho no exame vale metade da nota.



Unicamp 2010: segunda fase entre os dias 10 e 13 de janeiro (Folha Dirigida – Vestibular – 21/12/09)

Os exames da segunda fase do vestibular 2010 da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) serão aplicados entre os próximos dias 10 e 13 de janeiro. A lista com os nomes dos convocados para esta etapa já estão disponíveis para consulta na página eletrônica da Comvest, responsável pela seleção. Dos 55.732 inscritos no vestibular, 14.706 foram convocados para a segunda fase. Os estudantes também já podem conferir os endereços dos locais de prova. Os candidatos deverão comparecer nos locais indicados às 13 horas, sendo que o ingresso nos prédios será permitido até às 13h45. Não serão admitidos retardatários. Para fazer os exames, os estudantes deverão portar o original da cédula de identidade; duas fotos 3×4 com data de 2009, nome e número de inscrição do candidato no verso (apenas no primeiro dia de prova); caneta azul ou preta; borracha; e uma pequena régua. Será vedada a utilização de calculadora, celulares e pagers, corretivo líquido e relógio com calculadora. Também é proibido o uso de boné ou chapéu, ou quaisquer outros materiais estranhos à prova. Os estudantes são orientados pela organizadora a não levarem seus celulares.

Provas

Cada exame da segunda fase vale 48 pontos. As avaliações serão distribuídas da seguinte maneira: Língua Portuguesa, Literatura e Ciências Biológicas, no primeiro dia; Química e História, no segundo; Física e Geografia, no terceiro dia; e, no último dia de provas, Matemática e Inglês. As provas são obrigatórias para todos os convocados e terão quatro horas de duração. Cada disciplina abrangerá 12 questões. A saída dos locais de provas será permitida apenas após duas horas e meia de seu início. A ausência na avaliação, ou uma nota zero em qualquer uma das disciplinas, eliminará o estudante do processo seletivo. Candidatos aos cursos de Arquitetura e Urbanismo, Artes Cênicas, Artes Visuais, Dança e Música serão submetidos ainda às provas específicas de aptidão. Estes exames serão realizadas entre os próximos dias 18 e 21, somente em Campinas. Os resultados do processo seletivo estão previstos para o dia 4 de fevereiro.