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18/10/2017 / Em: Clipping

 

QS University Rankings 2018: América Latina (Exame – Negócios – 17/10/2017)

Pela primeira vez, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi nomeada a melhor universidade brasileira.

A edição de 2018 do QS University Rankings: América Latina  colocou a Unicamp no segundo lugar geral, na frente da Universidade de São Paulo (USP). A USP caiu da 1ª para a 3ª posição, dando lugar para a Pontifícia Universidade Católica do Chile, que foi nomeada a melhor universidade da América Latina pela primeira vez desde 2013.

Destaques

O Brasil domina o top 10, com quatro universidades nas principais posições. Além da Unicamp e da USP, aparecem a Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ (que caiu do 5º para o 7º lugar) e a Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP (que subiu do 12º para o 10º lugar);

Outras universidades brasileiras também ficaram mais próximas do top 10: Universidade Federal de Minas Gerais (14ª para a 11ª posição), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (15ª para a 13ª posição) e a Universidade Federal do Rio Grande Do Sul (16ª para a 14ª posição);

Quatro universidades do Brasil conquistaram a nota máxima em produção acadêmica. Esse quesito é medido utilizando a métrica de número de citações por docente. Essas quatro universidades são: Unicamp, USP, Universidade Estadual Paulista e Universidade Federal do Rio Grande Do Sul;

O Brasil domina o ranking latino-americano. Das 385 universidades que foram ranqueadas, 83 são brasileiras. Para ver a lista completa, consulte a Tabela 3: ela está na seção de “Notas ao Editor”.

 O que levou a Unicamp à liderança?

Tanto a Unicamp como a USP atingiram ótimas notas nos indicadores de reputação da QS –Reputação Acadêmica e Reputação entre Empregadores; No entanto, a análise da QS – utilizando dados oficiais da base de dados Scopus – revelou que as pesquisas produzidas pela Unicamp tem apresentado maior impacto nos últimos cinco anos; A Unicamp atingiu a nota 87.8/100 no indicador Citações por Artigo Acadêmico, que calcula a qualidade média das pesquisas produzidas por cada universidade; A USP recebeu a nota 79.1/100 nesse mesmo indicador;  Ambas as universidades atingiram a nota máxima 100/100 no indicador de citações por docente – que mede a produtividade das pesquisas – essa é uma razão que levou a Unicamp a chegar na primeira posição no Brasil; Além disso, a Unicamp também apresentou uma melhora na proporção entre o número de alunos e docentes.

Metodologia

A QS utiliza uma metodologia única para calcular seu ranking. Essa metodologia foi desenvolvida levando em consideração alguns desafios particulares enfrentados pelas universidades de cada região e se baseia em 8 indicadores:

(1)    Reputação Acadêmica

(2)    Reputação entre Empregadores

(3)    Citações por artigo acadêmico

(4)    Citações por docente

(5)    Proporção Docente/Aluno

(6)    Proporção de Docentes Estrangeiros

(7)    Proporção de Estudantes Estrangeiros

(8)    Impacto na Web

Um documento detalhado sobre a metodologia pode ser encontrado em www.TopUniversities.com. Ben Sowter, Diretor de Pesquisa da QS, diz: “A análise de nossos quatro rankings regionais revelou que um grande número de países viram universidades que tradicionalmente ocupavam a primeira posição, serem desbancadas nessa edição. Em Singapura, a Universidade Tecnológica de Nanyang tomou o primeiro lugar da  Universidade Nacional de Singapura, que tem historicamente ficado na primeira posição. Tendências similares foram observadas na China e em Hong Kong. O resultado visto no ranking brasileiro pode ser entendido como parte dessa tendência, indicando que em nossos rankings a proatividade é mais importante do que o prestígio.” Os rankins completos podem ser acessados em www.TopUniversities.com.

 


Unicamp ultrapassa USP em ranking universitário da América Latina (Último Segundo – Educação – 17/10/2017)

Para o estudo, pesquisas produzidas pela Unicamp têm apresentado maior impacto nos últimos anos que as da consagrada universidade paulistana. Unicamp também alcançou melhor resultado no indicador que calcula a qualidade média dos estudos feitos

Pela primeira vez na história dos QS University Rankings – importante indicador mundial de ensino – a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) foi nomeada a melhor instituição do País. Para tanto, a avaliação da campineira ultrapassou também pela primeira vez a da Universidade de São Paulo ( USP ). O resultado, apesar de positivo para a Unicamp chega ser negativo para o ensino brasileiro. Isso porque, o ranking de 2018, divulgado nesta terça-feira (17), avaliou que, no âmbito da América Latina, ambas as universidades brasileiras perderam a liderança, dando o primeiro lugar do pódio para a Pontifícia Universidade Católica do Chile. Esse ranking da América Latina foi feito pela empresa britânica Quacquarelli Symonds (QS). Segundo o diretor de pesquisa da QS, Ben Sowter, a USP foi ultrapassada nessa avaliação porque as pesquisas produzidas pela campineira “têm apresentado maior impacto nos últimos cinco anos”. “Além disso, ela também alcançou melhor resultado no indicador que calcula a qualidade média dos estudos feitos e teve mais avanços na proporção entre o número de alunos e docentes”, pontua. Ambas as instituições tiraram notas consideradas ótimas nos itens “Reputação Acadêmica”, “Reputação entre Empregadores” e Citações por Artigo Acadêmico”.

