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24/04/2009 / Em: Clipping

 


Unifesp decide adotar o novo Enem no seu vestibular  (Globo.Com – G1 Vestibular – 23/04/09)

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) decidiu participar do vestibular unificado das universidades federais, proposto pelo Ministério da Educação, e passará a adotar o novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para o ingresso já no seu próximo vestibular. A decisão de aderir ao vestibular unificado cabe a cada universidade, que tem autonomia para definir se e quando irá adotar. A questão ainda está sendo debatida pela maior parte das instituições, isso porque a aprovação depende de votação nas suas comissões e conselhos internos. É provável que ocorram as definições até o fim de abril ou início de maio para haver tempo hábil de aplicar já no próximo processo seletivo. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul anunciou que não irá usar o Enem neste ano, mas não descarta incorporar o novo vestibular nos próximos anos. A Universidade Federal da Bahia deverá adotar o Enem para selecionar os novos estudantes do bacharelado interdisciplinar, mas, para os cursos tradicionais, o formato de seleção não sofrerá alterações.



UFSCar barra 25% dos alunos que se declararam negros (Folha de S.Paulo – Cotidiano – 24/04/09)

No segundo ano do funcionamento de seu sistema de reserva de vagas para negros, pardos e seus descendentes, a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) barrou 25% dos 185 alunos que passaram no vestibular por meio dessa política. No total, 62 matrículas via cota foram questionadas, das quais 47 foram canceladas. A universidade, a única federal do interior do Estado, reserva 20% das vagas para alunos da escola pública. Dessas, 35% são reservadas para negros e pardos. O critério adotado para concorrer a essas vagas é a autodeclaração, ou seja, ao se inscrever para o vestibular o candidato se declara negro, pardo ou descendente de negros. Aprovado, o candidato faz a matrícula. Se surgir contestação, porém, ele tem que provar o que declarou na hora do vestibular por meio de documentos. A descendência deve ser direta, ou seja, de pai ou mãe. “Se alguém denunciou, a universidade deve averiguar se o que foi declarado é real; se não [for real], deve retirar a vaga daquela pessoa”, diz o prefeito de São Carlos, Oswaldo Barba (PT), que era reitor da escola à época da adoção do sistema. Foi o que aconteceu com a caloura do curso de imagem e som Larissa Candido Bergamaschi, 18, que se declarou parda e, em março, um mês após ingressar na UFSCar, teve sua matrícula contestada. Larissa se mantém na universidade graças a uma liminar. A UFSCar não aceitou os documentos apresentados por ela. Segundo a instituição, eles deveriam ter uma indicação de cor e ser de “fé pública” -reconhecidos pela Justiça. A estudante alega que, como nem ela nem a mãe possuíam documentos com declaração de cor, a solução encontrada foi ir até um cartório e registrar uma autodeclaração dizendo que era parda. “Ouvi dizer que podia ser um registro no cartório, então fiz e apresentei”, disse. A estudante diz ter a pele clara, mas com traços afrodescendentes -ela não aceitou fazer fotos. Segundo seu advogado, Joner Nery, foram reunidas provas da ascendência, como documentos e fotos de parentes. “A avó dela é negra, a mãe é parda, então ela tem direito.” “Como a questão é complexa e polêmica, sem dúvida sempre pode haver questionamentos”, disse, em nota, a Procuradoria Jurídica da UFSCar. Segundo a universidade, o caso de Larissa, por enquanto, é único e será contestado judicialmente. A possibilidade de um aluno ter sua matrícula cancelada após estudar um mês não demonstra a existência de falhas no sistema de reserva de vagas da UFSCar, diz a pró-reitora de graduação, Emília Freitas de Lima. Ela admite que os atuais questionamentos à política de reserva “não são os primeiros, nem serão os últimos”.

Sistema não é falho, afirma pró-reitora (Folha de S.Paulo – Ribeirão – 24/04/09)

A possibilidade de um aluno ter sua matrícula cancelada após estudar um mês não demonstra a existência de falhas no sistema de reserva de vagas da UFSCar, diz a pró-reitora de graduação, Emília Freitas de Lima. Ela admite que os atuais questionamentos à política de reserva “não são os primeiros, nem serão os últimos”. O pedido de averiguação, que pode ser feito por qualquer pessoa, não incentiva qualquer tipo de preconceito ou perseguição, na opinião Emília. “As normas que regem o Programa de Ações Afirmativas da UFSCar foram estabelecidas no sentido contrário ao da promoção do preconceito.” Neste ano, a UFSCar reservou 516 vagas a alunos de escolas públicas, das quais 185 foram destinadas a negros, pardos ou descendentes. As matrículas indeferidas foram preenchidas por outros que cumprem o requisito.

Unifesp adere ao vestibular unificado com o novo Enem (Folha de S.Paulo – Cotidiano – 24/04/09)

A Unifesp aderiu ao modelo de vestibular unificado por meio do novo Enem, proposto pelo Ministério da Educação para as universidades federais. A medida foi anunciada ontem e já vale para o próximo vestibular. A universidade vai definir, até o final de maio, quais cursos usarão o Enem como único exame de seleção ou como primeira fase de um vestibular misto, em que será cobrada uma segunda prova. A tendência é que cursos mais concorridos, como medicina, adotem o Enem só como primeira fase, afirma a Unifesp. A prova do Enem, que será realizada em outubro durante dois dias, terá 200 questões e uma redação. Os candidatos poderão escolher até cinco opções de cursos em diferentes instituições e o resultado do exame é válido por três anos. “Cada universidade tem autonomia para definir sua forma de adesão”, afirma Edward Madureira Brasil, vice-presidente da Andifes (entidade que reúne reitores das universidades federais) e reitor da UFG (Universidade Federal de Goiás). Ele acredita que em até 30 dias as universidades terão decidido se aceitam ou não. “Essa ideia [de unificar o vestibular] até agora tem sido bem aceita pelas instituições”, diz Brasil. Entre outras universidades, a UFBA (Universidade Federal da Bahia) já havia anunciado adesão ao novo modelo.



