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12/01/2018 / Em: Clipping

 

Na briga pela Unicamp, jovem sonha ser o 1º da família a entrar na faculdade: ‘É uma coisa nova para os meus pais’ (G1 – Campinas e Região – 12/01/2018)

Matheus é candidato a uma vaga no curso de biologia; 2ª fase começa neste domingo (14).

 

Matheus Henrique Brito, de 18 anos, morador de Campinas (SP), é um dos 15.461 estudantes aprovados para a 2ª fase do vestibular da Unicamp, que começa neste domingo (14). E motivação para buscar uma das vagas no curso de biologia não falta: ele sonha ser o primeiro da família a ingressar no ensino superior. Formado pela rede pública de ensino e estudante de um cursinho popular da cidade, Brito mostra-se orgulhoso pelo que já conseguiu, revela que os pais não têm a dimensão do que é a Unicamp, e quer dar o passo a frente para ser exemplo aos quatro irmãos mais novos. “Minha mãe estudou até o 2º ano e meu pai até a 5ª série. Eu sou o primeiro a me formar no ensino médio. Eles ainda não têm noção do que é que eu estou fazendo. É uma coisa nova para os meus pais”, conta o jovem. O salto para um futuro melhor tem, é claro, participação dos pais, que saíram do Maranhão para Campinas há 16 anos em busca de oportunidades. Claudio, de 40 anos, trabalha na construção civil, enquanto a mãe Cristiane, de 35, é diarista. Chegar ao ensino superior é visto pelo estudante como resultado de todo esse esforço. Se ingressar na Unicamp para cursar biologia, Brito acredita que possa motivar os irmãos, de 14, 13 e 5 anos e, claro, a mais nova, de 10 meses, que ainda nem sonha com livros e cadernos. “Eles ainda estão no fundamental, mas podem ver o exemplo. Na família não tem ninguém que chegou à universidade, nem tios, avós”, conta.

Cursinho popular

Brito concluiu o ensino médio na Escola Estadual Moacyr Santos de Campos, em 2016. Foi lá que recebeu a dica de um professor de ingressar em um cursinho popular, o Dandara dos Palmares, que atende alunos oriundos do ensino público ou de escolas particulares que tiveram bolsas integrais. O ano de estudos ajudou a superar deficiências do aprendizado, principalmente na área de exatas. “Foi uma diferença muito grande. Além da defasagem do ensino público, na escola tem muita gente desinteressada. No cursinho é possível focar, todos querem aprender. Estou confiante”, avisou.

 

Química e biologia na Unicamp: veja os temas mais pedidos na 2ª fase do vestibular em 5 anos (G1 – Campinas e Região – 12/01/2018)

Segunda etapa do processo seletivo começa no domingo (14) e segue até o dia 16.

Um levantamento das provas dos últimos cinco anos mostra quais foram os temas mais cobrados na 2ª fase do vestibular da Unicamp nas disciplinas de química e biologia. Os dados foram compilados pelo Curso Poliedro para o G1. A segunda etapa da estadual de Campinas (SP) começa neste domingo (14) com as provas de língua portuguesa, literaturas de língua portuguesa e redação. Na segunda-feira (15), os alunos fazem as provas de matemática, geografia e história. Na terça-feira (16), a segunda fase fecha com os testes de física, ciências biológicas e química.

Temas mais pedidos em química

Quantidade de matéria, equilíbrio químico, termoquímica e gases são os quatro temas mais pedidos na segunda fase do vestibular da Unicamp nos últimos cinco anos. Veja abaixo as porcentagens dos temas pedidos na prova desta disciplina.

