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26/07/2013 / Em: Clipping

 


Grandes obras aumentam a procura por profissionais de engenharia civil   (EPTV – Virando Bicho – 24/07/13)

Em tempos de crescimento de investimentos em infraestrutura e obras para as Olimpíadas de 2016 e para a Copa do Mundo de 2014, faltam engenheiros no mercado. Este é o alerta da coordenadora do curso de engenharia civil da PUC-Rio, Michele Dal Toé Casagrande, que afirma que a maioria dos estudantes já saem das salas de aula com carteira assinada. “Os alunos, em torno do quarto ano, do nono semestre, já saem praticamente empregados. A gente não tem casos de recém-formados desempregados. O mercado da engenharia civil é muito relativo com a questão de governo, de investimento em grandes obras”, diz Michele. A professora conta que o mercado oferece uma gama ampla de oportunidades. Os profissionais podem trabalhar tanto no setor público, com obras públicas nas esferas municipais, estaduais e federais, como no privado, além da possibilidade de seguir a carreira militar. Dentro das Forças Armadas, a maioria das vagas se localiza no Exército, mas também há oportunidades na Marinha e na Aeronáutica, segundo a engenheira. Porém, para atuar neste mercado, é preciso saber trabalhar em grupo. “O engenheiro civil não pode ser individualista, ele tem que saber trabalhar em equipe. Ele pode trabalhar tanto internamente em escritórios, com projetos, como também em campo”, afirma Michele.



Engenharia química vai além das fórmulas  (Correio Popular – Cenário XXI 0 26/07/13)

Quem escolhe a graduação de engenharia química para trabalhar apenas na criação de fórmulas, composição de substâncias e experiências em laboratório pode se decepcionar. Como todas as engenharias, a base do curso superior são cálculos e mais cálculos, e muita física. A química é complementar e aparece no meio da faculdade. Mas o campo de atuação não poderia ser mais vasto. Por ter formação abrangente, o engenheiro químico pode trabalhar tanto na indústria de petróleo e gás, um dos setores em alta no mercado, quanto em companhias farmacêuticas, de biotecnologia, componentes químicos, têxteis e em fábricas alimentícias. E, na Região Metropolitana de Campinas (RMC), não faltam grandes empresas na área, como a Refinaria do Planalto Paulista (Replan), a EMS , Medley e Triunfo, apenas para citar algumas. O engenheiro químico é o profissional voltado para o desenvolvimento de processos industriais que empregam transformações fisio químicas. Ele que cria técnicas para a extração da matérias-primas e sua transformação em outras substâncias. É o encarregado também por pesquisar tecnologias mais eficientes e implantar processos industriais não poluentes. A coordenadora do curso de engenharia química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Maria Teresa Moreira Rodrigues, afirma que o profissional controla desde a forma como um produto vai ser produzido, a embalagem e até sua distribuição. “É uma formação de engenharia bem abrangente e generalista.Temos disciplinas que envolvem química, mas não são os mesmos fundamentos de uma faculdade somente de química. Nossos conhecimentos são os necessários para atuação em nível industrial”, explicou. Para trabalhar com os compostos nos laboratórios, os engenheiros contam com bacharéis em química. Já para desenvolver processos e equipamentos mais eficientes, a parceria é com engenheiros mecânicos, elétricos e mecatrônicos. Além da área de petróleo e gás, hoje um dos setores mais aquecidos do mercado é o de engenharia bioquímica e biotecnologia, principalmente ligada a novas fontes de energia. “A Unicamp tem muitas pesquisas em biomassa, além do desenvolvimento de novos medicamentos”,disse Maria Teresa. Abrangência Por ser econômico por definição, o engenheiro se destaca também em outras áreas de empresas que visam lucro e produtividade e ocupam com facilidade cargos de gerência. “A evasão de engenheiros de áreas técnicas para vagas de coordenação é uma tendência mundial. E não podemos dizer que eles são infelizes nesse tipo de emprego. O engenheiro gosta de resolver problemas práticos, não importa em que área”, afirmou a coordenadora. No curso da Unicamp, os alunos não têm dificuldade em conseguir estágios e empregos com salários em torno de R$ 5 mil depois de formados. A engenheira química Etiane Sans, que trabalha em Valinhos, se formou na Universidade Metodista de Piracicaba(Unimep) e conseguiu rapidamente um estágio na área. Fã de fórmulas quando ainda estava no colégio, ela disse que não tinha dúvidas sobre qual carreira escolher. “Sempre soube que seria algo ligado à química. Optei pela engenharia por eu também ter muita facilidade em matemática e física”, contou. Mas o início do curso não foi fácil. A carga pesada de cálculos no primeiro ano de faculdade fez Etiane pensar em desistir da engenharia várias vezes. “ Mas resisti e permaneci na faculdade. Ainda bem. Não me imagino trabalhando com outra coisa. O fato de o curso ser abrangente só contribuiu para eu conseguir melhores trabalhos”,explicou a engenheira,que hoje é supervisora industrial em uma empresa de armas não letais.

