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19/03/2014 / Em: Clipping

 


Exceção, cotista de GO aprovado no Sisu passaria pela concorrência geral   (Globo.Com – G1 Vestibular – 19/03/14)

Aos 37 anos, o prestador de serviços gerais Josiel Corrêa Teixeira diz jamais ter parado de estudar. Após ter prestado sete vezes o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), ele viu neste ano finalmente o resultado do esforço em manter a disciplina de estudos diários, mesmo sem acompanhamento profissional ou ajuda de cursinhos. Josiel foi um dos aprovados no curso de sistemas para internet no Instituto Federal Goiano (IF Goiano), em Morrinhos, no Sul de Goiás. Josiel foi aprovado pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) concorrendo pelo sistema de cotas para candidatos autodeclarados negros, pardos ou indígenas, com renda familiar bruta per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo e que tenham cursado integralmente o ensino médio em escola pública. Contrariando as próprias expectativas, ele não só passou no Sisu como fez 579 pontos, nota superior à de corte de quem concorria pela ampla concorrência, que foi de 570,50. “Não esperava”, admitiu o novo calouro ao G1. O caso de Josiel é uma das poucas exceções no Sisu: apenas em 11 cursos cotistas raciais de escola pública e baixa renda tiveram nota de corte maior que os candidatos da ampla concorrência. Apesar de a nota comprovar que ele não precisava do benefício para conquistar a vaga, Josiel defende o sistema de cotas.

Cotista negro tem nota de corte maior que a geral em 1,7% dos cursos   (Globo.Com – G1 Vestibular – 19/03/14)

A nota de corte de cotistas negros, pardos e índios foi maior do que a de não cotistas em 67 cursos oferecidos no Sistema de Seleção Unificado (Sisu), o que representa apenas 1,7% do total analisado. É o que mostra levantamento feito pelo G1 com base nos dados do Ministério da Educação (MEC), solicitados por meio da Lei de Acesso à Informação. Os cursos são exceções em meio a quase 4 mil oferecidos por instituições federais no país. São 58 em que os cotistas raciais conseguiram fazer a nota de corte subir a ponto de ser maior que a geral, e outros 11 em que os cotistas raciais e de baixa renda também obtiveram o mesmo feito. Em dois desses cursos, a nota de corte foi superior em ambas as faixas de cotas (que são separadas): sistemas para internet, no Instituto Federal Goiano (IF Goiano), e letras-espanhol, na Universidade Federal do Amazonas (Ufam). O Sisu foi realizado em janeiro e selecionou candidatos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para 171 mil vagas em instituições públicas de ensino superior. Marina Rodrigues, diretora de Desenvolvimento Educacional do IF Goiano, diz que a nota de corte maior entre cotistas pode ser explicada pelo fato de o campus que oferece o curso de sistemas para internet estar localizado no interior do estado. “Acredito que não seja exclusividade do IF Goiano. Os alunos mais preparados priorizam o ingresso nas universidades dos grandes centros e os estudantes que nos procuram são provenientes, grande parte, de escolas públicas, com formação básica diferente que a dos estudantes dos grandes centros”, afirma. Além de sistemas para internet, em que as duas modalidade de cota racial tiveram nota de corte maior, outros cursos da universidade também registraram uma pontuação maior para os cotistas em apenas uma das faixas, como agronomia, pedagogia e química. Marina afirma que a situação é mais comum em cursos menos concorridos. “Em cursos com grande procura, como engenharia civil e medicina veterinária, essa realidade não aparece”, diz.