Brasil domina o ‘top ’10’

Mesmo perdendo a liderança do ranking , o Brasil ainda domina a lista das dez melhores universidades da América Latina de acordo com a QS . Além disso, das 385 universidades que foram ranqueadas, 83 são nacionais. Entra as dez mais, além das duas já citadas, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que caiu do 5º para o 7º lugar, e a Universidade Estadual Paulista (UNESP), que subiu da 12º para a 10º posição, aparecem no ranking. “Outras escolas de ensino superior do Brasil também ficaram mais próximas do top 10, como a Universidade Federal de Minas Gerais, que passou do 14ª para o 11ª lugar, a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, da 15ª para a 13ª, e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, da 16ª para a 14ª posição”, destaca Sowter.

Prestígio importa menos que a proatividade

De acordo com o diretor de pesquisa da empresa, tanto a classificação latino-americana quanto as feitas em outras partes do mundo mostram uma tendência nas avaliações. “A análise dos quatro rankings regionais que produzimos revelou que um grande número de países viu instituições que tradicionalmente ocupavam a primeira posição serem desbancadas”, afirmou. “O resultado visto no Brasil [entre a USP e a Unicamp] pode ser entendido como parte desse cenário, indicando que a proatividade é mais importante do que o prestígio”, completou Sowter.

 


Brasil tem 4 universidades no ‘top 10’ de ranking da América Latina (G1 – Educação – 17/10/2017)

Unicamp é a segunda da lista, ela aparece na frente da USP pela primeira vez.

O Brasil tem quatro universidades no ‘top 10’ do ranking QS da América Latina edição 2018 divulgado nesta segunda-feira (16). Quem lidera o ranking é a Pontíficia Universidade Católica do Chile, seguida da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que pela primeira vez ultrapassou a Universidade de São Paulo (USP), classificada em terceiro lugar. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) ficou em sétimo lugar, e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), em décimo. Segundo o diretor de pesquisa da QS, Ben Sowter, as instituições brasileiras dominam o levantamento como um todo, já que, das 385 universidades que foram ranqueadas, 83 são nacionais. “Outras escolas de ensino superior do Brasil também ficaram mais próximas do top 10, como a Universidade Federal de Minas Gerais, que passou do 14ª para o 11ª lugar, a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, da 15ª para a 13ª, e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, da 16ª para a 14ª posição”, diz Sowter. O ranking é baseado em uma metodologia que avalia o desempenho de cada universidade em sete indicadores, incluindo citações em artigos acadêmicos, reputação acadêmica e reputação entre empregadores. Veja a lista das dez melhores no QS América Latina 2018:

Pontifícia Universidade Católica do Chile (UC)

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)

Universidade de São Paulo (USP)

Universidade Nacional Autônoma do México (Unam)

Instituto Tecnológico de Estudos Superiores de Monterrey

Universidade do Chile

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)

Universidade dos Andes

Universidade de Buenos Aires

Universidade Estadual Paulista (Unesp)

 


Um em cada quatro jovens vai abandonar o ensino médio até o final do ano (Agência Brasil – Educação – 17/10/2017)

A cada ano, quase 3 milhões de jovens abandonam a escola no Brasil. É o que apontou o estudo Políticas Públicas para Redução do Abandono e Evasão Escolar de Jovens, elaborado pelo Ensino Superior em Negócios, Direito e Engenharia (Insper) e divulgado hoje (17). Ao final deste ano, um em cada quatro jovens entre 15 e 17 anos de idade vão abandonar seus estudos, não vão se matricular para o ano seguinte ou serão reprovados. Isso corresponde a um universo de 2,8 milhões de pessoas (27%), entre os 10 milhões de jovens estimados no país nessa faixa etária e que deveriam, de acordo com a Constituição, estar frequentando a escola. Desse total de 10 milhões de jovens, cerca de 15% ou 1,5 milhão, sequer vão se matricular para o início do ano letivo. Do restante, entre aqueles que se matriculam, cerca de 7% ou 700 mil jovens vão abandonar a escola antes do final do ano. Além disso, cerca de 600 mil alunos (5%) serão reprovados por faltas, o que completa os 2,8 milhões de jovens que estarão fora da escola a cada ano. Segundo o estudo, mais da metade desses jovens (59% do total ou cerca de 6,1 milhões) vai concluir o Ensino Médio com no máximo um ano de atraso. Além de todos os problemas que isso provocará para o futuro desse jovem e para o país, a evasão (ausência de matrícula no início do ano letivo) e o abandono escolar (desistência durante o ano escolar) dos jovens também implica em prejuízo econômico: cerca de R$ 35 bilhões por ano são desperdiçados no país por causa dessa realidade. O estudo mostra ainda que houve uma estagnação na matrícula dos jovens entre 15 e 16 anos e que a porcentagem de jovens de 17 anos fora da escola cresceu 6 pontos percentuais nos últimos 15 anos, passando de 34% para 39,8%. Isso, segundo o estudo, contradiz uma tendência mundial: dados da Unesco apontam que 74% dos países avançam mais rapidamente na inclusão de jovens de 15 a 17 anos que o Brasil. Os dados revelam que mais da metade das nações tem menor porcentagem de jovens fora da escola que o Brasil. Se manter este ritmo, o país levará 200 anos para atingir a meta estabelecida no Plano Nacional de Educação: universalizar o atendimento escolar para essa faixa etária – que, pelo plano, deveria ter sido concluída no ano passado.

