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20/01/2015 / Em: Clipping

 


Reitor da USP propõe que ex-alunos prestem ‘serviço à sociedade’  (Folha Online – Educação – 20/01/15)

Um tema tabu no meio acadêmico brasileiro foi colocado em discussão pelo reitor da USP, Marco Antonio Zago: a imposição de um “serviço à sociedade” aos formados na universidade, como contrapartida pelo ensino recebido em instituição pública.  Zago apresentou a proposta em reunião do Conselho Universitário da USP em novembro, mas a ata só foi divulgada recentemente. Neste momento, a universidade recebe propostas de seus membros para alterar seu estatuto.  Para o reitor, essa é a oportunidade de analisar aspectos de financiamento e de gestão, “que exigem mudanças e novo pacto da universidade com a sociedade”.

Para consultor, ideia fere preceito constitucional  (Folha de S.Paulo – Cotidiano – 20/01/15)

A imposição de contrapartida aos formandos na USP desperta discussão jurídica sobre sua legalidade.  Edgar Jacob, diretor de assuntos jurídicos da assessoria educacional Consae, afirma que a Constituição determina que o ensino em instituição pública seja gratuito.  “Na minha avaliação, exigir uma contrapartida do formado fere o preceito da gratuidade”, diz.  “Por outro lado, há os que entendem que nenhum direito é absoluto. O que abre possibilidade para a exigência.”  Assim, ainda que a proposta avance na USP, há a possibilidade de ser necessária mudança na Constituição para que seja aplicada.  Ideias semelhantes à apresentada pela reitoria da USP são discutidas também no âmbito político –e podem inspirar a universidade.

O que os países ricos estão fazendo para melhorar a educação?   (Folha Online – Educação – 19/01/15)

Um estudo inédito divulgado nesta segunda-feira pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) analisa mais de 450 iniciativas implementadas por 34 países com o objetivo de aperfeiçoar seus sistemas educacionais. A mudança mais popular no grupo, que reúne majoritariamente países ricos e não inclui o Brasil, diz respeito à preparação dos estudantes para o mercado de trabalho, voltado principalmente para o ensino profissional e técnico. Este tipo de mudança tem forte impacto, segundo especialistas, na produtividade dos trabalhadores –o que colabora para fortalecer a economia dos países. A segunda reforma mais popular envolveu melhorias no ambiente escolar, com foco principalmente na preparação de professores.  A OCDE analisou iniciativas adotadas nos últimos sete anos. Segundo a organização, ainda é preciso analisar os resultados da maior parte destas políticas.  Embora os pesquisadores ressaltem que as soluções dizem respeito a cada país e não podem ser simplesmente copiadas para outras realidades, algumas ideias podem fornecer material para o debate geral de como melhorar a educação. Estudo analisou 450 iniciativas de 34 países para melhorar educação.



Obama joga fichas na ampliação do ensino superior   (Carta Capital – Internacional – 18/01/15)

Universidade pública, bancada pelo governo, nos Estados Unidos. Item exótico para a maior economia do planeta. A novidade foi apresentada pelo presidente Barack Obama em uma de suas viagens pela América Profunda afim de defender as iniciativas econômicas da Casa Branca para a recuperação da saúde financeira do país. O raciocínio do presidente é simples: o desemprego entre cidadãos com ensino superior na virada do ano, nos EUA, foi de 2,9%, contra 5,3% dos que pararam de estudar no último ano do curso secundário. A grita, nos dois lados do espectro político, à proposta de subvenção de dois anos de ‘escolas superiores comunitárias’ dá a medida do tamanho do problema em uma sociedade orgulhosa de ter criado ilhas de qualidade acadêmica como Harvard, Yale, Stanford e Berkeley, mas assustada com as dívidas dos recém-graduados e em busca de modelos para combater a desigualdade social no sistema educacional mais caro do planeta.



Como melhorar o desempenho dos professores   (Veja – Educação – Educação – 19/01/15)

Este é o sexto de uma série de dez artigos a respeito de medidas eficazes que o prefeito pode implementar a curto prazo, com poucos recursos, como estratégia de inicar um processo de mudança. Nenhuma dessas medidas, isoladamente ou mesmo em conjunto, assegura a formação de uma rede de ensino de alta qualidade. Mas todas elas constituem ações relevantes em si mesmo, e que, se bem implementadas, podem servir de campo de aprendizagem e de capital político para implementar reformas mais profundas. ​O maior problema da educação brasileira é a qualidade do ensino: conseguir ensinar de forma que os alunos consigam aprender. O primeiro passo é o mais simples e foi tema de artigos publicados neste espaço: o município deve definir o programa de ensino, ou seja, o que deve ser ensinado em cada série. O segundo passo é nosso tema de hoje – ter professores capazes de ensinar. No Brasil, podemos simplificar o problema em duas situações.