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17/11/2014 / Em: Clipping

 


Prova da Unesp teve questões criativas e bem elaboradas ( O Estado de S.Paulo – Educação – 16/11/14)

A primeira fase do vestibular da Universidade Estadual Paulista (Unesp), realizada neste domingo, 16, teve uma prova criativa e bem elaborada, com foco na interpretação de texto, segundo professores dos principais cursinhos de São Paulo. O exame de 2015 foi o maior da história da Unesp, com 101.014 candidatos inscritos – 90,8% deles compareceram à prova. Para Luis Ricardo Arruda, coordenador do curso Anglo, a precisão dos enunciados chamou a atenção. “Foi uma prova muito boa, com precisão nos enunciados de todas as 90 questões e tempo adequado.” Célio Tasinafo, diretor pedagógico da Oficina do Estudante, considerou a prova bem feita, com textos interessantes. “Além disso, ficou dentro do esperado: os candidatos que se prepararam fazendo as provas dos últimos três anos não tiveram surpresas”, afirmou. Edmilson Motta, coordenador do curso Etapa, destacou a originalidade da prova. “A estrutura é bastante diferente em sua composição e na divisão das matérias.



Esperança na educação (Folha de S.Paulo – Opinião – 17/11/14)

Em um domingo de sol e calor intenso, mais de 630 adolescentes trocaram o lazer por uma prova que selecionará os primeiros 72 alunos de uma escola integral nova que terá foco em matemática, inglês e mandarim. A cena poderia combinar com o contexto de superpotências educacionais como China, Coreia ou Polônia, mas ocorreu no Estado do Rio de Janeiro em 19 de outubro. Nenhum desses jovens estava ali por obrigação. Foram batalhar por um futuro melhor, o que denota razões para esperança por trás dos indicadores ruins de qualidade da nossa educação. Para um país com desempenho pífio em testes de matemática, é animadora a acirrada disputa por vagas em uma escola de ensino médio com carga horária puxada e que será voltada, justamente, para o aperfeiçoamento em ciências exatas. A relação de quase nove candidatos por vaga para as primeiras turmas do novo colégio, localizado em Niterói, foi a mais alta entre as 27 escolas com conceito parecido –jornada integral e especialização em uma área do conhecimento– criadas nos últimos quatro anos no Rio. Talvez seja um sinal de que, apesar de todas as falhas do ensino fundamental, o interesse pela matemática segue vivo em um grande número de adolescentes. É preciso, porém, despertá-lo. Parte da estratégia do governo do Rio tem sido ir até alunos e pais e passar uma mensagem de comprometimento com a melhoria da educação.



Os Moocs, depois da euforia… (Carta Capital – Carta na Escola – Novembro 2014)

Um computador com acesso à internet é tudo o que você precisa para participar de aulas ministradas por professores das universidades mais renomadas do planeta, como Harvard, Columbia, Princeton e Yale. Com a promessa de democratizar o acesso ao Ensino Superior, os MOOCs (cursos online abertos para massas, em tradução livre do inglês) sacudiram o cenário educacional e ganharam popularidade entre alunos e docentes. O entusiasmo com o modelo foi tamanho que o jornal americano The New York Times chegou a eleger 2012 como o “ano dos Moocs”. Segundo o colunista Thomas Friedman, os cursos promoveriam uma verdadeira revolução na academia e, consequentemente, na sociedade. “Nada tem mais potencial para tirar as pessoas da pobreza, proporcionando-lhes uma educação acessível para obter um emprego ou para melhorar seu trabalho (do que os MOOCs)”, escreveu. A empolgação estendeu-se ao Brasil. De acordo com o Coursera, plataforma que oferece cursos de 110 instituições, cerca de 340 mil alunos são brasileiros, o que coloca o País como o quarto maior público fora dos EUA. Diante da receptividade, em setembro, a plataforma firmou parceria com as duas maiores instituições paulistas, a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que disponibilizarão seus primeiros MOOCs a partir de 2015.