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26/03/2009 / Em: Clipping

 


Ministro propõe novo Enem como forma de acesso a universidades federais   (Ministério da Educação – Educação _ 25/03/09)

Um novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) pode substituir os vestibulares das universidades. Essa é a proposta apresentada nesta quarta-feira, 25, pelo Ministério da Educação à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). A intenção é que a prova ajude a reorganizar o currículo do ensino médio e permita maior mobilidade dos estudantes pelas universidades em todo o território nacional, por causa do modelo unificado de avaliação. De acordo com o ministro da Educação, Fernando Haddad, a prova deverá ser mais voltada para a investigação e não para a memorização, para avaliar a capacidade analítica e o raciocínio do aluno, diferente dos vestibulares atuais. “Hoje, é muito traumática a passagem da educação básica para a educação superior. Se não revermos essa transição, não alcançaremos o padrão de qualidade na educação que queremos”, salientou o ministro. A proposta é combinar as virtudes do vestibular clássico – a abrangência de conteúdo, por exemplo – com as do atual Enem, como o modelo de questões. A nova prova poderá substituir, também, o Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) para ingressantes e o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja). O modelo de processo seletivo unificado será por adesão e poderão participar tanto instituições públicas quanto privadas. Os benefícios da nova avaliação, segundo Haddad, vão além da eficiência do processo seletivo de ingresso nas universidades. A prova vai permitir a organização o currículo do ensino médio, a desoneração do aluno de ter que fazer várias provas de vestibular e a avaliação do desenvolvimento, tanto das instituições de ensino médio quanto das de ensino superior, já que a prova vai ser comparável ao longo do tempo. Para o ministro, a ação faz parte do processo de reforma do ensino médio. Haddad lembrou que outras medidas de reestruturação dessa etapa já foram tomadas ou estão em curso, como a inclusão do ensino médio no Fundeb e nos programas do livro didático, da merenda e do transporte escolar; o programa Brasil Profissionalizado – integração do ensino médio com a educação profissional – e a própria expansão da rede de ensino. A formalização da proposta do novo vestibular será encaminhada para a Andifes até a próxima segunda-feira, 30. A partir daí, os reitores poderão debater o assunto e incluir sugestões. “Dependendo da decisão dos reitores, e se ela for rápida, a prova já poderá ser aplicada este ano, para ingresso em 2010. O MEC está tecnicamente preparado para isso”, afirmou Haddad.



Para universidades, troca do vestibular pelo Enem deve ser discutida  (Globo.Com – G1 Vestibular – 25/11/09)

O ministro da Educação, Fernando Haddad, apresentou nesta quarta-feira (25) um projeto para unificar os vestibulares das universidades federais. A ideia é criar um novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que funcionaria como forma de seleção para essas instituições.  O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Amaro Lins, disse que “não vê objeção” à proposta, mas ressaltou que ela precisa ser discutida dentro das universidades e com a própria sociedade, segundo informações da Agência Brasil. Uma reunião com todos os reitores das instituições federais de ensino deverá ser realiza em 15 dias. Segundo Amaro, ainda é preciso “refletir e avaliar”.  “Acho que cabe ao ministério apresentar essas propostas e todo o esforço que pudermos fazer de qualificação dos alunos que terão acesso ao ensino superior, nós faremos”, apontou. A proposta formal será entregue na próxima segunda-feira (30) à Andifes para que seja discutida nas universidades. O ministro espera que o novo vestibular possa ser aplicado ainda esse ano, para ingresso dos alunos em 2010. “Esse assunto é discutido há décadas e nós estamos maduros o suficiente para dar um passo adiante e rever os nossos processos seletivos que hoje padecem de problemas graves. Eles sinalizam mal como deveria ser o currículo do ensino médio”, disse Haddad.



