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26/01/2018 / Em: Clipping

 

Universidades públicas paulistas, mudanças feitas (Estadão – Opinião – 26/01/2018)

A opinião pública tem de ser informada sobre o que de fato acontece com os 9,57% do ICMS

A crise financeira que as universidades estaduais paulistas vêm enfrentando nos últimos anos, causada em grande medida pela grave crise econômica por que passa todo o País, leva à multiplicação de artigos de opinião e comentários tanto na imprensa quanto nas redes sociais, oriundos de diferentes setores da sociedade civil e da opinião pública. Diferentes vozes proclamam a necessidade de reformas, desburocratização e cortes. Apontam ainda ineficiência e descuidos na separação público-privado da gestão dessas universidades. Os sintomas dessas administrações universitárias seriam o patrimonialismo, clientelismo, cartorialismo e corporativismo. Além disso, os arautos do ensino público superior pago deixam nas entrelinhas que a privatização das universidades seria a solução para todos os males. Vez ou outra se culpa ainda o grande número de servidores técnico-administrativos, que excederia em muito o que se verificaria em universidades privadas. E não raramente as redes sociais capilarizam a ideia de que a burocracia universitária se autoatribui benefícios e privilégios. A grave crise financeira que as universidades estaduais paulistas, USP, Unicamp e Unesp, enfrentam é de conhecimento de todos e reconhecida pela administração dessas universidades. No entanto, propala-se a ideia de que pouco foi feito nos últimos anos para enfrentar esse panorama. Na verdade, a atual gestão da USP, que se encerra agora em janeiro, promoveu medidas severas para enfrentar a crise, como informado continuamente pela imprensa. No caso específico da Unicamp, a Reitoria que assumiu em abril de 2017 tomou medidas importantes para a redução de custos e para a equalização orçamentária. Entretanto, as administrações universitárias paulistas por vezes são acusadas de pouco fazer além de reivindicarem aumento do porcentual da quota-parte de 9,57% do ICMS, principal fonte de recursos das nossas universidades. Nesse contexto, a opinião pública precisa ser informada sobre o que de fato acontece com os 9,57% do ICMS e os problemas de gestão alegados. No que se refere ao ensino de graduação, por exemplo, o número de vagas na Unicamp cresceu de 1.990 para 3.320, um aumento de 66%, desde que o porcentual de 9,57% foi estabelecido, em 1995. Aumentos de vagas significativos se verificaram também nas outras duas universidades paulistas no mesmo período. É importante lembrar, ainda, que parcela importante do orçamento da Unicamp é destinada à área da saúde para o atendimento a uma população de 6 milhões de pessoas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os repasses do SUS estão congelados já há alguns anos, o que implica um comprometimento crescente da quota-parte para a promoção da saúde, um bem público que se junta ao conhecimento na missão das universidades públicas. Segundo o anuário estatístico da Unicamp de 2017, o número de funcionários técnico-administrativos é de 8.178, dos quais 3.680, ou seja, 45% do total, estão justamente na área da saúde. Esse dado é necessário para uma apreciação mais adequada do papel e do funcionamento desse sistema altamente complexo e de interesse público, como o conjunto das universidades estaduais paulistas. A opinião pública precisa ser informada também sobre os alegados benefícios na gestão dessas universidades. No dia seguinte à tomada de posse da atual Reitoria da Unicamp, todos os benefícios da alta administração foram cortados e entre as medidas recentes foi aprovado um corte de 30% em todas as gratificações de cargo da universidade. A previsão de déficit orçamentário para 2018 foi diminuída e as revisões de contratos já resultaram em economia de R$ 14 milhões, entre outras ações que redundaram em economia de R$ 25 milhões e podem ser apreciadas no seu conjunto em texto publicado no portal da Unicamp, cujo conteúdo destaca que “todas essas medidas têm como pano de fundo um novo modelo de administração da Universidade, baseado em planejamento, decisões compartilhadas, transparência, reconhecimento ao mérito e estudos de cenários econômicos externos”. Essas medidas fazem parte de um conjunto de ações estruturantes para esse novo modelo de administração, que não se constrói do dia para a noite e se contrapõe à falta de transparência e à ineficiência na gestão universitária. O ambiente de discussão e implantação dessas medidas e mudanças tem sua origem remota na autonomia universitária, prevista na Constituição de 1988 e implementada na USP, na Unicamp e na Unesp em 1989. Sua importância pode ser traduzida em números. Nesse período o número de vagas oferecidas pela Unicamp para os seus cursos de graduação dobrou e resultados semelhantes também se observaram na USP e na Unesp. A produção científica das universidades paulistas é hoje dez vezes maior que em 1989 e seu impacto no âmbito mundial é continuamente crescente e superior à média brasileira. As três universidades estaduais paulistas aparecem hoje também entre os principais depositantes de patentes no Brasil, além de ocuparem posições de destaque nos rankings de universidades em âmbitos nacional e continental. Por fim, é preciso dizer que as universidades estaduais paulistas são um patrimônio da população de São Paulo e de todo o Brasil, com contribuições históricas, que no caso da USP podem ser apreciadas no livro USP 70 Anos: Imagens de uma História Vivida, de Shozo Motoyama. Para o presente e para o futuro, vale lembrar o papel fundamental das três universidades na economia com base tecnológica. Como exemplo, temos as mais de 500 empresas que nasceram de pesquisas e desenvolvimentos realizados na Unicamp, responsáveis por 28 mil empregos e um faturamento de R$ 3 bilhões anuais, maior que a quota-parte do ICMS que a universidade recebe.

