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27/06/2012 / Em: Clipping

 


Apesar de polêmica, especialistas enxergam com bons olhos a universidade virtual paulista (Univesp)  (Carta Capital – Sociedade  26/06/12)

O ensino superior no Brasil ainda está concentrado em cidades grandes, o que causa grande dificuldade para levar ao interior profissionais qualificados para municípios menores. No retrospecto recente, ações como o Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), do governo federal, têm buscado fomentar o desenvolvimento regional, qualificar profissionais e, consequentemente, criar mão-de-obra qualificada para sustentar o crescimento do País. Nesse sentido, a Assembléia Legislativa do governo de São Paulo aprovou, no dia 19, a criação da quarta universidade pública do estado, a Univesp (Fundação Universidade Virtual do Estado de São Paulo). Agora, o projeto está na mesa do governador Geraldo Alckmin aguardando aprovação. “Esperamos que em breve a Univesp seja formalizada para que possamos colocar a universidade ao alcance de todas as regiões e de acordo com as necessidades delas”, explica Carlos Vogt, coordenador da Fundação. Em funcionamento desde 2009 como um programa do governo estadual, a Univesp já nasceu polêmica. Idealizada para funcionar baseada no ensino à distância (EàD), a iniciativa colecionou críticas pela ausência de aulas presencial, motivo que poderia prejudicar a qualificação dos alunos. Segundo o vice-presidente da Associação dos Docentes da USP (Adusp), César Minto, a formação de professores – principal objetivo da Fundação – deve ser feita de maneira exclusivamente presencial. “Sempre defendemos que a formação de professores seja presencial, sem aulas à distância”, afirma Minto.