Aluno da rede pública passaria sem cota em 11% dos cursos do Sisu   (Globo.com – G1 Vestibular – 19/03/14)

Alunos que cursaram todo o ensino médio em escola pública, sem distinção de raça e renda, e passaram no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) no início do ano por meio das cotas conseguiram fazer a nota de corte ultrapassar a dos não cotistas em 11% dos cursos na primeira chamada. Isso significa que, nesses cursos, todos os cotistas passariam na primeira convocação mesmo se não contassem com a reserva de vagas. É o que mostra levantamento feito pelo G1 com base nos dados do Ministério da Educação (MEC), obtidos após pedido via Lei de Acesso à Informação. Segundo o Sisu, a nota de corte é calculada para cada curso “com base no número de vagas disponíveis e no total dos candidatos inscritos naquele curso, por modalidade de concorrência”. Ou seja, um mesmo curso terá nota de corte diferente para candidatos segundo a ampla concorrência (onde não há reserva de vagas) e segundo as diferentes cotas.Na última edição do sistema, em 89% dos cursos a política de cotas permitiu a aprovação de estudantes de escola pública sem distinção de raça e renda que concorreram a vagas reservadas e tiveram uma nota de corte menor que a geral. A lei federal prevê quatro tipos de cotas: 1) para alunos de escola pública; 2) para alunos de escola pública que tenham renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo; 3) para alunos de escola pública que se declarem negros, pardos ou indígenas; e 4) para alunos de escola pública que tenham renda familiar per capita de até 1,5 salário mínimo e também se declarem negros, pardos ou índios (Veja como funciona o sistema de cotas). O Sisu foi realizado em janeiro e selecionou candidatos que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para 171 mil vagas em instituições públicas de ensino superior. No caso dos alunos que cursaram o ensino médio integralmente em escola pública, sem distinção de raça ou renda, a nota de corte obtida foi maior que a da seleção geral em 372 dos 3.384 cursos nestas condições (segundo o MEC, há cursos que, por conta do baixo número de vagas oferecidas pelo Sisu, não contemplam todas as categorias de cotas). Quando os cotistas são negros, pardos e índios com renda até 1,5 salário mínimo, a cota tem um peso ainda maior. Em apenas 11 dos 3.966 cursos onde foi oferecido esse tipo de reserva a nota de corte dos cotistas foi maior que a dos estudantes não cotistas (o que representa 0,3% do total).

Piauiense aprovado 15 vezes para medicina dá dicas para o Enem   (Globo.Com – G1 Vestibular – 19/03/14)

O piauiense Inácio de Sá Bezerra Neto, 17 anos, conseguiu um feito que poucos estudantes atingem. Ele foi aprovado para o curso de medicina em 15 universidades. O jovem natural de Monsenhor Hipólito, cidade localizada a 369 Km de Teresina, contou como alcançou as aprovações e deu dicas para quem se prepara para fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) neste ano. O exame é considerado a porta de entrada para o ensino superior no Brasil. nácio de Sá Bezerra disse que o sonho de ser médico surgiu ainda quando era criança, mas para tornar as brincadeiras de infância realidade, ele revelou que precisou abandonar o conforto familiar para estudar em outras cidades. “Estudei até o 7º ano em Monsenhor Hipólito, depois fui para Picos e lá cursei o 8º e 9º ano. Quando cheguei ao ensino médio decidi que iria cursar em Teresina. Agora ter sido aprovado em vários vestibulares é o resultado de horas de estudos”, afirmou. jovem obteve uma média de 785,16 no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem ) e com esta nota consegui passar no curso de medicina em universidades nos estados do Maranhão, Ceará, Bahia, Paraíba, Macapá, Alagoas, Sergipe e Minas Gerais. Dentre as 15, Inácio optou por estudar na Universidade Federal no Vale do São Francisco (UNIVASF), em Petrolina, no Pernambuco. O rapaz contou que a cada resultado uma mistura de surpresa e alegria tomava conta de seus amigos e familiares. “Minha família sempre me deu muito apoio durante a minha formação como estudante, e, apesar de sempre me incentivar e de acreditar em mim, nunca me pressionou. A cada resultado divulgado, eu me sentia muito feliz e chocado por ter conseguido mais uma vitória. E eles ficavam cada mais orgulhosos pelos meus resultados”, comentou Inácio de Sá. Esta não é a primeira vez que o estudante é aprovado em vestibulares. Aos 16 anos, Inácio de Sá foi aprovado para os cursos de Biomedicina na Universidade Federal do Piauí (UFPI), em Parnaíba e Enfermagem na UFPI de Picos.