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25/10/2016 / Em: Clipping

 


UFMT investiga fraudes no sistema de cotas (Só Notícias – 24/10/2016)

Estudantes que ingressaram na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) por meio do sistema de cotas já tiveram matrículas canceladas após confirmação de que não se encaixavam no perfil declarado à instituição. De acordo com a reitoria da universidade, em média são recebidas cinco denúncias deste tipo de fraude ao ano, a maioria relacionada a estudantes que declaram ser de baixa renda, mesmo tendo um alto poder aquisitivo. Atualmente, existem duas denúncias em investigação.

O número de fraudes no sistema de cotas tem se tornado cada vez maior e, consequentemente, o problema começa ser mais debatido nas universidades públicas do país. No Estado, a situação não é diferente e tanto na UFMT, quanto na Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), há registros de denúncias. Porém, o tratamento dado em cada instituição é totalmente diferente, como será exposto adiante.

A recém-empossada ao cargo de reitora na UFMT, Myrian Serra explicou como funciona o sistema de ingresso na universidade por meio de cotas, o qual é tratado na instituição como “ação afirmativa”, e como a universidade age quando recebe uma denúncia de fraude. Segundo ela, a seleção acontece via Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), posteriormente pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu). “Nos casos de estudantes que se declaram de baixa renda, eles precisam apresentar uma documentação no ato da matrícula que comprove a situação financeira da família. Já nos casos de estudantes que optam pela cota de preto, pardo ou indígena a comprovação é feita por meio de um documento de autodeclaração. E na ação afirmativa própria da UFMT para indígena e quilombola de Mato Grosso, nós exigimos a documentação da comunidade de origem que tem que ser certificada pela Fundação Palmares, que é uma instância nacional”.



UFU cria comissão para investigar fraude nas vagas de cotas raciais (Correio de Uberlândia – 23/10/2016)

Depois de receber a primeira denúncia de possíveis irregularidades no ingresso na graduação por meio de cotas étnico-raciais, a UFU vai fechar o cerco contra fraudes nas autodeclarações. Além da criação da Comissão de Avaliação e Averiguação da Implementação da Cotas Raciais para investigar os casos, a universidade deve estabelecer um critério de verificação, previsto para iniciar no primeiro semestre de 2017.

A denúncia foi formalizada em agosto deste ano pelo Ministério Público, e envolve dois alunos que ingressaram por meio do processo seletivo 2014-2 e que declararam pertencer as cotas raciais. Os cursos não foram informados pela Pró-Reitoria de Graduação (Prograd). “Caso se instaure um processo administrativo e a fraude seja comprovada, os alunos serão expulsos”, afirmou o diretor de assuntos estudantis, Leonardo Barbosa.