Os conhecimentos que mais caem em química

Veja abaixo a porcentagem de questões da Unicamp relativas a cada uma delas

Quantidade de Matéria: 10,2 %

Equilíbrio Químico: 10,2 %

Termoquímica: 10,2 %

Gases: 10,2 %

Meio Ambiente: 7,14 %

Cinética: 5,1 %

Soluções: 5,1 %

Mudança de Estado Físico: 5,1 %

Massa Atômica: 5,1 %

Interações Intermoleculares: 5,1 %

Eletrólise: 2,04 %

Nomenclatura Inorgânica: 2,04 %

Polímeros: 2,04 %

Leis Ponderais: 2,04 %

Números de Oxidação: 2,04 %

Separação de misturas: 2,04 %

Combustão: 2,04 %

Volume Molar: 2,04 %

Análise de Gráfico: 2,04 %

Reação de Neutralização de Óxidos: 2,04 %

Hidrólise: 2,04 %

Radioatividade: 2,04 %

Símbolos Químicos: 2,04 %

Fonte: Curso Poliedro

Temais mais pedidos em biologia

Ecologia, citologia, macromoléculas, bioenergética e parasitologia são os cinco principais temas pedidos no vestibular da Unicamp na segunda fase do vestibular em 5 anos. Veja abaixo as porcentagens dos temas.

Os conhecimentos que mais caem em biologia

Veja abaixo a porcentagem de questões da Unicamp relativas a cada uma delas

Ecologia: 25 %

Citologia: 9 %

Macromoléculas: 9 %

Bioenergética: 9 %

Parasitologia: 9 %

Biotecnologia: 6 %

Zoologia: 6 %

Fisiologia Vegetal: 6 %

Fisiologia Animal: 6 %

Genética: 6 %

Microbiologia: 3 %

Evolução: 3 %

Morfologia Vegetal: 3 %

 

Enem 2017: divulgação das notas será antecipada para 18 de janeiro, diz Inep (G1 – Educação – 12/01/2018)

Resultado dos treineiros e espelho das redações serão disponibilizados 60 dias depois.

 

Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 serão disponibilizados com um dia de antecedência, em 18 de janeiro, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os resultados só poderão ser consultados individualmente na Página do Participante. Será necessário informar o CPF e a senha cadastrada na inscrição. A mesma senha dará acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que ficará aberto de 29 de janeiro a 1º de fevereiro. Para aqueles que se esqueceram da senha, o Inep sugere que a recuperação seja feita com antecedência. O Enem é a principal forma de acesso para vagas na rede pública de ensino superior, passando até mesmo a ser aceito pela Universidade de São Paulo (USP) e em 27 instituições de Portugal. Como em outras edições, e conforme previsto em edital, os resultados dos treineiros serão liberados 60 dias depois da divulgação regular. Os espelhos de correção das redações também serão divulgados após 60 dias. O acesso ao espelho de correção é uma forma do participante saber como se saiu em cada uma das cinco competências avaliadas pela prova.

As provas

O Enem 2017 inaugurou uma série de mudanças, entre elas, a aplicação em dois domingos. No primeiro dia, foram aplicadas as provas de linguagens e ciências humanas, além da redação, que teve como tema os desafios da educação de surdos no Brasil. No segundo domingo, os candidatos responderam às perguntas de matemática e ciências da natureza. No total, nos dois dias cerca de 4,5 milhões de alunos fizeram as provas. O índice de abstenção, na casa dos 32%, ficou um pouco acima da média em sete anos. No ano passado também foi a primeira vez que o Enem deixou de ser utilizado como certificação do ensino médio. Segundo o Ministério da Educação (MEC), o Enem é a segunda maior prova do tipo no mundo, só perdendo para o gao kao, prova de admissão ao ensino superior da China, com 9 milhões de candidatos.

 


Tudo o que você precisa saber sobre a 2ª fase da Unicamp (Universia – Notícias – 12/01/2018)

Exames acontecem neste final de semana, entre 14 e 16 de janeiro. Conheça mais detalhes sobre a segunda etapa e boa prova!

 

A temporada de vestibulares está chegando ao fim. Com boa parte dos exames já realizada, restam poucas provas para ingresso no 1º semestre letivo de 2018. Uma das últimas etapas está nas provas da 2ª fase da Unicamp. A Universidade Estadual de Campinas tem seleção agendada para os dias 14, 15 e 16 de janeiro, neste final de semana. Enquanto a primeira fase ou prova de Conhecimentos Gerais foi realizada em 19 de novembro de 2017, com divulgação das notas em 21 de dezembro do mesmo ano, a segunda fase terá as questões divididas por temas em cada um dos dias de aplicação.

