×
16/01/2015 / Em: Clipping

 


Unicamp divulga respostas esperadas para prova de Português da 2ª fase    (EPTV – Virando Bixo – 14/01/15)

A Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) divulgou nesta quarta (14) as respostas esperadas pela banca corretora para a prova de Língua Portuguesa e Literaturas de Língua Portuguesa e as expectativas da banca para a prova de redação (dois textos de gêneros diversos) da 2ª fase do Vestibular 2015. Essas provas foram aplicadas no 1º dia desta etapa, no domingo (11). No 2º dia da 2ª fase, nesta segunda (12), as provas foram de Matemática, História e Geografia. No último dia do concurso, neste terça (13), os candidatos responderam questões de Física, Química e Biologia. Este vestibular ofereceu 3.320 vagas distribuídas em 70 cursos.



Enem: por que tantos zeros na prova de redação?   (Folha Online – Educação/Blog da Sabine – 15/01/15)

Temos um problema: quase 10% dos alunos que fizeram a principal prova de avaliação do ensino médio do Brasil, o Enem, zerou na prova de redação. Foram cerca de 500 mil notas zero na única parte escrita da prova. Um desastre. Mais: apenas 250 estudantes, dos cerca de 6,2 milhões que fizeram a prova, tiraram a nota máxima na parte escrita. Para se ter uma ideia do que isso significa, esse grupinho representa 0,0003% de quem fez o exame. Tirar nota máxima no Enem foi estatisticamente tão raro -raríssimo- quanto desenvolver uma doença específica no sangue (a agranulocitose) após tomar dipirona. O que isso significa? Bom, significa muita coisa. Escreve minimamente bem quem lê pelo menos um mínimo. Falo de notícias, textos acadêmicos, livros. É lendo que se aprende a escrever, que o vocabulário enriquece, que a gramática aparece corretamente sem que o aluno tenha de decorar regras. Sobretudo: é lendo que se coleciona argumentos para discorrer sobre um determinado assunto. Não é por coincidência que uma das estudantes que tirou nota máxima no Enem, Taiane Cechin, 17, classifica-se como “leitora voraz”: Leitura desde cedo levou à nota máxima no Enem, diz estudante.



O Enem e a Pátria educadora   (O Estado de S.Paulo – Editorial – 15/01/15)

Os números do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2014 mostram a importância do slogan escolhido pela presidente Dilma Rousseff para seu segundo mandato – “Brasil, Pátria Educadora” – e, ao mesmo tempo, são reveladores do fracasso de seu primeiro mandato no campo da educação. Ao todo, 8,7 milhões de alunos da última série do ensino médio inscreveram-se no Enem de 2014, mas só 6,2 milhões compareceram às provas. Em matemática, a média foi de 476,6 pontos, ante 514,1 pontos na prova de 2013 – queda de 7,3%. Em redação, a situação foi ainda pior. Na prova de 2013, a média foi de 521,2 pontos e, em 2014, de 470,8 pontos (menos da metade da nota máxima), com queda de 9,7%. Além disso, 529.374 alunos – ou 8,54% dos participantes do Enem – tiveram nota zero em redação, cujo tema tratou da ética na publicidade infantil. Entregaram a prova em branco 280.903 estudantes. São, em grande parte, analfabetos funcionais, que não conseguiram sequer entender o enunciado da prova. Dos 6,2 milhões de participantes, só 250 conseguiram obter a pontuação máxima. Na prova de 2013, cujo tema dizia respeito às restrições impostas pela lei seca, 106.742 receberam nota zero.

Desafios para a educação em 2015 (O Estado de S.Paulo – Opinião – 15/01/15)

Findo o processo eleitoral e definido o ministro da Educação, o Brasil precisa agora pisar no acelerador. Estamos atrasados na agenda educacional e, embora passos importantes tenham sido dados, há correções de rumo a se fazer e temos de, certamente, enfrentar sem medo a necessidade de transformar mais rapidamente a nossa ainda precária educação. Nunca é demais lembrar: somos a sétima economia do mundo e estamos em 57.º lugar no ranking do Pisa, teste internacional da educação aplicado a jovens de 15 anos, em 2012, entre 65 países participantes. Assim, para dar um sentido de urgência vale a pena refletir sobre os desafios não para a década, e sim para 2015, para começar. Não por isso, é bom lembrar que 2015 é, emblematicamente, um ano em que teremos uma nova edição do Pisa. O novo ministro apresenta credenciais relevantes. Desenvolveu com sucesso em seu Estado uma proposta séria de alfabetização, a Alfabetização na Idade Certa, que inspirou iniciativa nacional equivalente. Melhorou, de forma importante, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de seu Estado, tanto no 5.º quanto no 9.º anos. Abordou em seu discurso de posse, ao definir prioridades, a urgente reforma do ensino médio, o que faz muito sentido. Mas há certamente muito ainda a fazer.