Unicamp recebe pedidos de isenção  (Folha Dirigida – Vestibular – 23/04/09)

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) está com inscrições abertas para os candidatos que desejam pedir isenção da taxa de inscrição do vestibular 2010 até o dia 22 de maio. São oferecidas 6.620 oportunidades. Os interessados devem realizar inscrição através do site da Comvest, organizadora da seleção. Podem solicitar o benefício, apenas os candidatos que cursaram o antigo 1º grau ou o antigo 2º integralmente em instituição da rede pública, que já tenha concluído ou que esteja concluindo o ensino médio em 2009 ou que seja residente e domiciliado no Estado de São Paulo. Os que  que tentarem para a primeira modalidade deverão comprovar renda mensal líquida de R$500 por morador. A inscrição só será efetivada após o recebimento da documentação requerida do candidato pela organizadora até o dia 30 de maio. A lista com o nome de todos os beneficiados será divulgada no dia 17 de agosto.



Reunião vai debater propostas do novo vestibular  (Diário de Pernambuco – Educação – 24/04/09)

Ainda há muitas dúvidas sobre as novidades para o vestibular das universidades federais. A perspectiva de substituição das atuais provas pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está deixando muito fera preocupado e provocado polêmica. As dúvidas serão debatidas numa reunião aberta a pais, professores e estudantes, que será realizada hoje, às 14h, no Centro de Convenções da UFPE. O encontro, proposto pelo reitor Amaro Lins, reunirá a comunidade acadêmica e representantes de instituições públicas e privadas ligadas à educação. Deverão estar presentes os reitores das Universidades Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Federal do Vale de São Francisco (Univasf), de Pernambuco (UPE) e Católica de Pernambuco (Unicap). “O debate é necessário. Os estudantes estão com muitas dúvidas. E, além de esclarecer esses jovens, vamos ouvir as sugestões dos gestores educacionais do estado. Depois, todas as propostas serão levadas para a reunião do conselho universitário, que deverá decidir sobre a forma de utilização do novo processo já na próxima semana”, explicou o reitor da UFPE, Amaro Lins.A iniciativa foi louvada pela gerente estadual de políticas educacionais do Ensino Médio, Cantalúcia Lima, que também estará presente na reunião. “Todos diretores de escolas com ensino médio deveriam participar deste encontro e os estudantes mais aflitos também. Em todo o Brasil, a UFPE é a primeira instituição que está promovendo esse tipo de debate e o estado só tem a ganhar com isso”, ressaltou. Segundo ela, a preocupação é generalizada, mas as mudanças propostas pelo ministro são um sinal positivo de que o antigo formato de vestibular não está mais agradando. “Os jovens já reclamavam há muito tempo sobre essa forma de seleção. O que o ministro está tentando fazer é dar uma resposta aos estudantes”, opinou Cantalúcia. Para Magaly Cavalcanti, diretora da Escola Estadual Barbosa Lima, o debate deverá ajudar também os professores que ainda não entenderam a proposta. “É difícil acalmar os alunos quando nem mesmo nós sabemos todos os pontos que estão em mudança”, completou.



UFCSPA acena com a adesão ao Enem  (Zero Hora – Vestibular – 24/04/09)

O novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deverá se transformar na única forma de ingresso na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA). A votação da proposta ocorre hoje, às 10h, no conselho superior da instituição. Se for aprovada, a universidade será a terceira federal do Estado a aderir ao sistema unificado de ingresso no Ensino Superior no Estado. Ao defender a proposta de adesão ao Enem, a reitora da UFCSPA, Míriam da Costa Oliveira, apresentará um conjunto de argumentos aos conselheiros. O primeiro deles é a expectativa de submeter os futuros alunos a uma prova bem elaborada, executada e aplicada por órgão competente. Ela considera ainda que a prova preservará o mérito do estudante e será valorizada pelo caráter nacional da concorrência. Entre os pontos positivos do sistema unificado proposto pelo MEC, Míriam inclui ainda a economia de tempo e dinheiro que a universidade terá na execução do processo. Desde 2006, quando a UFCSPA passou a realizar vestibular próprio – depois de 32 anos selecionando alunos por meio do vestibular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – precisou contratar quatro empresas especializadas (uma licitação por ano) e anulou 21 questões, 12 deles só no segundo vestibular. – Essa questão não é a mais importante, mas, para nós, as licitações são obrigatórias e nos consomem emocionalmente, pois precisamos ter um concurso de qualidade – diz. Diante de cerca de 60 membros dos conselhos Universitário (Consun) e de Pesquisa e Extensão (Consepe), a reitora, eleita em maio de 2008 com 90% dos votos, está preparada para discutir também preocupações que considera “inerentes à qualquer mudança”. Para Míriam, um das inquietações é o possível aumento de alunos pobres de outros Estados, o que poderá ampliar os desafios da instituição. Segundo ela, no ano passado a universidade não recebeu recursos para a assistência estudantil, embora tenha até ampliado os programas.