Solução para o desengajamento

As principais razões para o chamado “desengajamento dos jovens”, segundo o estudo, estão associadas à pobreza e à dificuldade de acesso, tais como a falta de escolas na comunidade onde o jovem vive ou a falta de recursos para o transporte até a escola. Há também questões relacionadas à inadequação do currículo adotado, do clima escolar e da baixa qualidade dos serviços oferecidos pela escola. Para reverter o quadro, o estudo propõe a criação de políticas públicas para diminuir o desengajamento como a garantia de acesso principalmente para aqueles que vivem em áreas rurais ou que têm alguma deficiência ou para jovens que cumprem pena privados de liberdade. O estudo também propõe a criação de cursos profissionalizantes, um sistema de aconselhamento, práticas esportivas e artísticas, aumento das atividades à distância e flexibilização dos horários das aulas e do modelo de avaliação para ajudar a reduzir a evasão escolar. O estudo Políticas Públicas para Redução do Abandono e Evasão Escolar de Jovens é organizado pela Fundação Brava, pelo Instituto Unibanco e pelo Instituto Ayrton Senna e está disponível no site Galeria de Estudos e Avaliação de Políticas Públicas, o Gesta.

 


O custo de jovens fora da escola para o país pode chegar a R$ 98 bilhões (Época – Educação – 17/10/2017)

O valor é muito superior ao que seria gasto caso terminassem a educação básica. Refere-se a gastos adicionais que o país tende a ter com os 2,8 milhões de jovens de 15 a 17 anos que não estudam hoje

Os investimentos feitos em educação nas últimas duas décadas não produziram resultado num dos principais problemas da área: a evasão escolar. Entre 2000 e 2015 o número de jovens de 15 a 17 anos fora da escola permaneceu estável, enquanto na maior parte do mundo diminuiu. De acordo com os dados mais atuais, 22% dos brasileiros nessa faixa etária, que representam 2,8 milhões de adolescentes, estão fora da escola. Em 2000, 43% dos 63 países que participam da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) tinham índices de evasão menor do que o Brasil. Quinze anos depois, esse percentual subiu para 55%, o que significa que o país está hoje mais atrasado do que já esteve. Apenas 16% dos países avaliados pela entidade têm um número maior que o Brasil de jovens entre 15 e 17 anos fora da escola. As informações são do estudo liderado por Ricardo Paes de Barros, economista-chefe do Instituto Ayrton Senna e professor do Insper, em parceria com o Instituto Unibanco e a Fundação Brava. O estudo cruzou dados coletados pela OCDE, pela Unesco e pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE. Esses dados são alarmantes. Eles evidenciam o fracasso das políticas públicas de educação voltadas para o ensino fundamental II (de 5º a 9º ano) e para o ensino médio, os dois períodos que concentram crianças daquelas idades. As consequências se dão tanto nos cofres públicos como na vida privada desses jovens e na sociedade. De acordo com os cálculos feitos por Paes de Barros, o custo de ter 2,8 milhões de jovens fora da escola é de R$ 98 bilhões. Esse valor é calculado de acordo com os ganhos que o jovem que abandona a escola deixa de ter e os custos que essa decisão pode lhe causar ao longo da vida. A criança que não conclui o ensino médio ganha um salário menor ao longo da vida, tende a poupar menos, a ter hábitos alimentares piores e gastos maiores com problemas de saúde. Esse jovem também tem mais chances de se envolver com atividades ilícitas. Esse conjunto de fatores produz custos maiores para os serviços públicos. “Optamos pelos valores mais conservadores para fazer esse cálculo”, diz Paes de Barros. “Os custos podem ser muito maiores, principalmente, em relação a jovens que se envolvam com crimes.” É difícil pontuar com objetividade os fatores que levam os adolescentes a deixar a escola. Eles podem envolver desde o desinteresse pelas aulas até a falta de estímulo na família e causas como gravidez precoce e necessidade de ir para o mercado de trabalho muito cedo. O que o estudo coloca como certo é que, sejam quais forem os fatores, todos eles impedem que o jovem se sinta engajado pelo ambiente escolar. Chamar a atenção para a importância de produzir o engajamento do jovem é especialmente relevante neste momento em que a reforma do ensino médio está em curso. “Na teoria, essa reforma aborda questões que podem contribuir para o envolvimento do estudante com a escola, como é o caso da possibilidade de ele escolher as disciplinas que mais lhe interessem”, diz Paes de Barros. “A questão é saber quão efetiva será a implantação dessas mudanças”, diz ele.