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26/03/2013 / Em: Clipping

 


Unicamp libera 9ª chamada do vestibular 2013   (UOL – Vestibular – 26/03/13)

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) divulgou na tarde desta terça-feira (26) a lista da nona chamada do vestibular 2013, que também seleciona alunos para a Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto). Foram convocados 21 candidatos, que deverão fazer a matrícula ainda hoje, das 16 às 17h.  A matrícula dos convocados será realizada no campus de Campinas, na DAC (Diretoria Acadêmica), para todos os ingressantes, inclusive para os ingressantes em cursos da Faculdade de Odontologia, Faculdade de Ciências Aplicadas, Faculdade de Tecnologia e Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto. Se ainda houver vagas, a última chamada será divulgada às 18 horas, para matrícula até as 18h30, na DAC.



Comvest abre inscrições para oficina ‘A Redação no Vestibular Unicamp’   (EPTV – Virando Bixo – 26/03/13)

A Comvest (Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp) abre, a partir das 9h do dia 15 de abril, o período de inscrição para a oficina “A Redação no Vestibular Unicamp”, sobre as características da prova aplicada pela universidade. Este ano, a oficina será destinada apenas aos profissionais da área da linguagem (professores de redação e afins e alunos de graduação – apenas no último ano – e pós-graduação de cursos de letras e relacionados). Os interessados devem se inscrever exclusivamente pela internet, até as 17 horas do dia 19 de abril. A oficina será realizada no dia 4 de maio (sábado) das 9h às 17h, no campus da Unicamp, em Campinas. A taxa de inscrição é de R$ 40 para alunos e professores de escolas da rede pública e R$ 80 para professores de escolas particulares. Poderão se inscrever professores do ensino médio das redes particular e pública de ensino, bem como alunos de graduação (apenas no último ano) e de pós-graduação, todos ligados à área da linguagem.



Estudar, crescer, trabalhar   (Folha de S.Paulo – Editorial – 26/03/13)

Serão necessários muitos estudos, ainda, para aquilatar o resultado das ações afirmativas em universidades brasileiras. Os até aqui realizados não permitem conclusões sólidas sobre o benefício real obtido para jovens de baixa renda. Considerem-se as dez universidades públicas retratadas em reportagem ontem nesta Folha. As políticas variam, das inaceitáveis cotas raciais a vagas ou bônus para egressos de escolas oficiais. Em quatro instituições (USP, Unicamp, UFMG e Uerj), a proporção de candidatos da rede pública caiu de 2004 a 2012, em vez de aumentar. Há mais de uma hipótese para explicar tal dificuldade em recrutar os 85% de secundaristas formados no sistema estatal. Com o ensino de má qualidade recebido, o aluno pode achar que não tem chance de passar no vestibular. Há quem aponte que lhe falta, também, informação sobre os diversos sistemas de incentivo. Não se pode desprezar, tampouco, o papel do ProUni, programa federal que desde 2005 contemplou mais de 1 milhão de estudantes com bolsas para faculdades privadas. É na rede particular que se deu a maior parte da expansão do ensino superior. De 7 milhões de estudantes universitários, 5 milhões estão em faculdades privadas. O aquecimento do mercado de trabalho é outra explicação. Há 20 milhões de empregos para quem tem só o ensino médio completo, contra 7,6 milhões de formação universitária, e as vagas do primeiro tipo crescem mais rapidamente. Sendo assim, não parece implausível que muitos jovens escolham entrar diretamente no mundo do trabalho. Ou, então, que optem pelo ProUni e pelas universidades particulares, com sua flexibilidade para oferecer cursos de corte mais profissional que acadêmico. A busca por trabalhadores qualificados também motivou a criação de 2,5 milhões de vagas de ensino técnico pelo governo federal -68% das quais, contudo, em cursos de curtíssima duração (160 horas). O ensino superior pode não ser o mais adequado para todos os jovens, mas não será com uma formação improvisada que eles se realizarão como profissionais.