A convocação

Os locais de prova da segunda fase foram divulgados em 11 de dezembro do ano passado. As convocações para esta etapa são feitas por curso prestado. O número mínimo de candidatos convocados é igual ao triplo de vagas do curso em questão, com o número máximo variando conforme o número de posições oferecidas. Para ser habilitado para convocação, o candidato precisa ter 550 pontos ou mais na nota final da 1ª fase. As provas da primeira fase são constituídas unicamente por 90 questões de múltipla escolha ou objetivas.

As provas

As provas da segunda fase da Unicamp são constituídas por questões dissertativas ou discursivas, na qual o candidato deve redigir as respostas e articular os diferentes conhecimentos exigidos em cada enunciado. A divisão de conteúdos ocorre da seguinte maneira:

14/01/2018 – domingo: seis questões de Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa e duas propostas de Redação;

15/01/2018 – segunda-feira: seis questões de cada prova, com Matemática, Geografia e História;

16/01/2018 – terça-feira: seis questões de cada prova, com Química, Física e Ciências Biológicas.

Cada dia tem a duração mínima de realização de duas horas e meia, com máximo de quatro horas. As provas têm início às 13h, com limite de chegada e fechamento de portões dos locais de aplicação no mesmo horário. Cada convocado para a 2ª fase deve realizar todas as provas. Todas as avaliações são idênticas. Alguns dos cursos, como Arquitetura, Música e Artes Visuais, incluem ainda as provas de Habilidades Específicas. Estas estão agendadas para o período entre 22 e 25 de janeiro.

As notas e matrícula

As notas de cada candidato nas duas fases é padronizada usando fórmulas detalhadas no Manual do Candidato. A divulgação da 1ª chamada será realizada no dia 08 de fevereiro. A matrícula é virtual e deverá ser realizada no dia 09. No dia 15 ocorre a convocação da 2ª chamada, com matrícula presencial agendada para 19 de fevereiro. O início das aulas do 1º semestre letivo está previsto para 26 de fevereiro.

 


Divulgação do resultado do Enem é antecipado para 18 de janeiro (Agência Brasil – Educação – 12/01/2018)

 

O Ministério da Educação antecipou em um dia a divulgação do resultado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017. A partir de 18 de janeiro os estudantes poderão consultar os resultados individuais na Página do Participante, na internet. A nova data foi divulgada hoje (12) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). É necessário informar o CPF e a senha cadastrada no momento da inscrição no Enem. Quem não se lembra da senha pode recuperá-la na Página do Participante. É com ela que o estudante também terá acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que ficará aberto de 29 de janeiro a 1º de fevereiro. Os resultados dos participantes com menos de 18 anos, comumente chamados de treineiros, serão liberados 60 dias depois da divulgação regular. O mesmo prazo vale para os espelhos de correção das redações. O acesso ao espelho de correção é uma forma de o participante saber como se saiu em cada uma das cinco competências avaliadas pela prova. Os estudantes podem usar o resultado das provas do Enem em processos seletivos para vagas no ensino público superior, pelo Sisu, para bolsas de estudo em instituições privadas, pelo Programa Universidade para Todos (ProUni) e para obter financiamento pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

 


‘Vagas eram ocupadas, mas não se viam negros’ (Estadão – Edu – 12/01/2018)

As primeiras denúncias envolvendo cotas vieram de movimentos sociais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul

As primeiras possíveis irregularidades no uso das cotas começaram a aparecer por causa de denúncias de militantes do movimento negro. Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), 440 alunos foram denunciados em um documento elaborado ao longo de quase um ano pelo Movimento Balanta de estudantes negros. A denúncia só foi possível porque, desde 2016, a própria universidade passou a divulgar, em seu site oficial, a modalidade de ingresso de cada um dos aprovados no vestibular, incluindo o fato de serem ou não cotistas, e por qual tipo de cota (apenas escola pública, renda ou raça). Foi então que os alunos cruzaram esses dados com imagens dos colegas nas redes sociais, para checar se, de fato, eram alunos pretos, pardos e indígenas. “O primeiro indício de fraude partiu da nossa vivência. Aumentou o número de cotistas em vários cursos. Só que a gente chegava aqui, no dia das matrículas, e se perguntava: ‘Cadê a galera? Se era para entrar 20, a gente via quatro. Tem alguma coisa errada. As vagas estavam sendo ocupadas, mas os negros não estavam dentro da universidade”, comenta o estudante de Administração Pública Cilas Machado, de 22 anos, que entrou por meio das cotas. “Se tem 300 fraudes, isso significa que 300 negros deixaram de entrar na universidade”, completa a estudante cotista de Direito Carla Zanella, de 27 anos. As críticas acontecem, principalmente, em relação aos alunos que se autodeclararam pardos mas que, no entendimento do movimento negro, não podem ser considerados negros. Isso mesmo que tenham parentes negros. “O racismo se dá por marca, por parecer socialmente negro, por fenótipo. Existe um consenso de que, para sofrer os processos da barreira racial, deve-se parecer negro. Essas pessoas estão usufruindo certas lacunas, como a conceituação do pardo e a autodeclaração para, visivelmente, fraudar”, diz Machado. Situação semelhante aconteceu em Pelotas, na Ufpel, também com a ação de militantes do movimento negro da universidade. “Era só gente branca que entrava. A comissão foi só uma forma de comprovar algo que a gente via no nosso dia a dia”, reclamou uma das denunciantes, que pediu para não ser identificada. Alguns reitores preferem a conivência com a fraude do que abrir processo. Acham que há exposição da universidade e temos de brigar muito para que abram investigações.

Indeferimento

A UFRGS já indeferiu 239 matrículas, mas o processo foi suspenso após recomendação do Ministério Público Federal. Na Ufpel, 236 tiveram a matrícula indeferida. Em outras instituições, as comissões de aferição só passaram a valer para novos ingressantes – caso da Universidade Federal do Paraná (UFPR), por exemplo. Em 2017, de 1,2 mil inscritos como cotistas raciais, 924 tiveram os pedidos indeferidos. O resultado saiu antes de a prova da primeira fase ser feita pelo candidato, evitando o cancelamento das matrículas. Já na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), o aluno entrega uma fotografia com a autodeclaração – com possibilidade de entrevista, se necessário.

Comissões têm de interrogatório a análises de 1 minuto

“Como tu autodeclarou? A partir de quê?”, indaga um dos membros da comissão de aferição da Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) a uma estudante de Medicina sob suspeita na instituição. “Sempre ouvi de todo mundo que eu era parda, então não tive dúvidas. Meus traços, minha boca, meu cabelo. Agora está alisado, com progressiva, mas ele é bem cacheado. Sempre tive vários apelidos”, respondeu a estudante. “Me chamavam de beiço, cabelo de miojo, várias coisas.” O Estado teve acesso a áudios e vídeos de comissões de aferição de autodeclaração dos alunos e ouviu, sob anonimato, o depoimento de estudantes que tiveram as matrículas indeferidas. Por falta de critérios únicos, os alunos passam por diferentes tipos de aferição: enquanto na Ufpel foram feitas entrevistas (a instituição alega que isso deixou de ser feito), na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) o único critério foi a aparência. Em ambas houve análise de alunos já matriculados, diferentemente do que está sendo feito em outras instituições. Na Ufpel, até mesmo a relação com movimentos sociais foi questionada. “Não sei se você sabe que tem vários movimentos aqui dentro da Ufpel. Você participa de algum?”, indagam. A estudante diz que a família dela tem “uma raiz bem forte” no samba, que não há muitos movimentos sociais na Medicina e também relata sofrer preconceito dentro da universidade. “Eles me pedem crachá para entrar no hospital, mas não pedem para meus colegas.”

‘Luz branca’

Já na UFRGS os alunos não foram questionados e a aferição durou menos de um minuto. “A gente foi submetido a ficar em uma fila, na rua – até então era um processo sigiloso, mas ficamos expostos a todo mundo na universidade. “Quando entrei na sala, havia cinco avaliadores e uma luz branca na frente de uma janela, com a luz do sol, e uma câmera bem na cara. Não teve nenhuma pergunta. Eu perguntei: ‘É só isso?’ E eles responderam que sim”, diz ela. Ao Estado, o assessor da reitoria da UFRGS Alexandre Gastal alegou que as bancas avaliam “exclusivamente” as características fenotípicas, mas por falta de definição jurídica no começo do processo os alunos foram submetidos a perguntas – procedimento que não será mais adotado. Já o presidente da comissão de aferição da Ufpel, Edilson Nabarro, argumenta que, em políticas públicas, é dever da administração rever atos, em caso de erro.

