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29/01/2018 / Em: Clipping

 

Aluna de 19 anos passa em 1º lugar em medicina na USP entre cotistas de escola pública (G1 – Educação – 29/01/2018)

Nem todas as vagas foram preenchidas, já que não houve número suficiente de candidatos que tiraram a nota mínima exigida pela USP no Sisu.

Aos 19 anos e recém-formada no ensino médio, Clara Menegucci Lougon foi aprovada em 1º lugar em medicina na Universidade de São Paulo, entre os cotistas de escola pública. Eram 25 vagas reservadas para essa ação afirmativa, mas somente oito inscritos conseguiram tirar as notas mínimas exigidas no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para entrar no processo seletivo. Só poderia concorrer às vagas quem tivesse tirado, no mínimo, 700 pontos em cada uma das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017. Clara conseguiu cumprir o requisito – suas notas foram 920 na redação, 890 em matemática, 740 em linguagens, 720 em ciências da natureza e 715 em ciências humanas. Na sexta-feira (26), quando foram divulgadas as últimas notas de corte parciais no site do Sisu, a jovem viu que estava em 1º lugar das 25 vagas reservadas a pessoas que tenham feito o ensino médio inteiro em escola pública. “Não tinha nota de corte, então fiquei com medo de ter acontecido algum erro. Como não teria gente interessada em fazer medicina na USP?”, diz. “Mas depois descobri que é porque não houve número suficiente de candidatos com a nota mínima exigida. Aí fiquei mais tranquila e tentei segurar a ansiedade até a divulgação das listas”, completa.

‘Cotas são mais do que justas’

O clima na casa de Clara é de comemoração e de uma pontinha de ansiedade: ela ainda aguarda o resultado do vestibular da Unicamp para decidir se estudará na capital paulista ou em Campinas, no interior. De qualquer forma, vai precisar sair de Vitória, onde mora, e se mudar para o estado de São Paulo. “vou tentar ficar em alguma república ou dividir apartamento com uma amiga. Várias meninas que estudavam comigo passaram na USP, só que em outros cursos. Isso já ajuda bastante”, conta Clara. A jovem estudou no Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) durante o ensino médio e conciliou com as aulas de um cursinho privado, onde conseguiu uma bolsa de estudos integral por seu desempenho. “O Ifes é uma das melhores escolas públicas do país e eu sempre tive ótimas notas. Mesmo assim, minha nota final na USP ficou uns 20 pontos abaixo da nota de corte da ampla concorrência. Ou seja: a cota é necessária e mais do que justa”, afirma. O sucesso nos estudos também é atribuído ao apoio que Clara recebeu da família. Durante sua vida escolar, a menina se viu dividida entre engenharia (profissão da mãe) e medicina (carreira do pai). “Sempre fui muito incentivada a desenvolver o raciocínio matemático e isso me ajudou muito. Fiz o curso de edificações e não gostei, então escolhi a medicina no último ano”, afirma. “Acho que passei na USP logo após terminar a escola porque meu conhecimento foi construído aos poucos, não foi nada de última hora”, diz. As expectativas de Clara começaram a aumentar quando sua avó espalhou para os amigos que a neta estava em primeiro lugar na classificação parcial. Agora, com a confirmação, ela já começou a receber mensagens de veteranos de medicina da USP. “Sempre estudei tranquila, então agora tento controlar a ansiedade. É tentar esquecer e aproveitar o restinho das férias”, brinca.

 

Alunas nota mil na redação do Enem comemoram aprovação para medicina (G1 – Piauí – 29/01/2018)

Aprovada na Universidade Estadual do Piauí (Uespi), Isabella Barros considerou redação como imprescindível para resultado positivo. Yasmin Rocha quer tentar aprovação em outras universidades.