MEC quer criar vestibular unificado para universidades federais  (Agência Brasil – 25/03/09)

O ministro da Educação, Fernando Haddad, apresentou hoje (25) um projeto para unificar os vestibulares das universidades federais. A idéia é criar um novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) que funcionaria como forma de seleção para essas instituições. A proposta formal será entregue na próxima segunda-feira (30) à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) para que seja discutida nas universidades. O ministro espera que o novo vestibular possa ser aplicado ainda esse ano, para ingresso dos alunos em 2010. “Esse assunto é discutido há décadas e nós estamos maduros o suficiente para dar um passo adiante e rever os nossos processos seletivos que hoje padecem de problemas graves. Eles sinalizam mal como deveria ser o currículo do ensino médio”, defendeu Haddad. Outro ponto positivo da proposta, segundo Haddad, é o fato de que o aluno não precisaria fazer vários vestibulares, mas apenas um que teria validade nacional. Haddad citou que modelo semelhante é aplicado nos Estados Unidos com a SAT (Scholastic Assessment Test), uma prova única que serve como ingresso para todas as instituições.  A adesão ao vestibular nacional dependerá de cada universidade, que tem autonomia para decidir de que forma poderá incorporar a prova em seu processo seletivo. O modelo do exame ainda será discutido com as instituições. Mas, segundo ministro, a idéia é que seja um meio-termo entre o Enem e o vestibular atual. “Nós queremos um exame que corrija as distorções do vestibular e do Enem. A forma do Enem perguntar é muito interessante, mas ele carece de conteúdos organizativos do ensino médio. O vestibular é fortemente conteudista, mas na maneira de perguntar distorce a realidade do ensino médio. Nós queremos ter um exame nacional que dê conta do conteúdo, mas de forma inteligente, que julgue a capacidade analítica dos estudantes e promova uma mudança na atuação em sala de aula do professor”, comparou. Haddad ressaltou que o ministério tem capacidade técnica e logística para elaborar e aplicar o exame em todo país. Segundo Reynaldo Fernandes, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que é responsável pela elaboração do Enem, a prova seria dividida em quatro eixos: linguagens e códigos, matemática, ciências naturais e ciências humanas.  As questões seriam de múltipla escolha e a prova contaria também com uma redação. As instituições particulares também poderiam aderir ao novo Enem em substituição ao vestibular. O presidente da Andifes, Amaro Lins, disse que “não vê objeção” à proposta, mas ressaltou que ela precisa ser discutida dentro das universidade e com a própria sociedade.  Uma reunião com todos os reitores das instituições federais de ensino deverá ser realiza em 15 dias. Segundo Amaro, ainda é preciso “refletir e avaliar”.  “Acho que cabe ao ministério apresentar essas propostas e todo o esforço que pudermos fazer de qualificação dos alunos que terão acesso ao ensino superior, nós faremos”, apontou. O MEC acredita que o novo Enem poderá substituir o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) que é aplicado aos alunos ingressantes do ensino superior, além do Exame Nacional para Certificação de Jovens e Adultos (Encceja).  “O que nós podemos fazer é racionalizar e oferecer um instrumento novo e eficiente, tanto do ponto de vista da previsão do desempenho acadêmico dos ingressantes, como da organização curricular do ensino médio”, defendeu Haddad.



Afro-brasileiros contra leis raciais  (O Estado de S.Paulo – Opinião – 25/03/09)