 


Após fraudes, governo quer análise visual em cotas universitárias (Exame – Brasil – 12/01/2018)

Iniciativa partiu após dados revelarem que um terço das universidades federais do país já investigou alguma suspeita de fraudes no sistema de cotas

Uma em cada três universidades federais do País já investigou a matrícula de estudantes por suspeita de terem fraudado o sistema de cotas raciais. É o que mostra um levantamento do jornal O Estado de S. Paulo nos processos administrativos instaurados pelas instituições, todos obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação. A maior parte das denúncias vem de movimentos negros. Para reduzir as fraudes, o governo federal quer formatar uma comissão para orientar análise visual dos alunos. Das 63 federais no País, 53 responderam aos questionamentos. No total, há 595 estudantes investigados em 21 instituições de ensino. A maioria já teve a matrícula indeferida, mas parte conseguiu retornar aos estudos por liminares, contrariando as decisões administrativas. Os acusados alegam que tiveram poucas informações sobre o indeferimento. “Eu me senti um lixo, sendo analisada pela aparência, como um objeto. Achei que haveria pelo menos uma entrevista. Acredito que tem fraudadores mesmo, mas no edital que participei era autodeclaração. Eu não fraudei nada”, diz uma aluna da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que buscou advogada para manter a vaga. Mas nos documentos analisados foram encontrados estudantes que se autodeclararam quilombolas mesmo sem nunca ter vivido em uma comunidade e alunos acusados por movimentos negros de serem brancos. O caso mais comum, no centro da polêmica, é o dos pardos, que muitas vezes são identificados – e denunciados – como “socialmente vistos como brancos” e, portanto, não deveriam utilizar o sistema, segundo os movimentos sociais. Pelo mapeamento, cursos mais concorridos são o principal alvo de denúncias. Os mais recorrentes são Medicina e Direito, com casos em praticamente todas as instituições que têm ou já tiveram alguma sindicância. Com o surgimento cada vez mais frequente de denúncias, feitas principalmente por movimentos negros e pelos próprios colegas, parte das instituições começou a criar comissões de aferição da autodeclaração de raça feita pelos alunos. Mas a falta de padrão criou distorções. Por isso, o governo do presidente Michel Temer decidiu reativar um grupo de trabalho, encabeçado pelo Ministério de Direitos Humanos e incluindo secretarias do Ministério da Educação e da Fundação Nacional do Índio (Funai), que deve finalizar um documento para dar base a comissões de aferição de autodeclaração da etnia dos estudantes em todas as universidades federais do País. Hoje, só parte das instituições faz esse procedimento. A reportagem apurou que o modelo que está sendo desenhado pelo governo federal prevê bancas com cinco pessoas, formadas de maneira diversificada tanto em gênero quanto em etnia dos avaliadores. Só novos alunos seriam avaliados, antes da matrícula, e o único critério seria a aparência do candidato. “O fenótipo (aparência) deve ser o primeiro aspecto a ser considerado. A questão do racismo no Brasil é de marca, e não de origem. As pessoas são reconhecidas socialmente enquanto negras pelos traços fenotípicos”, avalia Juvenal Araújo, secretário nacional de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, órgão vinculado ao Ministério de Direitos Humanos (MDH). A Universidade de Brasília (UnB) foi pioneira no método de aferição. Também primeira federal a utilizar cotas, em 2004, na instituição o candidato era fotografado e seu pedido de inscrição, com a foto, era analisado por uma comissão – que fazia a homologação. Este método deixou de existir a partir de 2013, quando entrou em vigor a lei federal que pedia somente a autodeclaração do estudante.

