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06/01/2015 / Em: Clipping

 

 

Unicamp divulga notas obtidas na primeira fase do vestibular 2015

A Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), disponibiliza as notas obtidas pelos candidatos na primeira fase do Vestibular Unicamp 2015 no site. Para ter acesso às notas, os candidatos precisam digitar seu número de inscrição e senha. A partir do próximo domingo, 11 de janeiro, 15.444 candidatos são esperados para a segunda fase do vestibular, que será realizada em três dias consecutivos: 11, 12 e 13 de janeiro de 2015. Eles concorrem a 3.320 vagas em 70 cursos de graduação da Unicamp. Este ano, 70.947 candidatos fizeram a prova da primeira fase, realizada em 23 de novembro. A Comvest ressalta que os candidatos devem ficar atentos aos locais das provas que foram divulgados em dezembro e estão disponíveis em sua página na internet, já que eles não serão necessariamente os mesmos onde o candidato realizou a primeira fase. Além dos locais, também há mudança de cidade nos seguintes casos: os candidatos que fizeram a primeira fase em Sumaré farão a segunda fase em Campinas; aqueles que fizeram a primeira fase em São Bernardo do Campo farão a segunda em Santo André; aqueles que fizeram a primeira fase em São João da Boa Vista farão a segunda fase em Mogi Guaçu. Todos os candidatos aprovados devem fazer todas as provas da segunda fase, independentemente do curso escolhido. A segunda fase é constituída de provas idênticas para todos os candidatos, com questões dissertativas. Cada uma das provas é composta de seis questões, com exceção da Redação. As provas têm a seguinte distribuição:

As provas de Redação (composta por duas propostas de textos a serem desenvolvidas pelos candidatos) e língua portuguesa e literaturas de língua portuguesa, serão aplicadas em 11 de janeiro. As avaliações de matemática, história e geografia, serão realizadas no dia 12 de janeiro. Já as prova de física, química e biologia acontecerão no dia 13 do mesmo mês.

Cidades
A Unicamp vai aplicar a prova da segunda fase do Vestibular 2015 nas seguintes cidades: Bauru, Brasília, Campinas, Guarulhos, Jundiaí, Limeira, Mogi das Cruzes, Mogi Guaçu, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Santo André, Santos, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo e Sorocaba.

Próximas datas
As provas de habilidades específicas, para os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Artes Cênicas, Artes Visuais e Dança serão realizadas em Campinas entre os dias 19 e 22 de janeiro de 2015. A primeira chamada será divulgada dia 2 de fevereiro e os convocados nesta chamada deverão efetivar a matrícula não presencial nos dia 3 ou 4 de fevereiro, exclusivamente na página eletrônica da Comvest, em formulário específico.



O Currículo nacional   (O Estado de S.Paulo – Opinião – 05/01/15)

Você sabe se seu filho vai aprender regra de três na mesma época que as crianças que moram em países desenvolvidos? Você sabe se ao final da educação básica, depois de mais de uma década frequentando escolas públicas ou privadas caríssimas, seu filho terá desenvolvido as competências necessárias aos desafios contemporâneos? Ao longo dos últimos 20 anos se multiplicaram as avaliações de desempenho dos alunos de escolas públicas e privadas no Brasil, por iniciativa do governo federal. Diversos governos estaduais, e também alguns municípios, seguiram o mesmo caminho, com avaliações externas dos seus alunos em nível local. O principal resultado dessa verdadeira “febre” de avaliação foi um diagnóstico, inédito em nossa História, do nível do desempenho dos nossos alunos, retratando claramente seus progressos e insuficiências. De forma geral, no País, temos tido progressos nos anos iniciais do ensino fundamental, enquanto ainda patinamos nos anos finais dessa etapa e no ensino médio. Acontece que essa onda de avaliações tem uma peculiaridade que salta aos olhos de quem analisa nossas políticas educacionais de forma comparada com a experiência internacional. De maneira talvez única entre as grandes democracias do mundo, introduzimos a avaliação do desempenho dos alunos sem antes definir um currículo nacional comum para nossas escolas. Sim, leitor, é isso mesmo: não existe currículo para as escolas públicas no Brasil.

Ciência sem verba   (O Estado de S.Paulo – Editorial – 05/01/15)

Quando o programa Ciência sem Fronteiras foi lançado, há quatro anos, a comunidade científica manifestou o receio de que, para custeá-lo, o governo desviasse verbas destinadas para investimento em pesquisas de ponta. Em suas reuniões anuais, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) – que tem 4 mil sócios e representa cerca de 110 entidades científicas – chegou a advertir os Ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia para que não cometessem esse erro. As advertências não foram ouvidas e o que a comunidade científica temia acabou acontecendo. Só no orçamento de 2014, R$ 1,5 bilhão de dois fundos do Ministério da Ciência e Tecnologia foi utilizado para financiar as bolsas do Ciência sem Fronteiras, o que levou 75 entidades científicas a protestarem. Desde 2013, o programa – que foi uma das principais vitrines da campanha eleitoral da presidente Dilma Rousseff – é mantido pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, principal recurso de financiamento das agências públicas de fomento à pesquisa. Encarregada de fiscalizar e fomentar os cursos de pós-graduação, a Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Nível Superior também está desviando recursos de sua atividade-fim para custear o Ciência sem Fronteiras, o que tem provocado atrasos no pagamento das bolsas a mestrandos e doutorandos no País e no exterior. No orçamento de 2014, ela destinou R$ 1,5 bilhão para o programa.



