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11/09/2014 / Em: Clipping

 


Inscrição no vestibular da Unicamp termina nesta quinta-feira  (Veja – Educação – 11/09/14)

O processo de inscrição para o vestibular 2015 da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) termina nesta quinta-feira às 20h. O cadastro é feito pelo site da Comvest, responsável por selecionar alunos para a instituição. A taxa de inscrição é de 140 reais e deve ser paga até hoje. O processo seletivo vai oferecer 3.320 vagas distribuídas em 70 cursos da Unicamp. A primeira fase será realizada dia 23 de novembro. A segunda etapa acontece nos dias 11, 12 e 13 de janeiro de 2015. Antes da primeira fase, haverá provas de habilidades específicas para candidatos aos cursos de música no período de 25 a 29 de setembro. Para os demais cursos (arquitetura e urbanismo, artes cênicas, artes visuais e dança), as provas de habilidades específicas ocorrerão no período de 19 a 22 de janeiro de 2015.



Punições a universidades explicam queda do nº de formandos, diz MEC   (Globo.com – G1 Vestibular – 10/09/14)

O Ministério da Educação afirmou que a queda no número de estudantes concluintes na educação superior entre 2012 e 2013 foi provocada majoritariamente por medidas de supervisão que resultou na punição administrativa como suspensão de cursos de 14 instituições de ensino superior. Segundo os dados do Censo da Educação Superior referentes a 2013, divulgados na terça-feira (9), o número de alunos que se formaram caiu 5,9%, de 1.050.413 em 2012 para 991.010 em 2013, uma queda de 5,7%. Foi a primeira vez que o número de formandos caiu desde 2003. “Destas 14 instituições, a maioria passou por processo de supervisão que resultou em suspensão, redução de vagas ou descredenciamento”, disse o ministério, em comunicado. “Do total, há três estaduais (uma delas foi descredenciada em educação a distância) e um instituto federal, que teve redução de vagas como resultado de medida administrativa.” Das 61.257 vagas de formandos a menos entre 2012 e 2013, 59.620 estão concentradas nessas universidades, que, segundo o MEC, passam ou passaram por processos de supervisão que podem ter suspendido temporária ou definitivamente parte ou todos os cursos. Entre os motivos da queda está a suspensão de algum curso, a redução de vagas em um curso ou o descredenciamento por completo da instituição.Atualmente, segundo os dados do Censo, o Brasil tem mais de 2.400 universidades, faculdades, institutos e centros universitários com cursos de nível superior.A instituição com a maior redução no número de concluintes foi a Universidade Luterana do Brasil, que perdeu mais da metade dos seus formandos em um ano. A queda foi de 17.778 para 7.961.No total, dez dessas 14 instituições são privadas, três são estaduais e uma é federal. Em seis dos 14 casos, os cursos que tiveram redução são da modalidade a distância.



Universidade com aspas   (Folha de S.Paulo – Editorial – 11/09/14)

O Ranking Universitário Folha (RUF), na terceira edição, deixa evidente que o sistema de ensino superior brasileiro prossegue
esquizofrênico. Por aqui se chamam de universidades instituições com perfis e missões muito díspares.  Universidades existem para produzir conhecimento, e não só reproduzi-lo. Satisfazer tal premissa lhes permite casar pesquisa científica com ensino e, assim, formar pessoas capazes de aplicar o saber em soluções para desafios sociais. Não é essa a realidade de quase duas centenas de universidades cadastradas no Ministério da Educação (MEC) quando foram coletados os dados do RUF. Das 192 que entraram na lista, 176 (92%) não chegaram a publicar um artigo científico por docente em dois anos. O contraste com as universidades de elite é marcante. A Unicamp, por exemplo, teve 3,35 publicações por professor em 2010-2011. Isso não quer dizer que 9 entre 10 universidades sejam inúteis. Nelas estão 7 milhões de pessoas que formarão a elite da mão de obra nas próximas décadas. O ideal seria que houvesse muito mais matrículas. Mas não se expande a educação de terceiro grau no ritmo necessário sem comprometer algo da qualidade –inclusive devido às deficiências no ensino médio. Os centros de primeira linha, que dão tempo e condições para seus docentes fazerem pesquisas, terão sempre clientela restrita. As três irmãs paulistas (USP, Unicamp e Unesp), responsáveis por 40% das publicações científicas nacionais, reúnem menos de 10% do total de 1,76 milhão de matrículas de graduação no Estado. O Brasil precisa, sim, de escolas superiores para qualificar a força de trabalho e melhorar a produtividade da economia. Essa é a vocação da maioria das instituições particulares e de tantas públicas, como as várias que têm sido inauguradas pelo governo federal. Designá-las todas como universidades e delas exigir o cumprimento de quesitos burocráticos mais apropriados a centros de pesquisa (como manter um terço de professores pós-graduados) pode dificultar essa missão, por desviar o foco do ensino propriamente dito. Além disso, confunde-se o público ao misturar verdadeiras universidades com as que só merecem o título com o acréscimo de aspas. Nessa confusão apostam as instituições que se esforçam para cumprir apenas o mínimo das exigências do MEC a fim de manter a denominação prestigiosa. Sua motivação está no mercado, não na ciência, e é injusto listá-las na mesma categoria das que se distinguem pela excelência em pesquisa. O RUF também enfrenta essa dificuldade. Por isso tem modificado sua metodologia, a partir de sugestões e críticas, para tornar essa ferramenta mais útil. Nenhum ranking tem um conjunto inquestionável de critérios –mas isso não desobriga seus responsáveis de aperfeiçoá-lo de maneira contínua.

Verba para pesquisa é fator decisivo para qualidade de universidades   (Folha Online – Educação – 10/09/14)

Dados do RUF (Ranking Universitário Folha) 2014 indicam que o montante de recursos para pesquisa obtidos pelas universidades brasileiras é um dos fatores decisivos para a qualidade das principais instituições do país. Das dez universidades no topo do ranking, oito também lideram a lista das que mais conseguem financiamento para projetos científicos. A USP, cabeça do ranking geral e maior universidade brasileira, é, de longe, a que recebe mais recursos para pesquisa das principais agências de fomento federais e do Estado.  Em 2012, o valor chegou a R$ 813 milhões, superando com folga a soma do montante destinado às três universidades que vêm logo depois dela nesse quesito.  Quando se considera o valor dividido pelo número de docentes, a situação fica um pouco mais equilibrada. A USP, que tem cerca de 6.000 professores, recebeu, naquele ano, um valor per capita um pouco inferior a R$ 140 mil.