 


6 recomendações para quem é calouro na universidade (Universia – Notícias – 26/01/2018)

Começando a faculdade neste ano? Fique calmo, são muitas novidades mas é possível organizar tudo e aproveitar muito bem os primeiros momentos. Conheça algumas dicas

A experiência de iniciar os estudos em uma instituição de Ensino Superior é incomparável. Uma época que vai definir rumos para o resto da vida, o começo da faculdade ou universidade deve ser aproveitado da melhor maneira possível. No entanto, também é importante que sejam tomadas algumas precauções e cuidados nessa etapa da vida acadêmica. Está começando o seu primeiro semestre de aulas? Elencamos algumas recomendações para quem é calouro na universidade. Boa sorte e bom começo de período letivo!

Recomendações para quem é calouro na universidade

  1. De olho no calendário acadêmico

Acesse o calendário acadêmico da sua IES com bastante antecipação. Anote os prazos que considera essenciais e observe quais são as datas definidas para eventos como solicitação de matrícula, entrega final de notas e avaliações. Grande parte das informações, ou mesmo todas elas, estão presentes em documentos como o calendário letivo. Mantenha-se atualizado e ciente dos seus detalhes.

  1. Pesquise sobre a cidade

Caso você esteja se mudando de cidade para cursar a faculdade, colete informações e dados sobre o município para o qual está indo. Pergunte para residentes do local ou para eventuais conhecidos que já moraram ou ainda vivem por lá. Procure conhecer as principais avenidas, bairros e linhas de transporte popular, bem como a localização e arredores da IES.

  1. Considere uma república

Uma opção econômica e conveniente, a república é uma alternativa boa para economizar e criar laços com outros estudantes. Caso alguém que você já conheça esteja indo para a mesma cidade, entre em contato e faça a proposta de uma república. Outra oportunidade está em ingressar em repúblicas já consolidadas, conhecendo alunos de outros cursos e realizando integração com a cultura universitária local.

  1. Conheça a grade curricular

Pesquise e estude a grade curricular do seu curso, sabendo quais disciplinas fará e em qual ponto do curso estudará cada área. Conhecer a grade traz uma boa noção do seu futuro na instituição, além de favorecer o planejamento.

  1. Aprenda sobre a estrutura

Você conhece a estrutura administrativa da sua IES? Muitos veteranos recomendam que o melhor momento para se aprender mais sobre os detalhes de organização é justamente o início dos estudos. Busque saber mais sobre as secretarias responsáveis por diferentes setores, além dos docentes que estarão mais próximos dos alunos – normalmente chamados de coordenadores.

  1. Aproveite a integração

Não deixe de fazer contato com os veteranos e outros colegas calouros de seu curso. Aproveite as oportunidades de integração, muitas vezes parte do calendário oficial de recepção de calouros.

Muita atenção: participe apenas das atividades saudáveis de conexão e intercâmbio cultural. Cada vez mais, as instituições investem em todo um trabalho de conscientização sobre a recepção de calouros com os chamados “trotes”.

 


No último dia para se inscrever no Sisu, veja estratégias e cursos mais procurados (O Globo – Educação – 25/01/2018)

Segundo informações do MEC, Medicina e Direito estão entre os com maior número de inscritos

 

Os candidatos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2017 têm até hoje para se inscrever no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que dá acesso ao ensino superior em instituições públicas de todo o país. A inscrição é feita pela internet com as notas do Enem e é preciso escolher duas opções de curso e universidade. Até às 18h de ontem, o Ministério da Educação (MEC) havia contabilizado 1.812.401 candidatos inscritos e 3.510.592 inscrições (somatório das duas opções de cada aluno). Neste ano, são oferecidas 239.061 vagas de graduação em 130 instituições. E a concorrência não é pequena: foram cerca de 4,2 milhões de participantes do último Enem. Os dez cursos mais procurados são Medicina, Direito, Administração, Pedagogia, Enfermagem, Educação Física, Psicologia, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis e Veterinária. O aluno deve verificar se a nota dele está acima ou muito próximo da de corte no curso que deseja — diz Eduardo Galves, professor do QG do Enem e do Pensi. — Se estiver muito longe da de corte, pode procurar outras instituições da mesma ou de outra cidade ou escolher outro curso com nota de corte menor. Se não quiser trocar, vale voltar a estudar e aguardar o Sisu do segundo semestre, que em geral tem notas de corte menores. O professor Bruno Rabin, diretor acadêmico do Colégio e Vestibular de A a Z, lembra que se o candidato manifestar interesse na lista de espera, apenas a primeira opção dele será levada em consideração:

Vale ressaltar que, se um estudante for classificado em sua primeira opção, já na chamada regular do Sisu, ele deve fazer a matrícula, pois não poderá participar da lista de espera com a segunda opção. Ele não pode perder a data da matrícula. Eduardo adverte que a comunicação da lista de espera é feita de forma diferente em cada universidade. É preciso ficar de olho no site da instituição que está concorrendo. Precavido, Pedro Henrique Vale, de 20 anos, fez sua inscrição logo no primeiro dia, na última terça-feira. Suas escolhas estão entre as mais concorridas, mas ele está confiante. O estudante leu bastante sobre como fazer a inscrição em Medicina e optou pela UniRio em primeiro lugar. Sua segunda opção é Direito na UFRJ. Minha média estava perto da nota de corte na Unirio, por isso dei preferência para ela. Na segunda opção, escolhi uma em que estava bem acima do corte para garantir — diz ele, que tirou 920 na redação do Enem. Devo continuar com a minha escolha, mas, se a nota mudar muito no ranking, talvez mude para uma que me favoreça mais.

Confira abaixo os dez cursos mais concorridos até o momento, segundo informações do Ministério da Educação:

Medicina: 219.300 inscrições

Direito: 201.539

Administração: 185.813

Pedagogia: 159.205

Enfermagem: 120.999

Educação Física: 120.524

Psicologia: 94.203

Ciências Biológicas: 87.806

Ciências Contábeis: 79.532

Veterinária: 71.679

 


Para confirmar vaga, cotista com deficiência deve passar por perícia médica (UFMG – Notícias – 25/01/2018)

UFMG tem cerca de 700 vagas reservadas, neste ano, para candidatos com esse perfil

Os candidatos aos cursos de graduação da UFMG que se inscreverem na modalidade de reserva de vagas para pessoa com deficiência devem passar por perícia médica no ato do registro presencial e apresentar laudo médico, informando tipo e grau de deficiência, nos termos do artigo 4º do Decreto 3.298/99, com expressa referência ao código correspondente da Classificação Internacional de Doenças (CID). Cerca de 700 das 6.339 vagas oferecidas pela UFMG em 2018 por meio do Sistema de Seleção Unificado (Sisu) estão reservadas para candidatos com deficiência. Os calouros serão recebidos pela equipe do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) e encaminhados para a perícia com profissionais do Departamento de Atenção à Saúde do Trabalhador (Dast). Para definir se o candidato é elegível para essa modalidade, as instituições públicas são orientadas a observar o disposto nos decretos 3.298/99, 5.296/2004 e 5.626/2005 e nas leis 12.764/2012 e 13.146/2015. Segundo a coordenadora do NAI, professora Adriana Valladão, a equipe do órgão trabalhará, no momento do registro, em parceria com o DRCA, recebendo o candidato com a documentação exigida – autodeclaração e laudo médico, conforme modelos disponíveis na página Sisu UFMG – e com os exames complementares (caso sejam necessários), e o encaminhará para a perícia. O laudo pericial que será elaborado no Dast deve informar se a pessoa se enquadra nos critérios de elegibilidade definidos em lei e o tipo de deficiência que ela apresenta. “Se a condição de pessoa com deficiência não for confirmada, o candidato terá seu registro acadêmico cancelado e perderá o direito à vaga no curso para o qual foi classificado”, alerta a coordenadora do NAI, Adriana Valadão, lembrando que é de inteira responsabilidade do candidato certificar-se de que possui os documentos exigidos pela Instituição no momento da matrícula. A UFMG tem cerca de 300 alunos autodeclarados com deficiência em seus cursos de graduação e 62 na pós-graduação, além de 140 servidores. As três unidades da Escola de Educação Básica e Profissional (Ebap) também reservarão vagas para essa modalidade: três para o Centro Pedagógico, 42 para o Colégio Técnico (Coltec) e quatro para o Teatro Universitário. A definição do percentual de vagas destinadas a pessoas com deficiência segue o mesmo critério adotado com relação às cotas para pretos, pardos e indígenas. Esse percentual corresponde à proporção de pessoas com deficiência na unidade da federação onde está localizada a instituição de ensino, com base nos dados do último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Inscrições até sexta

As inscrições para o processo seletivo devem ser feitas, exclusivamente pela internet, até as 23h59 (horário de Brasília) desta sexta-feira, dia 26. Em 2018, todas as 6.339 vagas em cursos de graduação oferecidas pela UFMG  por meio do Sisu, com ingresso nos dois semestres letivos, serão preenchidas na primeira edição.Mais informações sobre a reserva de vagas estão disponíveis na página Sisu UFMG.