No Congresso debatem-se os polêmicos projetos de leis raciais, que preveem cotas em universidades e até no mercado de trabalho e em concursos. São matérias que interessam a todos e dividem também os afro-brasileiros. Há os favoráveis, muitos bem organizados e bem financiados, e há os cidadãos comuns, não organizados – 62,3% são contrários às leis e cotas raciais, de acordo com pesquisa Cidan/IBPS de 20 de novembro. Os argumentos contrários são de razões éticas e psicossociais, já que a aprovação dessas leis significa a imposição pelo Estado de uma identidade jurídica racial que hoje não temos, alterando substancialmente o status da cidadania de todos. A Constituição federal repudia a classificação racial e está conforme as convenções internacionais que, desde a 2.ª Guerra Mundial e desde a Declaração Contra o Racismo da Unesco, de 1950, têm reiterado o consenso de que a luta contra o racismo exige esforços estatais para a destruição da crença em raças. Isso pressupõe a necessária abstenção do Estado para não legitimar essa crença racial. Desde então, nenhum país tem recorrido a leis raciais para conferir ou excluir direitos. Estamos trilhando a contramão da história. Sem pensar nas gerações futuras, leis e políticas públicas estão racializando o Brasil e violando os artigos 5.º e 19.º da Constituição, segregando direitos da cidadania. Não é disso que precisamos. Queremos que o Estado nos assegure o direito à igualdade de tratamento e de oportunidades, o que não equivale a privilégios raciais. Outra objeção conceitual é que políticas de cotas raciais não são equivalentes a programas de ações afirmativas. As cotas compulsórias não têm acolhimento em razão dos males que produzem: aprofundam a crença racial, geram no meio social, a médio e a longo prazos, divisões, conflitos e ódios raciais, em que as vítimas são os afro-brasileiros. Os defensores de leis raciais ludibriam a boa-fé alegando que cota racial é ação afirmativa. Mas especialistas ensinam que “ação afirmativa” é a boa doutrina jurídica acolhida pelo Direito, destinada a coibir todos os tipos de discriminações atuais cotidianas, como racismo, sexismo, machismo, homofobia, etc.



MEC propõe a reitores que Enem substitua vestibular de federais (Folha de S.Paulo – Cotidiano – 26/03/09)

O Ministério da Educação apresentou ontem a reitores uma proposta que prevê que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) substitua os vestibulares das 55 universidades federais. Para isso, a prova que desde 1998 avalia estudantes de ensino médio seria modificada.  Hoje, o Enem prioriza a avaliação das habilidades e competências do aluno, mas pede pouca informação. A ideia é mesclar as duas coisas: a exigência do conteúdo -realizada pelos vestibulares- e o modelo interdisciplinar e contextualizado das questões do Enem -que requerem maior capacidade analítica. O objetivo da nova avaliação é reorganizar o currículo do ensino médio e permitir maior mobilidade dos alunos entre os Estados do país. Hoje o candidato pode ter de sair de seu Estado para prestar o vestibular da universidade escolhida. A proposta elaborada pelo Inep (instituto ligado ao MEC) é que a prova tenha cinco partes: uma de redação e as outras sobre língua portuguesa, matemática, ciências naturais e ciências humanas. O presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, disse que, dependendo do curso, as universidades poderiam atribuir diferentes pesos para cada parte da prova. Ele ressaltou, porém, que essa possibilidade não chegou a ser discutida com as universidades.
Outra mudança seria tornar as provas do novo Enem comparáveis ano a ano, como já ocorre com outros exames nacionais, como o Saeb (que avalia, por amostragem, escolas públicas e privadas de ensino fundamental e médio) e a Prova Brasil (que avalia as escolas públicas de ensino fundamental). Isso permitiria às universidades saber o nível dos alunos que entram a cada ano e também eliminaria a necessidade de os calouros participarem do Enade, exame nacional que avalia os universitários no começo e no fim do curso. Para que o projeto do MEC entre em vigor, porém, é preciso que as universidades concordem em aderir ao novo exame, já que elas têm autonomia. Na segunda que vem, o ministério irá enviar aos reitores por escrito a proposta apresentada ontem verbalmente. A partir daí, as universidades irão discuti-la. Para Amaro Lins, reitor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e presidente da Andifes (associação que reúne os reitores), as instituições precisam examinar a proposta antes de opinar. “Concordamos em realizar essa discussão”, disse apenas. O ministro Fernando Haddad afirmou que o Inep tem condições técnicas de aplicar o novo exame ainda neste ano. Isso depende, porém, de uma adesão rápida das universidades -nas próximas semanas- já que o Enem tradicionalmente ocorre em agosto.



