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Cerca de 30 estudantes indígenas, de diferentes cursos da Unicamp, estiveram no último dia 30 de agosto, com o diretor da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest), José Alves de Freitas Neto, e com o coordenador de logística da Comissão, Kleber Pirota, para discutir questões relacionadas à aplicação do Vestibular Indígena. Uma das deliberações da reunião foi a inclusão da cidade de Santarém, no Pará, que deverá ser oficializada, em setembro, como mais um local para a realização da prova do Vestibular Indígena Unicamp-UFSCar.
Aplicado desde o ingresso 2019, o Vestibular Indígena já está em sua sexta edição, cujas provas devem ocorrer em janeiro de 2024, para ingresso na Unicamp e na UFSCar a partir de fevereiro do mesmo ano. Até a edição passada, as provas eram aplicadas em seis cidades do Brasil, sendo: Campinas (SP), Dourados (MS), Manaus (AM), Recife (PE), São Gabriel da Cachoeira (AM), Tabatinga (AM). Com a inclusão de Santarém (PA), o exame passa a ter sete locais de aplicação. Outro ponto discutido durante a reunião foi a substituição da cidade de Dourados (MS) por Campo Grande (MS), pois de acordo com a Comvest, o índice de presentes e na prova em Dourados e de aprovados no Vestibular vinha sendo muito baixo.
“Considerando toda a logística envolvida no transporte das provas, deslocamento das equipes e segurança do processo, a baixa adesão dos estudantes indígenas em Dourados não estava justificando a aplicação. Resolvemos alterar a cidade, considerando que haverá maior adesão na capital Campo Grande”, argumentou José Alves. De acordo com o diretor, haverá uma ampla divulgação do Vestibular em Campo Grande, buscando aumentar a adesão dos estudantes indígenas daquele estado.
Para Chantal Medaets, presidente da Comissão Assessora para a Inclusão e Participação dos Povos Indígenas (Caiapi), a reunião foi importante, também, para que os estudantes indígenas amadureçam sua percepção a respeito dos limites da universidade e de cada órgão em relação ao que pode ou não ser feito. “Os próximos passos da Caiapi serão reuniões virtuais com os coletivos e associações indígenas da região de Campo Grande, com a finalidade de ampliar a divulgação sobre o Vestibular Indígena da Unicamp, com a possibilidade, posteriormente, de visitas presenciais no Mato Grosso do Sul”, disse Chantal.
