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18/05/2009 / Em: Clipping

 


Inscrições no Enem podem chegar a 7milhões  (O Estado de S.Paulo – Vida& – 16/05/09)

O novo Exame Nacional do Ensino Médio ( Enem) deve ter neste ano entre 6 milhões e 7 milhões de inscrições de alunos, segundo o Ministério da Educação, o  que pode torná-lo a maior edição já feita desde 1998. A última, no ano passado, teve cerca de 4 milhões de inscritos.O interesse neste ano deve aumentar com a possibilidade de a nota servir como processo seletivo das universidades federais (mais informações nesta página).Cálculo preliminar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) aponta, no entanto, que essa previsão de inscrições engloba só parte dos18,6 milhões que poderiam prestar o exame. Isso porque, nesse universo estão incluídos jovens que vão concluir o ensino médio na escola regular e na Educação de Jovens e Adultos; aqueles que fazem cursinhos e pré-vestibulares, além da população de até 32 anos que já concluiu o ensino médio, mas não entrou na universidade. Com 10% da população de 18a 24 anos no ensino superior, o Brasil tem uma enorme defasagem nessa área. O cálculo do Inep aponta que chega a 14,7milhões o número de brasileiros com ensino médio e sem o superior. Outros 2,65 milhões estão concluindo o médio. A nota do Enem também é empregada na classificação do Programa Universidade para Todos (Prouni). O MEC acredita que tem condições de lidar com uma prova para até cerca de 8 milhões de alunos, mas, mesmo assim, será preciso aumentar o número de municípios onde as provas são realizadas, hoje em 1.600.Essa ampliação pode ser facilitada pela decisão divulgada anteontem de tornar obrigatório o Enem na rede pública de ensino de todo o País. Os secretários estaduais e o MEC discutem obrigatoriedade – se por meio de uma lei (a ser aprovada pelo Congresso) ou por adesão dos governos estaduais. Aderindo, o Estado terá que se encarregar do transporte dos candidatos até os locais de prova. A expectativa do MEC e do Conselho de Secretários Estaduais da Educação é da adesão de praticamente todos os Estados. Outra dúvida é se a aplicação do Enem como prova certificadora do ensino médio incluirá todos os formandos ou será gradual. “O ministro nos fez a proposta e concordamos, o que não quer dizer que acontecerá neste ano ou no próximo”, afirma Maria Auxiliadora Seabra Rezende, presidente do Consede secretária do Tocantins.Segundo a secretária, uma das possibilidades é que essa universalização seja gradativa.“Podemos fazer para uma parte dos alunos, depois ir aumentando o porcentual ao longo dos anos”,explica.Os detalhes para implementação da proposta serão discutidos nos próximos meses.

O que muda

● A prova terá uma redação mais 200 questões objetivas, 50 em cada uma das seguintes áreas:Linguagens, Códigos e suas Tecnologias,Ciências Humanas e suas

Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias

● O estudante poderá fazer a prova em qualquer parte do País e se candidatar a qualquer instituição participante, pública ou privada,que tenha aderido ao sistema

● O Enem será feito mais de uma vez por ano e o estudante poderá usar a mesma prova para se inscreverem processos seletivos feitos em datas diferentes

● A prova deve ser obrigatória para todos que concluírem o ensino médio, desde que o seu Estado venha a aderir ao sistema

● O Enem servirá como entrada nas universidades federais que aderirem e para certificação de quem estiver terminando o médio

38 universidades federais vão usar exame na seleção

Das 59 universidades federais, 38 já decidiram aderir ao novo Enem como processo de seleção, pelo menos em parte. No entanto, apenas 20 até agora Vão usar o exame como o Ministério da Educação gostaria: em fase única, proporcionando uma seleção nacional para o estudante sem que ele tenha de se deslocar para cada Estado. O prazo acertado com o MEC para a decisão final, que era na última semana, foi adiado para 20 de maio. Dezoito instituições ainda não definiram se e como usarão o novo Enem. Outras três já usam a prova como parte de seu processo de seleção e deverão continuar dessa maneira este ano,mas estudam mudanças para 2010.Apenas uma instituição, a Universidade Federal Rural do Amazonas, rejeitou a ideia de aderir este ano ou em 2010.Os modelos de adesão,no entanto,poderão se tornar uma dor de cabeça para os vestibulandos.As propostas das instituições vão desde a simples fase única como Enem ao uso do exame como parte da nota inicial do candidato, em percentuais que variam de20%a 50%. Existem também modelos com cotas para alunos de escolas públicas, outros que incluirão a nota na segunda fase e aquelas que decidiram fazer primeira fase como Enem e uma segunda prova própria.



Veja conteúdo de matemática do Enem  (Jornal Agora – Dicas – 18/05/09)

A exemplo de ciências humanas e linguagens, a área de matemática e suas tecnologias do novo Enem (Exame do Ensino Médico) também deverá exigir maior capacidade de interpretação dos enunciados.

