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13/01/2009 / Em: Clipping

 

Para vestibulandos, literatura da Unicamp não exigia leitura de obras (UOL – Vestibular – 11/01/09)

Mesmo quem não leu a lista de obras obrigatórias para o vestibular da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) conseguiu, ou acha que conseguiu, responder corretamente às questões de literatura deste domingo (11). Candidatos ouvidos pelo UOL Vestibular na saída da prova classificaram as questões de “fáceis”. “Era só ter um pouco de bom senso, que rolava”, Victor Seino, 18, candidato a engenharia. Caio Senna, 19, comentou que as perguntas eram “bem menos específicas que imaginava”. Os candidatos disseram que a prova fazia referência às seguintes obras: Dom Casmurro, Auto da Barca do Inferno, Iracema, A Rosa do Povo, Sagarana e Poemas Completos, Alberto Caieiro. Sem ter lido essas obras, o candidato a ciências sociais Mario Gomes, 19, acha que “era só ter uma noçãozinha do que eram os livros e estava bom”. Seu amigo que concorre a uma vaga de engenharia, Fábio Santana, 18, diz que as palestras de cursinho e os resumos eram “mais que suficientes para responder”. As questões que não eram de literatura tratavam de gramática ou interpretação de texto tendo como base reportagens sobre o Acordo Ortográfico.

Biologia

A prova de biologia foi, segundo os vestibulandos ouvidos pelo UOL Vestibular “mais específica”. “Tinha uma questão que perguntava a função de cada parte do olho humano, eu acho um pouco exagerado para o vestibular”, disse a candidata a medicina Marcela Romero, 21. Caio Senna também se queixou das questões “chatas”. “Alguns detalhezinhos eram difíceis de lembrar”, disse.  A prova deste domingo da Unicamp é de português e biologia. Ao término do exame, professores do curso Objetivo resolverão as questões. Elas serão publicadas, à medida que forem resolvidas, em UOL Vestibular.

 

Unicamp registra falta de mais de mil candidatos no primeiro dia de provas da 2ª fase  (UOL – Vestibular – 11/01/09)

De acordo com dados fornecidos pela comissão de vestibular, 1.062 candidatos faltaram ao primeiro dia de provas da 2ª fase da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), realizado neste domingo (11). O número representa 6,29% do total de convocados, que foi de 16.885. Segundo a Unicamp, 15.823 candidatos fizeram a prova.

Comparando

Em números absolutos, a cidade de São Paulo apresentou o maior número de abstenções, com 321 candidatos ausentes, o que representa 7,36% dos incritos na cidade. Segundo a comissão de vestibular da Unicamp, 4.038 fizeram prova na capital paulista neste domingo. Já a cidade que registrou o maior percentual de faltosos foi Curitiba, no Paraná: 25,61%, o que represeta 21 inscritos. Na cidade, 61 realizaram o exame da 2ª fase da Unicamp. Em Campinas, cidade sede da universidade, 6,02% ou 283 candidatos faltaram ao exame. Na cidade, 4.420 fizeram prova.

 

Veja correção da 2ª fase do vestibular 2009 da Unicamp  (UOL – Vestibular – 11/01/09)

Professores do Curso e Colégio Objetivo realizam correção online das provas aplicadas neste domingo (11) no vestibular 2009 da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

Tempo foi “insuficiente”

Todos os professores ouvidos pelo UOL Vestibular criticaram a escassez de tempo para realização dos exames de biologia e português da segunda fase da Unicamp.
Os professores frisaram o fato de que, apesar de ambas as provas apresentarem doze questões, cada uma delas era dividida em duas (itens a e b), o que resultou em 24 questões de cada uma das disciplinas. Eles também afirmaram que as questões eram “trabalhosas e difíceis”. Desse modo, a prova demandaria mais tempo do que o disponível (quatro horas) para ser respondida, de acordo com os docentes. Para a professora de português Elizabeth Massaranduba, do Curso e Colégio Objetivo, “a prova foi muito trabalhosa e exigia capacidade crítica do aluno, o que a tornou mais complexa. As questões, além de serem divididas em a e b, tinham respostas longas”.
Para o professor de biologia, também do Objetivo, Constantino Carnelos, o tempo de prova “foi inadequado. As questões foram bastante complexas e, certamente, a maioria dos candidatos não conseguiu responder a prova toda”, arrisca.  O professor de biologia do Anglo, Sezar Sasson, concordou. Ele considerou a prova “mais difícil do que a média e extremamente trabalhosa. Mas a dificuldade maior foi o pouco tempo”.