Vestibular com os dias contados  (Diário de Pernambuco – Brasil – 26/03/09)

Injusto, “decoreba”, muuito difícil. Nas turmas do ensino médio, não faltam adjetivos para classificar o vestibular. Mas o temido teste pode estar com os dias contados. Em reunião realizada ontem em Brasília , o ministro da Educação, Fernando Haddad, apresentou uma proposta aos reitores das universidades federais. A seleção para o ingresso no ensino superior, que hoje é realizada de forma independente pelas instituições, seria unificada nacionalmente através do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O Enem, no entanto, passaria por adaptações. Entre elas o aumento do número de questões, a divisão por quatro áreas de conhecimento e a exigência de uma redação. Se depender do ministro, o novo exame será aplicado este ano. A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) quer mais tempo. Os reitores terão quinze dias, contados a partir de hoje, para apresentar uma resposta e debater a ideia com representantes do MEC. Se aprovada, a proposta não será imposta às universidades. Cada instituição terá autonomia para aceitar o modelo ou manter as seleções tradicionais. Na prática, a pontuação do Enem reformulado formará um ranking nacional. Assim como acontece nos EUA, desde 1900, o aluno faz uma única prova e tenta ingressar no curso e no estabelecimento de ensino escolhidos em todo o país. O modelo acabaria com a “romaria” dos vestibulandos pelos estados.  O reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e presidente da Andifes, Amaro Lins, afirmou que a proposta pretende aperfeiçoar o modelo da prova tradicional. “Não vejo nenhuma objeção ao projeto”, disse. Ele lembrou que, em Pernambuco, as três universidades federais (UFPE, Universidade Federal Rural de Pernambuco e Universidade do Vale do São Francisco) unificaram suas seleções. “Essa é uma experiência que deu certo”, garantiu. O projeto do MEC também está aberto às universidades particulares.  O novo exame, segundo Fernando Haddad, vai combinar o que deu certo no vestibular e no Enem. O ministro acredita que uma nova forma de ingresso poderá mudar o currículo dessa etapa da educação. “Queremos um ensino médio que explore a capacidade de raciocínio, promova mudanças mais voltadas à especulação científica, e seja menos voltado para a memorização”, explicou. Além da unificação e da validade nacional, o aluno não precisará optar por um curso ao se inscrever na nova seleção. Ele faria uma prova geral e, com o resultado, escolheria a graduação desejada. Nos cursos de maior concorrência, seria realizada uma 2ª fase. A prova do Enem, que hoje conta com 63 questões de múltipla escolha, seria ampliada, com redação e questões dissertativas.
Para os estudantes do ensino médio, a seleção sugerida pelo MEC pode facilitar a entrada na universidade. “Acho que a prova nacional é uma boa forma de avaliação, que pode ajudar”, opinou Cristina Souza, de 17 anos, candidata a uma vaga no curso de direito. A universitária Rafaela Rodrigues, 21, aluna do 3º período de ciências econômicas da Rural, é cautelosa. “Os alunos do Nordeste podem sair perdendo nessa história, já que as escolas de ensino médio de outras regiões se saem melhor nos testes nacionais. Temo pela qualidade do ensino depois dessas mudanças e pelo acesso dos pernambucanos”.



MEC planeja estrear vestibular único em 2010  (Zero Hora – Ensino Superior – 26/03/09)

Se depender dos esforços do ministro da Educação, Fernando Haddad, o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) substituirá as provas tradicionais nas universidades federais já no próximo vestibular. Em reunião com reitores, o Ministério da Educação (MEC) apresentou ontem a proposta do teste único, que seria realizado em todo o país, na mesma data, para selecionar estudantes para ingresso em qualquer universidade federal ou até mesmo em instituições particulares. Até a próxima segunda-feira, o ministério enviará proposta detalhada à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior, entidade que reúne os reitores das 55 universidades federais. Em 15 dias, eles deverão se reunir para debater o assunto. Haddad tem pressa e gostaria de ver o novo sistema funcionando já este ano, na seleção dos calouros de 2010. Ele diz que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao ministério, está apto a aplicar o exame. A substituição dos vestibulares pelo teste nacional, portanto, só depende de um “pacto político” com os reitores. Para o ministro, é preciso tomar a decisão antes de junho, a tempo de preparar o novo Enem e aplicá-lo neste ano. Segundo ele, instituições privadas também poderão aderir. Caso os reitores queiram um prazo de transição ou tenham receio de uma mudança abrupta, Haddad admite a possibilidade de um teste piloto, restrito a uma parcela das vagas ou a um certo número de cursos.