A análise é de professores de cursinhos pré-vestibulares que tiveram acesso ao documento que orienta como deve ser elaborado o exame, divulgado na última quinta-feira.  Para a coordenadora-geral do Cursinho da Poli, Alessandra Venturi, algumas questões poderão até fornecer fórmulas, pois o objetivo será avaliar a capacidade que o estudante tem de resolver problemas por meio das únicas ferramentas de que dispõe. Outra característica é a presença de questões com respostas múltiplas, ou seja, o estudante deverá saber, por exemplo, qual o gráfico, a porcentagem e os valores que uma pergunta pede. Para o coordenador de matemática do Anglo Vestibulares, Glenn Albert Van Amson, de acordo com o documento elaborado pelo MEC, a área de matemática e suas tecnologias terá questões parecidas com as da prova de matemática da primeira fase da Fuvest. “Serão enunciados que exigem interpretação e trazem problemas ligados ao cotidiano, além de cobrar também a parte teórica da matemática”, explica o professor. A exigência de mais capacidade de interpretação e contextualização do aluno, no entanto, não deverá dificultar a resolução das questões. “Creio que o novo formato trará mudanças sutis até que o ensino médio se adapte à nova realidade”, explica Amson. O professor afirma ainda que, para alguns estudantes, a interpretação poderá tornar a prova mais fácil. Os especialistas dizem que, para o aluno se sair bem, continua sendo essencial estudar álgebra, razões, proporções, trigonometria e outras operações. O diferencial é que, como acontece na primeira fase da Fuvest, o aluno deverá iniciar a resolução da questão pelo entendimento e interpretação do texto e depois usar os conhecimentos teóricos e práticos para encontrar a resposta certa.  A matemática é considerada uma das áreas do conhecimento mais difícil de ser dominada. Por isso, os professores são unânimes em afirmar que, independentemente do estilo de pergunta, a matemática exige treino. A prática constante de exercícios e soluções de problemas é a única forma de o estudante se manter calmo e seguro na hora do exame. Para isso, é necessário que o aluno complemente os seus estudos nas horas vagas. Também é importante participar de simulados oferecidos por escolas e cursinhos e pelo MEC. Outra boa opção é estudar as provas antigas da primeira fase da Fuvest, disponíveis no site www.fuvest.br.



Unicamp recebe pedidos de isenção
(Folha Dirigida – Vestibular – 18/05/09)

Os interessados em solicitar a isenção do pagamento da taxa de inscrição do vestibular 2010 da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) devem se apressar. Isso porque, os pedidos deverão ser feitos até esta sexta-feira, dia 22. O formulário de solicitação está disponível na página eletrônica da Comvest, responsável pela seleção. No total, serão beneficiados 6.620 candidatos na modalidade I, 100 na modalidade II, além de um número ilimitado na modalidade III. Após preencher o formulário, o candidato deverá enviar por via postal as fotocópias da documentação requerida pela Comvest. Os documentos solicitados são: cédula de identidade do candidato, histórico escolar do ensino fundamental, histórico escolar do ensino médio e uma conta de energia elétrica recente. O envio deverá ser feito até o dia 30. Para concorrer à isenção, o candidato deve ter cursado o ensino fundamental (5ª à 8ª série) e o ensino médio integralmente em instituições da rede pública de ensino, além de morar no estado de São Paulo. Além disso, o estudante deverá se encaixar em uma das três modalidades de isenção: candidatos carentes, cuja renda familiar máxima corresponda a R$500 mensais por morador (modalidade I); funcionários da Unicamp ou Funcamp (modalidade II) e candidatos aos cursos de Licenciatura em período noturno (modalidade III).  Os nomes dos isentos serão divulgados no dia 17 de agosto. Os contemplados não são automaticamente inscritos no vestibular 2010. Para tanto, será necessário fazer a inscrição no processo seletivo, usando o código de isento fornecido pela Comvest. No ano passado, a instituição recebeu 7.575 pedidos de isenção. Destes, 5.728 candidatos preencheram os requisitos necessários e foram beneficiados.



Especialistas aprovam matriz de habilidades do novo Enem  (Gazeta do Povo – Educação – 18/05/09)

Os especialistas receberam bem a matriz de conteúdos do novo Enem, divulgada nesta quinta-feira (14) pelo Ministério da Educação. Essa espécie de guia que orienta a elaboração dos itens da prova já havia sido aprovada pelos reitores da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) na quarta (13). A possibilidade de mudança na metodologia é apontada como o diferencial das provas. As disciplinas não serão mais divididas, mas agrupadas em áreas do conhecimento. “O adolescente pode aprender Matemática e Física em uma mesma contextualização”, afirma a coordenadora do curso de Pedagogia da Universidade de Campinas (Unicamp), Maria Márcia Sigrist Malavasi. O pró-reitor de Graduação e Educação Profissional da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Maurício Alves Mendes, acredita que com a nova organização haverá um maior nivelamento do ensino. “O conteúdo não mudará, mas sim a metodologia. Sem avaliar somente a capacidade de memorização, é possível que o aluno aprenda a trazer os conteúdos para a prática. Passa-se da simples aquisição de dados para o conhecimento”, completa. Para o coordenador da comissão para vestibulares da Unicamp, Leandro Tessler, a matriz marca uma mudança de paradigma da avaliação. “Não se mede mais a erudição e o conhecimento enciclopédico e sim a capacidade de leitura, ideias e habilidade para resolver problemas”. Embora acredite que somente o exame não resolverá a educação sozinho, ele acredita que é um primeiro passo. “Não existe solução mágica e sim um conjunto de medidas. O Enem é o ponto de partida”. A questão da possível obrigatoriedade do Enem a partir da 2010 também é bem vista pelos especialistas, mas com ressalvas. De acordo com Tessler, se o estudante não tiver uma responsabilização pelo resultado, a avaliação da educação no país não será fidedigna. “Se não for criado um mecanismo para corrigir isso, o aluno fará a prova por fazer e não teremos um retrato correto”, afirma.