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06/11/2014 / Em: Clipping

 


Falta debate sobre conteúdo do Enem, afirma ex-organizador do exame   (Folha Online – Educação – 06/11/14)

A dimensão atual do Enem e as dificuldades para sua aplicação deixaram em plano “secundário” o debate sobre o conteúdo da prova.  A análise é feita por Reynaldo Fernandes, professor da USP e presidente do Inep entre 2005 e 2009, ano em que o exame foi reformulado para substituir o vestibular.  O órgão do Ministério da Educação é o responsável pelo Enem, cuja edição deste ano será neste fim de semana. “O lado logístico acaba tomando grande parte das preocupações. É até natural. E menos discussão se faz sobre se de fato ele é um bom sinalizador para o ensino médio”, disse à Folha. Para ele, é preciso tornar o debate “mais pedagógico”. “Discutir o formato da prova é discutir o formato do ensino médio que queremos. Esse foi um dos motivos porque ele surgiu, mas que nesses anos ficou um pouco secundário.”  Fernandes estava à frente da organização do Enem quando houve o vazamento de questões e nova prova teve de ser elaborada em tempo recorde. Desde então, avalia, o Enem teve avanços e se consolidou. Prova disso é a crescente adesão de instituições de ensino e a demanda -neste ano, são 8,7 milhões de inscritos.  O ex-presidente do Inep reconhece a necessidade de mais de uma edição por ano, mas diz que isso só será possível com mudanças na lei.

Saiba como é feita a correção de provas do Enem (Folha Online – Educação – 05/11/14)

Com muitas fórmulas de matemática, elementos químicos e regras gramaticais para estudar para as provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) de 2014, nem sempre os candidatos se interessam em saber como é feita a correção das provas objetivas e da redação.  Para a prova objetiva, a correção usa a metodologia da Teoria de Resposta ao Item (TRI), em que o valor de cada questão varia conforme o percentual de acertos e erros dos estudantes naquele item. Assim, uma questão que grande parte dos candidatos acertou será considerada fácil e, por essa razão, valerá menos pontos. Já o estudante que acertar um item com alto índice de erros ganhará mais pontos. Dessa forma, não é possível calcular a nota final apenas contabilizando o número de erros e acertos em cada uma das provas. Um candidato que acerta o mesmo número de questões que outro não terá necessariamente a mesma pontuação. O estudante só tem como saber a nota final no Enem quando todos esses aspectos forem avaliados. A correção da redação é mais simples e passou por mudanças no ano passado, já que na prova de 2012 um candidato obteve a nota máxima na redação, mesmo com a inserção de um trecho de receita de macarrão instantâneo no texto. O Ministério da Educação (MEC) definiu que se forem inseridos trechos indevidos, o candidato será eliminado.



USP estuda aplicar Fuvest em outros Estados   (Veja – Educação – 04/11/14)

A Universidade de São Paulo (USP) estuda aplicar seu vestibular para outros Estados nos próximos dois anos. Atualmente, as provas de acesso aos cursos de graduação da instituição, elaboradas pela Fuvest, são realizadas exclusivamente em São Paulo. A proposta foi apresentada nesta terça-feira durante a abertura do ciclo de debates que vai discutir os rumos da instituição e sua relação com a sociedade. No primeiro encontro, os pró-reitores de graduação, pesquisa, pós-graduação e extensão apresentaram panoramas de suas áreas e propostas de mudanças de curto e médio prazo. “É fundamental que os melhores estudantes do país tenham a USP como alvo principal. Para isso, não podemos prolongar o erro de realizar a prova apenas em São Paulo”, afirmou Antonio Carlos Hernandes, chefe da área de graduação. Em junho, ele já havia declarado que pretende estimular o uso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para a seleção de estudantes.