Debate

Entre os especialistas, não há consenso sobre as comissões. “Pode criar uma espécie de tribunal racial, no qual a população negra estaria, mais uma vez, alijada das decisões sobre a própria identidade e pertença. Quem comporia essas comissões? Quais seriam os critérios para a escolha dos homens e mulheres que decidiriam quem é ou não negro no Brasil?”, indaga a professora Inaê Santos, da Fundação Getulio Vargas-Rio e do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC-FGV). Já o especialista em ações afirmativas Frei David Santos diz que é essencial combater fraudes. “Essas práticas criminosas precisam ser atacadas exemplarmente, para garantir que os reais destinatários da medida sejam contemplados.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 


Veja dicas para as provas da 2ª fase do Vestibular 2018 da Unicamp (Brasil Escola – Notícias – 11/01/2018)

Marcada para os dias 14, 15 e 16 de janeiro, a etapa será composta por redação e questões discursivas.

As provas da segunda fase da Universidade Estadual Campinas (Unicamp) começam no próximo domingo, 14 de janeiro. Mais de 15,4 mil estudantes foram classificados para esta fase, que será composta por uma redação em Língua Portuguesa e questões discursivas. Algumas dicas são cruciais para os vestibulandos alcançarem sucesso nas provas. A primeira delas é não perder o horário, pois o acesso aos locais de provas só será permitido até as 13h. Para realizar o exame será necessário apresentar um documento de identidade, caneta de tinta preta, lápis e borracha. Durante a avaliação, será permitido também o uso de régua transparente e borracha. No domingo, os estudantes devem entregar uma foto 3×4 recente, com nome e número de inscrição anotados no verso.

Na hora da prova

Nas últimas edições, o Vestibular da Unicamp manteve as características e o nível de dificuldade. Por isso, não se espera grandes mudanças para as provas deste ano. Em entrevista ao Brasil Escola, o Professor Célio Tasinafo, coordenador pedagógico do pré-vestibular Oficina do Estudante, de Campinas, disse que o conteúdo abordado nesta avaliação é muito amplo. O vestibulando não deve perder tempo tentando adivinhar temas de questões antes da segunda fase. (Célio Tasinafo). Ainda de acordo com Célio Tasinofo, a dica principal é ficar atento ao modo de responder as questões discursivas, pois esse pode ser o diferencial para a aprovação. Além disso, o professor listou 5 dicas para a segunda fase do Vestibular da Unicamp:

1 – Organize a resposta em frases curtas, pois a clareza da resposta vale mais do que o tamanho do texto;

2 – Seja objetivo, respondendo apenas o que a questão pede. Você não vai ganhar pontos por responder além do que é pedido, pelo contrário, pode perder se o corretor interpretar que está apenas delongando a resposta;

3 – Se a questão pedir para citar fatores, cite no máximo 2, visando a objetividade da resolução;

4 – Elabore e organize a resposta primeiro na sua cabeça e depois passe para o papel.

5 – Saiba organizar o raciocínio na hora de responder as questões de matemática, qualquer dúvida pode levar o corretor a entender que o resultado certo foi sorte;

Redação

No caso da prova de redação, o candidato precisar ter consciência de que a Unicamp não costuma cobrar dissertação, como acontece no Enem e Fuvest, por exemplo. Por isso, os estudantes devem estudar os diferentes tipos de gêneros textuais, como convites oficiais, carta, fábula, verbete, relatório e resumo, além de redobrar a atenção na hora de construir o texto. Como faltam poucos dias para as provas da segunda fase e não dá tempo de revisar todo o conteúdo, a sugestão do Professor Célio Tasinafo é revisar os Gêneros Textuais.

Unicamp 2018

Nesta edição, a Unicamp disponibiliza 3.340 vagas em 70 cursos de graduação ministrados em Campinas, Limeira e Piracicaba. Apesar de já ter aprovado um Sistema de Cotas para oferta de vagas, a mudança ainda não vale para o Vestibular 2018. O que vale para este processo seletivo é o Programa de Ação Afirmativa para Inclusão Social (PAAIS), que beneficia os estudantes oriundos de escolas públicas podem participar do. Por meio do PAAIS, os estudantes recebem bônus nas notas da primeira e segunda fases.