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13/10/2010 / Em: Clipping

 


Mais ensino técnico (Folha de S.Paulo – Opinião – 12/10/10)

Embora com divergências de concepção, os candidatos à Presidência da República expressam um bem-vindo consenso sobre a necessidade de incrementar a oferta de ensino técnico no país. Atualmente, as escolas técnicas federais fornecem 216 mil vagas, número pequeno para suprir a demanda por esse tipo de educação. Dilma Rousseff (PT) se compromete a construir novas escolas técnicas nas cidades com mais de 50 mil habitantes -ou seja, em quase 600 municípios do país. Desde 2003, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou pouco menos de 200 instituições deste tipo. A petista defende o modelo adotado no governo Lula, que prevê o convívio, em um mesmo curso, do ensino médio tradicional com o ensino profissionalizante. Já José Serra (PSDB) preconiza a separação entre os dois tipos de ensino. Os estudantes cursariam uma escola exclusivamente técnica, simultaneamente ou após a conclusão do ensino médio em um outro estabelecimento. Sua proposta é criar 1 milhão de vagas em escolas públicas e oferecer bolsas para instituições privadas. Diferenças à parte, o investimento em mais ensino técnico -e de maior qualidade- será benéfico tanto aos jovens brasileiros quanto à expansão da atividade econômica, que padece com a falta de mão de obra qualificada. O governo Lula procurou investir na expansão de vagas no ensino superior, ao criar novas universidades e ampliar o acesso a instituições particulares por meio das bolsas do Prouni. Mas a baixa qualidade de grande parte dos cursos despeja no mercado candidatos a profissionais pouco preparados. Parte desses jovens poderia preferir ter acesso a uma formação profissionalizante adequada. Um ensino técnico com um horizonte de oportunidades de trabalho poderia ainda ajudar a reduzir a atualmente elevada evasão escolar no ensino médio. Hoje, quase 20% dos que têm entre 15 e 17 anos estão fora da sala de aula. Dilma e Serra deveriam assumir o compromisso de estimular a permanência na escola, técnica ou não, de todos os jovens até 17 anos. Solucionar esse deficit educacional é um objetivo estratégico para o futuro do país.

Atualidades podem cair em mais de 1 disciplina  (Folha de S.Paulo – Fovest – 13/10/10)

Faltando pouco mais de um mês para a primeira fase dos principais vestibulares do país, as universidades já estão na fase final do processo de elaboração das provas. Enquanto isso, professores tentam “prever” os assuntos ou fatos que mais marcaram o Brasil e o mundo de janeiro até agora e que podem estar entre as atualidades cobradas nas provas. A lista, além de mudar todos os anos, é enorme. Ficar atento a grandes temas pode ajudar a “cobrir” as possibilidades, dizem os professores. Entre as dicas de Samuel Robes Loureiro, do Cursinho do XI, por exemplo, estão os desastres naturais -reforçados pelos terremotos do Haiti e do Chile e as fortes chuvas no Paquistão-, as pandemias e epidemias, além das questões ambientais. Apesar de serem marcados pela questão histórica, esses fatos podem muito bem dar origem a testes de química, geografia ou português, principalmente nas provas interdisciplinares, como a do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).  “A construção de grandes hidrelétricas, como as de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte, pode fazer com que caiam questões sobre energia [cobradas em física] e impactos ambientais [conteúdos de biologia]”, explica Célio Tasinafo, do cursinho Oficina do Estudante. A pedido do Fovest, professores fizeram algumas apostas para os vestibulares do final do ano.