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28/06/2010 / Em: Clipping

 

Há vagas em públicas para quem é veterano de faculdade privada  (IG – Educação – 26/06/10)

A cada semestre, milhares de candidatos se frustram durante a divulgação dos resultados dos vestibulares das universidades públicas. A quantidade de vagas oferecidas pelas instituições é insuficiente para atender a demanda. Mas, ao contrário do que muitos jovens imaginam, o vestibular não é a única possibilidade de entrada em uma universidade pública. Todos os anos, inúmeras instituições oferecem vagas ociosas dos cursos de graduação em processos seletivos distintos do vestibular. São vagas que vão surgindo ao longo do curso, por desistências dos alunos. Segundo o Censo da Educação Superior de 2008 – dado mais recente fornecido pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) – as universidades públicas (federais, estaduais e municipais) tinham 36.725 vagas ociosas. Para concorrer a essas vagas, os candidatos precisam estar matriculados em cursos da área. A exigência de carga horária do curso já cumprida varia conforme a vaga que aparece. É possível que a universidade peça para os estudantes o cumprimento de 20% ou 30% do currículo, por exemplo. Em geral, a seleção é feita com base em análise de currículos e provas específicas. Os nomes dados para esse tipo de processo seletivo variam de acordo com a instituição. Na Universidade de São Paulo (USP), é apenas transferência. Na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), vagas remanescentes. Na Universidade de Brasília (UnB), transferência facultativa. Em todos os casos, o objetivo é o mesmo: preencher os espaços vazios. “Naturalmente, como universidade pública, queremos minimizar o número de vagas ociosas. Se temos a capacidade de atender um número específico de estudantes, nosso objetivo é atendê-la completamente. O processo acontece todos os anos, de maneira muito cuidadosa”, afirma o pró-reitor de Graduação da Unicamp, Marcelo Knobel. Ele reforça que o processo na instituição não é fácil e tem demonstrado resultados satisfatórios. “Conseguimos preencher muitas vagas, mas essa possibilidade de entrada na universidade ainda é desconhecida pelos estudantes. É preciso divulgar mais”, defende.

Vagas abertas

A USP vai abrir inscrições para preencher 903 vagas de transferência a partir desta segunda-feira. Do total, 111 vagas são para o Instituto de Física de São Carlos. Os interessados terão até 5 de julho para preencher os formulários de inscrição. Há vagas em cursos como engenharia elétrica, ciência da computação, arquitetura e direito e são para o primeiro semestre de 2011. As informações sobre as provas e como concorrer podem ser conferidas no edital. Alguns cursos terão editais próprios de seleção, como os da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas. Os candidatos aos outros cursos terão de passar por uma prova de pré-seleção de língua portuguesa e inglesa, cultura contemporânea (para a área de humanidades), genética e bioquímica (biológicas) e física e matemática (exatas). Os exames devem ser aplicados em 25 de julho. Depois, serão feitas provas específicas em cada curso. A seleção da Unicamp também está próxima. O período de inscrições, organizado pela Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest), será de 12 a 23 de agosto, exclusivamente pela internet. A quantidade de vagas será divulgada no início das inscrições. O processo exige teste de conhecimentos gerais, análise de compatibilidade de currículo e prova específica. Ainda há provas de habilidades específicas para alguns cursos. Em agosto, ainda sem data definida, a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) também vai divulgar edital de transferência. A Universidade Estadual de Londrina abrirá inscrições de 2 a 27 de agosto. A Universidade Federal de Goiás (UFG) vai divulgar o edital no dia 11 de setembro. A dica é ficar de olho no site da instituição que você deseja estudar.