Prova “fácil”

Segundo candidatos ouvidos por UOL Vestibular, mesmo quem não leu a lista de obras obrigatórias conseguiu, ou acha que conseguiu, responder corretamente às questões de literatura deste domingo (11). “Era só ter um pouco de bom senso, que rolava”, Victor Seino, 18, candidato a engenharia. Caio Senna, 19, comentou que as perguntas eram “bem menos específicas que imaginava”. Os candidatos disseram que a prova fazia referência às seguintes obras: Dom Casmurro, Auto da Barca do Inferno, Iracema, A Rosa do Povo, Sagarana e Poemas Completos, Alberto Caieiro. Sem ter lido essas obras, o candidato a ciências sociais Mario Gomes, 19, acha que “era só ter uma noçãozinha do que eram os livros e estava bom”. Seu amigo que concorre a uma vaga de engenharia, Fábio Santana, 18, diz que as palestras de cursinho e os resumos eram “mais que suficientes para responder”. As questões que não eram de literatura tratavam de gramática ou interpretação de texto tendo como base reportagens sobre o Acordo Ortográfico.


Unicamp traz temas atuais com criatividade, dizem vestibulandos  (Terra – Vestibular –  11/01/09)

Temas atuais tratados com criatividade, esta foi, na opinião dos alunos, a base dos enunciados das provas aplicadas no primeiro dia da 2ª fase do vestibular da Unicamp. O salto olímpico dourado de Mauren Maggi, tiras do personagem Chico Bento de Maurício de Souza e outros assuntos que fazem parte do dia-a-dia do estudante foram apresentados em diversas das questões de biologia, português e literatura.

Na prova de português, quadrinhos, notícias de jornais e até um artigo do código civil, dividiram espaço com os livros solicitados para o concurso deste ano. A prova de biologia relembrava as olimpíadas de Pequim e as recentes descobertas no campo da ciência, como a primeira linhagem de células-tronco brasileiras, conquistada em 2008. Para o estudante Mauro Klier, 18 anos, a prova de biologia estava bem inventiva, com enunciados que tratavam de temas comuns de formas variadas e exigiam muita atenção do estudante. Mas, apesar dos assuntos e da criatividade, Mauro conta que teve dificuldades em resolver as questões. “Biologia estava um pouco mais difícil que português”, opinou o candidato à uma vaga em engenharia civil. A candidata Carolina Danna, 17 anos, que pretende uma vaga de estudos literários, aposta que foi muito bem em português – disciplina que mais pesa na sua área – mas também encontrou dificuldades em biologia. “A prova estava mais difícil”, diz. Para a candidata ao curso de pedagogia Carolina Leme, 24 anos, a maior surpresa da prova foram os enunciados curtos. “Biologia tinha pouco texto e estava menos cansativo”. Outro detalhe apontado pela vestibulanda foi que, em geral, as questões foram mais leves e claras o que facilitou a elaboração das respostas. “Desta vez me surpreendi e estou bem animada”.De acordo com o coordenador do vestibular da Unicamp, Leandro Tessler, o conhecimento de assuntos da atualidade e do dia-a-dia da população como células-tronco e DNA é “quase uma obrigação” para qualquer estudante do ensino médio, pois estão sempre presentes em vestibulares. “O candidato deve dar respostas objetivas e corretas”, apontou. O coordenador lembra que a instituição prima por uma avaliação que exige que o candidato leia, entenda e elabore idéias a partir das propostas lançadas. “O vestibular tem que ser equilibrado para poder selecionar; não muito fácil nem muito difícil”.