ENGENHEIRO QUÍMICO   (Correio Popular – Cenário XXI – 26/07/13

Profissões do futuro

O que faz – O engenheiro químico é o profissional voltado para o desenvolvimento de processos industriais que empregam transformações fisio químicas. É ele quem cria técnicas para a extração da matérias-primas e sua transformação em outras substâncias. É o encarregado também por pesquisar tecnologias mais eficientes e implantar processos industriais não poluentes.

Onde atua – Indústria de base, de petróleo e gás,  companhias farmacêuticas, de biotecnologia,componentes químicos, têxteis e em fábricas alimentícias.

Perfil profissional – Habilidade em matemática, física e química, além de facilidade de lidar como público e trabalhar em grupo. Por muitas vezes ocupar cargos de gestão, o engenheiro
químico deve saber liderar.

Faixa salarial – O piso salarial para seis horas diárias de trabalho para o engenheiro mecânico é de R$ 3.732,00. Mas algumas empresas oferecem salário inicial de R$ 5 mil, de acordo com especialistas. É considerada a engenharia mais valorizada no mercado no momento.

Faculdades – Universidade de São Paulo (USP), em SãoPaulo; Universidade Estadual de Campinas(Unicamp), em Campinas; Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Rio
de Janeiro (RJ); Universidade Federal do Ceará (UFC), em Fortaleza; Universidade Federal de Minas Gerais(UFMG), em Belo Horizonte.

QUÍMICA OU ENGENHARIA QUÍMICA?   (Correio Popular – Cenário XXI – 26/07/13)

A principal diferença entre química e engenharia química é em relação à área de atuação dos profissionais. Enquanto o químico trabalha basicamente em laboratórios, na realização de experimentos e análises químicas, desenvolvendo materiais e propondo novas reações para obter produtos químicos, o engenheiro atua diretamente no desenvolvimento e operação de processos em escala industrial, além de dimensionar equipamentos e definir as etapas dos processos. Para realizar essas etapas, bem diferentes, o curso de química tem foco maior em disciplinas ligadas às ciências puras. Já a engenharia trabalha com conceitos aplicados nos processos químicos, presente em disciplinas como fenômenos de transporte e termodinâmica. Física e matemática estão presentes no currículo durante todo o curso. Com os recentes avanços da biotecnologia,conhecimentos de biologia vêm sendo incorporados à grade. A partir do terceiro ano, essas disciplinas passam a ser aplicadas a processos físico-químicos.

Lama contra a contaminação ambiental   (Correio Popular – Cenário XXI – 26/07/13)

Desde 1998, uma equipe da Faculdade de  Engenharia Química da Unicamp se dedica à tarefa de minimizar os impactos ambientais dos resíduos industriais no meio ambiente, desenvolvendo técnicas e processos para imobilizar ou estabilizar os processos. A novidade é que pesquisadores utilizam materiais pouco convencionais, como algas e argila, para promover a remoção de  contaminantes de efluentes. Uma das descobertas recentes da engenheira química Renata dos Santos Souza são os benefícios da lama vermelha, residual gerado pela produção de alumínio, para remover derivados de petróleo (benzeno, tolueno exileno) de meios líquidos. A idéia de utilizar a lama vermelha para essa finalidade foi de Renata, que é natural do Pará, onde a produção de alumínio é uma atividade importante. Ela não tinha indícios de que o material teria essa utilidade, mas sabia que ele já era testado para remover corantes. Segundo a engenheira, na região Norte é comum a presença de postos de abastecimentos flutuantes, que, como os convencionais, apresentam problemas de manutenção em seus tanques, não raramente resultado em vazamento de combustíveis para os recursos hídricos. Além disso, a lama vermelha, que é composta principalmente por ferro, sódio, alumínio, titânio e silício, é um resíduo poluente que pode contaminar o solo e, consequentemente, o lençol freático. Hoje em dia, ela é aproveitada basicamente para a produção de cerâmica. Nos testes, a lama ativada termicamente foi capaz de remover 99% do xileno, 85% do tolueno e 0% do benzeno dos efluentes. Apesar de o estudo ter indicado que a lama vermelha tem potencial para ser empregada em métodos de remoção de compostos orgânicos de efluentes, a técnica ainda não alcançou o ponto de aplicação.