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10/04/2018 / Em: Destaques, Notícias, Releases

 

O número de estudantes oriundos de escolas públicas se manteve praticamente igual ao do ano anterior: 49,2%, contra 50,2% em 2017.

Após a última matrícula para o preenchimento das vagas nos cursos de graduação da Unicamp em 2018, a Universidade registrou um número recorde de estudantes autodeclarados pretos, pardos ou indígenas ingressantes: 23,9%. Dos 3.327 matriculados este ano na Universidade, 794 estudantes são desse perfil. No ano anterior o índice foi de 22% (715 matriculados). Entre os estudantes egressos de escolas públicas, o número de autodeclarados pretos, pardos ou indígenas foi ainda maior e chegou a 35% do total de matriculados nesse universo, contra 32,4% no ano passado.

Também houve aumento do número de alunos isentos matriculados em 2018 na Unicamp, que passou de 10,7% para 12,5% do total de ingressantes. Esses estudantes tem um perfil socioeconômico de baixa renda e são isentos de pagar a taxa de inscrição do vestibular.

O índice de alunos oriundos de escolas da rede pública de ensino foi de 49,2%. Dos 3.327 matriculados na Universidade este ano, 1.638 fizeram o ensino médio em escolas da rede pública de ensino, número praticamente igual ao do ano anterior (1.635 estudantes), quando a Unicamp registrou o índice histórico de 50,3% de estudantes matriculados da rede pública. Em 2016, esse grupo representou 47,6% do total de matriculados. Todos os dados foram divulgados pela Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest), após o fim das matrículas do Vestibular Unicamp 2018.

De acordo com o coordenador da Comvest, José Alves de Freitas Neto, há um efetivo cruzamento entre o número de autodeclarados pretos e pardos e estudantes de escola pública, tal como os índices de matriculados na rede pública. “O vestibular refletiu, no caso das escolas públicas, a mesma distribuição étnico-racial dos concluintes do ensino médio, porém, sabemos que esse quadro não é homogêneo em nossos cursos”, afirmou o coordenador.

Com as mudanças nas formas de ingresso aprovadas para 2019, o coordenador espera um resultado que contemple as propostas de inclusão e que assegurem o bom desempenho dos ingressantes. “Com a mudança da bonificação do PAAIS, corrigiremos eventuais distorções que impactam alguns cursos. E com a adoção das cotas, o ingresso pelo edital ENEM-Unicamp, os editais de vagas olímpicas e o vestibular indígena, teremos condições de atingir as metas estabelecidas pelo Conselho Universitário, de ter na Unicamp, a representatividade da população do Estado de São Paulo, por turno e curso”, disse Freitas Neto.

De acordo com a pró-reitora de graduação da Unicamp, Eliana Amaral, a Universidade está preparada para atender a essa nova demanda, por meio das diferentes ações de apoio estudantil. “A Unicamp atende a essa nova demanda, por meio da preocupação com a permanência no sentido acadêmico, isso é, de apoio aos estudantes que possam ter dificuldade durante seu primeiro ano de estudos. Esse apoio acadêmico inclui várias estratégias educacionais, além dos habituais benefícios que a Unicamp oferece, como a isenção do restaurante universitário – de acordo com o perfil socioeconômico -, as inúmeras bolsas de cunho social e uma oferta cada vez mais variada de bolsas de iniciação cientifica, por exemplo. Assim, a Unicamp tem tentado fazer um programa amplo de apoio à permanência dos estudantes, que inclui aspectos acadêmicos, sociais e acompanhamento de saúde física e mental”, explicou Eliana.

No Vestibular Unicamp 2018, a Comvest teve 83.783 inscritos, que disputaram 3.340 vagas, em 70 opções de cursos de graduação. A edição 2018 foi a última realizada no atual formato de seleção de candidatos. “O vestibular da Unicamp encerra um ciclo e abre novas perspectivas e oportunidades de ingresso, mas com o mesmo rigor e seriedade. A Unicamp escolheu um caminho ousado de ingresso. Uma universidade comprometida com a sociedade do século XXI e que, ao mesmo tempo, preserva os valores da excelência no ensino, pesquisa e extensão que a constituíram como uma das principais universidades da América Latina”, concluiu o coordenador executivo da Comvest.