Prova de biologia da 2ª fase da Unicamp foi difícil, dizem professores (Globo.Com – G1 Vestibular – 11/01/09)

A prova de biologia da segunda fase do vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi considerada difícil pelos professores de cursinho ouvidos pelo G1. Para eles, a contextualização de questões não ajudou a resolvê-las e o tempo foi apertado para um exame abrangente e trabalhoso.  Neste domingo (11), além das perguntas discursivas de biologia, os candidatos deviam responder a doze questões de português. Todos os vestibulandos devem fazer provas de todas as disciplinas, independentemente da carreira escolhida. “Foi uma prova difícil também em função do tempo. Cada pergunta tinha dois itens, mas eles serviam de disfarce para três ou quatro questões. E as introduções dos enunciados não ajudam na resposta. Não era necessária a história para perguntar”, aponta o supervisor de biologia do curso Anglo, Sezar Sasson.  Para Luiz Alexandre Simões de Castro, professor de biologia do Cursinho da Poli, a abordagem sobre os Jogos Olímpicos de Pequim em três perguntas não facilitou a vida do candidato na hora da resposta.

Tradicional

“Foi uma prova tradicional, que não exigiu raciocínio. Era necessário ter o conteúdo prévio. Foram cobrados, inclusive alguns conhecimentos de rodapé. Como uma questão da visão, que é bem específica. Um aluno de escola pública teria dificuldade para resolver”, afirma Castro. Angelo Antonio Pavone, coordenador de biologia do Etapa, avalia que o exame foi “exigente e de respostas longas”. “O espaço delimitado para a resposta se torna um trabalho a mais para os candidatos. Foi uma prova abrangente nos assuntos e trabalhosa”, diz. Na opinião de Constantino Carnellos, professor de biologia do Curso e Colégio Objetivo, as questões foram muito bem elaboradas e os assuntos cobrados são recorrentes nos vestibulares. “As questões estavam dentro do conteúdo de ensino médio. Algumas contextualizações serviram mais de gancho para uma questão clássica, como no caso da pergunta sobre o salto da Maurren Maggi.” Ele ressalta que o tempo foi insuficiente para resolver todas as questões. “A promessa da Unicamp de tentar facilitar a vida do candidato não se cumpriu. Houve uma inadequação do tempo.”

Imprecisões

Em português, o professor do Anglo Eduardo Antonio Lopes, classificou a avaliação da Unicamp como “pretensiosa”. “A banca fez questões excessivamente trabalhosas e cobrou respostas grandes para tempo e espaços pequenos”, afirma. Além disso, Lopes explica que a questão sobre a tira do Chico Bento foi imprecisa. “O item “a” pergunta qual é o recurso, mas há três recursos na tira. E o item “b”, questiona se o falar é ‘exclusivo’ do universo rural. Para responder, teríamos de considerar que ‘exclusivo’ queria dizer ‘típico’. Além disso, não há um universo rural homogêneo em todo o país”, aponta. Para Elizabeth Massaranduba, professora de português do Curso e Colégio Objetivo, o grau de dificuldade da prova foi de médio para difícil. “Foi uma prova trabalhosa e o tempo, insuficiente. Exigia que o candidato tivesse uma grande capacidade crítica e agilidade para conseguir elaborar as respostas. Só o excelente aluno será contemplado com a aprovação no vestibular.” “O exame da Unicamp não é exame adequado para a quantidade de tempo. O aluno tem muito texto para ler, tem de mergulhar na questão”, avalia a coordenadora de português do Etapa, Célia Passoni. “A prova é muito bem-feita, mas está longe de ser trivial”.

 

Questão da prova de português da Unicamp aborda reforma ortográfica  (Globo.Com – G1 Vestibular – 11/01/09)