Em universidades ‘top’, quem não empreende é ‘loser’   (Folha Online – Educação /Blog da Sabine – 05/01/15)

Já escrevi sobre isso: no Brasil, escolas e universidades não preparam seus estudantes para inovar e empreender, mas sim para que consigam bons empregos. Ok, disso já sabemos. O que não sabemos é como, então, as universidades ‘top’ estimulam seus alunos para que eles tenham ideias e para que desenvolvam suas ideias. Durante mais de dois meses, visitei algumas das melhores universidades do mundo –Harvard, MIT, Berkeley, Stanford, Michigan, Columbia– tentando responder a essa pergunta. Conversei com docentes e alunos. Cheguei à primeira conclusão: quem entra nessas universidades, em geral, tem perfil empreendedor e quer inovar. “Aqui, quem não empreende é loser [perdedor]”, disse uma aluna do curso de administração da Universidade de Berkeley, na Califórnia. Ninguém, claro, quer ser loser. Se cada aluno já é um pouco empreendedor, então é preciso incentivá-los e conectá-los. Isso porque as chances de uma ideia dar certo aumentam significativamente se essa ideia for compartilhada, especialmente com pessoas de áreas diferentes do conhecimento. O que as universidades ‘top’ fazem, então, é dar um empurrãozinho nesse processo criativo, promovendo uma interação entre estudantes em alguns espaços específicos.

Novo ministro da Educação quer prova Brasil Anual   (Folha Online – Educação – 05/01/15)

O novo ministro da Educação, Cid Gomes, afirmou nesta segunda-feira (5) que quer uma avaliação anual dos estudantes da educação básica de rede pública. Hoje, esse exame – a chamada Prova Brasil – é aplicado a cada dois anos. “É fundamental que a gente estabeleça metas [para a educação básica]. Metas de acesso, metas de regularidade, metas de aprendizado e avaliações permanentes. Eu, por exemplo, pretendo fazer com que as avaliações, hoje feitas de dois em dois anos, possam ser feitas anualmente”, afirmou Gomes em entrevista ao “Bom dia Brasil”, da Rede Globo.  A Prova Brasil avalia conhecimentos em português e matemática dos alunos do 5º e 9º anos do fundamental e, aliado às taxas de aprovação dos estudantes, compõe o Ideb, índice federal de qualidade da educação.

Produção científica e lixo acadêmico no Brasil  (Folha de S.Paulo – Opinião – 06/01/15)

Dois artigos publicados recentemente pela revista britânica “Nature”, especializada em ciência, deixam o Brasil e, em especial, a comunidade acadêmica brasileira, profundamente envergonhados. A “Nature” nos acusa, em primeiro lugar, de produzir mais lixo do que conhecimento em ciência. Nas revistas mais severas quanto à qualidade de ciência, selecionadas como de excelência pelo periódico, cientistas brasileiros preenchem apenas 1% das publicações.  Quando se incluem revistas menos qualificadas, porém, ainda incluídas dentre as indexadas, o Brasil se responsabiliza por 2,5%. O que a “Nature” generosamente omite são as publicações em revistas não indexadas, que contêm número significativo de publicações brasileiras, um verdadeiro lixo acadêmico.



Estudantes de ensino noturno têm desempenho inferior, mostra levantamento   (Globo OnLine – Educação – 29/12/14)

Um terço dos matriculados no ensino médio das escolas estaduais brasileiras está no ensino noturno. Eles são 2,3 milhões de um universo de 7,2 milhões alunos e sofrem com enormes disparidades na educação recebida quando comparados a estudantes de turnos diurnos regulares. Um estudo feito pelo Instituto Ayrton Senna mostra que esses alunos apresentam desempenho mais baixo, têm cargas horárias menores e maior taxa de abandono escolar. Os sintomas aparecem já no rendimento dos estudantes. Com base em dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2011, o estudo mostra que, em português, enquanto a média dos alunos do turno diurno é 266, no noturno é 241. Em matemática, esses números são 270 e 246, respectivamente. A diferença nas taxas de abandono da escola também chama atenção. Enquanto esse índice fica em 5,5% no período diurno, o noturno tem 16,4%. O mapeamento também identificou que esses alunos são mais velhos e já iniciam o ensino médio atrasados. Enquanto a idade média de um aluno matriculado no 1º ano do ensino médio no turnos da manhã e da tarde é 16,2 anos, no noturno é 18,8. E, se 23% daqueles que estudam durante o dia estão com pelo menos dois anos de atraso no curso, à noite isso ocorre com mais da metade: 53%.