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27/09/2010 / Em: Clipping

 


Fuvest tem maior número de inscritos da rede particular dos últimos 10 anos  (O Estado de S.Paulo – Educação.Edu – 25/09/10)

A atual edição da Fuvest registrou o maior número de candidatos vindos da rede particular dos últimos dez anos. Do total de 132.969 interessados em conquistar uma vaga na Universidade de São Paulo (USP), 65,7% são egressos de colégios privados. O levantamento foi feito pelo Estado a partir de dados sobre o processo seletivo divulgados ontem. Em termos absolutos, são 87.407 candidatos oriundos de escolas particulares. Ex-alunos da rede pública municipal, estadual e federal somam 37.725 inscritos – 28,4% do total. O número inclui os treineiros, estudantes que ainda não concluíram o ensino médio e querem testar suas habilidades. “O total de candidatos poderá sofrer ainda leves alterações nos próximos dias, após a solução de algumas pendências bancárias ligadas à inscrição”, afirma a Fuvest. A USP tem tentado ampliar o acesso e a permanência de estudantes de escolas públicas em suas unidades. Para isso, lançou em 2007 o Programa de Inclusão Social da USP (Inclusp), que prevê bônus de até 12% na nota desses candidatos, além de oferecer isenção da taxa de inscrição.No entanto, a pesquisa feita pela reportagem mostra que, desde a adoção do programa, caiu vertiginosamente a procura de formados na rede pública pelo benefício concedido pela universidade. Neste ano são 34.155 (25,7%) os candidatos que se inscreveram no Inclusp, enquanto que em 2007 foram 52.047 – 36,5% do total dos 142.656 concorrentes. “Engenharia reversa.” Para o consultor Carlos Monteiro, existe na educação brasileira uma “engenharia reversa”, em que alunos egressos de escolas públicas fazem faculdades particulares, enquanto que os formados na rede privada dominam as instituições públicas.

Reitor admite discutir cotas para graduação  (O Estado de S.Paulo – Educação.Edu – 25/09/10)

Com um dos vestibulares mais concorridos do Brasil e poucos estudantes negros ou oriundos de escolas públicas, a USP deve começar a discutir um sistema de cotas a partir de novembro, nas próximas reuniões do Conselho Universitário, afirmou nesta semana o reitor João Grandino Rodas. “Não quero criar uma comissão, nomear pessoas. Quero que seja algo mais espontâneo, que surja do próprio conselho”, disse.  Logo ao ser escolhido para o cargo, em novembro de 2009, Rodas defendeu a discussão de um sistema de cotas para a universidade.



Houve melhora “robusta”, afirma Fernando Haddad (Folha de S.Paulo – Cotidiano – 25/09/10)

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirma que o ensino superior melhorou, mas reconhece que há um grande contingente de estudantes em instituições mal avaliadas. O levantamento feito pelo MEC considera 1.572 instituições avaliadas desde 2006 pelo governo federal. O Censo da Educação Superior 2009 completo deve ser divulgado dentro de duas semanas.  

Folha – Como avalia os dados sobre as universidades? Fernando Haddad – O Sinaes [sistema de avaliação federal] agora orienta a demanda. Antes, ocorria expansão desregrada. Agora, acontece expansão pública e, além disso, o sistema como um todo tem de se adaptar ao sistema de avaliação. Outro ponto é o Fies [financiamento da União aos alunos]. Agora, só pode receber o financiamento o aluno que está em instituição com avaliação satisfatória. Tem havido muitas transferências de alunos que estão sem o Fies.

Mas 680 mil alunos em universidades reprovadas não é muito?

É. Mas quantos tinham? Houve melhora robusta. E é um processo pedagógico. É preciso também deixar claro que, pela regra do Sinaes, sempre haverá instituições 1 e 2 [reprovadas]. Se as que hoje estão com 1 e 2 definharem, as que hoje são 3 passarão a ser 2. Isso obriga a que todos melhorem.

Mas isso diz respeito ao número de escolas em cada patamar da avaliação. As matrículas variam e poderiam cair mais nas reprovadas.

