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04/07/2011 / Em: Clipping

 

A decisão da UFRJ de abolir o vestibular e usar só Enem escancarou as diferenças entre as principais universidades dos principais polos de ensino do País. A UFRJ anunciou que vai oferecer suas mais de 9 mil vagas exclusivamente pelo Enem, enquanto a USP, Unicamp e Unesp, continuam tendo vestibulares próprios. Apesar das principais universidades paulistas serem estaduais, a eficiência de um único exame nacional como forma de avaliação dos candidatos ainda é interpretada de modos diferentes pelas instituições.  A USP, considerada a melhor universidade do País, passou a usar o Enem no somatório em 2000, mas parou em 2009 após problemas decorrentes no atraso do exame após o vazamento da prova. O processo de seleção é feito através do vestibular da Fuvest, fundação própria que elabora o exame. As inscrições começam no dia 26 de agosto e a prova da primeira fase acontece no dia 27 de novembro. A segunda etapa será entre 8 e 10 de janeiro. A Unicamp, por sua vez, teve mudanças consideráveis nos últimos anos após diminuir a notória importância que dava às questões dissertativas. Ao apostar numa avaliação majoritariamente objetiva, o vestibular da estadual de Campinas voltou a se assemelhar ao das outras estaduais paulistas, como era até os anos 80. Mesmo não utilizando a nota do Enem na primeira fase, é permitido ao candidato que passar à segunda fase optar por usar a nota do Enem como complemento da nota da primeira fase no cálculo da nota final do exame. As primeira fase será dia 13 de novembro, e a segunda de 15 a 17 de janeiro de 2012.

Baixa qualificação prejudica avanço da Petrobrás  (O Estado de S.Paulo – Educação – 03/07/11)

O crescimento da exploração e produção de petróleo e derivados nos próximos quatro anos esbarra em uma situação que a Petrobrás, internamente, tem classificado de dramática. O déficit de profissionais para o período 2011-2015 é de 200 mil. Pior: faltam engenheiros, carreira mais importante do funcionalismo da estatal. O problema foi abordado pelo assessor da presidência da estatal, Sidney Granja, em palestra proferida há duas semanas no Rio em evento sobre a competitividade do setor de óleo e gás, realizado na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Assistente do presidente José Sérgio Gabrielli, Granja revelou que a Petrobrás treina, no momento, 80 mil profissionais. É pouco, afirmou. “Estamos com muitas dificuldades em termos de qualificação de mão de obra em toda a Petrobrás. Teremos de treinar 200 mil nos próximos quatro anos. Fazemos um trabalho extenso com universidades para a qualificação da mão de obra. É preciso resgatar a engenharia no Brasil”, disse.