A reforma ortográfica, que entrou em vigor no dia 1º de janeiro, foi tema de uma das questões da prova de português da segunda fase da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que teve início neste domingo (11). Os candidatos também fizeram prova de biologia. Um dos itens da questão de português pedia que os candidatos avaliassem e justificassem por que a pronúncia das palavras não iria mudar com a perda do acento. “Foi uma boa questão. O vestibulando que estivesse acompanhando as notícias sobre a reforma e com os dados da questão não teria nenhum problema em resolvê-la”, afirma Flávia Caetano Ley, 18 anos, que disputa uma vaga em engenharia química. Hannah Levy, 18 anos, que disputa uma vaga no curso de estudos literários, concorda. “Dava para responder a essa questão tranquilamente.”  Uma outra pergunta trazia uma tira de quadrinhos do personagem Calvin em português de Portugal e português brasileiro e pedia para o candidato explicar a diferença dos significados de algumas palavras. Das 12 questões da prova de português, metade era sobre as obras de literatura. Dos nove títulos que constavam da lista obrigatória, seis foram cobrados. “As questões eram realmente sobre assuntos centrais dos livros”, diz Igo Bignardi, 21 anos, candidato a uma vaga em engenharia civil. Seu colega, Giovanni Chagas, 20, inscrito para engenharia mecânica, concorda: “Apesar de não ser a área que domino, essas questões não estavam tão difíceis porque não pediram assuntos de rodapé e traziam trechos dos textos em que nós podíamos nos basear”. As outras seis perguntas de português exigiam interpretação de texto.

Biologia

Se a prova de português não foi considerada difícil pelos vestibulandos ouvidos pelo G1, a de biologia foi a vilã. Os Jogos Olímpicos foram tema de três questões, entre elas havia uma sobre o salto da Maureen Maggi, que também foi cobrada na Fuvest. Havia ainda uma questão que mencionava as algas que surgiram em Pequim na época das Olimpíadas e uma outra que abordava a visão no prático do arco e flecha. “Pediram coisas muito específicas, como o nome de uma determinada célula responsável pela cicatrização”, afirma Juliana Guerra, 18 anos, candidata ao curso de tecnologia em saneamento ambiental. “Tinha também uma questão sobre teste de paternidade, que era muito parecida a uma cobrada pela Fuvest no ano passado”, lembra Kaio Marin, 18 anos, que presta para gestão de empresas.


Unicamp registra abstenção de 6,29%   (Correio Popular – Cidades – 12/01/09)

Apesar de ter apresentado uma ligeira redução na abstenção geral do primeiro dia de exames da segunda fase do Vestibular 2009 da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o número de ausentes em Campinas cresceu quase 1% neste ano. Ao todo, 4.703 deveriam participar ontem das provas de língua portuguesa, literatura e biologia no município, mas 283 se ausentaram ou chegaram atrasados. A situação, contudo, foi inversa na maioria das outras cidades onde foi realizado o vestibular. Dos 21 municípios, 16 apresentaram queda no número de candidatos faltantes. Em todo Brasil, 16.885 candidatos foram aprovados para essa fase, mas apenas 1.062 se ausentaram ontem, registrando uma abstenção de 6,29%. No ano passado, o número registrado foi de 7,35%. A cidade que apresentou maior número de abstenções esse ano foi Curitiba (25,61%) e a que registrou menos faltas foi Piracicaba (3,18%). Quem não desistiu da segunda fase da Unicamp pode conferir uma prova mais enxuta, num formato diferente, com enunciados menores, porém com o mesmo grau de dificuldade exigido em todos os vestibulares da universidade. “Nossas provas têm um grau de dificuldade gradativo. Não são totalmente fáceis, nem totalmente difíceis. Tentamos elaborar uma prova uniforme com questões de todos os graus de dificuldade”, explicou o coordenador da Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest), Leandro Tessler. A prova de língua portuguesa exigia do candidato total interpretação dos textos e o conhecimento da língua, incluindo questões sobre a mudança ortográfica. “Não estamos exigindo que o aluno responda de acordo com as novas regras ortográficas, pelo contrário, nem damos tanto valor a isso. A questão só exigia um pouco de conhecimento sobre assuntos divulgados diariamente pela mídia. Nosso candidato deve estar sempre atualizado”, disse.  Os candidatos também deveriam ter lido as obras obrigatórias para se saírem bem nas questões de literatura. “Não adiantava só ler os resumos”, brincou o coordenador. Já na prova de biologia, o candidato se deparou com questões relacionadas a natureza e ao dia-a-dia, ligadas a temas atuais, como os Jogos Olímpicos de Pequim, as células-tronco e o teste de DNA.

