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04/05/2009 / Em: Clipping

 


UFF irá utilizar o novo Enem nas duas fases do vestibular 2010  (UOL – Vestibular – 30/04/09)

A UFF (Universidade Federal Fluminense) aprovou na última quarta-feira (29) o modelo a ser adotado no vestibular 2010: no exame, o novo Enem deverá ser usado nas duas etapas do processo seletivo. Na primeira fase, que continua sendo eliminatória, o Enem valerá metade da nota. Nessa fase, os candidatos farão provas com questões pertinentes à grande área de conhecimento a que pertence o curso escolhido, sendo que as questões de língua portuguesa e literaturas de língua portuguesa serão comuns a todas as áreas. A segunda etapa continuará com provas discursivas, abordando questões específicas da área de escolha do candidato. O conteúdo deverá se aproximar ao máximo do programa de base do novo Enem. Os estudantes da rede pública estadual e municipal que passarem para a segunda fase terão, além do bônus de 10%, concedidos desde 2008, mais 5% sobre a nota final, caso tenham alcançado rendimento acima de 70% no novo Enem. Para ser habilitado na segunda fase, o candidato deverá obter um número de acertos igual ou superior à média aritmética da prova e do novo Enem, respeitado o limite máximo de oito e o mínimo de três vezes o número de vagas oferecido pelos cursos. Além disso, professores da rede pública terão reserva de 20% das vagas em cursos de licenciatura.



Veja série em vídeo dos resumos dos livros obrigatórios da Fuvest e Unicamp  (Globo.Com – G1 Vestibular – 03/05/09)

Confira a seguir os resumos em vídeo dos nove livros obrigatórios da Fuvest e da Unicamp. Os comentários são do professor de literatura do Anglo Vestibulares Fernando Marcílio.



O retrato de sempre  ( O Estado de S.Paulo – Opinião – 02/05/09)

Os números do último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) infelizmente não trazem qualquer novidade. A prova, que é voluntária e foi aplicada no ano passado a mais de 4 milhões de estudantes de 20.174 escolas em todo o País, apenas confirmou a falência da rede escolar pública, na qual estão matriculados cerca de 85% dos alunos desse nível de ensino. Pelo Enem de 2008, entre as mil escolas brasileiras com as piores notas, 965 são vinculadas à rede pública estadual. Entre as mil escolas com as melhores notas, apenas 36 são colégios estaduais, 58 são escolas federais e 1 escola é municipal. Como nas edições anteriores do Enem, as escolas públicas mais bem classificadas são os centros estaduais e federais de educação tecnológica e os colégios de aplicação vinculados aos cursos de pedagogia de universidades públicas. A melhor escola do País, o Colégio São Bento, do Rio de Janeiro, com média 33% acima da melhor escola pública, é particular e mantida por uma ordem religiosa. Para as autoridades educacionais, a liderança no ranking decorre de causas óbvias – ou seja, professores bem pagos, qualificados e motivados, instalações adequadas, bibliotecas e laboratórios atualizados e apoio familiar.



Reitores de universidades federais defendem cota para alunos locais   (Folha Online – Educação – 02/05/09)

Com a criação do novo Enem, reitores de universidades federais querem criar cotas regionais para evitar que as faculdades sejam “invadidas” por alunos de outros Estados, já que os candidatos poderão concorrer em várias instituições fazendo uma única prova. A proposta deverá ser discutida pela Associação Nacional de Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior.  O objetivo, segundo o presidente da entidade e reitor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), Amaro Pessoa Lins, é fortalecer o ensino regional e manter o cenário atual, no qual a maioria dos matriculados é oriunda do ensino médio do próprio Estado. “Há uma grande diferença entre o ensino nas diversas regiões do país. Não é justo, principalmente nos cursos com demanda alta, como medicina, termos estudantes concorrendo no mesmo nível”, diz Lins. “Somos uma universidade no meio do sertão. Se você coloca em situação de igualdade o [nosso] estudante com um paulista ou do Sul, isso poderá ser um problema”, diz o reitor da Universidade Federal do Vale do São Francisco, José Weber, que defende a reserva de vagas. Sem salvaguardas, os reitores acreditam que haverá distorções, já que o aluno escolherá a universidade sabendo sua nota do Enem. Isso permitirá que ele opte por uma federal de outro Estado se achar que não terá chance em uma mais disputada de seu local de origem.  Os dados do Enem 2008 mostram que esse temor é procedente. Na prova deste ano, os alunos do Sudeste obtiveram o melhor desempenho: 51,21 pontos, em escala de zero a cem, na nota que une a prova objetiva e a redação. Em segundo lugar ficou o Sul, com 50,86. Norte e Nordeste tiveram média cinco pontos menor -45,89 e 46,2, respectivamente. A comparação tem ressalvas, já que as notas médias não mostram nem os melhores alunos do interior do Norte e Nordeste nem os piores das capitais do Sul e Sudeste. De toda forma, são indicadores do nível educacional de cada localidade.  Reitor da UFBA, Naomar de Almeida Filho, é uma das poucas vozes dissonantes. “A mobilidade que se está esperando irá contribuir com o desenvolvimento regional”, afirma.