Vagas conquistadas

Rafael de Gois Netto, 24 anos, cursava publicidade em uma faculdade privada de Brasília quando soube da existência do processo de transferência facultativa da UnB. Ele havia desistido da universidade pública depois de quatro tentativas frustradas no vestibular. Quando soube da transferência, se animou novamente e arriscou. “Vi que seria uma possibilidade de ampliar meus horizontes, para além da publicidade. Achei que seria muito difícil, então estudei muito. Mas não esperava o resultado e a minha colocação. Fiquei em primeiro lugar”, conta Rafael. Para ele, muita coisa mudou depois da aprovação na UnB. “Minha postura acadêmica é outra, me encontrei aqui na UnB. Fora a economia da mensalidade, que estava em R$ 1 mil”, afirma. Livrar-se da mensalidade cara era um dos objetivos de Juliana Cíntia Videira, 34 anos. Estudante do curso de história na PUC de Campinas e já casada, a prestação estava pesando no orçamento familiar. Além disso, ela queria participar de pesquisas, mais escassas na instituição privada.  Quando soube da possibilidade de vagas remanescentes da Unicamp, tratou de concorrer. Estava tranqüila e acha que a falta de expectativas a favoreceu. Ainda em adaptação na Unicamp, ela acredita que a divulgação do processo seletivo deveria ser mais intensa. Por causa da pouca divulgação desse tipo de seleção, Julia Nunes Sardinha, 27 anos, aluna da Universidade do Estado de Santa Catarina, conta sua própria história a todos os estudantes que conhece. Julia, que mora em Florianópolis, tinha uma vontade imensa de estudar em federal. Durante anos, estudou e tentou, sem sucesso. Quanto estava no 3º semestre do curso de desenho industrial em uma faculdade privada da cidade, ficou sabendo da transferência da Udesc. O prazo para inscrições já havia passado e precisou esperar o próximo. Ela não desanimou. Estudou bastante antes das provas e conseguiu uma das seis vagas oferecidas. Curioso é que três não foram preenchidas. “Os estudantes precisam demonstrar um nível pré-determinado de conhecimento. Não adianta só ter a vaga. Fiquei muito feliz em ter passado, porque era um sonho antigo meu. Achei que tudo valeu a pena, mesmo tendo atrasado a formatura. O curso é mais puxado e sei que fez diferença na minha formação”, pondera. A formação oferecida na universidade pública também foi o grande estímulo de Juliana Rodrigues Freitas para tentar uma vaga na transferência facultativa da UnB. A jovem de 22 anos estudava jornalismo em uma instituição privada de Brasília, mas sentia falta de poder aprender coisas diferentes. “Queria ter liberdade de estudar outras áreas, queria algo que a universidade privada não me oferecia”, conta. Além disso, Juliana, que é órfã, temia perder a pensão dos pais e não poder continuar pagando a faculdade. Aprovada na UnB, já fez disciplinas de economia e tem a certeza de que sua vida mudou. “Senti alívio em relação ao dinheiro e hoje me sinto melhor por participar disso tudo”, reflete.Andressa Mariosi, 28 anos, trabalhava durante o dia para bancar as mensalidades do curso de letras que fazia à noite, com o auxílio de financiamento estudantil. A graduação que queria fazer, letras-francês, só era oferecida pela UnB em Brasília. Em 2001, visitando o site da universidade, descobriu a transferência facultativa. “Achava que seria difícil, porque não sabia como seria a prova. Não conhecia ninguém que tivesse feito para o curso que eu queria”, lembra. O apoio da família e do marido foi fundamental. “Além de fazer o curso que eu queria, tive muitas oportunidades estudando em uma universidade pública. Participei de um programa de oito meses na França”, conta.


USP e Unicamp não utilizarão Enem no resultado do vestibular  (O Estado de S.Paulo – Vida& – 28/06/10)

A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) não utilizarão a nota do Exame Nacional do Ensino Médio  Enem) para compor o resultado de seus vestibulares neste ano.“O Enem será realizado muito tarde”, afirma Carlos Henrique de Moraes Batalha, coordenador adjunto da Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest). Batalha recorda que o edital do vestibular deste ano já previa que a nota do exame só seria usada se houvesse tempo hábil para computá-la.Como o Enem será realizado nos dias 6 e 7de novembro, não haverá tempo para considerá-lo na avaliação. Se fosse aplicado até outubro, seria de participação obrigatória e representaria 20% da nota da primeira fase do vestibular da Unicamp, que ocorrerá no dia 21 de novembro. A USP também não utilizará o exame, mas deve divulgar uma nota hoje no site da Fuvest com mais informações.As universidades não descartam a utilização do Enem nos próximos anos. No ano passado, as duas universidades públicas paulistas também não utilizaram a nota do Enem. O atraso na aplicação do exame decorrente do vazamento da prova inviabilizou sua utilização.


USP e Unicamp não usarão Enem em vestibulares (Folha de S.Paulo – Cotidiano – 26/06/10)

Os vestibulares 2011 da Fuvest e da Unicamp não usarão o resultado do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como parte da nota. O motivo é que o exame será realizado muito tarde -em 6 e 7 de novembro-, portanto não haverá tempo hábil para que sua nota seja computada pelos organizadores. Para que o resultado do exame nacional fosse aproveitado, a USP afirma que deveria receber as notas da parte objetiva até a segunda quinzena de novembro. “Se o Enem ocorresse em outubro, nós o usaríamos”, diz Renato Pedrosa, diretor-executivo da Comvest, comissão que organiza a prova da Unicamp. A não utilização do Enem para compor parte da nota no vestibular, no entanto, não significa que o exame vá ser completamente descartado pela estadual de Campinas ou pela USP. “Isso não quer dizer que abandonamos o Enem de vez”, diz Quirino Augusto Carmello, pró-reitor-adjunto de graduação da USP.

Segundo Telma Zorn, pró-reitora de graduação da USP, o exame pode voltar a ser usado nos próximos anos. “Não é uma nova política”, afirma ela, que assumiu o cargo neste ano.

No ano passado, o uso da nota do exame já havia deixado de ocorrer em razão do seu adiamento de outubro para dezembro, após o vazamento das questões. Até então, o Enem era usado para compor 20% da nota da primeira fase, tanto na Fuvest como na Unicamp, caso o resultado do exame beneficiasse o vestibulando.

INCLUSÃO

Outro uso do Enem que está descartado na USP, assim como ocorreu no ano passado, é como fonte de bônus no Inclusp (Programa de Inclusão Social da USP). Pelo programa, o resultado do exame poderia representar um acréscimo de até 6% nas notas de candidatos que fizeram o ensino médio em escolas públicas do país. Mas, sem ele, a bonificação passa a ser baseada na pontuação obtida pelo candidato na primeira fase da Fuvest. A fórmula, criada no ano passado, fica mantida. A Unicamp acredita que ainda possa usar o Enem como parte de um eventual programa de inclusão para alunos de escolas públicas. No entanto, ainda não sabe como isso poderia ser feito. No momento, os conselhos universitários da instituição ainda discutem a criação do programa.


Unicamp não aproveitará nota do Enem no vestibular 2011  (Globo On Line – Plantão – 28/06/10)

A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) informou nesta segunda-feira que não utilizará o resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em nenhuma etapa do seu vestibular nacional 2011. A decisão foi tomada devido a um conflito de datas, já que o Enem 2010 está marcado para os dias 6 e 7 de novembro. O previsto era que a pontuação no exame compusesse a nota final dos candidatos na primeira fase do vestibular. No entanto, os resultados da primeira fase do vestibular serão divulgados no dia 20 de dezembro, e o MEC prevê que as notas do Enem sejam divulgadas apenas em janeiro de 2011. A primeira fase do Vestibular Nacional Unicamp 2011 será constituída de duas partes: 48 questões de múltipla escolha sobre todas as disciplinas e três redações, cada uma de um gênero específico. Cada parte valerá 48 pontos, compondo o total de 96 pontos. A nota da primeira fase será utilizada para a classificação e convocação dos candidatos para a segunda fase do vestibular, que ocorrerá nos dias 16, 17 e 18 de janeiro de 2011.


USP e Unicamp não utilizarão resultado do Enem  (Jornal Cruzeiro do Sul – Educação – 27/06/10)

A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) não utilizarão a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para compor o resultado de seus vestibulares neste ano. “O Enem será realizado muito tarde”, afirma Carlos Henrique de Moraes Batalha, coordenador adjunto da Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest). Batalha recorda que o edital do vestibular deste ano já previa que a nota do exame só seria usada se houvesse tempo hábil para computá-la. Como o Enem será realizado nos dias 6 e 7 de novembro, não haverá tempo para considerá-lo na avaliação. Se fosse aplicado até outubro, seria de participação obrigatória e representaria 20% da nota da primeira fase do vestibular da Unicamp, que ocorrerá no dia 21 de novembro. A USP também não utilizará o exame, mas deve divulgar uma nota amanhã no site da Fuvest com mais informações. As universidades não descartam a utilização do Enem nos próximos anos. No ano passado, as duas universidade públicas paulistas também não utilizaram a nota do Enem. O atraso na aplicação do exame decorrente do vazamento da prova inviabilizou sua utilização. (AE)