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20/04/2010 / Em: Clipping

 


Acesso de índio à universidade ainda é pequeno   (Universia Brasil – Últimas do Vestibular – 19/04/10)

Neste Dia do Índio há pouco a se comemorar em termos de acesso dos povos indígenas ao Ensino Superior. O mais recente censo educacional realizado em 2008 pelo INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), do Ministério da Educação, mostra que o acesso os índios à universidade permanece muito baixo. Das 2.985.137 de vagas de Ensino Superior oferecidas pelas 2.252 instituições brasileiras, 1.093 foram destinada a índios, o que representa 0,03% do total. Essas vagas foram disputadas por 1.713 inscritos. Destes, somente 282 conseguiram ingressar. Além disso, a evasão é outro problema nessa equação que separa índios da universidade. De acordo com o Censo, apenas 13 conseguiram se formar.  Com o objetivo de contribuir para a formação superior de povos indígenas, a Funai (Fundação Nacional do Índio) criou em 2004 seu primeiro convênio com uma universidade, na ocasião a UnB (Universidade de Brasília). Pelo acordo, a Funai repassa ao aluno um valor de apoio financeiro para que ele possa se manter na universidade. Neide Siqueira, coordenadora de apoio pedagógico da Funai, explica que os convênios feitos com as instituições de Ensino Superior visam proporcionar ao aluno condições melhores para que ele conclua o curso. Atualmente, há pelo menos 16 conveniadas. “A Funai faz esse papel, libera bolsas de estudos para que o candidato indígena custeie suas necessidades enquanto estiver na faculdade, já que não há ainda hoje, pelo governo federal, um programa específico de apoio para a graduação desse povo”, explica Neide. Ela diz também que por esse motivo, a fundação recebe anualmente um recurso vindo da União para a distribuição dessas bolsas de estudo.



Unicamp inscreve para simulado da 1ª fase nestas 5ª e 6ª  (EPTV – Virando Bixo – 20/04/10)

A Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest) da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) recebe nestas quinta (22) e sexta (23) as inscrições dos interessados em participar do simulado da prova da primeira fase do novo vestibular. O exame será realizado no dia 16 de maio, no campus de Campinas. As inscrições são gratuitas e devem ser efetuadas no site www.comvest.unicamp.br. As vagas são limitadas a 1.200 participantes, que serão escolhidos por meio de um sorteio entre os inscritos. O simulado é reservado para estudantes que estejam cursando o ensino médio ou que tenham se formado nos últimos dois anos e seguirá o novo formato da prova da primeira fase. Segundo o novo modelo do vestibular da Unicamp, aprovado no final de 2009, a prova se compõe de duas partes: 48 questões de múltipla escolha, que formam a parte de Conhecimentos Gerais, e a Redação, na qual os participantes serão solicitados a elaborar três textos de gêneros diversos. A duração da prova será de cinco horas. A divulgação da lista dos sorteados para participar do simulado será divulgada no dia 27 de abril. Entre as 10h do dia 27 e as 17h do dia 28, os sorteados e os constantes da lista de espera deverão confirmar interesse em participar. No dia 30 de abril, será divulgada a lista final de participantes e os locais de prova. A partir do dia 17 de maio, a prova estará disponível para consulta, com o gabarito das 48 questões da prova de Conhecimentos Gerais. Os participantes terão acesso, individualmente, às notas que obtiveram na prova, a partir de 15 de junho. Também a partir de 15 de junho, serão divulgados exemplos de textos da prova de Redação produzidos durante o simulado, com comentários.



Políticas públicas no ensino superior (Folha de S.Paulo Opinião – 20/04/10)

A PRIMEIRA lição que tive do meu antigo professor de políticas públicas foi a de que a maior parte delas, e suas regulações subsequentes, deixa de reconhecer e contemplar efeitos colaterais nocivos e restritivos em outras frentes. Na educação superior brasileira não tem sido diferente. Com base no discurso isolado da qualidade, tem-se adotado o ideário da universidade pública como hegemônico, sem considerar seus efeitos colaterais em termos de acessibilidade, ascensão social e desenvolvimento socioeconômico. Naturalmente, a qualidade é uma variável fundamental, mas precisa ser compatibilizada com as demais. O modelo vigente é por natureza corporativo e elitista, contemplando mais os pressupostos dos meios do que os fins a serem atingidos. Isso onera os custos e prejudica sensivelmente a acessibilidade financeira da esmagadora maioria da população jovem, excluída da rede superior pública por limitação de vagas e de formação de base. Não é por acaso que a meta de contemplar 30% da população entre 18 e 24 anos cursando o ensino superior até 2010 não foi atingida, ficando em apenas 13,7%, ou seja, menos da metade do esperado. Alguns desses pontos foram discutidos em dois artigos anteriores publicados neste espaço de debate. Agora, vamos a um breve enunciado de ações de política educacional que consideramos prioritárias para o ensino superior. O primeiro ponto é a forma de custeio da pesquisa acadêmica. Hoje, ela representa um custo elevado e desproporcional, que não deveria ser incorporado e camuflado no orçamento da educação e subsidiado com as mensalidades dos alunos da graduação, muito menos afetar os resultados de sua avaliação. A verba pública poderia ser concentrada em fundos de fomento e disponibilizada para programas e projetos de pesquisa em razão da justificativa e da qualidade das propostas, independente de origens institucionais. Em segundo lugar, pensemos na ampliação de recursos didáticos.
Recursos de apoio didático, como laboratórios e acervos bibliográficos, poderiam ser custeados pelo Estado não só para a rede pública mas também entregues em comodato à rede privada, na forma de parcerias público-privadas (PPPs), a fim de alavancar a qualidade e reduzir o ônus desses investimentos sobre os valores das mensalidades. O terceiro ponto corresponde a dotações públicas para bolsas de estudos. O ProUni (programa do governo federal que dá bolsas a alunos carentes em instituições particulares) é excelente iniciativa, mas ainda limitado em função da demanda. O ensino superior público poderia ser pago, como na maioria dos países, deixando de privilegiar os que não precisam, gerando com esses recursos um fundo de bolsas para os que carecem de meios de custear estudos. O quarto enunciado refere-se ao sistema de avaliação da qualidade educacional. Estes deveriam focar os resultados da formação profissional, e não se concentrar nos meios. Apenas 30% do CPC – Conceito Preliminar do Curso, fartamente explorado pela mídia como nota do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) contempla a real qualificação do egresso para o exercício da profissão, o que distorce e penaliza injustamente os alunos e as instituições formadoras. A linha de corte entre a graduação e a pós-graduação é o nosso quinto tópico. Com o avanço do conhecimento e das especialidades, os cursos de graduação e suas cargas horárias estão excessivamente carregados e fragmentados, em prejuízo da qualidade. A graduação deveria ficar dedicada a formações profissionais básicas, transferindo-se as especialidades para a pós-graduação, como já vem ocorrendo na Europa. O sexto item refere-se à educação continuada. É de se estranhar que, com tanta intervenção regulatória em nome da qualidade do ensino da graduação, não haja qualquer obrigatoriedade de atualização para que se mantenha a validade dos diplomas, sendo cada vez mais curtos os ciclos de obsolescência do conhecimento. Nesse caso, a iniciativa fica por conta do profissional, e a regulação das competências, pelo mercado. Por fim, uma consideração sobre a qualificação docente. O atual critério de qualificação do corpo docente resume-se à titulação acadêmica. Por importante que seja, esse critério indica apenas o conhecimento dos conteúdos, e não a capacidade didática. Muitos docentes titulados nunca exerceram a profissão, o que prejudica a qualificação dos conteúdos nas disciplinas aplicadas e sugere cautela no regime de dedicação integral. Em conclusão, existem questões e alternativas a serem debatidas, se as paixões corporativas puderem ser contidas e prevalecer uma visão mais inclusiva, que promova o desenvolvimento sustentável do país.

ELLIS WAYNE BROWN, formado em ciências sociais e mestre em comunicação social, é vice-reitor da Uniban Brasil.



