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26/08/2009 / Em: Clipping

 

Univesp
Novas fronteiras na educação superior  (Secretaria de Ensino Superior – Univesp – 26/08/09)

A Secretaria de Ensino Superior do Estado de São Paulo lança nesta quarta-feira, 26, às 12 horas, em solenidade que contará com a presença do Governador José Serra, os primeiros cursos semipresenciais da Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp), programa de expansão do ensino superior público do Governo do Estado de São Paulo. O evento marcará a estreia da Univesp TV, a inauguração do Espaço Univesp (na avenida Tiradentes, 451, Centro) e o lançamento de cursos do programa Universidade Virtual do Estado de São Paulo, desenvolvidos em parceria com a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp) e o Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. O primeiro deles – o curso de graduação em pedagogia oferecido pela Unesp –, se destina a professores da rede pública e privada, terá 1350 vagas iniciais, das cinco mil que vai oferecer ao longo de 2010 e 2011. As inscrições para o processo seletivo (vestibular) acontecem ainda neste ano;  o curso terá início no primeiro semestre de 2010, com 3 anos de duração (carga horária total de 3.390 horas) e 40% das atividades no modo presencial, em atividades realizadas nos cerca de 30 polos distribuídos pelo Estado de São Paulo. Para inscrever-se, o candidato deve estar em atividade docente da rede pública ou privada do Estado de São Paulo. Durante a cerimônia também será assinado um protocolo de intenções entre a Secretaria de Ensino Superior e o Centro Paula Souza para a oferta de 3.200 vagas no curso de graduação semipresencial “Tecnologia em Processos Gerenciais”, a ser realizado no segundo semestre de 2010. Desde julho último, aproximadamente 200 professores das FATECs (Faculdades de Tecnologia) participam de curso de capacitação oferecido pela Secretaria de Ensino Superior para o desenvolvimento de conteúdos para este curso e para uso de metodologias *online* em cursos presenciais. Também serão oferecidos pela Univesp, cursos extra-curriculares “online” de inglês e espanhol para cerca de 10 mil alunos do Centro Paula Souza. O lançamento do curso de Pedagogia da UNESP e a assinatura do protocolo de intenções com o Centro Paula Souza contará com a presença do Governador do Estado de São Paulo, José Serra; do Secretário de Ensino Superior do Estado, Carlos Vogt; do Secretário de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin; do Secretário de Cultura, João Sayad, da Secretária Adjunta de Ensino Superior, Nina Beatriz Stocco Ranieri;  do presidente do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta, Jorge Cunha Lima; do Diretor-Presidente da Fundação Padre Anchieta, Paulo Markun e da Diretora-Superintendente do Centro Paula Souza, Profª. Laura Laganá. O evento marca, também, a inauguração do Espaço Univesp e a estréia da Univesp TV, da Fundação Padre Anchieta.

A Univesp TV

A Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) conta com um importante parceiro e aliado: a Fundação Padre Anchieta. Com uma longa e reconhecida experiência em produção de conteúdo educativo na TV, a Fundação Padre Anchieta criou o canal digital Univesp TV, lançado também na quarta-feira, dia 26 de agosto. O novo canal, de transmissão aberta, traz programas diretamente ligados aos cursos oferecidos e também para documentários, entrevistas, filmes. Para assistir à Univesp TV na cidade de São Paulo, é preciso sintonizar um conversor de tevê digital no canal 2.2. Fora de São Paulo, nosso sinal pode ser captado pelas parabolicas digitais na polarização Vertical, freqüência 3.710 MHz (ou 1.440 MHz em banda L). O melhor da Univesp TV digital é veiculado, desde abril, na TV Cultura aberta. Todas as terças-feiras, às 23h10, o programa aborda um tema diferente. Além de parte dos conteúdos dos cursos que serão oferecidos pela Univesp, estão previstos para compor o Univesp TV alguns quadros especiais.

O Programa Univesp

A Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp) foi criada pelo decreto nº 53.536 de 9 de outubro de 2008 com o objetivo de ampliar o acesso à educação superior pública, em parceria com as três universidades paulistas – USP, a Unicamp e a Unesp – e com o Centro Paula Souza. A estrutura consorciada da Univesp agrega ainda outras importantes instituições, entre elas a Fundação Padre Anchieta, a Fapesp, a Fundap e a Imprensa Oficial. Os cursos a serem oferecidos pela Univesp têm o seu projeto acadêmico e seus conteúdos formulados pelas universidades que os propõem. São elas também as responsáveis pelo processo de seleção para o ingresso dos estudantes, bem como pela avaliação de seu desempenho nos cursos. À Univesp cabe garantir as condições materiais, financeiras e tecnológicas para a realização desses cursos, acompanhando, de modo integrado com a instituição parceira, a sua realização, o seu desenvolvimento e o aproveitamento dos alunos neles matriculados.

Plataforma de Aprendizagem, Tidia-Ae

Para chegar ao grande público, que pretende atingir com o que há de mais avançado em tecnologia de Internet para fins educacionais, o Programa Univesp optou pela plataforma Tidia-Ae. A sigla designa Tecnologia de Informação para o Desenvolvimento da Internet Avançada. As letras Ae traduzem as iniciais de aprendizagem eletrônica. O Tidia-Ae é um ambiente virtual de aprendizagem dotado de um conjunto de ferramentas que permitem o desenvolvimento das mesmas atividades pedagógicas realizadas em sala de aula no ambiente eletrônico da Internet. O  Projeto Tidia, financiado pela Fapesp, reúne cerca diversos grupos de pesquisa do Estado de São Paulo.



Governo quer aumentar vagas públicas no estado de São Paulo   (Ministério da Educação – Ensino Superior – 25/08/09)

No lançamento da pedra fundamental do campus da Universidade Federal do ABC (Ufabc), em São Bernardo do Campo (SP), nesta terça-feira, 25, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a iniciativa é um esforço do governo federal para aumentar as vagas públicas da educação superior no estado. Em São Paulo, explicou o ministro da Educação, Fernando Haddad, apenas 9% das vagas são públicas, enquanto que a média no país é de 17%. Para reverter esse quadro, Haddad destacou as iniciativas de expansão da educação superior no estado de São Paulo tomadas pelo governo federal: a criação dos campi da Unifesp em Santos, Guarulhos e Osasco; do campus da UFSCar, em Sorocaba; a criação da Ufabc em Santo André e o campus que começa a ser construído em São Bernardo.



Justiça social e justiça histórica  (Folha de S.Paulo – Opinião – 26/08/09)

AO REGRESSAR de férias, o STF enfrenta uma questão crucial para a construção da identidade do Brasil pós-constituinte: é possível adotar um sistema de ações afirmativas para ingresso nas universidades públicas que destine parte das vagas a negros e indígenas? Ao rejeitar o pedido de liminar em ação movida pelo DEM visando suspender a matrícula dos alunos, o ministro Gilmar Mendes sugeriu que a resposta fosse dada em razão do impacto das ações afirmativas sobre um dos elementos centrais do constitucionalismo moderno: a fraternidade. Perguntou se se estaria abrindo mão da ideia de um país miscigenado e adotando o conceito de nação bicolor, que opõe “negros” a “não negros”, e se não haveria forma mais adequada de realizar “justiça social” -por exemplo, cotas pelo critério da renda.  Situar o juízo de constitucionalidade no horizonte da fraternidade é uma importante inovação no discurso do Supremo. Mas, assim como o debate sobre a adoção de ações afirmativas baseadas na cor da pele não pode ser dissociado do modo como a sociedade brasileira se organizou racialmente, o debate sobre a concretização da Constituição não pode desprezar as circunstâncias históricas nas quais ela se insere. Como já escrevi nesta seção, o ideário da fraternidade nas revoluções europeias caminhou de par com a negação da fraternidade fora da Europa (“As dores do pós-colonialismo”, 21/8/06). No “novo mundo”, a prosperidade foi construída à base da usurpação violenta de territórios originários dos povos indígenas e da sobre-exploração dos escravos para aqui trazidos. Por essa razão, no Brasil, a injustiça social tem forte componente de injustiça histórica e, em última instância, de racismo anti-índio e antinegro (“Bifurcação na Justiça”, 10/6/08).  Em contraste com outros países (EUA), o Brasil apresenta um grau bem maior de miscigenação.  A questão é saber se esse maior grau de miscigenação foi suficiente para evitar a persistência de desigualdades estruturais associadas à cor da pele e à identidade étnica, ou seja, se o fim do colonialismo político acarretou o fim do colonialismo social. Os indicadores sociais dizem que essas desigualdades persistem. Por exemplo, um estudo recente divulgado pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República mostra que o risco de ser assassinado no Brasil é 2,6 vezes maior entre adolescentes negros do que entre brancos. Falar em fraternidade no Brasil significa enfrentar o peso desse legado, grande desafio para um país em que muitos tomam a ideia de democracia racial como dado, não como projeto. Mas, se o desafio for enfrentado pelas instituições sem que se busque diluir o problema em categorias fluidas como a de “pobres”, o país caminhará não só para a consolidação de uma nova ordem constitucional, no plano jurídico, como também para a construção de uma ordem verdadeiramente pós-colonial, no plano sociopolítico. Ao estabelecer um sistema de ações afirmativas para negros e indígenas, a UnB oferece três grandes contributos para essa transição. Em primeiro lugar, o sistema de educação superior recusa-se a reproduzir as desigualdades que lhe são externas e mobiliza-se para construir alternativas de inclusão de segmentos historicamente alijados das universidades em razão da cor da pele ou identidade étnica. Segundo, a adoção dessas alternativas não acarreta prejuízo para a qualidade acadêmica. Ao contrário, traz mais diversidade, criatividade e dinamismo ao campus ao incluir novos produtores e modos de conhecer. Terceiro, apesar de levantarem reações pontuais, como a do DEM, ações afirmativas baseadas na cor da pele ou identidade étnica obtêm um elevado grau de legitimidade na comunidade acadêmica. Basta ver como diversos grupos de pesquisa e do movimento estudantil se articularam em defesa do sistema da UnB quando ele foi posto em causa. Para o estudo das reformas universitárias, é fundamental que o programa da UnB possa completar o ciclo de dez anos previsto no plano de metas da instituição. A resposta a ser adotada pelo STF é incerta. O tribunal poderá desprezar a experiência da UnB sob o receio de que ela dissolva o mito de um país fraterno, porque mais miscigenado do que outros. Mas o tribunal também poderá entender que o programa da UnB, ao reconhecer a existência de grupos historicamente desfavorecidos, é, ao contrário, uma tentativa válida de institucionalizar uma fraternidade efetiva. Somente a segunda resposta permite combinar justiça social com justiça histórica.

BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS , 68, sociólogo português, é professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal). É autor, entre outros livros, de “Para uma Revolução Democrática da Justiça” (Cortez, 2007).



UFRJ não cobrará inscrição no vestibular  (Folha Dirigida – Vestibular – 20/08/09)

Uma boa notícia para quem quer estudar na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ): quem fizer o vestibular deste ano não pagará taxa de inscrição. Este é um dos pontos já confirmados do edital que será divulgado até o dia 1º de setembro. Com isto, os candidatos às vagas que serão oferecidas pela maior universidade federal do país não precisarão arcar com a taxa de R$95, valor do ano passado. A informação foi confirmada pela professora Belkis Valdman, pró-reitora de graduação da UFRJ. Segundo ela, um dos objetivos é democratizar o acesso aos cursos da instituição. “Queremos, naturalmente, incentivar a participação de pessoas que, em tese, não teriam condições de arcar com a taxa, principalmente os alunos de escolas da rede pública“, salientou a pró-reitora. O edital está em fase final de elaboração, mas algumas informações já foram adiantadas pela coordenação.

Uma análise do ingresso na universidade  (Folha Dirigida – Entrevista – 25/08/09)

No final da década de 80, a seleção para as universidades públicas e particulares era feita por um vestibular único. A primeira a abandonar o modelo Unificado foi a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que, em 1988, passou a aplicar provas discursivas em seu processo seletivo. O impacto foi drástico. Nos anos seguintes, boa parte dos vestibulandos da maior federal do país entregava as questões em branco, por causa da dificuldade em lidar com uma avaliação onde não era mais preciso apenas marcar alternativas para responder. Com o passar do tempo, as avaliações discursivas se consolidaram de tal forma que até o ano passado, integravam a maior parte dos vestibulares públicos. Em 2009, porém, o quadro mudou com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ao todo, 26 instituições federais de ensino superior substituíram seus processos seletivos próprios pela prova do MEC, que, fora a Redação, só tem questões de múltipla escolha. Com a tendência de unificação em torno no Enem, volta o receio de as escolas se pautarem pela avaliação objetiva, como ressalta o coordenador acadêmico do vestibular da UFRJ, Luiz Otávio Teixeira Langlois.



Maioria dos estudantes é jovem e sabe o que quer, diz pesquisa  (Folha de S.Paulo – Fovest – 25/08/09)

Cursos de tecnologia não são para indecisos. Pesquisa obtida pelo Fovest revela que o aluno dessa modalidade de graduação sabe o que quer, apesar da juventude-59% deles têm, em média, entre 18 e 23 anos.  “Quando o aluno escolhe o curso tecnológico, já está mais certo sobre a área que vai seguir. Quando está indeciso, opta por um curso de bacharelado, mais generalista”, afirma Andréa Andrade, diretora da Sepec (secretaria do Ministério da Educação responsável pelos cursos tecnológicos).  Ela entrevistou 625 pessoas para elaborar o perfil dos estudantes de cursos de tecnologia. A pesquisa subsidiou a dissertação de mestrado que Andréa defendeu neste ano na UnB (Universidade de Brasília). “O aluno já tem visão de futuro e uma expectativa bem específica.  Já vem bem mais focado”, afirma Newton Marchi, do Senai, com nove unidades no Estado de São Paulo. Outra pesquisa indica que quem cursa graduação tecnológica tem afinidade prévia coma área escolhida. Segundo a Fatec, 27% dos seus alunos haviam feito curso de nível técnico no ensino médio na mesma área da carreira que escolheram na faculdade. Outros 24% tinham curso técnico de outras áreas. “Quando a pessoa já trabalha naquela área, ganha demais com a especialização”, afirma Andréa. Segundo ela, o governo se preocupa coma criação de cursos que atendam a demandas regionais. É o caso, por exemplo, do curso tecnológico em viticultura, oferecido pelo Instituto Federal do Rio Grande do Sul em Bento Gonçalves. Os mais recentes a terem sido criados foram de biocombustíveis, produção cultural, mecânica de precisão e agroecologia, adicionados ao catálogo nacional no ano passado. Por serem ligados ao setor produtivo, a maioria dos cursos tecnológicos ocorre à noite. As mensalidades nas escolas particulares custam em média R$ 500.