Leitor critica reportagem sobre cota para aluno da rede pública   (Folha Online – Educação – 26/03/13)

Um tanto quanto infeliz a reportagem sobre cotas, manchete da Folha de segunda-feira (25) (“Cota não atrai aluno da rede pública a vestibular”). Fez parecer que a USP já adotou cotas, sendo que só adota o bônus para estudantes de escolas públicas –ação que não tem alcançado resultados satisfatórios na inclusão. Além disso, a reportagem em nenhum momento mencionou a necessidade de implantação de uma boa política de permanência estudantil, complementando a política de cotas, para evitar a evasão do estudante pobre.

DANIEL AVELAR GUIMARÃES é estudante da USP



Cotas e vagas de qualidade

Várias universidades públicas do Brasil, como a USP e a Unicamp, dão uma força para os alunos mais pobres cursarem o ensino superior. Os sistemas menos problemáticos, em lugar das inaceitáveis cotas raciais, reservam vagas ou dão pontos extras no vestibular para quem estudou em escolas públicas. Acontece que esses incentivos não estão funcionando bem, como mostrou a “Folha de S.Paulo”. Veja o que ocorreu na USP, na Unicamp, na Universidade Federal de Minas Gerais e na Universidade Estadual do Rio de Janeiro: a proporção de vestibulandos formados na rede pública de ensino está caindo, em vez de subir.



‘Trote universitário não é tradição, é relação de poder’, diz especialista   (Globo.com – G1 Vestibular – 24/03/13)

Apesar das instituições de ensino superior incentivarem ações de entretenimento, humanitárias ou pedagógicas para receber novos alunos, caso de trotes abusivos carregados de preconceito ou violência continuam sendo registrados em todo o país nesta época do ano. Muitas práticas se repetem sob alegação de que são tradicionais e fazem parte da história de determinadas faculdades. Estudiosos do trote universitário ouvidos pelo G1 afirmam que é preciso acabar com esta prática. “Não tem nada a ver com tradição, a questão do trote é relação de poder. Um grupo político disputa o controle da situação. O menino que vai para a rua pedir dinheiro [nas brincadeiras de pedágio] é o soldado raso em uma hierarquia que tem general”, afirma Antônio Ribeiro de Almeida Júnior, professor do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura (Esalq). O especialista é autor de três livros e estuda o tema desde 2001. “Ao longo do ano vejo o aumento da violência, e não da consciência.” Vários episódios de violência física ou psicológica foram registrados nas últimas semanas. Em Minas Gerais, uma caloura foi fotografada pintada de preto com as mãos acorrentadas e uma placa de identificação com o nome “Chica da Silva.” No Rio Grande do Sul, os ‘bixos’ tiveram de segurar uma cabeça de porco e tomaram um banho com líquido que continha vísceras de peixe. As atléticas e centro acadêmicos das universidades costumam rebater as críticas dizendo que as atividades são ações isoladas, ocorrem independentemente das instituições e a participação dos estudantes é voluntária. Muitas instituições até disponibilizam telefones que funcionam como ‘disque trote’ para denunciar casos de coação e constrangimento. O último livro de Almeida Júnior sobre o tema foi, na verdade, sua tese de livre docência chamada de “Anatomia do Trote Universitário”. Para o trabalho, ele ouviu relatos de mais de 400 alunos e teve acesso a mais de 2.000 questionários. O especialista diz que o trote não é um ritual de integração, pois reúne no máximo 20% dos alunos, por isso o receio que os novos estudantes têm de que ficarão excluídos, caso não participem das atividades, é uma bobagem. “Quando você conhece alguém novo, não precisa pintá-lo para receber na sua casa. A ideia de alegria do trote é falsa, é um processo de exclusão. É um teste, por isso precisa ser violento”, diz o professor.  O especialista vê como problemática até mesmo a prática do corte do cabelo dos meninos, que é aceita pela maioria dos alunos. “Conheço relatos de casos de agressão que ocorrem durante o corte. 80% dos alunos que participam do trote dizem que passaram por pelo menos alguma coisa de que não gostaram ou se ofenderam.” Almeida Júnior é formado em engenharia agronômica pela Esalq e diz que ele cortou o próprio cabelo quando passou no vestibular. “O trote é processo progressivo, ninguém espanta o outro num primeiro contato. Ocorre um processo crescente, primeiro a pessoa corta seu cabelo, depois manda você se ajoelhar e no final se não obedecê-la, te bate.”