×
11/05/2015 / Em: Clipping

 


Unicamp: rede pública reduz ingresso   (Correio – Popular – 10/05/15)

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) teve em2015 a menor proporção de calouros vindos de escola pública em seis anos. No último vestibular, a taxa foi de 30,2% de ingressantes da rede pública. É o valor mais baixo desde2010, quando a proporção foi de 29,4%.Os dados são da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest), responsável pelo processo seletivo da instituição. No ano passado, a proporção de calouros da rede pública havia sido de 36,9%, recorde da instituição. Internamente, equipes da universidade creditavam que neste ano o nível poderia chegar a 38%, expectativa que foi frustrada. O total de novos alunos da Unicamp que se declararam pretos, pardos e indígenas (PPI) também recuou. A proporção em 2015 foi de 15,7%, ante 18% no ano passado, outro recorde que havia sido atingido pela universidade. No último vestibular, o total de inscritos de escola pública já havia caído: 26,6%, contra 27,7% na edição anterior. Já na proporção de candidatos PPI, a queda foi ainda mais acentuada. Foram 12,3% de candidatos pretos, pardos e indígenas neste vestibular e17,7% na edição de 2014. A Unicamp não adota cotas, mas um sistema de bonificação no vestibular para alunos de escola pública e pretos, pardos e indígenas. A Comvest informou que ajustes no sistema de bônus e a adoção de cotas são estudadas, mas precisam de aval do Conselho Universitário, órgão máximo da instituição. Se aprovadas, as mudanças já podem valer no próximo processo seletivo. Pelo Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior de São Paulo (Pimesp), plano proposto pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) aos reitores das três universidades estaduais, em 2015 já deveria haver 43% de alunos de escolas públicas. No ano seguinte, o patamar deveria subir para 50%.A meta da própria Unicamp é ter 50% de estudantes de escola pública até 2017, com 35% de alunos PPI, percentual que corresponde à distribuição populacional do Estado de São Paulo, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).



USP, Unicamp e fundação lançam cursos a distância gratuitos   (O Estado de S.Paulo – Educação – 11/05/15)

O Coursera, uma das principais plataformas de ensino online do mundo, lançou neste mês seus primeiros cursos em língua portuguesa. As formações, gratuitas, são ministradas por instituições renomadas, como a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Fundação Lemann, organização sem fins lucrativos. Os cursos da plataforma – com vídeos, simulações e exercícios – não têm data para começar ou terminar, o que facilita a participação dos alunos. O conteúdo é gratuito e cobra-se apenas uma taxa de US$ 85 (cerca de R$ 300) para emissão de certificado. O Coursera tem 12 milhões de usuários no mundo, sendo 500 mil no Brasil. A USP oferece dois cursos: um sobre história da contabilidade e outro sobre linguagem de negócios nessa área.

Aula magna de preconceito, na USP   (O Estado de S.Paulo – Educação – 10/05/15)

ROBERTO ROMANO
A eugenia constituiu uma doutrina genocida espalhada no século 20, mas com raízes antigas no pensamento ocidental. O etnocentrismo que a precede é patente na Política de Aristóteles (Livro VI, 1327b). Os nórdicos, diz o preceptor de Alexandre, são valentes, mas burros. Os asiáticos têm inteligência, mas se acovardam. Já os helenos reúnem mente atilada e valentia. Eles seriam os únicos a quem serve o designativo “homem”. Mas para os atenienses “grego” bastava, porque o resto… era o resto. Como é cego para a dignidade dos estrangeiros, o filósofo marca as mulheres como inferiores, e assim por diante. A linhagem dos teóricos ocidentais que desprezam etnias não brancas é imensa. Ela inclui I. Kant, David Hume, Hegel e outros. Tempos atrás publiquei um artigo intitulado A Mulher e a Desrazão Ocidental (no livro Lux in Tenebris). Nele cito exemplos nada edificantes da filosofia presa ao racismo, ao gênero masculino, à violência contra os mais fracos. Mesmo em países democráticos brotam casos de preconceito larvar contra judeus, negros, mulheres e pobres. No caso da eugenia, o processo Buck versus Bell, definido na Suprema Corte norte-americana sob a égide do juiz Oliver Wendell Holmes, mostra até onde pode ir a injustiça contra indivíduos ou grupos sem riqueza e poder.



Inglês fraco dos estudantes preocupa a faculdade de medicina da USP  (Folha de S.Paulo – Educação – 10/05/15)

Estudantes da melhor faculdade de medicina do país têm apresentado uma defasagem na formação básica que pode comprometer seus estudos e seu futuro profissional: a falta de fluência em inglês. O diagnóstico foi feito pela direção da Faculdade de Medicina da USP, que passou a tomar iniciativas para estimular os alunos a estudarem o idioma, especialmente os termos técnicos da área. Em julho, a faculdade promoverá a primeira “winter school”, ou escola de inverno, um curso de duas semanas ministrado em inglês. Dos 60 inscritos, dez são brasileiros. O objetivo é que, inseridos em um ambiente internacional, mesmo os alunos que não participam do curso fiquem em contato com colegas estrangeiros. Precisarão falar em inglês e terão dimensão da necessidade de dominar o idioma.