A POLÍTICA DE COTAS CHEGA À FASE DO DELÍRIO  (Veja.Com – Colunistas – Reinaldo Azevedo)

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara aprovou um projeto do deputado Flávio Dino (PC do B-MA) que reserva 10% das vagas de instituições públicas de ensino médio e superior para portadores de deficiência. Não foi submetida a plenário e seguiu direto para o Senado. Nenhum deputado quis propor recurso para que a proposta tivesse de passar pelo plenário da Câmara. A razão é simples e óbvia: algum jornal se lembraria de brindar a vítima com um título mais ou menos assim: “Fulano recorre contra cota para deficientes”. Ninguém quer passar por inimigo de deficientes. Flávio Dino — um “Dino” no PC do B… Quem diria? — não deixa de prestar um serviço à causa dos valores universais da democracia, que estão sendo agredidos pelas políticas de cotas. No próprio Senado, há um outro projeto que reserva 50% das vagas para alunos egressos da escola pública, com um subcritério de distribuição das vagas segundo a cor da pele. Aprovados os dois, já teríamos 60% das vagas reservadas ao cotismo. Até o Dino do PC do B se assustou com a aprovação e reconheceu que a tramitação no Senado vai ser difícil. Por quê? Ora, porque sobram minorias, mas já começam a faltar vagas.
Fiz certa feita uma ironia afirmando que o verdadeiro negro do mundo é o macho, branco, heterossexual e católico. Estamos chegando lá. Em breve, será preciso garantir cota para essa minoria, a cada dia mais achincalhada e discriminada, não? Se os oriundos da escola pública, os negros e os deficientes tiverem cotas, por que não podem tê-las outras “minorias” que também são objeto de suposta discriminação, o que as impede de se desenvolver plenamente? Por que não impor cotas para os gays, ciganos, portadores do vírus HIV, alérgicos, filhos de pais separados, dependentes químicos… Em suma: cada “discriminado” sabe onde lhe aperta o sapato e cumpre se mobilizar junta a seus pares para exigir “reparação”. O excesso de cotas pode, quem sabe?, levar a uma revisão dessa estupidez. O princípio constitucional do acesso universal à educação está indo para o diabo. Já que o tema está na moda, observem que estamos criando o sistema brasileiro de castas: será preciso pertencer a uma delas para ter acesso à educação. O mérito que se dane. E quem teve a má sorte de nascer branco, não ser muito pobre e não ter nenhuma deficiência? Fazer o quê? O sistema de castas tem os seus intocáveis.



Enem. Uma disputa (in)justa?  (Gazeta do Povo – Educação – 03/05/09)

O Ministério da Educação (MEC) quer que o novo formato do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) seja o primeiro passo em direção a uma reforma do sistema educacional. O vestibular, utilizado há cerca de 40 anos como forma de acesso ao ensino superior, sairia do foco dos estudantes. A ideia é primar por conteúdos ricos em raciocínio e análise. Na visão do ministério, os atuais vestibulares priorizam a memorização. Na nova versão proposta, muitas lacunas ainda estão bem abertas. Entre as principais, a indefinição por parte das universidades sobre a adesão ou não ao novo sistema. O MEC ainda não tem uma lista com os nomes das instituições que já declararam que vão aderir ao novo Enem ainda neste ano. No Paraná, a Universidade Tecnológica Federal (UTFPR) anunciou que vai utilizar o sistema de seleção unificado do novo Enem, em 3 e 4 de outubro, para o processo seletivo de 2010. Já o Conselho Universitário da Universidade Federal do Paraná (UFPR) adiou a decisão sobre o assunto para 19 de maio. Na terça-feira as instituições particulares debatem a adesão ao novo Enem na Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior. Na próxima quarta-feira ocorre uma audiência pública, em Brasília, sobre o assunto. O novo Enem também entrou na pauta da Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Senado, que deve realizar outra audiência pública sobre o tema. ultima = 0; Além das dúvidas que deixam qualquer estudante do terceiro ano do ensino médio à beira de um ataque de nervos, educadores e especialistas divergem sobre a intenção que motivou a mudança: de democratizar o acesso ao ensino superior e melhorar a qualidade do ensino básico. Na opinião do reitor da UTFPR, Carlos Eduardo Cantarelli, uma das principais vantagens para o aluno é a possibilidade de tentar vagas em cinco cursos de cinco universidades no país inteiro, sem necessidade de deslocamento. “Evidentemente que não se sabe toda a logística. Mas é um impasse do primeiro momento. Dá um desconforto quando se quebra algo que vinha sendo feito há tantos anos da mesma forma”, diz.  Já o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), ex-ministro da Educação, avalia que a intenção de mexer no vestibular e melhorar o Enem é boa. “Mas o governo ainda está dando um jeitinho e não está interessado em melhorar a qualidade da educação básica. E isso só ocorre com uma grande revolução na educação. A minha proposta é a federalização das escolas, que os professores sejam pagos pelo governo federal”, diz. Ele cita um programa que existe na Universidade de Brasília, onde os estudantes são avaliados no fim de cada ano do ensino médio e, se forem bem avaliados, não precisam passar pelo vestibular, entram direto na universidade. O senador é autor de um projeto semelhante a ser adotado em todo o país, que tramita no Senado.