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06/05/2010 / Em: Clipping

 


Tabu negro  (Editoria Segmento / Revista Ensino Superior – Edição 139)

Ao entrevistar alunos, professores e funcionários da Universidade de Brasília para ouvir o que eles pensam a respeito da política de ação afirmativa adotada pela universidade, a diretora Dulce Queiroz revelou mais do que está por trás dos extensos corredores da instituição. De alguma forma, seu filme Raça Humana é um retrato da dificuldade do brasileiro em lidar com um assunto aparentemente consensual no país: a questão racial.  Incensados pela câmera, os entrevistados deixam transparecer discursos passionais, tanto contra quanto a favor da reserva de 20% das vagas da universidade para afro-descendentes, adotada há seis anos. Funcionária da Câmara dos Deputados, formada em jornalismo, Dulce filmou Raça Humana para a TV Câmara a partir do seu interesse pela discussão legal sobre as cotas, que tem sua constitucionalidade questionada no Supremo Tribunal Federal (veja box). “O assunto entrou novamente em pauta em todo o Brasil. É um tema muito polêmico que gera discussões acaloradas”, justifica.