Dificuldade

Mesmo com temas atuais, muitos candidatos ouvidos pela reportagem da Agência Anhanguera de Notícias (AAN) acharam a prova de biologia um pouco mais difícil do que a de língua portuguesa e literatura. “Estava mais complicada”, disse a candidata a uma das vagas para o curso de ciências sociais, Bárbara Tonhela, de 18 anos. Para ela, que já cursa a faculdade de jornalismo, a prova que exigia o português foi mais tranquila. “Não me surpreendi com nada.” O treineiro Vinícius Castilho Santos, de 17 anos, também concordou. “Estava fácil”, avaliou. Na visão do candidato a uma vaga para o curso de engenharia agrícola Fábio Guilhermino, de 19 anos, a prova de biologia apresentou grau de média dificuldade. “A de língua portuguesa foi tranquila, mas a de biologia foi mais trabalhosa”, afirmou o vestibulando que elogiou ainda o novo formato da prova. “Ficou melhor, porque no ano passado tinha de rasgar o caderno de questões para responder”, lembrou. O vestibulando Vitor Hugo Leite, de 18 anos, que tenta entrar no curso de tecnologia em informática, concorda e acredita que, para ele, a dificuldade maior será nas provas de matemática e física. A maratona continua até quarta-feira. Hoje os candidatos fazem os exames de química e história. Amanhã será a vez das provas de física e geografia e no último dia, os candidatos testam seus conhecimentos de matemática e inglês. Os portões abrem às 13h e fecham às 13h45. Não são tolerados atrasos. A prova começa às 14h e tem duração de quatro horas. A ausência ou nota zero em qualquer uma das provas consiste na eliminação do candidato. Os aprovados serão conhecidos no dia 5 de fevereiro e a matrícula começa no dia 10 do mesmo mês.

Atrasados encontram portão fechado

Apesar de não ter sido registrado trânsito intenso nas proximidades, pelo menos cinco candidatos chegaram poucos minutos após o portão se fechar, pontualmente às 13h45, no Campus 2 da Unip, no bairro Swift, onde ficou concentrado o maior número de vestibulandos. Alguns até tentaram questionar funcionários da Comvest, mas não houve brecha para nenhum candidato atrasado. Mesmo não querendo se identificar, os candidatos apresentaram diversas desculpas para a falha. Uns alegavam que estavam trabalhando até aquele momento, outros perderam o ônibus ou afirmaram que não leram direito o edital informando o horário de fechamento dos portões. “Achei que os portões fechassem às 14h. Vacilei”, disse um estudante que tentava pela segunda vez uma vaga no concorrido curso de engenharia elétrica e preferiu não se identificar.


Prova da Unicamp pedia mais tempo, dizem professores  (O Estado de S.Paulo – Geral – 12/01/09)

No primeiro dia da segunda fase do vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) cerca de 16 mil candidatos tiveram de resolver uma prova complexa e muito bem formulada, mas que exigiria mais do que as quatro horas disponíveis para ser resolvida, segundo professores de cursinho. ?É uma das provas mais complexas que temos nos vestibulares, muito benfeita, com questões nada triviais?, explica a coordenadora de língua portuguesa do Etapa, Célia Passoni. ?No entanto, ela é trabalhosa demais para ser respondida em quatro horas?, diz.  Segundo Constantino Carnelos, professor de biologia do Objetivo, todas as questões pediam respostas longas, nenhuma imediata. ?O tempo não está adequado. Não é que seja uma prova muito difícil, mas com pouco tempo para o candidato, torna-se difícil?, diz ele. ?A prova vai selecionar o candidato que tiver destreza, captar as coisas rapidamente e respondê-las com poder de síntese.? ?Foi uma prova muito boa, exigiu o necessário, que é capacidade de leitura e de interpretação do texto lido?, analisa Fernando Marcílio Lopes Couto, professor de literatura do Anglo. Para Cristiane Bastos Ferreira, professora de língua portuguesa do Cursinho da Poli, a dificuldade era esperada. ?É uma prova longa, extremamente trabalhosa, mas não fugiu do padrão, é o que se espera da Unicamp?, disse ela, que ressaltou o caráter atual das perguntas.


