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01/07/2014 / Em: Clipping

 


O ensino que os alunos esperam ter em 2030  (Gazeta do Povo – Vida na Universidade – 30/06/14)

Como será o ensino nas universidades daqui a 15 anos? Uma pesquisa feita pela Laureate International Universities com mais de 20 mil estudantes de 21 países – sendo 4,3 mil brasileiros – indica que os futuros profissionais esperam que as instituições invistam cada vez mais em tecnologia e tracem estratégias para estarem mais próximas do mercado de trabalho. Sete em cada dez alunos entendem que as graduações deverão ensinar mais habilidades orientadas para a carreira e 60% esperam que especialistas do mercado participem do planejamento dos cursos e facilitem a procura de emprego, já que ter um diploma hoje não é garantia de emprego. Os números aumentam entre os universitários brasileiros: 78% e 64%, respectivamente.O reitor da PUCPR, Waldemiro Gremski, se diz favorável à presença de profissionais da indústria na formação dos estudantes. “Nossa educação ainda está longe do mercado, é academicista. Dificilmente os cursos têm nos seus colegiados alguém de fora”, afirma. Para 44% dos entrevistados, em 2030, as salas de aula deveriam ser conduzidas majoritariamente por profissionais atuantes no mercado e não por professores com exclusividade acadêmica. “Os estudantes querem que a universidade lhes auxilie a identificar funções e, assim, prepará-los com mais qualidade para as vagas disponíveis no mercado”, diz o CEO da Laureate Brasil, José Loureiro.


 
Educação: uma forma de reduzir a desigualdade   (Jornal do Brasil – Sociedade Aberta – 01/07/14)

Dentre as desigualdades que marcam o país, talvez a mais vil seja a dificuldade de acesso ao ensino público de qualidade. A escola forma cidadãos e profissionais. Sem um preparo técnico adequado, sem o domínio de um ofício, sem uma profissão, não há como um jovem nascido na classe baixa ascender socialmente. Há universidades públicas de qualidade, mas o ingresso nessas instituições acaba sendo um privilégio restrito aos que tiveram acesso a um preparo adequado no ensino fundamental, o que, grosso modo, só é obtido na rede privada. Dessa forma, não se proporciona mobilidade social por meio do trabalho. Algo nesse cenário começa a mudar. O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) destina-se à formação de profissionais. Por meio da liberação de recursos, estimula que, entre outros agentes, municípios criem cursos de Educação Profissional Técnica de nível médio (TEC) e cursos e programas de formação inicial e continuada (FIC) para trabalhadores, além de contribuir com a melhoria da qualidade do ensino médio público. Ao atuar dessa forma, o programa permite que as cidades destinem os recursos à qualificação de mão de obra para áreas que têm maior potencial de impacto social, seja pela oferta de vagas de trabalho, seja para atender a uma vocação econômica ou para atrair empresas de determinado segmento com profissionais capacitados.