É verdade, as matrículas podem variar. E diminuíram bastante [nas reprovadas]. É preciso considerar que houve queda de 7,5% em termos globais, ou seja, houve diminuição na procura nos processos seletivos, mas também existiram muitas transferências.



Unicamp lança livro com 30 melhores redações do vestibular 2009  (UOL – Educação – 27/09/10)

A Unicamp (Universidade Estadual de São Paulo) lança nesta quinta-feira (30), livro com as trinta melhores redações do vestibular 2009. Os contemplados irão receber um diploma de honra ao mérito, no auditório do Instituto de Física da Unicamp. A Comissão do vestibular também fará a entrega gratuita de exemplares da coletânea de redações aos representantes das escolas públicas da região de Campinas que estiverem presentes. O livro, que custa R$ 10 e tem formato de bolso, está à venda na Editora da Unicamp e pode ser comprado pelo site www.editora.unicamp.br. O objetivo, segundo a instituição, é que ele sirva como referência aos futuros candidatos. A coletânea traz os três tipos de redação que foram propostos no processo seletivo de 2009: 10 dissertações, 10 narrações e 10 cartas. O tema da redação do vestibular 2009, assim como o da primeira fase, foi “o homem e os animais”. Entre os selecionados, há estudantes de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), além de várias cidades do Estado de São Paulo, como São José dos Campos, Vargem Grande do Sul, Ribeirão Preto e Campinas. Os selecionados estão matriculados nos mais diversos cursos da Unicamp, dentre eles: arquitetura e urbanismo, ciências econômicas, fonoaudiologia, engenharia de alimentos, engenharia civil, engenharia mecânica, medicina, música e odontologia.



Unicamp publica livro com as melhores redações do vestibular 2009  (IG – Último Segundo – 27/09/10)

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) irá lançar no dia 30 de setembro (quinta-feira) um livro com as 30 melhores redações do Vestibular Unicamp 2009, selecionadas pela Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest). O evento acontecerá às 10 horas, no auditório do Instituto de Física da universidade, em Campinas, e dará aos autores dos textos um diploma de honra ao mérito. O livro está à venda no site da editora da Unicamp, por R$ 10, e traz textos de cada um dos três tipos de redação que foram propostos no Vestibular 2009: 10 dissertações, 10 narrações e 10 cartas. O tema da redação do Vestibular 2009 foi ‘o homem e os animais’. Entre os autores selecionados, há estudantes de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), além de várias cidades do Estado de São Paulo, como São José dos Campos, Vargem Grande do Sul, Ribeirão Preto e Campinas. 

Artigo: a USP cada vez mais distante  (IG – Último Segundo – 25/09/10)

De pouco adiantou a oferta de isenções da taxa de inscrição da FUVEST para alunos de escolas públicas, o programa de Embaixadores e o tímido INCLUSP (Programa de Inclusão Social da USP). Mais uma vez, os dados mostram que a maior parte dos candidatos às suas vagas estudou, total ou parcialmente, no estudo básico, em escolas particulares.  Mais de 65% dos candidatos deste ano só frequentaram escolas particulares. Se somarmos aqueles que passaram parte do ensino básico em escolas particulares aos que estudaram fora do Brasil, temos quase 72% dos candidatos. O baixo número de candidatos advindos de escolas públicas na FUVEST tem um motivo simples e claro. Ano a ano, os jovens de menor renda sentem que a USP é uma realidade cada vez mais distante. A esmagadora maioria destes estudantes não se sente “habilitado” para prestar seu vestibular e frequentar suas salas.Vários são os motivos. A USP realmente tem se comportado como uma instituição elitista. Em uma de suas últimas tentativas de inclusão, criou um campus na Zona Leste. A lógica daqueles que planejaram a nova escola era de que parte dos moradores de áreas mais “nobres” não estaria disposto a fazer um curso em um bairro da periferia. Os resultados não foram bem estes. A USP da Zona Leste está muito mais para uma “USP Ayrton Senna”.