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06/04/2016 / Em: Clipping

 


Hora do Enem é paliativo e não resolve os problemas do ensino médio   (Globo.Com – G1 Vestibular – 05/04/16)

O fracasso escolar observado nos estudantes brasileiros e latino-americanos oriundos de famílias com menos recursos foi motivo para, na década de 70, dar lugar a uma série de políticas de “educação compensatória”. Os programas “compensatórios” partiam da suposta necessidade de suprir carências e defasagens que seriam inerentes à criação das crianças e jovens de camadas populares, o que explicava seu inexorável insucesso escolar. Essa teoria de “privação cultural” chegou a ser usada para absolver a escola por sua ineficiência: por não terem “bagagem cultural”, os estudantes de baixa renda não conseguiam aprender tanto como os outros, o que gerava repetência e evasão. O que estava na base dessa concepção era uma leitura distorcida e falaciosa das realidades sociais e educacionais e, não poucas vezes, acabou reforçando o preconceito, a desigualdade educacional e a exclusão social, contribuindo pouco para melhorar o ensino formal. Mais de quatro décadas depois, o lançamento do “Hora do Enem”, pelo MEC, não deixa trazer à mente um ranço de “educação compensatória”.

Preços dos livros de vestibulares variam até 89,25%, diz Procon  (Globo. Com – G1 Vestibular – 05/04/16)

Uma pesquisa realizada pelo Procon de Campinas (SP) mostra que os preços dos livros que constam na lista de leitura obrigatória dos vestibulares da Unicamp e da Fuvest podem variar até  89,25% de uma livraria para outra no município. O órgão de defesa do consumidor fez um levantamento em 12 estabelecimentos, sendo sete lojas físicas e cinco virtuais, consultando os preços de 18 títulos de livros novos e usados.



Políticas de inclusão tornam possível o sonho do curso superior a quem jamais teve chance  (Ministério da Educação – Notícias – 01/04/16)

Natural de Caxias, no Maranhão, o jovem Jardeon Jardiel Machado de Araújo, 29 anos, é o caçula do que se pode chamar de grande família. Destaca-se no extenso núcleo familiar por ter sido o primeiro a ouvir a frase: “Estamos muito orgulhosos pela sua conquista.” O afago dos parentes foi pela formatura em tecnologia em análise e desenvolvimento de sistemas, em 2014. Jardeon faz parte de uma parcela especial da população brasileira: é o primeiro da família com acesso ao ensino superior. Hoje, nas universidades brasileiras, um em cada três estudantes é o primeiro da família que chegou lá. Avós, pais e irmãos nunca se formaram. Jardeon está entre 35% dos formandos participantes do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) 2014 que afirmaram ser o primeiro integrante da família a concluir uma faculdade. O novo tecnólogo do mercado mudou-se para o Distrito Federal ainda criança, aos 5 anos. Vai à terra natal só nas férias, para visitar avós e nove tios, além dos primos. Mora com a mãe e dois irmãos em uma casa alugada na cidade de Taguatinga. Conseguiu a graduação após dois estágios e a ajuda financeira do salão de beleza da mãe, a cabelereira Maria de Fátima. O feito também despertou a vontade do irmão mais velho, Jeferson, de 34 anos, que agora pensa em fazer faculdade. Provavelmente administração, área em que atua. “Querendo ou não, isso põe todos para cima. Faz com que a gente queira voar mais alto”, avalia Jardeon, que trabalha na Faculdade Projeção, onde se formou. O próximo passo, abrir a própria empresa de tecnologia da informação (TI).



Evento gratuito oferece informações sobre cursos universitários em Campinas   (EPTV – Virando Bixo – 05/04/16)

A Escola Salesiana São José receberá no dia 16 de abril a 9ª edição da Uniexpo Campinas – Exposição Teenager de Universidades e Profissões. Realizado anualmente pela Teenager Assessoria Profissional, o evento tem como objetivo reunir alunos dos ensinos Médio e Técnico para atividades que proporcionem o contato do jovem com instituições de Ensino Superior em diversas áreas profissionais. Durante a Uniexpo, os participantes recebem informações sobre o funcionamento dos cursos universitários, a grade curricular, o sistema de avaliação, a metodologia de ensino e também sobre o mercado de trabalho das carreiras: salário médio, onde se pode trabalhar e o dia a dia da profissão.



Novo episódio de racismo gera debate na Unicamp   (Correio Popular – Cidades – 06/04/16)

Alunos da Unicamp se mobilizam contra mais uma pichação racista feita em um dos banheiros masculinos do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH). A frase “aki não é senzala, tirem os pretos da Unicamp já” provocou repulsa dos estudantes e coletivos antirracistas da universidade, que cobram posicionamento e investigação da reitoria. Esse é o segundo caso de racismo no IFCH em menos de um mês — no dia 7 de março os dizeres “white power”, acompanhados do símbolo da seita criminosa Ku Klux Klan (KKK), já haviam causado uma onda de indignação. O Núcleo de Consciência Negra da Unicamp entregou um manifesto na reitoria exigindo a criação de uma comissão permanente de combate ao racismo dentro do campus. O grupo deve ser formado por membros de movimentos negros dentro e fora da universidade, além de funcionários, estudantes e docentes negros. “A ideia é que a comissão crie medidas permanentes de combate ao racismo na universidade”, explicou José Victor Alves, de 20 anos, estudante de filosofia e membro do Núcleo de Consciência Negra.


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Negro e cotista, estudante se forma com o melhor desempenho da turma   (Pragmatismo Político – Educação – 30/03/16)

O percurso até minha formação foi muito difícil, mas eu sempre me dedicava em todas as matérias. Trabalhar de dia e estudar a noite realmente não é fácil”. Edgar Nascimento, 23 anos, morador do Jardim Helena, Zona Leste de São Paulo, é agora engenheiro mecânico formado pela Universidade Cruzeiro do Sul. Edgar tinha o sonho de entrar na Escola Preparatória de Cadetes do Exército. E foi durante os estudos para seguir carreira militar, que o jovem descobriu algo novo, o carinho e a aptidão com os números. O grande tempo dedicado foi a medida necessária para o estudante ingressar no curso de Engenharia Mecânica pelo sistema de cotas via ProUni, na Universidade Cruzeiro do Sul no ano de 2010. Apesar das dificuldades durante o curso, como a necessidade de trabalhar, Edgar se sobressaiu na turma desde o início.