Aluna com nota mil na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a estudante Isabella Barros, de 17 anos, conseguiu a aprovação no curso que estava buscando, Medicina. Os resultados foram divulgados nesta segunda-feira (29). A estudante foi aprovada para cursar na Universidade Estadual do Piauí (Uespi) e considera que a redação foi imprescindível para deixa-la tranquila para a disputa da vaga no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Isabella Barros acompanhou o resultado divulgado na manhã desta segunda-feira (29) e comemorou o sucesso no Sisu. “Acho que tudo foi resultado de muito esforço e muita dedicação. Foi muito esforço tanto na redação quanto nas outras áreas”, afirmou a aprovada em Medicina na Uespi. Yasmin Rocha, de 17 anos, foi aprovada também para medicina, na Universidade de Pernambuco (UPE), instituição de ensino superior estadual. Ela já está estudando, mirando um voo mais alto para 2018. “Estou muito feliz com minha aprovação, mas vou tentar para a USP esse ano”, disse Yasmin a respeito da nova meta, passar na Universidade de São Paulo (USP). O tema da redação do Enem 2017, “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil” teve apenas 53 pessoas em todo o Brasil com a nota máxima. O número representa uma queda no total, já que no ano anterior foram 77 notas máximas obtidas na prova. A nota média da redação passou de 541,9 para 558. Para a estudante o resultado positivo no Sisu está muito ligado também ao sucesso com a redação no Enem. “Consegui medicina na Uespi. Acho que a redação foi imprescindível para aumentar a minha nota e me deixar na classificação confortável”, analisou Isabella Barros. Sobre como o tema ajuda na formação dos futuros profissionais, em áreas como a que ela vai cursar, Isabella Barros disse que há o impulso para uma participação maior na sociedade. “A redação ajuda a trazer temas para debate e ao debater há um conhecimento sobre o tema, o que ajuda a ser uma pessoa mais humana”, reforçou.

‘Foi muito treino’

No momento da divulgação do resultado da redação Isabella Barros contou ao G1 que a nota perfeita é resultado de muito treino. Além dos estudos na escola, ela fez curso de redação para praticar ainda mais, e não perdeu o foco na leitura. “Eu sempre leio muito, muitas atualidades, para ficar sempre antenada”, explicou. Ela lembrou que conseguiu ficar tranquila por conta do esforço empregado nos estudos. “Na época todo mundo ficou surpreso com o tema, mas eu achava que estava preparada para qualquer tema, porque eu tinha feito muitos temas desconhecidos. Fiquei tranquila e sabia que vinha uma nota boa, porque foi muito treino”, relembrou a estudante.

 

‘Foi uma surpresa’

Yasmin Rocha fez cerca de duas redações por semana e que no momento da divulgação do resultado contou que esse não era seu ponto forte. “Eu não esperava uma nota tão boa, foi uma surpresa, mas Graças a Deus deu certo. Eu estava muito bem preparada”, disse a estudante quando tirou a nota 1000 na redação do Enem. Ela contou que a redação nunca foi seu ponto forte. Além da nota mil, Yasmin teve a segunda melhor nota na prova de matemática. “Como eu não era tão boa, eu fiz muita redação, fazia na escola e no preparatório, em média duas por semana”, disse a jovem.

 

 

Após oito dias, cerca de 800 mil participantes do Enem 2017 ainda não viram a nota (G1 – Educação – 27/01/2018)

Dos 6,7 milhões de candidatos inscritos, cerca de 4,7 milhões efetivamente participaram do exame, mas só 3,9 milhões haviam checado a nota até as 16h30 de sexta-feira.

Um balanço divulgado na noite de sexta-feira (26) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) mostra que, oito dias depois da divulgação das notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2017, 41% dos candidatos inscritos ainda não checaram o sistema para ver seu resultado. O resultado foi liberado por volta das 12h do dia 18. De acordo com o Inep, às 16h30 desta sexta, o sistema do Enem havia registrado 3.920.930 acessos únicos de candidatos que fizeram as provas em novembro. Esse número representa 58% do total de 6.731.203 pessoas inscritas para fazer o Enem 2017. Porém, o Inep informou que 2 milhões de candidatos inscritos não chegaram a fazer as provas. Dos cerca de 4,7 milhões de participantes do exame, quase 800 mil ainda não fizeram login no sistema para checar suas notas nas provas objetivas e de redação.

Sisu teve pelo menos 1,9 milhão de inscritos

Do total de candidatos do Enem 2017, 3,9 milhões estavam aptos a participar do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) de 2018. Estão em disputa 239.716 vagas em 130 instituições. As inscrições terminaram às 23h59 desta sexta-feira e, segundo o último balanço divulgado pelo MEC, às 12h desta sexta (26), o sistema registrava 1.954.849 inscritos e 3.793.667 inscrições, já que cada candidato pode se inscrever em até duas opções de curso. Na terça-feira (23), o G1 obteve acesso inédito à sala de monitoramento do Sisu.