Professores dizem que tempo da prova da 2º fase da Unicamp foi curto (Folha Online – Educação – 11/01/09)

Professores dos cursinhos ouvidos pela Folha Online disseram que as quatro horas disponíveis para o vestibulando resolver a prova do primeiro dia da segunda fase do vestibular da Unicamp foi insuficiente.  Constantino Carnelos, professor de biologia do Objetivo disse que a avaliação de ciências biológicas foi bem feita, com nível médio para alto e teve questões claras, objetivas e trouxe temas atuais, como células-tronco e Olimpíadas de Pequim. No entanto, o professor reclama da falta de tempo para o vestibulando resolver os 24 itens das 12 questões. “O tempo foi totalmente inadequado, muito curto”, disse Carnelos. A professora de língua portuguesa do Objetivo Elizabeth Massaranduba, considerou a prova de literatura e português de alto nível, com grau de dificuldade de médio para alto. Ela cita que a avaliação exigiu domínio linguístico e de interpretação. Elizabeth também considerou que o tempo de prova foi curto. O professor de biologia do curso Anglo, Sezar Sasson, acredita que a prova foi difícil para a maior parte dos alunos, principalmente pelo falta de tempo para a resolução das questões que eram trabalhosas. Ele ressaltou que os assuntos foram bem abordados de forma direta. Para Fernando Lopes Couto, professor de literatura do Anglo, a prova teve alto nível de dificuldade e exigiu a leitura das obras pelo vestibulando. A simples leitura de resumos ou assistir às peças e aos filmes não foi o suficiente. “A prova cumpriu o que se espera de um exame de vestibular. O candidato teve que mostrar que leu os livros, compreendeu as obras e conseguiu estabelecer relações para interpretar o texto”, afirmou Couto. Já para Eduardo Antonio Lopes, professor de língua portuguesa do Anglo, a prova teve enunciados imprecisos e exigiu esforço desnecessário dos vestibulandos. “Não gostei da prova, faltou foco e foi pretensiosa”, afirmou Lopes, que cita como exemplo a questão 3 de língua portuguesa que traz uma história em quadrinhos do Chico Bento citando a maneira de falar utilizada como exclusiva do universo rural brasileiro. O professor justifica que o tema foi preconceituoso e que não existe pesquisa sociolinguística no Brasil que especifique que determinada forma de falar é exclusiva do universo rural e que não há uma forma homogênea linguística e cultural no país.

 

Para cursinhos, Unicamp teve questões exigentes no 1º dia  (Folha de S.Paulo – Cotidiano – 12/01/09)

Vestibulandos encontraram uma prova trabalhosa e exigente ontem, no primeiro dia da segunda fase da Unicamp, principalmente em biologia e nas questões de gramática, segundo professores de cursinho ouvidos pela Folha. “Foram cobrados muitos detalhes, como na questão 17 [em que o aluno deveria explicar que partes do olho participam da formação da imagem]”, afirma o professor de biologia do Cursinho da Poli, Eduardo Leão. No ano passado havia mais chances de o aluno responder às perguntas interpretando os enunciados, diz ele. Na parte de português, a surpresa foi uma questão sobre a reforma ortográfica, que abordou a mudança no uso do acento agudo em “jiboia”. “Não foi uma pergunta simples, mas o aluno que se preparou poderia respondê-la”, afirma Elizabeth Massaranduba, professora de português do Objetivo. Nas seis questões de literatura cobradas no exame -metade da prova de português-, predominou a interpretação de enunciados que abordaram os livros obrigatórios, afirma Célia Passoni, professora de português do Etapa. “É uma mudança em relação à tradição no vestibular da Unicamp, em que são cobrados mais os detalhes das obras”, diz ela. “O candidato deve ter sentido dificuldade com o pequeno espaço dado para preencher cada resposta”, afirma o coordenador de biologia do Etapa, Angelo Antonio Pavone. Até o ano passado, a Unicamp dava um espaço maior para o aluno responder às questões. Hoje, os candidatos enfrentam 24 questões de história e química, e amanhã serão cobradas perguntas de física e geografia. Caiu em um ponto percentual o índice de ausência na segunda fase da Unicamp deste ano -ficou em 6,29% (1.062 candidatos ausentes), contra 7,35% no ano passado. Ao todo, 16.885 candidatos haviam sido aprovados para esta etapa da Unicamp, concorrendo a 3.434 vagas em 66 cursos da Unicamp e dois da Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto).