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24/02/2012 / Em: Clipping

 


Unicamp divulga formulário para declaração de interesse por vagas    (Globo.Com – G1 Vestibular – 23/02/12)

A Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) divulgou na manhã desta quinta-feira (23) o formulário eletrônico para a declaração de interesse por vagas no Vestibular Unicamp 2012. A declaração poderá ser feita até as 17h do dia 27 de fevereiro. Podem declarar interesse por vagas os candidatos que fizeram a segunda fase, que não foram eliminados por nota zero e que não tenham sido convocados para alguma de suas opções, até e inclusive a terceira chamada. O formulário está disponível no site da Comvest e serve para todos os cursos, havendo ou não vagas em aberto. Para declarar o interesse, é preciso apenas inserir o número de inscrição e a senha do candidato.



Unicamp disponibiliza formulário de interesse por vagas   (Terra – Vestibular – 23/02/12)

A Universidade de Campinas (Unicamp) nesta quinta-feira no site www.comvest.unicamp.br o formulário específico para a declaração de interesse por vagas no vestibular 2012. Até as 17h do dia 27 de fevereiro (horário de Brasília), todos os candidatos que fizeram a segunda fase, não foram eliminados por nota zero e não tenham sido convocados para alguma de suas opções, deverão declarar interesse em continuar concorrendo a eventuais vagas nas próximas listas. Aqueles que não declararem interesse ficam eliminados do processo de convocação para matrícula.



Unicamp recebe inscrições para vagas remanescentes   (IG – Educação – 23/02/12)

A Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest) disponibilizou nesta quinta-feira a inscrição para as vagas remanescentes da universidade. Os interessados devem preencher um formulário específico no site www.comvest.unicamp.br até as 17h do dia 27 de fevereiro. Podem se candidatar todos os candidatos que fizeram a segunda fase e não foram eliminados por nota zero. Aqueles que não declararem interesse ficam eliminados do processo de convocação para matrícula.



‘Precisamos de engenheiros inovadores’   (O Estado de S.Paulo – Educação – 20/02/12)

ENTREVISTA
Roberto Leal Lobo, professor e especialista em gestão na área de educação

O diagnóstico de que o desenvolvimento do Brasil exige mais engenheiros já virou consenso. O País está sendo obrigado a importar pessoal qualificado, porque forma por ano cerca de 40 mil profissionais, ante 190 mil na Rússia, 220 mil na Índia e 650 mil na China, para ficar só com os Brics, o bloco dos países emergentes. Interlocutor do governo num plano para atacar a questão, o ex-reitor da Universidade de São Paulo Roberto Leal Lobo acredita que é preciso trabalhar em outra frente além da quantitativa: mudar currículos e acabar com a especialização precoce, definida ainda antes no vestibular. Para ele, o profissional do futuro precisa ter visão genérica, combinar técnica e ciência para criar inovação, gerar patentes. “Nosso engenheiro não é criado para a inovação, mas para a reprodução.”

ARTIGO: ‘Para que devem ser formados os novos engenheiros?’  (O Estado de S.Paulo – Educação – 20/02/12)

A Engenharia é um fator determinante para o desenvolvimento econômico das nações. Cada vez mais a criação e a produção de bens de grande valor agregado fazem a diferença na balança comercial do mundo globalizado. A capacidade de inovação depende de vários fatores, entre eles a existência, quantidade e qualidade de profissionais de Engenharia. Com a rápida evolução da tecnologia e a consequente obsolescência das existentes, a formação do engenheiro deve privilegiar os conteúdos essenciais, ensinando-o a se adaptar rapidamente aos novos conhecimentos e técnicas.  Por essa razão, a pulverização de especialidades estanques não é uma política profissional desejável. Além da necessidade de revisão dos currículos e das formas de integrar os conhecimentos científicos, tecnológicos, econômicos e mercadológicos, é preciso estabelecer uma nova política para o corpo docente das faculdades de Engenharia, associando a formação acadêmica avançada à experiência prática dos melhores profissionais do mercado, criando condições para uma coexistência altamente produtiva.



Erramos: Unicamp divulga formulário para declaração de interesse de vaga   (Folha Online – Educação – 23/02/12)

Diferentemente do informado em “Unicamp divulga formulário para declaração de interesse de vaga” (Saber – 23/02/2012 – 10h19), os candidatos que já foram convocados na primeira, segunda e terceira chamadas e se matricularam devem confirmar a matrícula no dia 27 de fevereiro, e não hoje. O texto foi corrigido.