Coordenador executivo da Comvest, Renato Pedrosa, esclarece sobre as mudanças no vestibular da Unicamp 2011 (Folha Dirigida – Vestibular – 19/04/10)

O vestibular 2011 da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) apresentará novidades com relação à estrutura e aos conteúdos das provas da primeira e da segunda fase. Muitos estudantes preocupam-se em como essas alterações irão afetar seus desempenhos e até mesmo a aprovação. Entretanto, para Renato Pedrosa, coordenador executivo da Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest), órgão responsável por elaboração dos exames que selecionam os alunos da Unicamp, não há motivo para desespero. “Os candidatos precisam se preparar estudando, como sempre foi”, afirma. “As mudanças foram necessárias para atualizar a avaliação conforme o programa determinado pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), já que o sistema educacional adaptou-se à LDB, seguindo os parâmetros tanto estaduais e quanto federais”, justifica o coordenador. A grande alteração será no exame da primeira fase. Neste ano, a prova, com data para 21 de novembro, será composta de 48 questões de múltipla escolha e de uma prova de redação, com três propostas, para três tipos de diferentes gêneros de texto (até o ano passado, a prova tinha questões discursivas e apenas uma proposta de redação). Como explica Pedrosa, tais modificações foram necessárias para tornar a primeira avaliação “mais seletiva”, devido ao “crescimento do vestibular, em função do aumento do número de candidatos e da demanda dos novos cursos”. Serão cobrados os conteúdos relativos ao ensino médio, sendo que das 48 questões, 12 serão de Matemática, 18 de Ciências da Natureza (Ciências Biológicas, Física e Química) e 18 de Ciências Humanas, Artes e Humanidades (com obrigatoriamente, para História e Geografia, seis questões para cada uma). Na área de Ciências Humanas, Artes e Humanidades há também a inserção dos conteúdos de Filosofia, Sociologia e Artes, que serão gradualmente cobrados. “O vestibular irá procurar trazer alguns desses temas, com o cuidado de que não sejam incorporados aspectos que a Unicamp considera que nem toda a rede de ensino esteja adotando”, esclarece Pedrosa. Ele ainda ressalta que “é possível que não tenha nenhuma questão com relação a esses temas para este primeiro ano, em que as modificações entram em vigor”. Já para a prova de redação, também na primeira fase, o candidato deverá elaborar três pequenos textos, com propostas, textos-fontes e gêneros diferentes para cada um. “Poderá ser uma proposta de um conjunto de perguntas com a qual o candidato terá que escrever uma entrevista, ou um editorial, resumo, mensagem, recado, convite. O objetivo é avaliar de uma forma bastante ampla se o candidato sabe selecionar os textos base e se escreve bem”, aponta o coordenador. A intenção também é avaliar a capacidade do vestibulando de desenvolver diversos tipos de textos. “Não queremos que a pessoa seja treinada sistematicamente para escrever, mas que consiga realizá-lo em suas variadas formas”, afirma.

Histórico
A proposta do novo vestibular da Unicamp ocorreu inicialmente no ano de 2005, durante a gestão do ex-coordenador executivo da Comvest, Leandro Tessler, elaborada através de um órgão colegiado. “A Câmara Deliberativa para a comissão do vestibular, constituída por representantes de todos os cursos da Unicamp, dos diversos sindicados dos professores, dentre eles o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) e da Secretaria de Educação, formulou a proposta, que foi discutida diversas vezes, aprimorada e, em 2008, votada”, diz Pedrosa. O Instituto de Estudos de Linguagem (IEL) da Unicamp revisou e acrescentou ao projeto alterações para a prova de redação, “resultando num modelo com mais qualidade, tanto academicamente como quanto instrumento de seleção de novos estudantes”, conforme consta na nota oficial do site da Unicamp. A aprovação da proposta pela própria câmara ocorreu em 3 de dezembro de 2009. Embora o novo formato do vestibular acrescente muitas novidades, a classificação dos candidatos e o perfil do aluno que a instituição procura selecionar, não mudou. “Não é o formato da avaliação que determina quem são os candidatos selecionados, mas sim o que é perguntado e como. Não modificamos os fundamentos do vestibular, apenas queremos garantir que o resultado da seleção seja de melhor qualidade”, conclui o coordenador.



Após mudança de prova, Unicamp oferece simulado aos vestibulandos (Tribuna de Santos – Educação – 20/04/10)

A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) recebe inscrições, nesta quinta-feira e sexta-feira, para o simulado da primeira fase da nova prova da Universidade de Campinas. As vagas são limitadas a 1.200 vestibulandos, que serão sorteados entre os inscritos.  De acordo com a Comvesp, apenas estudantes do ensino médio ou recém formados, de no máximo dois anos, poderão realizar o simulado. A prova será aplicada no dia 16 de maio, do campus da universidade, em Campinas.