Universidade reprovada  (Folha de S.Paulo – Editorial – 24/02/12)

Um artigo do físico Carlos Henrique de Brito Cruz nesta Folha revelou a medíocre evolução do ensino superior no país, na última década, ao coligir informações sobre o número de formandos nas faculdades e universidades brasileiras. Segundo dados oficiais do Ministério da Educação reunidos pelo diretor científico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), houve queda expressiva na ampliação dos cursos superiores nos últimos anos, quando se considera o total de alunos que, de fato, obtiveram diplomas. Entre 1995 e 2005, a taxa média de crescimento do total de diplomados pelas universidades -vale dizer, instituições que se dedicam tanto ao ensino quanto à pesquisa- foi de 11% ao ano. Entre 2005 e 2010, o incremento anual decaiu para ínfimo 0,2%. A situação é mais grave nas escolas de elite do ensino superior sob responsabilidade direta do poder público. Entre 2004 e 2010, diminuiu o número absoluto de alunos graduados em instituições públicas de nível superior. No segundo ano de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 202.262 estudantes obtiveram diplomas nessas faculdades; em seu último ano na Presidência, 178.407 alunos chegaram ao fim de seu curso universitário em instituições públicas. Não se trata de insuficiência exclusiva do último mandatário, nem apenas do governo federal, uma vez que os dados dizem respeito também a instituições estaduais e municipais. Além disso, a queda no ritmo de expansão do ensino superior reflete deficiências de formação escolar anterior. De todo modo, a gestão Lula não se sai bem mesmo quando considerados os números de ingressantes no nível universitário -sempre maior que o de egressos- em seus dois mandatos. Entre 1995 e 2002, o total de alunos que chegou à universidade em cursos presenciais (ou seja, excluído o ensino a distância) mais que dobrou, de 510 mil para 1,2 milhão. Sob Lula, a quantidade de novos alunos cresceu só cerca de 30%, para 1,6 milhão de estudantes. O número decepcionante de formandos provavelmente decorre do despreparo de muitos estudantes para cursar a universidade. O fulcro do problema, na avaliação de Brito Cruz e outros, está na etapa escolar anterior, o ensino médio. Há uma década o número de adolescentes formados no nível secundário se encontra estagnado em cerca de 1,8 milhão por ano, enquanto o total de vagas abertas a cada ano no ensino superior já supera esta marca, se incluídos também os cursos a distância. Será impossível ampliar o total de formandos nas universidades, com ênfase na qualidade, sem reformar também o ensino médio.

A parada no crescimento do ensino superior   (Folha de S.Paulo – Opinião – 23/02/12)

A velocidade do crescimento do ensino superior brasileiro diminuiu fortemente a partir de 2005, revelam os últimos números do Inep. A tendência preocupa, pois é um momento em que a economia brasileira cresce, aumentando a demanda por pessoal qualificado. Em 2010, as instituições de ensino superior públicas formaram 178.407 estudantes, 24 mil a menos do que os 202.262 de 2004. Nesses seis anos, a queda no número de concluintes foi de 1,8% ao ano. O freio é generalizado e atinge menos intensamente as instituições privadas. Nestas, o crescimento desde 2005 tem sido de 4,5% ao ano, contra uma taxa três vezes mais alta, de 13% ao ano, entre 1995 e 2005. A queda na taxa de crescimento é mais intensa justamente nas instituições de ensino superior classificadas como universidades, onde se espera aliar ensino e pesquisa para formar melhor os estudantes. De 1995 a 2005, a taxa média de crescimento foi de 11% por ano. A partir de 2005, o crescimento tem sido pífio, de somente 0,2% ao ano. Resultado: em 2010, menos estudantes se graduaram em universidades do que em 2007. Os efeitos do freio no crescimento graduados se propagam para a pós-graduação, uma das joias da coroa do ensino superior brasileiro. De 1995 a 2004, o número de doutores formados cresceu ao ritmo de 15% por ano. De 2005 a 2010, o ritmo de crescimento caiu para um terço, 5% por ano. Em 2010, titularam-se menos doutores do que em 2009. Com o fim do crescimento no sistema público, a privatização do ensino superior após 2003 avançou como nunca antes. Em 1995, 37% dos concluintes no ensino superior completaram seus estudos em instituições públicas. Em 2003, foram 32%; e em 2010, o percentual despencou para apenas 22%. Dois fatores ajudam a entender as razões da parada generalizada. Primeiro, a política recente do MEC privilegia a expansão do número de instituições do ensino superior federal sem levar em conta a distribuição no território nacional do número de estudantes que concluem o ensino médio. Um dos resultados dessa política é que, no Estado de São Paulo, o jovem que conclui o ensino médio tem 0,7% de chance de frequentar uma universidade federal, enquanto na Bahia (por exemplo), o segundo estado mais desassistido pela União em ensino superior, essa chance é de 7,3%. No Acre, a chance é de 70%. A média geral do Brasil é 10%.  O investimento em ensino superior precisa levar em conta, em alguma medida, o número de jovens que concluem o ensino médio em cada região, buscando a equidade entre as regiões do país. O outro fator é o fraco desempenho do ensino médio no país. A universalização do acesso ao ensino fundamental, nos anos 1990, trouxe a expectativa de um aumento forte no ensino médio, mas em 2010 houve menos concluintes do que em 2003, com um decréscimo anual de 0,5% ao ano. Em 2010, 2,5 milhões de alunos concluíram o ensino fundamental. Como os concluintes no ensino superior são 829 mil, anualmente o Brasil deixa de qualificar 1,7 milhões de brasileiros. Contando com eles, o país iria muito mais longe. CARLOS HENRIQUE DE BRITO CRUZ, 53, é diretor científico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Foi reitor da Unicamp e presidente da Fapesp